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Rubricas dos professores vigilantes

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome completo

A PREENCHER PELA ESCOLA


Documento de identificação CC n.º |___|___|___|___|___|___|___|___| |___| |___|___|___|
N.º convencional
Assinatura do aluno

N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2022
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho | Decreto-Lei n.º 27-B/2022, de 23 de março
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR

Classificação em percentagem |___|___|___| ( por cento)

Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|

Observações

A PREENCHER PELA ESCOLA

Classificação alterada em sede de reapreciação conforme despacho em anexo


Classificação alterada em sede de reclamação conforme despacho em anexo

Duração da Prova: 90 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 15 Páginas

Todas as respostas são dadas no enunciado da prova.

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Apresenta apenas uma resposta para cada item.

Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.

As cotações dos itens encontram-se no final da prova.

Prova 91/1.ª F. • Página 1/ 15


COTAÇÕES
Para responderes aos itens 1. a 2.3., ouve a gravação e segue as instruções.

TEXTO A

Áudio

Fonte: www.sicnoticias.pt (consultado em 05/11/2021)

1.  Assinala com X as três informações sobre o passadiço dadas no início do texto.

A Material de construção

B Lotação

C Extensão

D Localização dentro do parque

E Cor

2.  Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

2.1.  Para referir o pequeno auditório como um espaço educativo importante, a jornalista usa
a expressão

A «no coração da estrutura».

B «vai ser um palco privilegiado».

C «não é preciso ser adivinho».

2.2.  Além da voz da jornalista, ouve-se a voz de alguém que se refere

A à estrutura escolhida para o passadiço.

B ao objetivo educativo do passadiço.

C às espécies observáveis no passadiço.

2.3.  Neste texto, privilegia-se um discurso com características

A descritivas.

B argumentativas.

C narrativas.

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Transporte
Lê o Texto B.

TEXTO B

A herança árabe na Península, bem como a literatura de maravilhas, nada, ou pouco,


ofereciam de estimulante para se atravessar o oceano medonho e se chegar ao cabo da
Boa Esperança.
Contra esse medo reagiram os marinheiros portugueses; e o conjunto de lendas e
5 superstições que a imaginação criara a partir do mundo desconhecido, aos poucos, seria
desmistificado no contacto com a realidade.
O marinheiro quatrocentista não podia deixar de sentir o mistério que envolvia tais
lendas. Se aprendeu a recusá-las, foi à custa de uma experimentação contínua. Por
isso, ultrapassou o Bojador, zona limite do medo e da antiga fama da impossibilidade de
10 navegar, para transpor esse mesmo medo para o cabo da Boa Esperança.
De entre as variadas gentes que faziam a carreira da Índia, os roteiristas eram os que
melhor sentido prático tinham das ocorrências possíveis no cabo da Boa Esperança.
Socorriam-se de indicações que lhes poderiam dar a proximidade e o bom ou mau tempo
daquele Cabo: pela presença de certas aves e peixes, pela coloração das águas, pelas
15 plantas marinhas, pelos destroços flutuantes, pelos insetos, pela tonalidade do céu
na previsão de tempestades. A isto, chamavam sinais, que eram registados em vários
momentos nos seus diários de navegação.
De sentido apurado sobre a natureza, sabendo os perigos que desta podiam advir
devido às suas mutações, os roteiristas, ainda longe do cabo da Boa Esperança,
20 tomavam providências para o passar da melhor forma. As representações imaginativas
do medo eram, neste caso, positivas, porque conduziam a atenção para o perigo, levando
à prevenção perante futuras situações ameaçadoras.
A experiente observação não impedia, contudo, alguns roteiristas de verem, como
sinal do Cabo, o mar a ferver, ou de as águas noturnas lhes parecerem «fogueiras de fogo
25 ardendo». Lembramos que estes marinheiros, embora modernos na sua experimentação,
em alguns casos, eram ainda medievais no pensamento.
José Manuel Correia, «Medos e visões dos mareantes na passagem do cabo da Boa Esperança»,
in Oceanos, n.º 3, março de 1990, pp. 78-80. (Texto adaptado)

3.  Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas
no texto.

A primeira frase já se encontra numerada.

O medo punha os navegadores em alerta para os perigos da passagem do Cabo.

1 As histórias fantásticas da Idade Média alimentavam o medo do oceano.

Alguns aspetos da natureza continuavam a ser interpretados à luz das lendas medievais.

A observação da natureza e o registo de dados permitiram navegar com mais segurança.

A experiência adquirida pelos navegadores permitiu-lhes ir ultrapassando o medo.

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4.  Relê o quarto parágrafo.

Assinala com X as três opções cujo sujeito se refere a «os roteiristas» (linha 11).

A «tinham» (linha 12)

B «Socorriam-se» (linha 13)

C «poderiam» (linha 13)

D «chamavam» (linha 16)

E «eram registados» (linha 16)

5.  Assinala com X, nos itens 5.1. e 5.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

5.1.  A palavra «sinais» (linha 16) é usada como

A um sinónimo de várias palavras presentes nas linhas 14 a 16.

B um termo que se refere a parte dos elementos enumerados nas linhas 14 a 16.

C um termo genérico que sintetiza os elementos enumerados nas linhas 14 a 16.

D um antónimo de várias palavras presentes nas linhas 14 a 16.

5.2.  O assunto com maior destaque no texto é

A a presença do medo nas histórias medievais.

B a diversidade das tripulações da carreira da Índia.

C o conhecimento de diferentes espécies marinhas.

D o contributo dos roteiristas para as navegações.

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Lê o Texto C e as notas.

TEXTO C

Comiam todos o caldo, recolhidos e calados, quando o menino disse:


— Sei um ninho!
A Mãe levantou para ele os olhos negros, a interrogar. O Pai, esse, perdido no
alheamento costumado, nem ouviu. Mas o pequeno, ou para responder à Mãe, ou para
5 acordar o Pai, repetiu:
— Sei um ninho!
O velho ergueu finalmente as pálpebras pesadas, e ficou atento, também.
A criança, então, um tudo-nada excitada, contou. Contou que à tarde, na altura em
que regressava a casa com a ovelha, vira sair um pintassilgo de dentro dum grande
10 cedro. E tanto olhara, tanto afiara os olhos para a espessura da rama, que descobrira
o manhuço1 negro, lá no alto, numa galha.
A Mãe bebia as palavras do filho, a beijá-lo todo com a luz da alma. O Pai regressou
ao caldo.
Mas o menino continuou. Disse que então prendera a cordeira a uma giesta e trepara
15 pela árvore acima.
De novo o Pai levantou as pálpebras cansadas, e ficou tal e qual a Mãe, inquieto, com
a respiração suspensa, a ouvir.
E o pequeno ia subindo. O cedro era enorme, muito grosso e muito alto. E o corpito,
colado a ele, trepava devagar, metade de cada vez. Firmava primeiro os braços; e só
20 então as pernas avançavam até onde podiam. Aí paravam, fincadas na casca rija.
A subida levou tempo. Foi até preciso descansar três vezes pelo caminho, nos tocos2
duros dos ramos. Por fim, o resto teve de ser a pulso, porque eram já só vergônteas3 as
pernadas da ponta.
Transidos4, nem o Pai nem a Mãe diziam nada. Deixavam, apavorados, mudos, que
25 o pequeno chegasse ao cimo, à crista, e pusesse os olhos inocentes no ovo pintado.
O ninho tinha só um ovo.
Aqui, o menino fez parar o coração dos pais. Inteiramente esquecido da altura a que
estava, procedera como se viver ali, perto do céu, fosse viver na terra, sem precisão5 dos
braços cautelosos agarrados a nada. E ambos viram num relance6 o pequeno rolar, cair
30 do alto, da ponta do cedro, no chão duro e mortal de Nazaré.
Mas a criança, apesar de mostrar, sem querer, que de todo se alheara do abismo sobre
que pairava, não caiu. Acontecera outra coisa. Depois de pegar no ovo, de contente,
dera-lhe um beijo. E, ao simples calor da sua boca, a casca estalara ao meio e nascera
lá de dentro um pintassilgo depenadinho.
35 E o menino contava esta maravilha com a sua inocência costumada, como quando
repetia a história de José do Egito7, que ouvira ler a um vizinho.
Por fim, pôs amorosamente o passarinho entre a penugem da cama, e desceu.
E agora, um nada comprometido, mas cheio da sua felicidade, sabia um ninho.

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A ceia acabou num silêncio carregado. Só depois, à volta do lume quente do cepo de
40 oliveira em brasido8, é que os pais disseram um ao outro algumas palavras enigmáticas,
que o pequeno não entendeu. Mas para quê entender palavras assim? Queria era
guardar dentro de si a imagem daquele passarinho depenado e pequenino. Isso, e ao
mesmo tempo olhar cheio de deslumbramento os dedos da Mãe, que, alvos9 de neve,
fiavam linho.
Miguel Torga, «Jesus», in Contos, 5.ª ed., Alfragide, Publicações Dom Quixote, 2009, pp. 57-58. (Texto com supressões)

NOTAS
1  manhuço – ninho.
2  tocos – as partes dos ramos mais próximas do tronco da árvore.
3  vergônteas – ramos tenros, que podem partir-se.
4  Transidos – dominados pelo medo.
5  sem precisão – sem necessidade.
6  num relance – imediatamente.
7  José do Egito – figura bíblica.
8  em brasido – em brasa.
9  alvos – brancos.

6.  Ao dizer «Sei um ninho!» (linha 2), o menino interrompe o silêncio da refeição.

Refere, por palavras tuas, como reagem a Mãe e o Pai imediatamente após essa afirmação do
menino.

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7.  Assinala com X, nos itens 7.1. a 7.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

7.1.  O menino repete: «Sei um ninho!» (linha 6).

Quando apresenta as possíveis razões que levaram o menino a repetir esta frase, o narrador
recorre, nas linhas 4 e 5, a orações coordenadas

A explicativas.

B copulativas.

C adversativas.

D disjuntivas.

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7.2.  Na passagem seguinte, o narrador usa uma oração subordinada substantiva completiva
para introduzir o discurso indireto do menino: «Contou que à tarde [...] vira sair um pintassilgo
de dentro dum grande cedro» (linhas 8-10).

O mesmo acontece na passagem

A «E tanto olhara, tanto afiara os olhos para a espessura da rama, que descobrira
o manhuço negro» (linhas 10-11).

B  Disse que então prendera a cordeira a uma giesta e trepara pela árvore acima»
«
(linhas 14-15).

C «Por fim, o resto teve de ser a pulso, porque eram já só vergônteas as pernadas da
ponta» (linhas 22-23).

D «como quando repetia a história de José do Egito, que ouvira ler a um vizinho»
(linhas 35-36).

7.3.  À medida que o menino vai avançando no seu relato, tal como se observa nas linhas 16 e 17,
torna-se mais evidente

A a irritação dos pais.

B a desconfiança dos pais.

C a ansiedade dos pais.

D a desatenção dos pais.

8.  Lê a passagem seguinte, que descreve o protagonista quando inicia o seu relato.

«A criança, então, um tudo-nada excitada, contou.» (linha 8)

Assinala com X a função sintática do constituinte sublinhado nesta passagem.

A Predicativo do sujeito

B Modificador (do grupo verbal)

C Modificador do nome

D Predicativo do complemento direto

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9.  Quando narra a difícil ascensão do menino ao cimo do cedro, o narrador refere que ele subia com
o «corpito» colado à árvore e que «trepava devagar, metade de cada vez», firmando primeiro os
braços e avançando depois as pernas (linhas 18-20).

Apresenta, por palavras tuas, as outras três estratégias que o menino usou em função das
características da árvore (linhas 20-23).

Na tua resposta, deves especificar as características da árvore que lhe permitiram desenvolver cada
uma das estratégias.

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10.  Assinala com X, nos itens 10.1. e 10.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

10.1.  Na linha 27, para caracterizar a reação dos pais ao relato do menino, o narrador usa

A uma comparação.

B uma hipérbole.

C uma personificação.

D uma antítese.

10.2.  De acordo com a frase das linhas 29 e 30, pode concluir-se que os pais

A imaginam o que poderia ter acontecido.

B presenciam o que está a acontecer.

C visualizam o que já aconteceu.

D preveem o que ainda vai acontecer.

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11.  «Mas a criança, apesar de mostrar, sem querer, que de todo se alheara do abismo sobre que
pairava, não caiu.» (linhas 31-32).

Completa a afirmação seguinte sobre os tempos simples das formas verbais sublinhadas nesta
frase do texto.

Escreve, em cada círculo, a letra correspondente à opção selecionada.

Para relatar esta parte da experiência vivida pelo menino, o narrador recorre, primeiro, ao 

, depois, ao e, finalmente, ao .

A pretérito perfeito do indicativo    B pretérito imperfeito do conjuntivo

C pretérito mais-que-perfeito do indicativo    D pretérito imperfeito do indicativo

E futuro do indicativo

12.  «E o menino contava esta maravilha com a sua inocência costumada» (linha 35).

A palavra «maravilha» pode significar milagre.

Na perspetiva do menino, aconteceu um milagre no cimo da árvore. Explica em que consistiu esse
milagre. Usa palavras tuas.

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13.  Assinala com X a opção que completa a afirmação seguinte.

No final do texto (linhas 39-44), surge uma pergunta que acentua

A a preocupação do menino em perceber as palavras trocadas entre os pais.

B o interesse do menino em recordar o desfecho da aventura contada aos pais.

C o espanto dos pais perante o facto de o menino não se ter magoado.

D a necessidade dos pais de aconselhar o menino a não correr riscos.

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Lê o Texto D (estância 42 do Canto V de Os Lusíadas) e as notas.

TEXTO D

Pois vens ver os segredos escondidos


Da natureza e do húmido elemento1,
A nenhum grande humano concedidos
De nobre ou de imortal merecimento,
5 Ouve os danos de mi que apercebidos
Estão a teu sobejo atrevimento2,
Por todo o largo mar e pola terra
Que inda hás de sojugar3 com dura guerra.
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, 5.ª ed., Lisboa, IC-MNE, 2003, p. 133.

NOTAS
1  húmido elemento – mar.
2  sobejo atrevimento – enorme audácia.
3  sojugar – conquistar.

14.  Nesta estância, o gigante Adamastor dirige-se aos navegadores portugueses.


Refere o que conseguiram fazer os navegadores em relação à «natureza» e ao «húmido elemento»,
de acordo com o gigante Adamastor, e explica por que razão se pode afirmar que o menino,
personagem do Texto C, pretende algo de semelhante ao subir ao cedro.

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15.  A História tem ensinado que, muitas vezes, a curiosidade dos seres humanos faz o conhecimento
avançar.

Escreve um texto de opinião bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre
a importância da curiosidade para o avanço do conhecimento.

O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.

Observações:

 ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
1. P
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;

– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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A PREENCHER PELO ALUNO

Nome completo

A PREENCHER PELa escola


Documento de identificação CC n.º |___|___|___|___|___|___|___|___| |___| |___|___|___|
N.º convencional
Assinatura do aluno

N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 2.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2022
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
PELo agrupAmento
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho | Decreto-Lei n.º 27-B/2022, de 23 de março
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR

Classificação em percentagem |___|___|___| ( por cento)

Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|

Observações

A PREENCHER PELA ESCOLA

Classificação alterada em sede de reapreciação conforme despacho em anexo


Classificação alterada em sede de reclamação conforme despacho em anexo

Duração da Prova: 90 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 14 Páginas

Todas as respostas são dadas no enunciado da prova.

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Apresenta apenas uma resposta para cada item.

Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.

As cotações dos itens encontram-se no final da prova.

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COTAÇÕES
Para responderes aos itens 1. a 2.3., ouve a gravação e segue as instruções.

TEXTO A

Áudio

Fonte: www.rtp.pt (consultado em 11/09/2021)

1.  Assinala com X as três informações sobre a prova em que participou Patrícia Mamona dadas na
primeira intervenção do jornalista.

A Data

B Designação

C Resultado

D Local

E Duração

2.  Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

2.1.  O principal objetivo do jornalista ao usar a expressão «levitar sobre uma caixa de areia» é

A estabelecer uma relação de semelhança entre o desporto e os espetáculos de magia.

B valorizar as capacidades da atleta que se destacou na prova desportiva em questão.

C evidenciar o esforço físico exigido aos atletas que competem na modalidade em causa.

2.2.  Quando afirma que um «mundo» separou a atleta portuguesa das suas adversárias, o jornalista
refere-se, especificamente,

A ao centímetro que diferenciou o seu salto dos restantes.

B aos 14 metros e 53 centímetros que conseguiu saltar.

C à medalha de ouro que conquistou no campeonato.

2.3.  Neste texto, o discurso do jornalista evidencia, sobretudo, características

A expositivas.

B argumentativas.

C narrativas.

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Lê o Texto B.

TEXTO B

O cérebro existe para podermos agir sobre nós próprios e sobre o que nos rodeia.
E ação significa quase sempre movimento. Os movimentos voluntários – aqueles que
fazemos porque assim o decidimos – envolvem várias áreas do cérebro, em especial
a espinal medula e o córtex motor, que, juntos, controlam centenas de músculos do corpo.
5 Uma ginasta faz um salto com pirueta vertical num minitrampolim, e o ginásio quase
vem abaixo. Um jogador de futebol faz uma jogada (impossível!) e põe o estádio de
pé. Um bailarino é tão, tão perfeito no seu movimento que comove a plateia. Só em
momentos como estes nos apercebemos do controlo de movimentos incrível de que
o corpo humano é capaz.
10 No entanto, todos nós somos capazes de proezas complexas. Tarefas simples como
atar os sapatos ou agarrar um copo de água exigem grande destreza, e só conseguimos
realizá-las porque o sistema nervoso central é mais incrível do que o mais incrível dos
computadores.
O mais espantoso em nós, seres humanos, é, porém, o modo como conseguimos
15 prever que movimentos serão necessários para executar uma ação. Ou seja, como
conseguimos controlar o corpo, o espaço, o tempo e as coisas inesperadas que
acontecem naquele preciso instante, muitas vezes, no meio de mil coisas que estão
a acontecer à nossa volta. Conseguimo-lo porque o nosso cérebro é imbatível em lidar
com situações imprevistas e também em distinguir entre informação relevante e ruído
20 que não interessa.
Quando agimos, comparamos a informação que estamos a receber no momento com
os dados que temos guardados dentro de nós e que resultam da nossa experiência
passada em situações semelhantes. Estas comparações são feitas a grande, grande
velocidade e permitem que o cérebro faça um cálculo de probabilidades e dê ordens
25 muito precisas aos músculos para agirem de acordo com elas. Depois, a cada instante,
reposicionamos os nossos movimentos de acordo com a resposta que recebemos
do exterior através dos sentidos.
Todos aprendemos que os sentidos são cinco. Na verdade, possuímos outros sistemas
sensoriais: há um sentido chamado proprioceção, palavra que deriva do latim e que
30 significa perceção de nós próprios, que nos informa acerca da nossa posição no espaço.
A proprioceção é intuitiva, sendo responsável por conseguirmos descer umas escadas
no escuro ou comer de olhos fechados. Por aqui se percebe como para os dançarinos
este sentido é indispensável!
Isabel Minhós Martins e Maria Manuel Pedrosa, Cá Dentro – Guia para Descobrir o Cérebro,
Carcavelos, Planeta Tangerina, 2017. (Texto adaptado)

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3.  Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as ideias são apresentadas no texto.

A primeira frase já se encontra numerada.

Noção que explica a execução de movimentos corporais sem o uso da visão.

Capacidade humana para dominar movimentos muitíssimo complicados.

Relação entre a experiência adquirida e a capacidade de previsão do cérebro.

1 Relação entre diferentes partes do cérebro e os movimentos voluntários.

Capacidade do cérebro para comandar movimentos em situações imprevistas.

4.  Assinala com X as três expressões que, no texto, são usadas para intensificar uma qualidade.

A «em especial» (linha 3)

B «tão, tão perfeito» (linha 7)

C «mais incrível do que o mais incrível» (linha 12)

D «no meio de mil coisas» (linha 17)

E «a grande, grande velocidade» (linhas 23-24)

5.  Assinala com X, nos itens 5.1. e 5.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

5.1.  Na expressão «que significa perceção de nós próprios» (linhas 29-30), o pronome «que»
refere-se a

A «outros sistemas sensoriais» (linhas 28-29).

B «um sentido chamado proprioceção» (linha 29).

C «palavra» (linha 29).

D «latim» (linha 29).

5.2.  A expressão que sintetiza o assunto principal do texto é

A «A existência de um sentido chamado proprioceção».

B «A capacidade para executar movimentos complexos».

C «A função das diferentes áreas do cérebro».

D «A relação entre o cérebro e os movimentos do corpo».

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Lê o Texto C e as notas.

TEXTO C

Um dia, à meia-noite, ele viu-a. Era a estrela mais gira do céu, muito viva, e a essa
hora passava mesmo por cima da torre. Como é que a não tinham roubado? Ele próprio,
Pedro, que era um miúdo, se a quisesse empalmar1, era só deitar-lhe a mão. Na realidade,
não sabia bem para quê. Era bonita, no céu preto, gostava de a ter. Talvez depois
5 a pusesse no quarto, talvez a trouxesse ao peito. E daí, se calhar, talvez a viesse a dar
à mãe para enfeitar o cabelo. Devia-lhe ficar bem, no cabelo.
De modo que, nessa noite, não aguentou. Meteu-se na cama como todos os dias,
a mãe levou a luz, mas ele não dormiu. Foi difícil, porque o sono tinha muita força.
Teve mesmo de se sentar na cama, sacudir a cabeça muitas vezes a dizer-lhe que não.
10 E quando calculou que o pai e a mãe já dormiam, abriu a janela devagar e saltou para
a rua. A janela era baixa. Mas mesmo que não fosse. Com sete anos, ele estava treinado
a subir às oliveiras quando era o tempo dos ninhos, para ver os ovos ou aqueles bichos
pelados, bem feios, com o bico enorme, muito aberto. Assim que se viu na rua, desatou
a correr pela aldeia fora até à torre, porque o medo vinha a correr também atrás dele.
15 Mas como ia descalço, ele corria mais. A igreja ficava no cimo da aldeia e a aldeia ficava
no cimo de um monte. De modo que era tudo a subir. Mas conseguiu ‒ e agora estava
ali. Olhou a estrela para ganhar coragem, ela brilhava, muito quieta, como se estivesse
à sua espera. E de repente lembrou-se: se a porta estivesse fechada? Levantou-se logo,
foi ver. A torre era muito alta e tinha uma porta para a rua. Pedro empurrou-a um pouco
20 e viu que estava aberta. Como estava escuro, pôs-se a andar às apalpadelas. Até que
pisou o primeiro degrau e começou a subir. Cheirava mal que se fartava. Mas, à medida
que ia subindo, vinha lá de cima um fresco que aclarava o cheiro. À última volta da
escada em caracol, olhou ao alto o céu negro, muito liso. Via algumas estrelas, mas era
tudo estrelas velhas e fora de mão. Até que chegou ao campanário2 e respirou fundo.
25 Agora tinha de subir por uma escadinha estreita que começava ao lado; e depois ainda
por uma outra de ferro, ao ar livre, e com o adro3 lá em baixo. Mas quando chegou à
de ferro, não olhou. Deu foi uma olhadela à estrela, que já se via muito bem. Todavia,
quando a escada acabou, reparou que lhe não chegava ainda com a mão. Tinha pois
de subir o resto de gatas, dobrando e desdobrando as pernas como uma rã. Mesmo no
30 cimo da torre havia uma bola de pedra e enterrado na bola havia um ferro e ao cimo
do ferro estava um galo com os quatro pontos cardeais. Pedro segurou-se ao varão
e viu que tinha ainda de subir até se pôr mesmo em cima do galo. Subiu devagar, que
aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.
Enroscando as pernas no varão, tinha agora os braços livres. E então ergueu a mão
35 devagar. Os ferros balançavam, mas ele nem olhava lá para baixo. Fez força ainda nas
pernas, apoiou-se na mão esquerda, e com a outra, finalmente, despegou a estrela.
Não estava muito pregada e saiu logo. Entalou-a então no cordel das calças, porque
não tinha bolsos, e começou a descer. E assim que pôs pé em terra, largou para casa,
mas não muito depressa. Apetecia-lhe mesmo parar de vez em quando e olhar a estrela
40 com uma atenção especial. Era formidável. Lembrava um pirilampo, mas muito maior.
Oh, muito maior.
Vergílio Ferreira, «A Estrela», in Contos, Lisboa, Quetzal, 2009, pp. 165-167. (Texto com supressões)

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NOTAS
1  empalmar – roubar.
2  campanário – parte da torre da igreja onde estão os sinos.
3  adro – espaço em frente da igreja.

6.  No início do texto, surgem referências que dizem respeito a noites diferentes: «Um dia, à meia-noite,
ele viu-a.» (linha 1) e «nessa noite, não aguentou» (linha 7).

Que pensamentos de Pedro em relação à estrela, na primeira noite, foram, desde logo, determinantes
para o levar a agir na segunda noite? Para responderes, usa palavras tuas.

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7.  Assinala com X, nos itens 7.1. a 7.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

7.1.  No momento em que descobre a estrela, Pedro admira-se que ela ainda permaneça no céu:
«Como é que a não tinham roubado?» (linha 2).

O tempo verbal utilizado nesta interrogação de Pedro é o

A pretérito mais-que-perfeito composto do modo indicativo.

B pretérito perfeito composto do modo indicativo.

C pretérito perfeito composto do modo conjuntivo.

D pretérito mais-que-perfeito composto do modo conjuntivo.

7.2.  «Com sete anos, ele estava treinado a subir às oliveiras quando era o tempo dos ninhos,
para ver os ovos ou aqueles bichos pelados, bem feios, com o bico enorme, muito aberto.»
(linhas 11-13).

Com esta frase, o narrador justifica

A a coragem de Pedro para sair de casa àquela hora tardia.

B a descontração de Pedro em relação à ideia de saltar de uma janela.

C o cuidado de Pedro ao saltar pela janela do seu quarto.

D a esperteza de Pedro ao escolher aquela ocasião para sair de casa.

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7.3.  Nas linhas 13 a 21, para narrar o percurso de Pedro desde casa até ao início da escada
da torre, o narrador recorre, por exemplo, a orações subordinadas adverbiais temporais, como
«Assim que se viu na rua» (linha 13) e

A «porque o medo vinha a correr também atrás dele» (linha 14).

B «De modo que era tudo a subir» (linha 16).

C «Como estava escuro» (linha 20).

D «Até que pisou o primeiro degrau» (linhas 20-21).

7.4.  «Levantou-se logo» (linha 18).

Apesar do cansaço, Pedro reage imediatamente, porque se lembra

A da possibilidade de a porta da torre estar fechada.

B da estrela que ele tanto admirava.

C de que estava ali completamente sozinho.

D de que ainda tinha de subir ao cimo da torre.

8.  Lê a frase seguinte, que descreve a torre da igreja.

«A torre era muito alta e tinha uma porta para a rua.» (linha 19)

Assinala com X a opção que apresenta, respetivamente, a função sintática de cada segmento
sublinhado.

A Predicativo do sujeito e complemento direto

B Predicativo do sujeito e complemento oblíquo

C Modificador do nome e complemento oblíquo

D Modificador do nome e complemento direto

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9.  Relê a passagem seguinte: «vinha lá de cima um fresco que aclarava o cheiro» (linha 22).

Explica, por palavras tuas, o sentido desta passagem, tendo em conta o momento da ação em que
se enquadra.

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10.  Quando Pedro alcança a última volta da escada em caracol, vê várias estrelas no céu negro, que
não lhe despertam interesse (linhas 22-24).

Assinala com X a opção que completa a afirmação.

No texto, as características dessas estrelas são apresentadas numa oração coordenada

A explicativa.

B disjuntiva.

C adversativa.

D conclusiva.

11.  Ao chegar ao cimo da torre, Pedro observou uma estrutura: «Mesmo no cimo da torre havia uma
bola de pedra e enterrado na bola havia um ferro e ao cimo do ferro estava um galo com os quatro
pontos cardeais» (linhas 29-31).

Apresenta, por palavras tuas, as estratégias que Pedro utilizou para tirar partido de dois elementos
dessa estrutura até conseguir ficar com os braços livres. Recorre às informações das linhas 32 a 34.

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12.  Assinala com X, nos itens 12.1. e 12.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.

12.1.  As ações de Pedro relatadas nas linhas 34 a 37 devem-se

A à necessidade de estabilidade para alcançar a estrela.

B à dimensão da estrela quando vista de perto.

C à força que era preciso fazer para despegar a estrela.

D à importância de se pôr em pé para chegar à estrela.

12.2.  Na descrição da estrela, feita de acordo com o ponto de vista de Pedro (linhas 40-41), usa-se
uma

A enumeração.

B comparação.

C onomatopeia.

D personificação.

13.  Na noite em que roubou a estrela, Pedro guardou-a numa caixa, quando chegou a casa. Mais
tarde, o narrador relata o seguinte.

«Mas no dia seguinte, assim que acordou, foi logo ver se ainda lá estava. Ela estava lá,
realmente. Mas não deitava luz nenhuma. Apagada, mesmo com alguma ferrugem em certos
sítios – para que queria ele aquilo?»

O que mudou na atitude de Pedro em relação à estrela?

Por que razão se deu essa mudança?

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14.  «Quem corre por gosto não cansa», diz-nos o conhecido provérbio.

Será que a motivação nos alivia do esforço necessário para alcançarmos o que desejamos?

Escreve um texto de opinião bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre a
questão apresentada.

O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.

Observações:

1. P
 ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;

– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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Rubricas dos professores vigilantes

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome completo

A PREENCHER PELa escola


Documento de identificação CC n.º |___|___|___|___|___|___|___|___| |___| |___|___|___|
N.º convencional
Assinatura do aluno

N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2019
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho PELo agrupAmento
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR

Classificação em percentagem |___|___|___| ( por cento)

Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|

Observações

A PREENCHER PELA ESCOLA

Classificação alterada em sede de reapreciação conforme despacho em anexo


Classificação alterada em sede de reclamação conforme despacho em anexo

Duração da Prova: 90 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 16 Páginas

Todas as respostas são dadas no enunciado da prova.

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Apresenta apenas uma resposta para cada item.

Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o grupo e o item a que se refere a tua resposta.

As cotações dos itens encontram-se no final da prova.

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COTAÇÕES

GRUPO I

Para responderes aos itens do Grupo I, vais ouvir um excerto de um programa radiofónico sobre
um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas, guardado na Casa-Forte da Biblioteca-Geral
da Universidade de Coimbra.

1.  Assinala com X, nos itens 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.

1.1.  Na sua segunda intervenção, a jornalista acrescenta informação acerca da Casa-Forte,


relativamente

A à existência de um código de acesso ao seu interior.

B às condições ambientais do seu interior.

C ao material usado na construção do seu interior.

1.2.  O comprimento e a largura da edição de Os Lusíadas guardada na Casa-Forte da Biblioteca-Geral


da Universidade de Coimbra

A confirmam as expectativas criadas pela jornalista.

B comprovam que se trata de uma primeira edição.

C motivam considerações sobre a vida de Camões.

1.3.  A opinião do diretor-adjunto da Biblioteca-Geral sobre o tipógrafo da primeira edição de Os Lusíadas


baseia-se, entre outros aspetos,

A na impressão em itálico das estrofes.

B na qualidade do papel utilizado.

C na encadernação em couro ornamentada.

1.4.  O exemplar de Os Lusíadas retirado do cofre

A tem a figura de um pelicano virado para a esquerda.

B inclui a numeração das estrofes impressa a dourado.

C mantém-se preservado como se fosse novo.

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GRUPO II

TEXTO A

Lê o texto e as notas.

O ato da escrita permaneceu associado à oralidade pelo menos até ao século XV:
eram bastante numerosos os copistas e secretários que desempenhavam a função
de registo por escrito, seguindo as instruções orais dadas pelo senhor que serviam.
O verbo escrever nem sequer era utilizado para designar a ação do criador literário,
5 sendo compor a forma verbal que mais frequentemente denotava a feitura de livros.
Até finais do século XVI, muitos textos continuaram a apresentar indícios1 de que
se tratava de composições que se destinavam a serem lidas oralmente perante um
auditório, numa época em que a maioria da população era iletrada e a leitura silenciosa
estava ainda numa fase de afirmação.
10 Logo a partir do século XV, registaram-se transformações importantes no domínio
da arte da escrita: generalizou-se a escrita cursiva gótica2, logo seguida de outras formas
de mais fácil utilização, as quais muito concorreram para converter o ato de redação em
algo de mais «descontraído», ao mesmo tempo que potenciaram a sua privacidade.
Esta alteração foi provavelmente catalisada3 pelo ambiente escolar, que exigia o recurso
15 a uma técnica de registo (e de leitura) mais rápida e expedita4.
A introdução do papel como suporte de registo constituiu mais um passo no sentido
do avanço da escrita como forma de comunicação, passando esta a ser utilizada
de um modo cada vez mais extensivo e quotidiano na sociedade daquele tempo.
Contudo, a mudança verdadeiramente decisiva ocorreu após 1455: os caracteres5
20 móveis introduzidos por Johannes Gutenberg difundiram-se por toda a Europa a uma
velocidade alucinante.
A imprensa de Gutenberg conferiu ao texto escrito uma decisiva homogeneização
gráfica, acelerando o ato da leitura e colocando o sentido da visão em primeiro plano,
relegando a capacidade auditiva para um nível secundário. Doravante, a informação
25 passava a chegar através de um só canal, e, pela primeira vez, dispunha-se de um texto
«invariável», reproduzido às centenas ou aos milhares, escapando às faltas e aos erros
provocados pelo cansaço ou pela ignorância dos copistas.
Pedro Cardim, «Livros, literatura e homens de letras no tempo de João de Barros»,
in Oceanos, n.º 27, julho/setembro de 1996. (Texto adaptado)

NOTAS
1 
indícios – marcas; vestígios.
2  escrita cursiva gótica – tipo de letra manuscrita usada na época medieval.
3  catalisada – estimulada.
4  expedita – eficiente; eficaz.
5  caracteres – letras impressas.

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Transporte
1.  Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas
no texto. A primeira frase já se encontra numerada.

O público dos textos escritos era maioritariamente analfabeto.

A alteração do suporte de registo da escrita facilitou a troca de informações.

1 A composição de textos escritos estava muito dependente da oralidade.


Os textos manuscritos eram graficamente menos uniformes do que os impressos.

A simplificação da escrita manuscrita tornou o ato da escrita mais pessoal.

2.  Assinala com X, nos itens 2.1. e 2.2., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.

2.1.  Os dois pontos usados nas linhas 1, 11 e 19 introduzem

A uma explicação.

B uma citação.

C uma enumeração.

D uma conclusão.

2.2.  A expressão «sua privacidade» (linha 13) refere-se a

A «arte da escrita» (linha 11).

B «escrita cursiva gótica» (linha 11).

C «ato de redação» (linha 12).

D «ambiente escolar» (linha 14).

3.  Completa a afirmação seguinte, que sintetiza as ideias finais do texto, usando três das expressões
apresentadas abaixo.

Escreve, em cada círculo, a letra correspondente à expressão selecionada.

Com a invenção da imprensa de Gutenberg, o lugar de privilégio ocupado pela   passou

a ser ocupado pela  ,  em consequência da  .

(A) homogeneização gráfica (B) capacidade auditiva (C) capacidade visual

(D) ignorância dos copistas (E) informação essencial

A transportar
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Transporte
TEXTO B

Lê o excerto da peça Que Farei com Este Livro?, de José Saramago, e as notas.

Lisboa, Mouraria, casa de Luís de Camões, princípio de maio de 1570.

Diogo do Couto (Falando de fora) – Luís Vaz mora nesta casa?


Ana de Sá (Abrindo a porta) – Nesta mesma. Vós, quem sois?
Diogo do Couto – Diogo do Couto, amigo e companheiro de vosso filho, para vos servir.
5 Ana de Sá – Vós sois Diogo do Couto? Entrai. E não repareis na pobreza da casa,
que é de mulher velha e viúva. E, se não fica mal dizer, só desde há duas semanas mãe
outra vez.
Diogo do Couto – Senhora, de casas pobres falais com homem de muita experiência
que não viveu em palácios, ou quando neles habitou não foi em salas e aposentos
10 principais. Tal como vosso filho.
Ana de Sá – Sentai-vos, sentai-vos. Deixai que olhe bem o rosto do amigo do meu Luís.
Diogo do Couto – Outros tem.
Ana de Sá – Mas nenhum melhor do que vós. (Outro tom) Porém não devo ser injusta
para quantos, com tão grande generosidade, restituíram o filho aos braços de sua mãe
15 ao cabo de dezassete anos. Dezassete anos que esperei aqui por ele, sem notícias, ou
tão poucas, pensando se estaria morto, se por lá me teria ficado, nessas terras estranhas
donde nenhum bem nos veio nunca, e já não virá.
Diogo do Couto – Não gostais da Índia?
Ana de Sá – Que é a Índia?
20 Diogo do Couto – Senhora, que pergunta a vossa. Não cuidava eu, quando
desembarquei, que alguém me pusesse em Lisboa questão de tanta dificuldade. Que
resposta vos hei de dar?
Ana de Sá – Vós o sabereis.
Diogo do Couto – Sei o que é a Índia agora. Vem de lá a especiaria, a seda, todas
25 essas riquezas que chegam ao reino.
Ana de Sá – Da Índia sabeis certamente muito mais do que isso.
Diogo do Couto – Tendes razão. A Índia será, ou cuido que já o é, uma doença de
Portugal. Queira Deus que não mortal doença.
Ana de Sá – Senhor Diogo do Couto, eu não sei ler. Luís Vaz trouxe aí muitos papéis...
30 Diogo do Couto – Papéis ilustres, que os conheço.
Ana de Sá – Aí se senta os dias a corrigir, a ler em voz alta. Muito do que diz não sei
entender, é tudo um falar de deuses e deusas, nomes de terras e mares desconhecidos,
prodígios, coisas nunca vistas, quem, neste bairro da Mouraria, seria capaz de imaginar
o mundo assim?

A transportar
Prova 91/1.ª F. • Página 6/ 16
Transporte

35 Diogo do Couto – O mundo tem ainda muito mais que ver e admirar.
Ana de Sá – Há dias pedi-lhe que me lesse uma passagem mais clara, que pudesse
chegar melhor ao meu entendimento, e ele pôs-se a olhar para mim com um ar muito
grave1, e depois de procurar leu-me a fala do velho2 que esteve na partida das naus para
a Índia. Estais lembrado?
40 Diogo do Couto – Como do meu próprio nome. Ó glória de mandar, ó vã cobiça
dessa vaidade a que chamamos fama...3
Ana de Sá – Esses versos escreveu-os Luís Vaz na Índia, não foi?
Diogo do Couto – Decerto.
Ana de Sá – Então, quando vós dizeis que a Índia será uma doença de Portugal,
45 estais declarando doutro modo aquilo que meu filho disse nas oitavas que me leu.
É assim que eu entendo.
Diogo do couto – Discreta sois.
Ana de Sá – Zombais de uma pobre velha ignorante. Tive tempo para pensar no meu
filho, nessas terras e nessas viagens. Dezassete anos a pensar são muitos pensamentos.
50 Outra vez vos digo obrigada, senhor Diogo do Couto, por mo terdes trazido.
José Saramago, Que Farei com Este Livro?, Lisboa, Caminho, 1999, pp. 47-51. (Texto com supressões)

NOTAS
1  grave– sério.
2 
velho – referência ao Velho do Restelo, figura que, em Os Lusíadas, se dirige aos navegadores no momento
da partida da armada de Vasco da Gama para a Índia.
Ó glória de mandar, ó vã cobiça dessa vaidade a que chamamos fama... – referência ao início da fala do Velho
3 

do Restelo em Os Lusíadas.

4.  Assinala com X todas as alíneas que, de acordo com o texto, correspondem a informações sobre
a personagem Luís de Camões.

A Vivia com a mãe no início de maio de 1570.

B Fez segredo da sua amizade com Diogo do Couto.

C Viveu em espaços humildes durante a sua vida.

D Regressou à pátria graças às diligências da mãe.

E Partilhou os seus escritos com Diogo do Couto.

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Prova 91/1.ª F. • Página 7/ 16
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5.  «só desde há duas semanas mãe outra vez» (linhas 6-7)

Explicita o sentido destas palavras de Ana de Sá, tendo em conta as suas afirmações ao longo
da conversa com Diogo do Couto.

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6.  Diogo do Couto e Ana de Sá usam diferentes expressões para se referirem à epopeia Os Lusíadas,
nomeadamente: «Papéis ilustres» (linha 30) e «oitavas» (linha 45).

Completa os espaços em branco para explicitares duas informações sobre Os Lusíadas a partir
destas expressões.

A referência às «oitavas» permite-nos saber que as estrofes de Os Lusíadas têm (A) 

Já na expressão «Papéis ilustres», o adjetivo destaca (B) 

da obra.

7.  Ao longo do texto, surgem ideias contrastantes sobre a Índia.

Explica em que consiste esse contraste.

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8.  Relê as linhas 44 a 47.

Assinala com X a opção que, de acordo com o texto, completa a frase seguinte.

O comentário que Ana de Sá faz aos versos de Os Lusíadas permite a Diogo do Couto concluir que
ela é

A reservada.

B cautelosa.

C ingénua.

D perspicaz.

9.  Imagina que eras o encenador desta peça e que estavas com os atores a ensaiar esta cena.

Que conselho darias à atriz que iria desempenhar o papel de Ana de Sá para a auxiliar a representar
a mudança de tom prevista na indicação cénica «Outro tom» (linha 13)?

Justifica a tua opção, tendo em conta o contexto em que surge a indicação cénica.

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TEXTO C

Lê a estância 145 do Canto X de Os Lusíadas e as notas.

Nô1 mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho


Destemperada2 e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
5 O favor3 com que mais se acende4 o engenho
Não no5 dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza6
Dũa austera, apagada e vil tristeza.
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, 5.ª ed.,
Lisboa, IC-MNE, 2003, p. 283.

NOTAS
1  Nô – não.
2  Destemperada – desafinada.
3  favor– incentivo; prémio.
4  acende – estimula.
5  Não no – não o.
6  rudeza – ignorância.

10.  Escreve um texto breve em que:


– indiques a quem se dirige o poeta nesta estância;
– caracterizes o estado de espírito do poeta e identifiques uma das causas desse estado de espírito;
– estabeleças uma relação de semelhança entre a caracterização da «pátria» nesta estância e a
caracterização de Portugal no Texto B.

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GRUPO III

1.  Associa cada significado apresentado na coluna A ao verbo derivado de «pôr» que lhe corresponde
na coluna B.

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

A ‒ antepor

voltar a colocar B ‒ compor

mover além de C ‒ repor

ordenar num conjunto D ‒ propor

E ‒ transpor

2.  Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos do modo conjuntivo indicados entre
parênteses.

a) Talvez eu    (ir / presente) à biblioteca logo

à tarde.

b) Se ele    (ler / pretérito imperfeito) este

livro, ficava esclarecido.

c) Espero que tu    (terminar / pretérito perfeito)

a tua parte do trabalho.

d) Tomara que eles    (inter vir / pretérito mais-

-que-perfeito) no debate!

3.  Assinala com X a frase que integra uma oração subordinada adjetiva relativa.

A Este livro é tão empolgante que precisas mesmo de o ler.

B Pedi à bibliotecária que nos sugerisse alguns títulos de livros.

C Tens de ler o livro depressa que eu preciso de o ler também.

D A livraria de que me falaste ontem está aberta aos domingos.

A transportar
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Transporte
4.  Lê o diálogo seguinte.

‒ Desde que começámos o trabalho na biblioteca, já catalogámos mais de cem livros.


Não queres fazer parte da equipa de voluntários, Ana? – perguntou o Pedro.

‒ Desde que o trabalho seja às segundas-feiras, quero. Tenho a tarde livre.

Transcreve, na linha abaixo, apenas a oração subordinada adverbial condicional presente no diálogo.

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5.  Lê a frase seguinte.

Informá-lo-ei da alteração ao horário da biblioteca, se for caso disso.

Reescreve a oração sublinhada, iniciando-a pela palavra «Só». Faz apenas as alterações necessárias.

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6.  Assinala com X a frase em que a vírgula é utilizada para isolar o modificador apositivo do nome.

A Camões, poeta e soldado, é uma das maiores figuras do século XVI.

B Camões, outros poetas e cronistas de então escreveram sobre a Índia.

C – Vai, Luís Vaz, vai para a Índia servir lealmente o teu rei.

D Algumas obras de Camões e de Gil Vicente, conheço bastante bem.

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Transporte

GRUPO IV

No século XVI, o mundo por descobrir era um grande desafio. Hoje em dia, há outros desafios,
nomeadamente o da preservação do ambiente.

Na tua opinião, estamos a fazer o necessário para preservar o nosso planeta?

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir:


– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
– uma conclusão adequada.

Observações:

1. P
 ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2019/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;

– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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Rubricas dos professores vigilantes

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome completo

A PREENCHER PELA ESCOLA


Documento de identificação CC n.º |___|___|___|___|___|___|___|___| |___| |___|___|___|
N.º convencional
Assinatura do aluno

N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2018
9.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR

Classificação em percentagem |___|___|___| ( por cento)

Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|

Observações

Duração da Prova: 90 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 16 Páginas

Todas as respostas são dadas no enunciado da prova.

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.

Apresenta apenas uma resposta para cada item.

Apresenta as tuas respostas de forma legível.

Ao responder, diferencia corretamente as maiúsculas das minúsculas.

Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.

As cotações dos itens encontram-se no final da prova.

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

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COTAÇÕES

GRUPO I

Para responderes aos itens deste grupo, vais ouvir um texto informativo sobre o templo romano
de Évora.

1.  Numera os tópicos de 1 a 4, de acordo com a ordem pela qual as informações sobre esse templo
são apresentadas no texto.

O primeiro tópico já se encontra numerado.

Perdeu um pedaço de mármore da sua estrutura.

É visitado anualmente por milhares de turistas.

1 Foi alvo de obras de conservação e restauro, durante quatro meses.

Foi edificado com matérias-primas de Estremoz, Vila Viçosa e Évora.

2.  Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

2.1.  O locutor usa a expressão «O pano caiu sobre as obras» para se referir

A à decisão de se ocultar a intervenção ocorrida no monumento.

B à conclusão da intervenção que se levou a cabo no monumento.

C à necessidade de proteger o monumento após a intervenção efetuada.

2.2.  O mapeamento do edifício teve como objetivo reunir elementos para

A promover o templo em postais turísticos.

B exibir imagens das obras efetuadas no templo.

C facilitar futuras intervenções no templo.

2.3.  O locutor usa várias expressões que revelam a opinião geral sobre

A a importância histórica e cultural do monumento.

B a procura do monumento pelos turistas.

C a dimensão das obras efetuadas no monumento.

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GRUPO II

TEXTO A

Lê o texto e as notas.

Tal como ainda hoje, no mundo antigo seria rara a oportunidade de ver com os próprios
olhos um conjunto de sete maravilhas dispersas por terras do Egito, da Babilónia e da
Grécia. Todavia, algumas dessas maravilhas surgiram em locais que desde muito cedo
atraíam visitantes.
5 É conhecido o interesse que a terra dos faraós despertava nos Gregos, como
a Odisseia1 já sugeria. Da mesma maneira, o santuário de Olímpia, que segundo a
tradição acolhia competições atléticas desde 776 a.C., tornou-se num dos espaços mais
visitados do mundo clássico, em especial graças à reorganização arquitetónica a que
foi submetido na primeira metade do século V a.C. Data desse período a construção
10 do templo monumental dedicado a Zeus, que tinha como atração principal a estátua
de Fídias de Atenas2, concluída cerca de 430 a.C. Não foi menor a fama do santuário
de Ártemis3 em Éfeso, que atraía peregrinos e viajantes desde tempos muito remotos.
A estátua enigmática da deusa e a magnificência do seu templo, que se tornou num centro
de asilo e num tesouro, trouxeram-lhe grande prestígio. Estes exemplos demonstram
15 que, na Grécia antiga, a experiência do turismo surge, desde os primórdios, associada à
religião e ao património artístico e arquitetónico.
Na época helenística4, aparecem textos que descrevem os espaços, edifícios e
estátuas dos santuários e das cidades mais importantes. Desses textos, apenas nos
chegaram notícias ou fragmentos, mas podemos considerá-los os primeiros guias
20 turísticos, ainda que por vezes tenham mais em vista o conhecimento erudito5 do que a
orientação dos visitantes num determinado local.
Francisco de Oliveira et al. (coord.), Espaços e Paisagens. Antiguidade Clássica e Heranças Contemporâneas, Vol. I,
Coimbra, IUC, 2012, pp. 75-76 (texto adaptado).

NOTAS
1 Odisseia – obra composta na Grécia antiga, resultante de uma longa tradição oral, cuja divulgação terá
começado no século VIII a.C. e cujo texto foi fixado no século VI a.C.
2  Fídias de Atenas – escultor da Grécia antiga, autor da famosa estátua de Zeus em Olímpia.
3  Ártemis – deusa grega da caça.
4  época helenística – período compreendido entre a morte de Alexandre, o Grande, e a anexação da Grécia por Roma.
5  erudito – culto.

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Transporte
1.  Assinala com X as duas opções que poderiam servir de título para este texto, porque sintetizam
o seu assunto.

A As competições desportivas no mundo antigo

B O enigma da estátua de Ártemis

C O turismo na Antiguidade Clássica

D A religião na Grécia antiga

E Locais de atração turística na Grécia antiga

2.  Para cada item (2.1. e 2.2.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

2.1.  A palavra «Todavia», usada na linha 3, pode associar-se a uma ideia de

A causa.

B contraste.

C conclusão.

D consequência.

2.2.  A partir da primeira metade do século V a.C.,

A o templo de Zeus começou a atrair muitos visitantes a Olímpia.

B o santuário de Olímpia passou a receber diversas competições atléticas.

C a terra dos faraós passou a despertar o interesse dos Gregos.

D o santuário de Ártemis, em Éfeso, começou a atrair peregrinos e viajantes.

3.  Completa a afirmação seguinte, usando uma das palavras abaixo apresentadas.

Os textos referidos no último parágrafo podem ser considerados os primeiros guias turísticos graças

ao seu carácter __________________________ .

descritivo erudito fragmentado noticioso

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TEXTO B

Lê o texto e as notas.

Nota prévia
Príamo era o rei de Troia. Um dos seus filhos, Páris, rapta Helena, esposa de Menelau, o rei da
cidade grega de Esparta. Para recuperar Helena, Menelau pede ajuda aos outros reis gregos e, em
conjunto, reúnem um grande exército e cercam Troia durante dez anos.
No texto que vais ler, os deuses comentam um dos confrontos ocorridos entre Gregos e Troianos
durante esse cerco.

No Olimpo, a cena estava a ser observada por Zeus e pelos outros deuses. Bebiam
néctar e brindavam-se com taças douradas, ao mesmo tempo que seguiam atentamente
tudo o que se passava em Troia. Zeus tentou provocar Hera com palavras mordazes:
‒ Sabemos como Menelau tem sempre duas deusas para o ajudar: Hera e Atena.
5 Mas elas hoje estão aqui sentadas, enquanto Afrodite conseguiu proteger Páris do
destino, salvando-o da morte certa. Pensemos agora como serão as coisas daqui para
a frente: se de novo agitaremos a guerra maligna e o fragor tremendo da batalha, ou se
estabeleceremos a amizade entre as duas partes. Se todos nós concordarmos, Menelau
poderá levar Helena para casa; e assim mantinha-se de pé a cidade de Príamo.
10 Assim falou. Por seu lado sussurraram Atena e Hera, sentadas uma ao lado da outra,
a planear desgraças para os Troianos. Atena manteve-se em silêncio, furibunda contra
Zeus pai. Porém Hera não conteve a ira no peito, mas desabafou:
‒ Zeus terribilíssimo, que acabas tu de dizer? Como queres tornar vão o meu esforço, o
muito que suei, os meus cavalos exaustos, quando chamava os Gregos para aniquilarem
15 Príamo e seus filhos? Se não fosse o trabalho em que me empenhei, nunca os Gregos
teriam reunido tão grande exército em Troia.
Encolerizado lhe respondeu Zeus, que comanda as nuvens:
‒ Será que Príamo e seus filhos te fizeram tantos males que incessantemente planeias
arrasar a cidade de Troia? Se pudesses entrar dentro das portas e das altas muralhas
20 para devorares Príamo e seus filhos em carne crua, assim como os outros Troianos,
talvez apaziguasses a tua ira! Mas ouve bem o que te digo: quando, pela minha parte,
eu quiser destruir uma das tuas cidades, onde habitam homens que te são caros, não
procures reter a minha cólera, mas deixa-me atuar: lembra-te que também eu te dei
Troia, embora a contragosto. Pois de todas as cidades sob o Sol e sob o céu cheio de
25 astros, destas a que tem mais honra no meu coração é a sacra Troia. E o povo que mais
amo é o de Príamo.
Hera deu-lhe esta resposta:
‒ Na verdade são três as cidades que me são mais queridas: Argos, Esparta e
Micenas de amplas ruas. Estas poderás destruir, quando se tornarem odiosas ao teu
30 coração. Não estou aqui em sua defesa, nem as quero enaltecer. É lícito todavia que
o meu esforço contra os Troianos seja compensado. Pois também eu sou uma deusa,
nascida donde tu nasceste, e como filha mais velha me gerou Crono, com honra dupla,
não só porque sou mais velha, mas também porque sou tua esposa, e tu reges todos
os deuses imortais. Cedamos, contudo, neste assunto um ao outro: eu a ti; e tu a mim.
35 E todos os outros deuses imortais nos seguirão. Depressa ordena agora a Atena que se
dirija ao campo de batalha e se esforce para que os Troianos sejam os primeiros a lesar1
os Gregos.

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Prova 91/1.ª F. • Página 6/ 16
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E Zeus incitou Atena, que se lançou veloz dos píncaros2 do Olimpo. Tal como o cometa
que surge como portento3 a marinheiros ou ao vasto exército de povos, estrela brilhante
40 de que se projetam abundantes centelhas – assim se lançou Atena em direção à terra,
aterrando no meio dos soldados com um salto; e o espanto dominou quem olhava,
tanto Gregos como Troianos.
Frederico Lourenço, A Ilíada de Homero Adaptada para Jovens,
Lisboa, Livros Cotovia, 2014, pp. 54-56 (texto com supressões).

NOTAS
1  lesar– ferir.
2  dos píncaros – das alturas.
3  portento – maravilha, algo de extraordinário.

4.  Associa cada personagem da coluna A a uma frase da coluna B, de acordo com o texto.

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

A ‒ Evitou a morte de um dos filhos do rei de Troia.

Zeus B ‒ Propôs que os Troianos fossem os primeiros a ferir os Gregos.

Hera C ‒ Provocou grande surpresa entre Gregos e Troianos.

Atena D ‒ Assumiu o seu favoritismo pelos Troianos.

E ‒ Pretendeu levar a esposa de volta para a Grécia.

5.  Ao longo do diálogo, Hera opõe-se a Zeus.

Refere dois argumentos usados por Hera: um baseado na sua ação passada (linhas 13-16) e outro
baseado no seu estatuto (linhas 31-34).

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6.  Para cada item (6.1. e 6.2.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

6.1.  De acordo com o diálogo dos deuses, o que permite distinguir a «cidade de Príamo»

A são as ruas amplas.

B é a intensa luz do Sol.

C são as altas muralhas.

D é o céu repleto de astros.

6.2.  As cidades de Argos, Esparta e Micenas são

A locais já destruídos por Zeus.

B alvos habituais da cólera de Hera.

C locais desde sempre desprezados por Hera.

D alvos potenciais do ataque de Zeus.

7.  «Cedamos, contudo, neste assunto um ao outro» (linha 34).

Explica de que modo a proposta de Hera (linhas 34-37) não satisfaz a vontade de Zeus dada
a conhecer na sua intervenção inicial (linhas 4-9).

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8.  No último parágrafo, Atena é comparada com um cometa.

Identifica três características comuns a Atena e ao cometa que justifiquem o espanto que a deusa
causa entre os soldados gregos e os troianos.

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TEXTO C

Lê a estância 40 do Consílio dos Deuses (Os Lusíadas, Canto I) e as notas.

«E tu, Padre1 de grande fortaleza,


Da determinação que tens tomada
Não tornes por detrás2, pois é fraqueza
Desistir-se da cousa começada.
5 Mercúrio, pois excede em ligeireza
Ao vento leve e à seta bem talhada,
Lhe vá mostrar a terra onde se informe
Da Índia, e onde a gente se reforme3.»

Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, 5.ª ed., Lisboa, IC/MNE, 2003, p. 11.

NOTAS
1  Padre – Pai (Júpiter).
2  tornes por detrás – voltes atrás.
3  se reforme – se restabeleça; recupere as forças.

9.  Escreve um texto breve em que:


– identifiques a personagem que profere o discurso a que pertence esta estância;
– explicites o argumento utilizado por essa personagem para convencer Júpiter a manter a decisão
já tomada;
– estabeleças uma relação de semelhança entre a ação solicitada a Júpiter nos quatro últimos
versos e aquela que tem lugar na parte final do Texto B (linhas 35-38).

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GRUPO III

1.  Assinala com X todas as palavras que se formaram com o prefixo re-.

A reiniciar

B rebentar

C relembrar

D realizar

E reordenar

2.  Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses.

a) 
Eu _________________________________ (entreter-se / presente do indicativo) a passear

no jardim do museu.

b) Nós _________________________________ (inter vir / pretérito perfeito simples do indicativo)

pouco na organização da exposição.

c) Espero que ainda _________________________________ (haver / presente do conjuntivo)

muitos bilhetes!

d) De todos os turistas, os franceses eram quem _________________________________

(trazer / pretérito imperfeito do indicativo) mais bagagem.

3.  Associa cada palavra destacada na coluna A à palavra ou expressão da coluna B com sentido
equivalente.

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

A ‒ pois
Vénus defendia os Portugueses pela sua coragem e
reconhecia as qualidades da língua falada por esse povo. B ‒ nem... nem

Baco disse que obedecia a Júpiter, mas não o fez. C ‒ não só... mas também

Todos os deuses se sentaram no Olimpo, portanto Júpiter D ‒ por conseguinte


iniciou o consílio.
E ‒ no entanto

A transportar
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4.  Assinala com X a opção em que a oração sublinhada é introduzida por uma conjunção subordinativa
completiva.

A São tantas as exposições que não conseguiremos visitá-las todas.

B Digo-te que estes museus ficarão abertos durante a noite.

C Não visitaremos todas as exposições, a não ser que os museus se mantenham abertos.

D Visitou a exposição quem chegou cedo ao museu.

5.  Assinala com X a opção que corresponde à função sintática comum a todas as expressões
sublinhadas nas frases seguintes.

Gosto dos deuses da Antiguidade Clássica.

Conheço bem os deuses gregos e romanos.

Os deuses que eram venerados pelos povos antigos inspiraram vários filmes.

A modificador do nome

B predicativo do sujeito

C complemento direto

D sujeito

6.  Assinala com X a opção que corresponde à forma passiva da frase seguinte.

Com efeito, o tempo tem destruído o monumento.

A Com efeito, o monumento tem apresentado sinais de desgaste do tempo.

B O tempo tem sido, com efeito, o responsável pela destruição do monumento.

C Com efeito, o tempo foi destruindo o monumento.

D O monumento tem sido, com efeito, destruído pelo tempo.

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GRUPO IV

Desde há muito, o Homem interroga e investiga o seu passado.

Do teu ponto de vista, é importante estudar o passado da Humanidade?

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir:


– a apresentação do teu ponto de vista;
– a explicitação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma breve conclusão.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2018/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;

– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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Rubricas dos professores vigilantes

A PREENCHER PELO ALUNO

Nome completo

A PREENCHER PELA ESCOLA


Documento de identificação CC n.º |___|___|___|___|___|___|___|___| |___| |___|___|___|
N.º convencional
Assinatura do aluno

N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 2.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2018
9.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR

Classificação em percentagem |___|___|___| ( por cento)

Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|

Observações

Duração da Prova: 90 minutos. | Tolerância: 30 minutos. 16 Páginas

Todas as respostas são dadas no enunciado da prova.

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitida a consulta de dicionário.

Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.

Apresenta apenas uma resposta para cada item.

Apresenta as tuas respostas de forma legível.

Ao responder, diferencia corretamente as maiúsculas das minúsculas.

Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.

As cotações dos itens encontram-se no final da prova.

Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.

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COTAÇÕES
Transporte

GRUPO I

Para responderes aos itens deste grupo, vais ouvir um excerto informativo sobre o arquivo da Torre
do Tombo e os tesouros que encerra.

1.  Numera os subtítulos de 1 a 4, de acordo com a ordem pela qual as informações sobre o arquivo da
Torre do Tombo são apresentadas no texto.

O primeiro subtítulo já se encontra numerado.

Diversidade dos visitantes atuais

Prestação do serviço de certidões

1 Instalações ao longo do tempo

Natureza dos primeiros documentos arquivados

2.  Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

2.1.  Na sequência do terramoto de 1755, o arquivo da Torre do Tombo instalou-se

A no edifício onde se encontra atualmente.

B numa das torres do Castelo de São Jorge.

C no antigo Mosteiro de São Bento.

2.2.  O locutor utiliza a palavra «casa» para se referir

A às instalações da Torre do Tombo no Mosteiro de São Bento.

B às instalações atuais do arquivo da Torre do Tombo.

C à torre do Castelo de São Jorge em que o arquivo se instalou.

2.3.  Ao longo do texto, o discurso do locutor valoriza sobretudo

A os diferentes locais onde o arquivo se instalou.

B o conteúdo dos primeiros documentos do arquivo.

C o arquivo enquanto testemunho de outras épocas.

A transportar

A transportar
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Transporte

GRUPO II

TEXTO A

Lê o texto e as notas.

Durante muito tempo os Portugueses da Idade Média, como os Europeus em geral,


hesitaram entre a vontade de seguir além, para ocidente e para sul, e o temor de não
regressar mais.
A Ásia, com seus mistérios, constituía outra fonte de chamamento. Da Ásia
5 provinham as cobiçadas especiarias, assim como os materiais corantes, o marfim, as
pedras preciosas e todo o género de mercadorias requintadas. A geografia medieval
punha a Ásia a começar no Nilo, e não no Mar Vermelho, incluindo portanto nela a
maior parte da moderna Etiópia. Alargava também o sentido da palavra «Índia», parte
da qual englobava o Nordeste da atual África. Havia várias «Índias» e numa delas vivia
10 um grande imperador cristão, governando um vasto território, densamente povoado,
imensamente rico e espantosamente poderoso. Era conhecido como o Preste1 João,
visto ser ao mesmo tempo padre e rei. Faziam parte do seu império toda a espécie
de monstros, figuras lendárias e paisagens edénicas2. Este mito do Preste João
revelar-se-ia de enorme importância no esclarecimento dos objetivos da expansão
15 portuguesa e dos modos como se processou.
No século XV, conseguira-se já informação mais exata acerca do Preste João, que
fora identificado como o soberano da Etiópia. O que permanecia objeto de grande
controvérsia3 era a maneira de chegar à Etiópia por via de sudoeste ou de ocidente,
continuando também a saber-se pouco do efetivo poder e riqueza do Preste João.
20 A maior parte de todo este conhecimento geográfico era transmitido aos Portugueses,
não apenas pelas correntes comerciais e políticas que detinham com o resto da
Europa, mas também pelos embaixadores, viajantes e peregrinos que regressavam aos
seus lares.
A. H. de Oliveira Marques, História de Portugal, Vol. I.,
Lisboa, Editorial Presença, 1997, pp. 229-231 (texto adaptado).

NOTAS
1  Preste – padre, sacerdote.
2  edénicas – paradisíacas.
3  controvérsia – polémica, discussão.

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1.  Assinala com X os três tópicos adequados ao sentido do texto.

A Decisão dos Portugueses da Idade Média de avançar para ocidente e para sul.

B Fascínio dos Europeus medievais pela Ásia.

C Mercadorias que permitiram desvendar os mistérios da Ásia.

D Carácter fantasioso do reino do Preste João.

E Importância da obtenção de conhecimento geográfico.

2.  Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.

2.1.  Do ponto de vista dos Europeus medievais, o território governado pelo Preste João

A terminava no rio Nilo.

B situava-se numa região da Ásia.

C era um de vários reinos africanos.

D localizava-se no Mar Vermelho.

2.2.  No segundo parágrafo, valorizam-se características do império do Preste João, em particular,


através do uso

A dos adjetivos «grande» e «cristão», que ocorrem em simultâneo.

B dos advérbios «densamente», «imensamente» e «espantosamente».

C das formas verbais «Havia» e «vivia», no pretérito imperfeito do indicativo.

D do nome próprio «Índias» e dos nomes comuns «imperador» e «território».

2.3.  No século XV, já era possível

A associar o Preste João ao rei da Etiópia.

B decidir a melhor forma de chegar à Etiópia.

C avaliar a riqueza e o poder do Preste João.

D estabelecer relações comerciais com a Etiópia.

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TEXTO B

Lê o excerto do conto «O Tesouro», de Eça de Queirós, e as notas.

Os três irmãos de Medranhos, Ruy, Guanes e Rostabal, eram então em todo o reino
das Astúrias os fidalgos mais famintos e os mais remendados.
Nos Paços de Medranhos, a que o vento da serra levava vidraça e telha, passavam
eles as tardes desse inverno engelhados nos seus pelotes de camelão1, batendo as
5 solas rotas sobre as lajes da cozinha, diante da vasta lareira negra, onde desde muito
não estalava lume nem fervia a panela de ferro. Ao escurecer devoravam uma côdea
de pão negro, esfregada com alho. Depois, sem candeia, através do pátio, fendendo
a neve, iam dormir à estrebaria, para aproveitar o calor das três éguas lazarentas2
que, esfaimadas como eles, roíam as traves da manjedoura. E a miséria tornara estes
10 senhores mais bravios que lobos.
Ora, na primavera, por uma silenciosa manhã de domingo, andando todos três na
mata de Roquelanes a espiar pegadas de caça e a apanhar tortulhos3 entre os robles4,
enquanto as três éguas pastavam a relva nova de abril, – os irmãos de Medranhos
encontraram, por trás de uma moita de espinheiros, numa cova de rocha, um velho cofre
15 de ferro. Como se o resguardasse uma torre segura, conservava as suas três chaves
nas suas três fechaduras. Sobre a tampa, mal decifrável através da ferrugem, corria um
dístico em letras árabes. E dentro, até às bordas, estava cheio de dobrões de ouro!
No terror e esplendor da emoção os três senhores ficaram mais lívidos5 do que
círios6. Depois, mergulhando furiosamente as mãos no ouro, estalaram a rir, num riso de
20 tão larga rajada que as folhas tenras dos olmos em roda tremiam... E de novo recuaram,
bruscamente se encararam, com os olhos a flamejar, numa desconfiança tão desabrida7
que Guanes e Rostabal apalpavam nos cintos os cabos das grandes facas. Então Ruy,
que era gordo e ruivo, e o mais avisado, ergueu os braços, como um árbitro, e começou
por decidir que o tesouro, ou viesse de Deus ou do Demónio, pertencia aos três, e entre
25 eles se repartiria, rigidamente, pesando-se o ouro em balanças.
Eça de Queirós, «O Tesouro», in Contos, Vol. I, edição de Marie-Hélène Piwnik,
Lisboa, IN-CM, 2009, pp. 265-266.

NOTAS
1  pelotes de camelão – peças de vestuário feitas com lã ou pelo de cabra.
2  lazarentas – esfomeadas.
3  tortulhos – espécie de cogumelos.
4  robles – carvalhos.
5  lívidos – descorados, pálidos.
6  círios – grandes velas de cera.
7  desabrida – violenta.

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3.  Relê as linhas 3 a 7 do texto.

Refere duas informações que contribuem para a caracterização dos três irmãos de Medranhos
como «os fidalgos mais famintos» (linha 2) do reino das Astúrias.

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4.  Assinala com X todos os adjetivos que definem o espaço da «mata de Roquelanes» (linha 12),
por oposição aos «Paços de Medranhos» (linha 3).

A exterior

B desolador

C gélido

D verdejante

E convidativo

5.  Na mata de Roquelanes, os irmãos de Medranhos descobriram os dobrões de ouro num cofre que
se encontrava «por trás de uma moita de espinheiros, numa cova de rocha» (linha 14).

Identifica as duas ações das personagens que conduziram a essa descoberta.

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6.  Explica por que razão a informação mencionada nas linhas 15 e 16 parece sugerir que o cofre
de ferro estava destinado a ser encontrado pelos três irmãos de Medranhos.

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7.  Associa cada momento do discurso do narrador no último parágrafo (coluna A) ao recurso nele
utilizado (coluna B).

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

A ‒ Tripla adjetivação
Caracterização do movimento que Ruy, Guanes e Rostabal
fazem ao mexer no tesouro. B ‒ Antítese

Descrição do efeito que o riso dos três irmãos provoca C ‒ Advérbio de modo
na natureza.
D ‒ Anáfora
Caracterização que distingue Ruy dos outros irmãos.
E ‒ Hipérbole

8.  Assinala com X a informação do segundo parágrafo que é confirmada pelas reações das
personagens nas linhas 20 a 22.

A «engelhados nos seus pelotes de camelão»

B «batendo as solas rotas sobre as lajes da cozinha»

C  iam dormir à estrebaria, para aproveitar o calor das três éguas lazarentas que, esfaimadas
«
como eles, roíam as traves da manjedoura»

D «a miséria tornara estes senhores mais bravios que lobos»

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Responde apenas ao item do texto C1 ou ao item do texto C2, de acordo com a obra que estudaste.

TEXTO C1

Lê o excerto do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

ONZENEIRO [...] Ou da barca oulá ou


havês logo de partir?
ANJO E onde queres tu ir?
ONZENEIRO Eu pera o paraíso vou.
5 ANJO Pois quant’eu mui fora estou
de te levar para lá.
Essa barca que lá está
vai pera quem te enganou.

ONZENEIRO Porquê?
ANJO Porque esse bolsão
10 tomara todo o navio.
ONZENEIRO Juro a Deos que vai vazio.
ANJO Nam já no teu coração.
As Obras de Gil Vicente (dir. José Camões), Vol. II, Lisboa, IN-CM, 2002, p. 534.

9.  Escreve um texto breve em que:


– indiques o destino pretendido pelo Onzeneiro;
– expliques o sentido das palavras do Anjo nos versos 5 e 6 e o argumento baseado na referência
ao «bolsão» (versos 9-10);
– estabeleças uma relação de semelhança entre o comportamento do Onzeneiro criticado no auto e
o comportamento dos três irmãos de Medranhos, logo após a descoberta do tesouro, no Texto B.

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TEXTO C2

Lê o excerto do Auto da Índia, de Gil Vicente, e a nota.

AMA Porém vindes vós mui rico.


MARIDO Se nam fora o capitão
eu trouxera a meu quinhão1
um milhão vos certifico.
5 Calai-vos que vós vereis
quam louçã haveis de sair.
AMA Agora me quero eu rir
disso que me vós dizeis.

Pois que vós vivo viestes


10 que quero eu de mais riqueza?
Louvada seja a grandeza
de vós senhor que mo trouxestes.
As Obras de Gil Vicente (dir. José Camões), Vol. II, Lisboa, IN-CM, 2002, p. 186.

NOTA
1  a meu quinhão – para mim.

9. Escreve um texto breve em que:


– identifiques os traços de carácter da Ama que as suas falas evidenciam;
– expliques de que modo a fala do Marido revela uma das motivações daqueles que partiam
nas viagens dos Descobrimentos;
– estabeleças uma relação de semelhança entre os comportamentos que se pretende criticar
neste excerto e o comportamento dos três irmãos de Medranhos, logo após a descoberta
do tesouro, no Texto B.

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GRUPO III

1.  Assinala com X todas as palavras que têm o mesmo radical.

A comentário

B memorização

C memorial

D mensalidade

E comemoração

2.  Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses.

Nós _________________________ (estar / pretérito perfeito simples do indicativo) juntos


a) 

no cinema.

b) Quando eu  _________________________  (ver / futuro simples do conjuntivo) o filme, conto-to.

Para nós _________________________ (fazer / infinitivo pessoal) o trabalho, precisamos de


c) 

ler o conto.

Eles nunca _________________________ (conter / pretérito imperfeito do indicativo) o riso


d) 

na última cena do filme.

Se ela _________________________ (ler / pretérito imperfeito do conjuntivo) o conto, gostaria


e) 

certamente da história.

3.  Associa cada classe de palavras da coluna A a uma palavra ou expressão destacada nas frases
da coluna B.

Escreve, em cada quadrado da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

A ‒ Perguntei se o filme era uma adaptação daquele conto.


Conjunção subordinativa
condicional B ‒ Acabo de ler o conto hoje, se ainda tiver tempo.

Pronome pessoal C ‒ Não vejo outro filme, senão este.

Conjunção D ‒ Lê o conto, mesmo se já viste o filme.


subordinativa completiva
E ‒ Ele divertiu-se a ler o conto.

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4.  Para cada item (4.1. a 4.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação.

4.1.  Na frase «A cena inicial do filme é muito emocionante e aquilo, verdadeiramente,


impressionou-me!», os pronomes sublinhados desempenham, respetivamente, as funções de

A sujeito e complemento direto.

B complemento direto e sujeito.

C sujeito e complemento indireto.

D complemento indireto e sujeito.

4.2.  Na frase «Após tantos anos, o filme continua atual.», a palavra sublinhada desempenha
a função sintática de

A complemento direto.

B modificador.

C predicativo do sujeito.

D complemento agente da passiva.

4.3.  Na frase «Falar-lhe-ei.», o pronome pode substituir adequadamente a expressão sublinhada em

A Falarei sobre o realizador desse filme.

B Falarei do filme estreado esta semana.

C Falarei todas as línguas usadas no filme.

D Falarei ao ator principal do filme.

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GRUPO IV

«No teatro de marionetas, que são uns bonecos articulados, a bailarina levanta o braço,
quando nós lhe puxamos a guita. O carrinho dá umas voltas, depois de lhe darmos corda. Nós
não somos nem fantoches, nem brinquedos [...].»
José Barata-Moura, «Os humanos são capazes de fazer a sua vida ou têm de fazer tudo por causa do seu destino?»
in Trocado por Miúdos, Porto, Porto Editora, 2014, p. 23.

Do teu ponto de vista, somos sempre nós os responsáveis pelo que acontece na nossa vida ou
estamos também sujeitos às decisões dos outros?

Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir:


– a apresentação do teu ponto de vista;
– a explicitação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma breve conclusão.

Observações:

1. P
 ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2018/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:

– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;

– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

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