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Nome completo
N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2022
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho | Decreto-Lei n.º 27-B/2022, de 23 de março
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR
Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|
Observações
Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.
Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.
TEXTO A
Áudio
1. Assinala com X as três informações sobre o passadiço dadas no início do texto.
A Material de construção
B Lotação
C Extensão
E Cor
2. Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
2.1. Para referir o pequeno auditório como um espaço educativo importante, a jornalista usa
a expressão
A descritivas.
B argumentativas.
C narrativas.
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Lê o Texto B.
TEXTO B
3. Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas
no texto.
Alguns aspetos da natureza continuavam a ser interpretados à luz das lendas medievais.
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4. Relê o quarto parágrafo.
Assinala com X as três opções cujo sujeito se refere a «os roteiristas» (linha 11).
5. Assinala com X, nos itens 5.1. e 5.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
B um termo que se refere a parte dos elementos enumerados nas linhas 14 a 16.
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Lê o Texto C e as notas.
TEXTO C
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A ceia acabou num silêncio carregado. Só depois, à volta do lume quente do cepo de
40 oliveira em brasido8, é que os pais disseram um ao outro algumas palavras enigmáticas,
que o pequeno não entendeu. Mas para quê entender palavras assim? Queria era
guardar dentro de si a imagem daquele passarinho depenado e pequenino. Isso, e ao
mesmo tempo olhar cheio de deslumbramento os dedos da Mãe, que, alvos9 de neve,
fiavam linho.
Miguel Torga, «Jesus», in Contos, 5.ª ed., Alfragide, Publicações Dom Quixote, 2009, pp. 57-58. (Texto com supressões)
NOTAS
1 manhuço – ninho.
2 tocos – as partes dos ramos mais próximas do tronco da árvore.
3 vergônteas – ramos tenros, que podem partir-se.
4 Transidos – dominados pelo medo.
5 sem precisão – sem necessidade.
6 num relance – imediatamente.
7 José do Egito – figura bíblica.
8 em brasido – em brasa.
9 alvos – brancos.
6. Ao dizer «Sei um ninho!» (linha 2), o menino interrompe o silêncio da refeição.
Refere, por palavras tuas, como reagem a Mãe e o Pai imediatamente após essa afirmação do
menino.
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7. Assinala com X, nos itens 7.1. a 7.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
Quando apresenta as possíveis razões que levaram o menino a repetir esta frase, o narrador
recorre, nas linhas 4 e 5, a orações coordenadas
A explicativas.
B copulativas.
C adversativas.
D disjuntivas.
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7.2. Na passagem seguinte, o narrador usa uma oração subordinada substantiva completiva
para introduzir o discurso indireto do menino: «Contou que à tarde [...] vira sair um pintassilgo
de dentro dum grande cedro» (linhas 8-10).
A «E tanto olhara, tanto afiara os olhos para a espessura da rama, que descobrira
o manhuço negro» (linhas 10-11).
B Disse que então prendera a cordeira a uma giesta e trepara pela árvore acima»
«
(linhas 14-15).
C «Por fim, o resto teve de ser a pulso, porque eram já só vergônteas as pernadas da
ponta» (linhas 22-23).
D «como quando repetia a história de José do Egito, que ouvira ler a um vizinho»
(linhas 35-36).
7.3. À medida que o menino vai avançando no seu relato, tal como se observa nas linhas 16 e 17,
torna-se mais evidente
8. Lê a passagem seguinte, que descreve o protagonista quando inicia o seu relato.
A Predicativo do sujeito
C Modificador do nome
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9. Quando narra a difícil ascensão do menino ao cimo do cedro, o narrador refere que ele subia com
o «corpito» colado à árvore e que «trepava devagar, metade de cada vez», firmando primeiro os
braços e avançando depois as pernas (linhas 18-20).
Apresenta, por palavras tuas, as outras três estratégias que o menino usou em função das
características da árvore (linhas 20-23).
Na tua resposta, deves especificar as características da árvore que lhe permitiram desenvolver cada
uma das estratégias.
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10. Assinala com X, nos itens 10.1. e 10.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
10.1. Na linha 27, para caracterizar a reação dos pais ao relato do menino, o narrador usa
A uma comparação.
B uma hipérbole.
C uma personificação.
D uma antítese.
10.2. De acordo com a frase das linhas 29 e 30, pode concluir-se que os pais
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11. «Mas a criança, apesar de mostrar, sem querer, que de todo se alheara do abismo sobre que
pairava, não caiu.» (linhas 31-32).
Completa a afirmação seguinte sobre os tempos simples das formas verbais sublinhadas nesta
frase do texto.
Para relatar esta parte da experiência vivida pelo menino, o narrador recorre, primeiro, ao
, depois, ao e, finalmente, ao .
E futuro do indicativo
12. «E o menino contava esta maravilha com a sua inocência costumada» (linha 35).
Na perspetiva do menino, aconteceu um milagre no cimo da árvore. Explica em que consistiu esse
milagre. Usa palavras tuas.
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Lê o Texto D (estância 42 do Canto V de Os Lusíadas) e as notas.
TEXTO D
NOTAS
1 húmido elemento – mar.
2 sobejo atrevimento – enorme audácia.
3 sojugar – conquistar.
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15. A História tem ensinado que, muitas vezes, a curiosidade dos seres humanos faz o conhecimento
avançar.
Escreve um texto de opinião bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre
a importância da curiosidade para o avanço do conhecimento.
O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.
Observações:
ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
1. P
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
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Rubricas dos professores vigilantes
Nome completo
N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 2.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2022
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
PELo agrupAmento
Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho | Decreto-Lei n.º 27-B/2022, de 23 de março
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR
Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|
Observações
Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.
Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.
TEXTO A
Áudio
1. Assinala com X as três informações sobre a prova em que participou Patrícia Mamona dadas na
primeira intervenção do jornalista.
A Data
B Designação
C Resultado
D Local
E Duração
2. Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
2.1. O principal objetivo do jornalista ao usar a expressão «levitar sobre uma caixa de areia» é
C evidenciar o esforço físico exigido aos atletas que competem na modalidade em causa.
2.2. Quando afirma que um «mundo» separou a atleta portuguesa das suas adversárias, o jornalista
refere-se, especificamente,
A expositivas.
B argumentativas.
C narrativas.
TEXTO B
O cérebro existe para podermos agir sobre nós próprios e sobre o que nos rodeia.
E ação significa quase sempre movimento. Os movimentos voluntários – aqueles que
fazemos porque assim o decidimos – envolvem várias áreas do cérebro, em especial
a espinal medula e o córtex motor, que, juntos, controlam centenas de músculos do corpo.
5 Uma ginasta faz um salto com pirueta vertical num minitrampolim, e o ginásio quase
vem abaixo. Um jogador de futebol faz uma jogada (impossível!) e põe o estádio de
pé. Um bailarino é tão, tão perfeito no seu movimento que comove a plateia. Só em
momentos como estes nos apercebemos do controlo de movimentos incrível de que
o corpo humano é capaz.
10 No entanto, todos nós somos capazes de proezas complexas. Tarefas simples como
atar os sapatos ou agarrar um copo de água exigem grande destreza, e só conseguimos
realizá-las porque o sistema nervoso central é mais incrível do que o mais incrível dos
computadores.
O mais espantoso em nós, seres humanos, é, porém, o modo como conseguimos
15 prever que movimentos serão necessários para executar uma ação. Ou seja, como
conseguimos controlar o corpo, o espaço, o tempo e as coisas inesperadas que
acontecem naquele preciso instante, muitas vezes, no meio de mil coisas que estão
a acontecer à nossa volta. Conseguimo-lo porque o nosso cérebro é imbatível em lidar
com situações imprevistas e também em distinguir entre informação relevante e ruído
20 que não interessa.
Quando agimos, comparamos a informação que estamos a receber no momento com
os dados que temos guardados dentro de nós e que resultam da nossa experiência
passada em situações semelhantes. Estas comparações são feitas a grande, grande
velocidade e permitem que o cérebro faça um cálculo de probabilidades e dê ordens
25 muito precisas aos músculos para agirem de acordo com elas. Depois, a cada instante,
reposicionamos os nossos movimentos de acordo com a resposta que recebemos
do exterior através dos sentidos.
Todos aprendemos que os sentidos são cinco. Na verdade, possuímos outros sistemas
sensoriais: há um sentido chamado proprioceção, palavra que deriva do latim e que
30 significa perceção de nós próprios, que nos informa acerca da nossa posição no espaço.
A proprioceção é intuitiva, sendo responsável por conseguirmos descer umas escadas
no escuro ou comer de olhos fechados. Por aqui se percebe como para os dançarinos
este sentido é indispensável!
Isabel Minhós Martins e Maria Manuel Pedrosa, Cá Dentro – Guia para Descobrir o Cérebro,
Carcavelos, Planeta Tangerina, 2017. (Texto adaptado)
4. Assinala com X as três expressões que, no texto, são usadas para intensificar uma qualidade.
5. Assinala com X, nos itens 5.1. e 5.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
5.1. Na expressão «que significa perceção de nós próprios» (linhas 29-30), o pronome «que»
refere-se a
TEXTO C
Um dia, à meia-noite, ele viu-a. Era a estrela mais gira do céu, muito viva, e a essa
hora passava mesmo por cima da torre. Como é que a não tinham roubado? Ele próprio,
Pedro, que era um miúdo, se a quisesse empalmar1, era só deitar-lhe a mão. Na realidade,
não sabia bem para quê. Era bonita, no céu preto, gostava de a ter. Talvez depois
5 a pusesse no quarto, talvez a trouxesse ao peito. E daí, se calhar, talvez a viesse a dar
à mãe para enfeitar o cabelo. Devia-lhe ficar bem, no cabelo.
De modo que, nessa noite, não aguentou. Meteu-se na cama como todos os dias,
a mãe levou a luz, mas ele não dormiu. Foi difícil, porque o sono tinha muita força.
Teve mesmo de se sentar na cama, sacudir a cabeça muitas vezes a dizer-lhe que não.
10 E quando calculou que o pai e a mãe já dormiam, abriu a janela devagar e saltou para
a rua. A janela era baixa. Mas mesmo que não fosse. Com sete anos, ele estava treinado
a subir às oliveiras quando era o tempo dos ninhos, para ver os ovos ou aqueles bichos
pelados, bem feios, com o bico enorme, muito aberto. Assim que se viu na rua, desatou
a correr pela aldeia fora até à torre, porque o medo vinha a correr também atrás dele.
15 Mas como ia descalço, ele corria mais. A igreja ficava no cimo da aldeia e a aldeia ficava
no cimo de um monte. De modo que era tudo a subir. Mas conseguiu ‒ e agora estava
ali. Olhou a estrela para ganhar coragem, ela brilhava, muito quieta, como se estivesse
à sua espera. E de repente lembrou-se: se a porta estivesse fechada? Levantou-se logo,
foi ver. A torre era muito alta e tinha uma porta para a rua. Pedro empurrou-a um pouco
20 e viu que estava aberta. Como estava escuro, pôs-se a andar às apalpadelas. Até que
pisou o primeiro degrau e começou a subir. Cheirava mal que se fartava. Mas, à medida
que ia subindo, vinha lá de cima um fresco que aclarava o cheiro. À última volta da
escada em caracol, olhou ao alto o céu negro, muito liso. Via algumas estrelas, mas era
tudo estrelas velhas e fora de mão. Até que chegou ao campanário2 e respirou fundo.
25 Agora tinha de subir por uma escadinha estreita que começava ao lado; e depois ainda
por uma outra de ferro, ao ar livre, e com o adro3 lá em baixo. Mas quando chegou à
de ferro, não olhou. Deu foi uma olhadela à estrela, que já se via muito bem. Todavia,
quando a escada acabou, reparou que lhe não chegava ainda com a mão. Tinha pois
de subir o resto de gatas, dobrando e desdobrando as pernas como uma rã. Mesmo no
30 cimo da torre havia uma bola de pedra e enterrado na bola havia um ferro e ao cimo
do ferro estava um galo com os quatro pontos cardeais. Pedro segurou-se ao varão
e viu que tinha ainda de subir até se pôr mesmo em cima do galo. Subiu devagar, que
aquilo tremia muito, e empoleirou-se por fim nos ferros cruzados dos quatro ventos.
Enroscando as pernas no varão, tinha agora os braços livres. E então ergueu a mão
35 devagar. Os ferros balançavam, mas ele nem olhava lá para baixo. Fez força ainda nas
pernas, apoiou-se na mão esquerda, e com a outra, finalmente, despegou a estrela.
Não estava muito pregada e saiu logo. Entalou-a então no cordel das calças, porque
não tinha bolsos, e começou a descer. E assim que pôs pé em terra, largou para casa,
mas não muito depressa. Apetecia-lhe mesmo parar de vez em quando e olhar a estrela
40 com uma atenção especial. Era formidável. Lembrava um pirilampo, mas muito maior.
Oh, muito maior.
Vergílio Ferreira, «A Estrela», in Contos, Lisboa, Quetzal, 2009, pp. 165-167. (Texto com supressões)
6. No início do texto, surgem referências que dizem respeito a noites diferentes: «Um dia, à meia-noite,
ele viu-a.» (linha 1) e «nessa noite, não aguentou» (linha 7).
Que pensamentos de Pedro em relação à estrela, na primeira noite, foram, desde logo, determinantes
para o levar a agir na segunda noite? Para responderes, usa palavras tuas.
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7. Assinala com X, nos itens 7.1. a 7.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
7.1. No momento em que descobre a estrela, Pedro admira-se que ela ainda permaneça no céu:
«Como é que a não tinham roubado?» (linha 2).
7.2. «Com sete anos, ele estava treinado a subir às oliveiras quando era o tempo dos ninhos,
para ver os ovos ou aqueles bichos pelados, bem feios, com o bico enorme, muito aberto.»
(linhas 11-13).
«A torre era muito alta e tinha uma porta para a rua.» (linha 19)
Assinala com X a opção que apresenta, respetivamente, a função sintática de cada segmento
sublinhado.
Explica, por palavras tuas, o sentido desta passagem, tendo em conta o momento da ação em que
se enquadra.
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10. Quando Pedro alcança a última volta da escada em caracol, vê várias estrelas no céu negro, que
não lhe despertam interesse (linhas 22-24).
A explicativa.
B disjuntiva.
C adversativa.
D conclusiva.
11. Ao chegar ao cimo da torre, Pedro observou uma estrutura: «Mesmo no cimo da torre havia uma
bola de pedra e enterrado na bola havia um ferro e ao cimo do ferro estava um galo com os quatro
pontos cardeais» (linhas 29-31).
Apresenta, por palavras tuas, as estratégias que Pedro utilizou para tirar partido de dois elementos
dessa estrutura até conseguir ficar com os braços livres. Recorre às informações das linhas 32 a 34.
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12.2. Na descrição da estrela, feita de acordo com o ponto de vista de Pedro (linhas 40-41), usa-se
uma
A enumeração.
B comparação.
C onomatopeia.
D personificação.
13. Na noite em que roubou a estrela, Pedro guardou-a numa caixa, quando chegou a casa. Mais
tarde, o narrador relata o seguinte.
«Mas no dia seguinte, assim que acordou, foi logo ver se ainda lá estava. Ela estava lá,
realmente. Mas não deitava luz nenhuma. Apagada, mesmo com alguma ferrugem em certos
sítios – para que queria ele aquilo?»
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Será que a motivação nos alivia do esforço necessário para alcançarmos o que desejamos?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre a
questão apresentada.
O teu texto, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras, deve incluir:
– a indicação do teu ponto de vista;
– a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.
Observações:
1. P
ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
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Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2019
9.º Ano de Escolaridade A PREENCHER
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho PELo agrupAmento
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR
Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|
Observações
Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.
Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o grupo e o item a que se refere a tua resposta.
GRUPO I
Para responderes aos itens do Grupo I, vais ouvir um excerto de um programa radiofónico sobre
um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas, guardado na Casa-Forte da Biblioteca-Geral
da Universidade de Coimbra.
1. Assinala com X, nos itens 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.
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GRUPO II
TEXTO A
Lê o texto e as notas.
O ato da escrita permaneceu associado à oralidade pelo menos até ao século XV:
eram bastante numerosos os copistas e secretários que desempenhavam a função
de registo por escrito, seguindo as instruções orais dadas pelo senhor que serviam.
O verbo escrever nem sequer era utilizado para designar a ação do criador literário,
5 sendo compor a forma verbal que mais frequentemente denotava a feitura de livros.
Até finais do século XVI, muitos textos continuaram a apresentar indícios1 de que
se tratava de composições que se destinavam a serem lidas oralmente perante um
auditório, numa época em que a maioria da população era iletrada e a leitura silenciosa
estava ainda numa fase de afirmação.
10 Logo a partir do século XV, registaram-se transformações importantes no domínio
da arte da escrita: generalizou-se a escrita cursiva gótica2, logo seguida de outras formas
de mais fácil utilização, as quais muito concorreram para converter o ato de redação em
algo de mais «descontraído», ao mesmo tempo que potenciaram a sua privacidade.
Esta alteração foi provavelmente catalisada3 pelo ambiente escolar, que exigia o recurso
15 a uma técnica de registo (e de leitura) mais rápida e expedita4.
A introdução do papel como suporte de registo constituiu mais um passo no sentido
do avanço da escrita como forma de comunicação, passando esta a ser utilizada
de um modo cada vez mais extensivo e quotidiano na sociedade daquele tempo.
Contudo, a mudança verdadeiramente decisiva ocorreu após 1455: os caracteres5
20 móveis introduzidos por Johannes Gutenberg difundiram-se por toda a Europa a uma
velocidade alucinante.
A imprensa de Gutenberg conferiu ao texto escrito uma decisiva homogeneização
gráfica, acelerando o ato da leitura e colocando o sentido da visão em primeiro plano,
relegando a capacidade auditiva para um nível secundário. Doravante, a informação
25 passava a chegar através de um só canal, e, pela primeira vez, dispunha-se de um texto
«invariável», reproduzido às centenas ou aos milhares, escapando às faltas e aos erros
provocados pelo cansaço ou pela ignorância dos copistas.
Pedro Cardim, «Livros, literatura e homens de letras no tempo de João de Barros»,
in Oceanos, n.º 27, julho/setembro de 1996. (Texto adaptado)
NOTAS
1
indícios – marcas; vestígios.
2 escrita cursiva gótica – tipo de letra manuscrita usada na época medieval.
3 catalisada – estimulada.
4 expedita – eficiente; eficaz.
5 caracteres – letras impressas.
2. Assinala com X, nos itens 2.1. e 2.2., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.
A uma explicação.
B uma citação.
C uma enumeração.
D uma conclusão.
3. Completa a afirmação seguinte, que sintetiza as ideias finais do texto, usando três das expressões
apresentadas abaixo.
A transportar
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Transporte
TEXTO B
Lê o excerto da peça Que Farei com Este Livro?, de José Saramago, e as notas.
A transportar
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Transporte
35 Diogo do Couto – O mundo tem ainda muito mais que ver e admirar.
Ana de Sá – Há dias pedi-lhe que me lesse uma passagem mais clara, que pudesse
chegar melhor ao meu entendimento, e ele pôs-se a olhar para mim com um ar muito
grave1, e depois de procurar leu-me a fala do velho2 que esteve na partida das naus para
a Índia. Estais lembrado?
40 Diogo do Couto – Como do meu próprio nome. Ó glória de mandar, ó vã cobiça
dessa vaidade a que chamamos fama...3
Ana de Sá – Esses versos escreveu-os Luís Vaz na Índia, não foi?
Diogo do Couto – Decerto.
Ana de Sá – Então, quando vós dizeis que a Índia será uma doença de Portugal,
45 estais declarando doutro modo aquilo que meu filho disse nas oitavas que me leu.
É assim que eu entendo.
Diogo do couto – Discreta sois.
Ana de Sá – Zombais de uma pobre velha ignorante. Tive tempo para pensar no meu
filho, nessas terras e nessas viagens. Dezassete anos a pensar são muitos pensamentos.
50 Outra vez vos digo obrigada, senhor Diogo do Couto, por mo terdes trazido.
José Saramago, Que Farei com Este Livro?, Lisboa, Caminho, 1999, pp. 47-51. (Texto com supressões)
NOTAS
1 grave– sério.
2
velho – referência ao Velho do Restelo, figura que, em Os Lusíadas, se dirige aos navegadores no momento
da partida da armada de Vasco da Gama para a Índia.
Ó glória de mandar, ó vã cobiça dessa vaidade a que chamamos fama... – referência ao início da fala do Velho
3
do Restelo em Os Lusíadas.
4. Assinala com X todas as alíneas que, de acordo com o texto, correspondem a informações sobre
a personagem Luís de Camões.
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5. «só desde há duas semanas mãe outra vez» (linhas 6-7)
Explicita o sentido destas palavras de Ana de Sá, tendo em conta as suas afirmações ao longo
da conversa com Diogo do Couto.
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6. Diogo do Couto e Ana de Sá usam diferentes expressões para se referirem à epopeia Os Lusíadas,
nomeadamente: «Papéis ilustres» (linha 30) e «oitavas» (linha 45).
Completa os espaços em branco para explicitares duas informações sobre Os Lusíadas a partir
destas expressões.
da obra.
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8. Relê as linhas 44 a 47.
Assinala com X a opção que, de acordo com o texto, completa a frase seguinte.
O comentário que Ana de Sá faz aos versos de Os Lusíadas permite a Diogo do Couto concluir que
ela é
A reservada.
B cautelosa.
C ingénua.
D perspicaz.
9. Imagina que eras o encenador desta peça e que estavas com os atores a ensaiar esta cena.
Que conselho darias à atriz que iria desempenhar o papel de Ana de Sá para a auxiliar a representar
a mudança de tom prevista na indicação cénica «Outro tom» (linha 13)?
Justifica a tua opção, tendo em conta o contexto em que surge a indicação cénica.
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TEXTO C
NOTAS
1 Nô – não.
2 Destemperada – desafinada.
3 favor– incentivo; prémio.
4 acende – estimula.
5 Não no – não o.
6 rudeza – ignorância.
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GRUPO III
1. Associa cada significado apresentado na coluna A ao verbo derivado de «pôr» que lhe corresponde
na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
A ‒ antepor
E ‒ transpor
2. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos do modo conjuntivo indicados entre
parênteses.
à tarde.
-que-perfeito) no debate!
3. Assinala com X a frase que integra uma oração subordinada adjetiva relativa.
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4. Lê o diálogo seguinte.
Transcreve, na linha abaixo, apenas a oração subordinada adverbial condicional presente no diálogo.
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Reescreve a oração sublinhada, iniciando-a pela palavra «Só». Faz apenas as alterações necessárias.
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6. Assinala com X a frase em que a vírgula é utilizada para isolar o modificador apositivo do nome.
C – Vai, Luís Vaz, vai para a Índia servir lealmente o teu rei.
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GRUPO IV
No século XVI, o mundo por descobrir era um grande desafio. Hoje em dia, há outros desafios,
nomeadamente o da preservação do ambiente.
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.
Observações:
1. P
ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2019/).
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
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Rubricas dos professores vigilantes
Nome completo
N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 1.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2018
9.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR
Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|
Observações
Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.
Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.
Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.
GRUPO I
Para responderes aos itens deste grupo, vais ouvir um texto informativo sobre o templo romano
de Évora.
1. Numera os tópicos de 1 a 4, de acordo com a ordem pela qual as informações sobre esse templo
são apresentadas no texto.
2. Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
2.1. O locutor usa a expressão «O pano caiu sobre as obras» para se referir
2.3. O locutor usa várias expressões que revelam a opinião geral sobre
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GRUPO II
TEXTO A
Lê o texto e as notas.
Tal como ainda hoje, no mundo antigo seria rara a oportunidade de ver com os próprios
olhos um conjunto de sete maravilhas dispersas por terras do Egito, da Babilónia e da
Grécia. Todavia, algumas dessas maravilhas surgiram em locais que desde muito cedo
atraíam visitantes.
5 É conhecido o interesse que a terra dos faraós despertava nos Gregos, como
a Odisseia1 já sugeria. Da mesma maneira, o santuário de Olímpia, que segundo a
tradição acolhia competições atléticas desde 776 a.C., tornou-se num dos espaços mais
visitados do mundo clássico, em especial graças à reorganização arquitetónica a que
foi submetido na primeira metade do século V a.C. Data desse período a construção
10 do templo monumental dedicado a Zeus, que tinha como atração principal a estátua
de Fídias de Atenas2, concluída cerca de 430 a.C. Não foi menor a fama do santuário
de Ártemis3 em Éfeso, que atraía peregrinos e viajantes desde tempos muito remotos.
A estátua enigmática da deusa e a magnificência do seu templo, que se tornou num centro
de asilo e num tesouro, trouxeram-lhe grande prestígio. Estes exemplos demonstram
15 que, na Grécia antiga, a experiência do turismo surge, desde os primórdios, associada à
religião e ao património artístico e arquitetónico.
Na época helenística4, aparecem textos que descrevem os espaços, edifícios e
estátuas dos santuários e das cidades mais importantes. Desses textos, apenas nos
chegaram notícias ou fragmentos, mas podemos considerá-los os primeiros guias
20 turísticos, ainda que por vezes tenham mais em vista o conhecimento erudito5 do que a
orientação dos visitantes num determinado local.
Francisco de Oliveira et al. (coord.), Espaços e Paisagens. Antiguidade Clássica e Heranças Contemporâneas, Vol. I,
Coimbra, IUC, 2012, pp. 75-76 (texto adaptado).
NOTAS
1 Odisseia – obra composta na Grécia antiga, resultante de uma longa tradição oral, cuja divulgação terá
começado no século VIII a.C. e cujo texto foi fixado no século VI a.C.
2 Fídias de Atenas – escultor da Grécia antiga, autor da famosa estátua de Zeus em Olímpia.
3 Ártemis – deusa grega da caça.
4 época helenística – período compreendido entre a morte de Alexandre, o Grande, e a anexação da Grécia por Roma.
5 erudito – culto.
2. Para cada item (2.1. e 2.2.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
A causa.
B contraste.
C conclusão.
D consequência.
3. Completa a afirmação seguinte, usando uma das palavras abaixo apresentadas.
Os textos referidos no último parágrafo podem ser considerados os primeiros guias turísticos graças
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TEXTO B
Lê o texto e as notas.
Nota prévia
Príamo era o rei de Troia. Um dos seus filhos, Páris, rapta Helena, esposa de Menelau, o rei da
cidade grega de Esparta. Para recuperar Helena, Menelau pede ajuda aos outros reis gregos e, em
conjunto, reúnem um grande exército e cercam Troia durante dez anos.
No texto que vais ler, os deuses comentam um dos confrontos ocorridos entre Gregos e Troianos
durante esse cerco.
No Olimpo, a cena estava a ser observada por Zeus e pelos outros deuses. Bebiam
néctar e brindavam-se com taças douradas, ao mesmo tempo que seguiam atentamente
tudo o que se passava em Troia. Zeus tentou provocar Hera com palavras mordazes:
‒ Sabemos como Menelau tem sempre duas deusas para o ajudar: Hera e Atena.
5 Mas elas hoje estão aqui sentadas, enquanto Afrodite conseguiu proteger Páris do
destino, salvando-o da morte certa. Pensemos agora como serão as coisas daqui para
a frente: se de novo agitaremos a guerra maligna e o fragor tremendo da batalha, ou se
estabeleceremos a amizade entre as duas partes. Se todos nós concordarmos, Menelau
poderá levar Helena para casa; e assim mantinha-se de pé a cidade de Príamo.
10 Assim falou. Por seu lado sussurraram Atena e Hera, sentadas uma ao lado da outra,
a planear desgraças para os Troianos. Atena manteve-se em silêncio, furibunda contra
Zeus pai. Porém Hera não conteve a ira no peito, mas desabafou:
‒ Zeus terribilíssimo, que acabas tu de dizer? Como queres tornar vão o meu esforço, o
muito que suei, os meus cavalos exaustos, quando chamava os Gregos para aniquilarem
15 Príamo e seus filhos? Se não fosse o trabalho em que me empenhei, nunca os Gregos
teriam reunido tão grande exército em Troia.
Encolerizado lhe respondeu Zeus, que comanda as nuvens:
‒ Será que Príamo e seus filhos te fizeram tantos males que incessantemente planeias
arrasar a cidade de Troia? Se pudesses entrar dentro das portas e das altas muralhas
20 para devorares Príamo e seus filhos em carne crua, assim como os outros Troianos,
talvez apaziguasses a tua ira! Mas ouve bem o que te digo: quando, pela minha parte,
eu quiser destruir uma das tuas cidades, onde habitam homens que te são caros, não
procures reter a minha cólera, mas deixa-me atuar: lembra-te que também eu te dei
Troia, embora a contragosto. Pois de todas as cidades sob o Sol e sob o céu cheio de
25 astros, destas a que tem mais honra no meu coração é a sacra Troia. E o povo que mais
amo é o de Príamo.
Hera deu-lhe esta resposta:
‒ Na verdade são três as cidades que me são mais queridas: Argos, Esparta e
Micenas de amplas ruas. Estas poderás destruir, quando se tornarem odiosas ao teu
30 coração. Não estou aqui em sua defesa, nem as quero enaltecer. É lícito todavia que
o meu esforço contra os Troianos seja compensado. Pois também eu sou uma deusa,
nascida donde tu nasceste, e como filha mais velha me gerou Crono, com honra dupla,
não só porque sou mais velha, mas também porque sou tua esposa, e tu reges todos
os deuses imortais. Cedamos, contudo, neste assunto um ao outro: eu a ti; e tu a mim.
35 E todos os outros deuses imortais nos seguirão. Depressa ordena agora a Atena que se
dirija ao campo de batalha e se esforce para que os Troianos sejam os primeiros a lesar1
os Gregos.
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E Zeus incitou Atena, que se lançou veloz dos píncaros2 do Olimpo. Tal como o cometa
que surge como portento3 a marinheiros ou ao vasto exército de povos, estrela brilhante
40 de que se projetam abundantes centelhas – assim se lançou Atena em direção à terra,
aterrando no meio dos soldados com um salto; e o espanto dominou quem olhava,
tanto Gregos como Troianos.
Frederico Lourenço, A Ilíada de Homero Adaptada para Jovens,
Lisboa, Livros Cotovia, 2014, pp. 54-56 (texto com supressões).
NOTAS
1 lesar– ferir.
2 dos píncaros – das alturas.
3 portento – maravilha, algo de extraordinário.
4. Associa cada personagem da coluna A a uma frase da coluna B, de acordo com o texto.
COLUNA A COLUNA B
Refere dois argumentos usados por Hera: um baseado na sua ação passada (linhas 13-16) e outro
baseado no seu estatuto (linhas 31-34).
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6. Para cada item (6.1. e 6.2.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
6.1. De acordo com o diálogo dos deuses, o que permite distinguir a «cidade de Príamo»
Explica de que modo a proposta de Hera (linhas 34-37) não satisfaz a vontade de Zeus dada
a conhecer na sua intervenção inicial (linhas 4-9).
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8. No último parágrafo, Atena é comparada com um cometa.
Identifica três características comuns a Atena e ao cometa que justifiquem o espanto que a deusa
causa entre os soldados gregos e os troianos.
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TEXTO C
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, 5.ª ed., Lisboa, IC/MNE, 2003, p. 11.
NOTAS
1 Padre – Pai (Júpiter).
2 tornes por detrás – voltes atrás.
3 se reforme – se restabeleça; recupere as forças.
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GRUPO III
1. Assinala com X todas as palavras que se formaram com o prefixo re-.
A reiniciar
B rebentar
C relembrar
D realizar
E reordenar
2. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses.
a)
Eu _________________________________ (entreter-se / presente do indicativo) a passear
no jardim do museu.
muitos bilhetes!
3. Associa cada palavra destacada na coluna A à palavra ou expressão da coluna B com sentido
equivalente.
COLUNA A COLUNA B
A ‒ pois
Vénus defendia os Portugueses pela sua coragem e
reconhecia as qualidades da língua falada por esse povo. B ‒ nem... nem
Baco disse que obedecia a Júpiter, mas não o fez. C ‒ não só... mas também
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4. Assinala com X a opção em que a oração sublinhada é introduzida por uma conjunção subordinativa
completiva.
C Não visitaremos todas as exposições, a não ser que os museus se mantenham abertos.
5. Assinala com X a opção que corresponde à função sintática comum a todas as expressões
sublinhadas nas frases seguintes.
Os deuses que eram venerados pelos povos antigos inspiraram vários filmes.
A modificador do nome
B predicativo do sujeito
C complemento direto
D sujeito
6. Assinala com X a opção que corresponde à forma passiva da frase seguinte.
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GRUPO IV
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2018/).
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
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Rubricas dos professores vigilantes
Nome completo
N.º convencional
Prova Final de Português
Prova 91 | 2.ª Fase | 3.º Ciclo do Ensino Básico | 2018
9.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julhoDecreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho A PREENCHER
PELO AGRUPAMENTO
N.º confidencial da escola
A PREENCHER PELO PROFESSOR CLASSIFICADOR
Correspondente ao nível |___| ( ) Data: ________ /________ /________ Código do professor classificador |___|___|___|___|
Observações
Não é permitido o uso de corretor. Risca aquilo que pretendes que não seja classificado.
Se o espaço reservado a uma resposta não for suficiente, podes utilizar o espaço que se encontra no final
da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.
Nos termos da lei em vigor, as provas de avaliação externa são obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos
Direitos Conexos. A sua divulgação não suprime os direitos previstos na lei. Assim, é proibida a utilização destas provas,
além do determinado na lei ou do permitido pelo IAVE, I.P., sendo expressamente vedada a sua exploração comercial.
GRUPO I
Para responderes aos itens deste grupo, vais ouvir um excerto informativo sobre o arquivo da Torre
do Tombo e os tesouros que encerra.
1. Numera os subtítulos de 1 a 4, de acordo com a ordem pela qual as informações sobre o arquivo da
Torre do Tombo são apresentadas no texto.
2. Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
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Prova 91/2.ª F. • Página 3/ 16
Transporte
GRUPO II
TEXTO A
Lê o texto e as notas.
NOTAS
1 Preste – padre, sacerdote.
2 edénicas – paradisíacas.
3 controvérsia – polémica, discussão.
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Prova 91/2.ª F. • Página 4/ 16
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1. Assinala com X os três tópicos adequados ao sentido do texto.
A Decisão dos Portugueses da Idade Média de avançar para ocidente e para sul.
2. Para cada item (2.1. a 2.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
2.1. Do ponto de vista dos Europeus medievais, o território governado pelo Preste João
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TEXTO B
Os três irmãos de Medranhos, Ruy, Guanes e Rostabal, eram então em todo o reino
das Astúrias os fidalgos mais famintos e os mais remendados.
Nos Paços de Medranhos, a que o vento da serra levava vidraça e telha, passavam
eles as tardes desse inverno engelhados nos seus pelotes de camelão1, batendo as
5 solas rotas sobre as lajes da cozinha, diante da vasta lareira negra, onde desde muito
não estalava lume nem fervia a panela de ferro. Ao escurecer devoravam uma côdea
de pão negro, esfregada com alho. Depois, sem candeia, através do pátio, fendendo
a neve, iam dormir à estrebaria, para aproveitar o calor das três éguas lazarentas2
que, esfaimadas como eles, roíam as traves da manjedoura. E a miséria tornara estes
10 senhores mais bravios que lobos.
Ora, na primavera, por uma silenciosa manhã de domingo, andando todos três na
mata de Roquelanes a espiar pegadas de caça e a apanhar tortulhos3 entre os robles4,
enquanto as três éguas pastavam a relva nova de abril, – os irmãos de Medranhos
encontraram, por trás de uma moita de espinheiros, numa cova de rocha, um velho cofre
15 de ferro. Como se o resguardasse uma torre segura, conservava as suas três chaves
nas suas três fechaduras. Sobre a tampa, mal decifrável através da ferrugem, corria um
dístico em letras árabes. E dentro, até às bordas, estava cheio de dobrões de ouro!
No terror e esplendor da emoção os três senhores ficaram mais lívidos5 do que
círios6. Depois, mergulhando furiosamente as mãos no ouro, estalaram a rir, num riso de
20 tão larga rajada que as folhas tenras dos olmos em roda tremiam... E de novo recuaram,
bruscamente se encararam, com os olhos a flamejar, numa desconfiança tão desabrida7
que Guanes e Rostabal apalpavam nos cintos os cabos das grandes facas. Então Ruy,
que era gordo e ruivo, e o mais avisado, ergueu os braços, como um árbitro, e começou
por decidir que o tesouro, ou viesse de Deus ou do Demónio, pertencia aos três, e entre
25 eles se repartiria, rigidamente, pesando-se o ouro em balanças.
Eça de Queirós, «O Tesouro», in Contos, Vol. I, edição de Marie-Hélène Piwnik,
Lisboa, IN-CM, 2009, pp. 265-266.
NOTAS
1 pelotes de camelão – peças de vestuário feitas com lã ou pelo de cabra.
2 lazarentas – esfomeadas.
3 tortulhos – espécie de cogumelos.
4 robles – carvalhos.
5 lívidos – descorados, pálidos.
6 círios – grandes velas de cera.
7 desabrida – violenta.
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Transporte
3. Relê as linhas 3 a 7 do texto.
Refere duas informações que contribuem para a caracterização dos três irmãos de Medranhos
como «os fidalgos mais famintos» (linha 2) do reino das Astúrias.
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4. Assinala com X todos os adjetivos que definem o espaço da «mata de Roquelanes» (linha 12),
por oposição aos «Paços de Medranhos» (linha 3).
A exterior
B desolador
C gélido
D verdejante
E convidativo
5. Na mata de Roquelanes, os irmãos de Medranhos descobriram os dobrões de ouro num cofre que
se encontrava «por trás de uma moita de espinheiros, numa cova de rocha» (linha 14).
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6. Explica por que razão a informação mencionada nas linhas 15 e 16 parece sugerir que o cofre
de ferro estava destinado a ser encontrado pelos três irmãos de Medranhos.
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7. Associa cada momento do discurso do narrador no último parágrafo (coluna A) ao recurso nele
utilizado (coluna B).
COLUNA A COLUNA B
A ‒ Tripla adjetivação
Caracterização do movimento que Ruy, Guanes e Rostabal
fazem ao mexer no tesouro. B ‒ Antítese
Descrição do efeito que o riso dos três irmãos provoca C ‒ Advérbio de modo
na natureza.
D ‒ Anáfora
Caracterização que distingue Ruy dos outros irmãos.
E ‒ Hipérbole
8. Assinala com X a informação do segundo parágrafo que é confirmada pelas reações das
personagens nas linhas 20 a 22.
C iam dormir à estrebaria, para aproveitar o calor das três éguas lazarentas que, esfaimadas
«
como eles, roíam as traves da manjedoura»
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Responde apenas ao item do texto C1 ou ao item do texto C2, de acordo com a obra que estudaste.
TEXTO C1
ONZENEIRO Porquê?
ANJO Porque esse bolsão
10 tomara todo o navio.
ONZENEIRO Juro a Deos que vai vazio.
ANJO Nam já no teu coração.
As Obras de Gil Vicente (dir. José Camões), Vol. II, Lisboa, IN-CM, 2002, p. 534.
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TEXTO C2
NOTA
1 a meu quinhão – para mim.
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GRUPO III
A comentário
B memorização
C memorial
D mensalidade
E comemoração
2. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses.
no cinema.
ler o conto.
certamente da história.
3. Associa cada classe de palavras da coluna A a uma palavra ou expressão destacada nas frases
da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
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4. Para cada item (4.1. a 4.3.), assinala com X a opção que completa cada afirmação.
4.2. Na frase «Após tantos anos, o filme continua atual.», a palavra sublinhada desempenha
a função sintática de
A complemento direto.
B modificador.
C predicativo do sujeito.
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GRUPO IV
«No teatro de marionetas, que são uns bonecos articulados, a bailarina levanta o braço,
quando nós lhe puxamos a guita. O carrinho dá umas voltas, depois de lhe darmos corda. Nós
não somos nem fantoches, nem brinquedos [...].»
José Barata-Moura, «Os humanos são capazes de fazer a sua vida ou têm de fazer tudo por causa do seu destino?»
in Trocado por Miúdos, Porto, Porto Editora, 2014, p. 23.
Do teu ponto de vista, somos sempre nós os responsáveis pelo que acontece na nossa vida ou
estamos também sujeitos às decisões dos outros?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que defendas o teu ponto de vista.
Observações:
1. P
ara efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como
uma única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2018/).
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
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