Você está na página 1de 18

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ - RN

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


CONCURSO PÚBLICO
NÍVEL SUPERIOR

CARGO: PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL


GEOGRAFIA – TIPO B
FRASE: ‘‘O novo deve ser sempre o nosso foco.’’
(Transcrever a frase acima para a folha de resposta)

O candidato receberá do fiscal de sala: • Verifique se o CARGO deste caderno de prova coincide com o registrado
• Este caderno de provas, contendo 50 (cinquenta) questões objetivas no cabeçalho de cada página e com o cargo para o qual você está inscrito.
e a Prova Discursiva; Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam
• Um Cartão de Respostas destinado às respostas das questões tomadas as devidas providências.
objetivas; e
• Confira seus dados pessoais, cargo, número de inscrição e documento de
• Um Caderno de Texto Definitivo destinado a resposta da Prova
Discursivas. identidade e leia atentamente as instruções para preencher o Cartão de
Respostas.
• Identifique no Cartão de Respostas o TIPO de caderno de prova, a não
identificação no Cartão de resposta, pelo candidato, acarretará em nota
final igual a 0,00 (zero).
• 04h (quatro horas) é o tempo disponível para a realização das provas,
• Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esferográfica em
já incluindo o tempo para a marcação no Cartão de Respostas da
material transparente, de tinta cor azul ou preta.
prova objetiva e transcrição da prova discursiva no Caderno de Texto
• Em hipótese alguma haverá substituição do Cartão de Respostas e/ou do
Definitivo.
Caderno de Texto Definitivo por erro do candidato.
• Em hipótese alguma o candidato levará consigo o caderno de prova.
• O candidato deverá transcrever as respostas da prova objetiva para
o Cartão de Respostas, sendo este o único documento válido para
a correção da prova. O preenchimento do Cartão de Respostas e do
Caderno de Texto Definitivo será de inteira responsabilidade do
candidato, que deverá proceder em conformidade com as instruções
específicas contidas no Edital, no Caderno de Prova, no Cartão de
Respostas e no Caderno de Texto Definitivo.
• O IDECAN realizará identificação datiloscópica de todos os candidatos. A
identificação datiloscópica compreenderá a coleta das impressões digitais
• ausentar-se da sala ou do local de prova sem o acompanhamento
dos candidatos.
de um fiscal;
• Ao terminar a prova, o candidato deverá, OBRIGATORIAMENTE, devolver
• fazer uso de calculadora, relógio de qualquer espécie e/ou agenda ao fiscal Caderno de Prova, o Cartão de Respostas e o Caderno de
eletrônica ou similar; Texto Definitivo devidamente assinada, apenas, nos locais indicados.
• portar, após o início das provas, qualquer equipamento eletrônico • Durante a realização da prova, o envelope de segurança com os
e/ou sonoro e/ou de comunicação ligados ou desligados; equipamentos e materiais não permitidos, devidamente lacrado, deverá
• comunicar-se com outro candidato ou terceiros, verbalmente ou permanecer embaixo ou ao lado da carteira/cadeira utilizada pelo
candidato, devendo permanecer lacrado durante toda a realização da
por escrito, bem como fazer uso de material não permitido para a
prova e somente poderá ser aberto no ambiente externo do local de
realização da prova;
provas.
• lançar meios ilícitos para a realização da prova; • Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala só poderão sair juntos.
• deixar de devolver ao fiscal qualquer material de aplicação da prova, • Os gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas serão divulgados
fornecido pelo IDECAN; na Internet, no endereço eletrônico www.idecan.org.br, juntamente com os
• usar sanitários após o término da prova, ao deixar a sala. Cadernos de Prova, conforme Edital.

PREENCHA MANUALMENTE:

INSCRIÇÃO NOME COMPLETO


PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B

CONHECIMENTOS COMUNS
Língua Portuguesa

Texto para as questões de 1 a 15.

1 Poseidon estava sentado à sua mesa de trabalho e fazia contas. A administração de todas contas. A administração de
todas as águas dava-lhe um trabalho infinito. Poderia dispor de quantas forças auxiliares quisera, e com efeito, tinhas muitas,
mas como tomava seu emprego muito a sério, verificava novamente todas as contas, e assim as forças auxiliares lhe serviam
5 de pouco. Não se pode dizer que o trabalho lhe era agradável e na verdade o realizava unicamente porque lhe tinha sido
imposto; tinha-se ocupado, sim, com frequência, em trabalhos mais alegres, como ele dizia, mas cada vez que se lhe faziam
diferentes propostas, revelava-se sempre que, contudo, nada lhes agradava tanto como seu atual emprego. Além do mais era
muito difícil encontrar uma outra tarefa para ele. Era impossível designar-lhe um determinado mar; prescindindo de que aqui
10
o trabalho de cálculo não era menor em quantidade, porém em qualidade, o Grande Poseidon não podia ser designado para
outro cargo que não comportasse poder. E se lhe oferecia um emprego fora da água, esta única ideia lhe provocava mal-estar,
alterava-se seu divino alento e seu férreo torso oscilava. Além do mais, suas queixas não eram tomadas a sério; quando um

15 poderoso tortura, é preciso ajustar-se a ele aparentemente, mesmo na situação mais desprovida de perspectivas. Ninguém
pensava verdadeiramente em separar a Poseidon de seu cargo, já que desde as origens tinha sido destinado a ser deus dos
mares e aquilo não podia ser modificado.
O que mais o irritava – e isto era o que mais o indispunha com o cargo – era inteirar-se de que como representavam
20 com o tridente, guiando como um cocheiro, através dos mares. Entretanto, estava sentado aqui, nas profundidades do mar
do mundo e fazia contas ininterruptamente; de vez em quando uma viagem da qual além do mais, quase sempre regressava
furioso. Daí que mal havia visto os mares, isso acontecia apenas em suas fugitivas ascensões ao Olimpo, e não os teria
percorrido jamais verdadeiramente. Gostava de dizer que com isso esperava o fim do mundo, que então teria certamente
25
ainda um momento de calma, durante o qual, justo antes do fim, depois de rever a última conta, poderia fazer ainda um rápido
giro.

Franz Kafka

1. Segundo o texto em questão, o dilema de Poseidon se dá 2. A morfologia é a área da Gramática que estuda as classes

pelo fato de e as formas das palavras. Nesse sentido, o vocábulo é uma


palavra considerada em relação aos seus elementos materiais,
apresentando, além do radical, os(as)
(A) ele estar sobrecarregado e não poder confiar em ninguém

além de si mesmo. (A) afixos, as desinências, as vogais temáticas, e as consoantes


(B) os mares estarem repletos de seres insubordinados. e vogais de ligação.

(C) os amigos dos mares buscarem outras funções no oceano. (B) desinências e as consoantes e vogais de ligação.
(C) afixos, as derivações impróprias e as vogais temáticas.
(D) a gerência dos mares deveria ser de responsabilidade de
(D) desinências, as vogais temáticas, e as consoantes de
Zeus.
ligação.
(E) seus ajudantes estão todos de férias e não cumpriram as (E) prefixos, sufixos, morfemas, confixo, interfixo e vogais de

tarefas delegadas. ligação.


2
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
3. No conto de Kafka, a menção feita a Poseidon configura-se 7. A derivação é um processo de formação de novas palavras
como uma pelo acréscimo de afixos. Considerando-se o exposto, é correto
afirmar que a derivação
(A) busca constante pela perfeição alcançada na mitologia
romana. (A) prefixal se dá quando se formam substantivos, adjetivos,
(B) referência intertextual à mitologia grega. verbos e advérbios por meio do acréscimo de um prefixo
(C) homenagem feita à Plutão, Deus dos mares. ao radical de nomes – como em “grandalhão” e “paredão”.
(D) maneira de apresentar os problemas da vida ficcional. (B) sufixal se dá quando se acrescenta um sufixo à palavra
(E) tentativa de contrariar os valores da sociedade patriarcal. primitiva – como em “abdicar” e “aversão”.
(C) imprópria ocorre quando há uma redução da palavra
4. No aspecto fonético, os encontros vocálicos dão origem aos derivante – como em “amparo” e “sustento”.
ditongos, aos hiatos e aos tritongos; já em relação às consoantes, (D) regressiva se dá quando uma palavra muda de classe
têm-se os encontros consonantais e os dígrafos consonantais. gramatical sem sofrer modificações na forma – como em
Considerando-se tais fenômenos, compreende-se que o “afazer” e “jantar”.
(E) parassintética ocorre quando há agregação simultânea de
(A) encontro consonantal é o seguimento imediato de duas ou um prefixo e um sufixo a um radical – como em “repatriar”
mais consoantes de um mesmo vocábulo – tal como se dá e “desalmado”.
nas palavras “passo” e “malha”.
(B) ditongo crescente se dá quando a semivogal vem antes da 8. A Semântica é a Ciência que estuda não só o significado
vogal – como ocorre em “pai”, “mãe” e “rei”. das palavras, mas as relações de sentido que elas estabelecem
(C) ditongo decrescente ocorre quando a semivogal vem depois entre si. Diante de tal, pode-se afirmar que a
da vogal – como em “água”, “cárie” e “mágoa”.
(D) hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, (A) sinonímia é o fato de haver mais de uma palavra com
que guardam sua individualidade fonética – como ocorre significação semelhante, podendo uma ser empregada no
em “mínguam” e “enxaguei”. lugar da outra em certos contextos, apesar dos diferentes
(E) dígrafo é o emprego de duas letras para a representação matizes de sentido ou de carga estilística – como em “alto”
gráfica de um só fonema, já que uma delas é letra e “baixo”.
diacrítica – como em “chá” e “exceto”. (B) antonímia é o fato de haver palavras que, entre si,
estabelecem uma oposição contraditória – como em
5. Sabe-se que a sílaba tônica é aquela pronunciada com mais “clamar” e “bradar”.
intensidade em uma palavra e que, de acordo com a tonicidade, (C) paronímia é o fato de haver palavras semelhantes em sua
elas podem ser classificadas como oxítona, paroxítona e estrutura fonológica e diferentes no significado – como em
proparoxítona. Diante do exposto, identifique a alternativa, “descrição” e “discrição”.
na qual as palavras apresentadas podem ser classificadas, (D) polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar
respectivamente, como oxítona, paroxítona e proparoxítona. duplicidade de significados, conforme o contexto frásico em
que ocorre – como em “estetoscópio” e “eneágono”.
(A) Clímax – cromossomo – fórceps. (E) homonímia se refere à capacidade de as palavras
(B) Ágape – látex – ciclope. serem homônimas – de som igual, mas grafia
(C) Nobel – âmbar – anátema. diferente –, homófonas – de som e significado diferentes –
(D) Aloés – cartomancia – filantropo. ou homógrafas – de som igual e grafia iguais.
(E) Harém – crisântemo – arquétipo.
9. O substantivo é classe de palavras responsável por nomear
6. De acordo com as determinações da gramática normativa, seres, objetos e sentimentos, podendo se flexionar no plural,
assinale a alternativa na qual todas as palavras apresentam quando necessário. Nessa perspectiva, indique a alternativa que
separação silábica adequada. apresenta corretamente a flexão no plural.

(A) Mi-ni-sa-ia / mne-mô-ni-ca / pi-po-ca. (A) Abaixo-assinado → abaixos-assinado.


(B) Ce-nou-ra / ache-gar / pi-a. (B) Bem-te-vi → bem-te-vis.
(C) Sub-ju-gar / juí-za / op-ção. (C) Furta-cor → furtas-cores.
(D) Ab-di-car / a-bra-sar / nup-ci-al. (D) Grão-prior → grãos–priores.
(E) Trí-ce-os / sub-lin-gual / sub-ro-gar. (E) Tique-taque → tiques-taque.
3
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
10. As conjunções são unidades que têm por objetivo reunir 13. Diz-se concordância nominal aquela que se verifica em
orações em um mesmo enunciado. Diante do apresentado, gênero e número entre o adjetivo e o pronome (adjetivo), o
assinale a alternativa cujo termo em destaque é classificado
artigo, o numeral ou o particípio (palavras determinantes) e o
corretamente.
substantivo ou pronome (palavras determinadas) a que se

(A) “Ele treinou tanto durante os anos que conquistou o referem. Considerando-se isso, selecione a alternativa que
campeonato de natação” – conjunção alternativa. apresenta o emprego adequado da concordância.
(B) “O velho teme o futuro e se abriga no passado” – conjunção
explicativa.
(C) “Quando a cólera ou o amor nos visita, a razão se (A) O serviço dos mares requeria funcionário e funcionária

despede” – conjunção aditiva. ótimo.


(D) “Acabou-se o tempo das ressurreições, mas continua o das (B) Os filhos de Poseidon são tal qual o pai.
insurreições” – conjunção adversativa.
(C) Os olhos verde-escuros do deus dos mares.
(E) “Não foram ao mesmo cinema e, portanto, não se poderiam
se encontrar” – conjunção concessiva. (D) As túnicas cremes de seus súditos eram lindas.

(E) Poseidon buscava novas súditos e súditas para os afazeres.


11. Entende-se por verbo a unidade que significa ação ou
processo, organizada para expressar o modo, o tempo, a pessoa
14. Assinale a alternativa cujo conjunto de palavras segue a
e o número. Sabendo que os tempos compostos são formados
por um verbo auxiliar e por um verbo principal, a expressão mesma regra de acentuação que o termo “bíceps”.

verbal e o verbo destacados na sentença “o Grande Poseidon


não tinha designado outro para o cargo que não soubesse (A) Armazéns – cálido – amável.
fazer” estão conjugados, respectivamente, no:
(B) Pontapé – órgão – nível.

(A) pretérito-mais-que perfeito do subjuntivo e pretérito (C) Vatapá – carajá – ananás.

imperfeito do indicativo. (D) Caráter – revólver – álbum.


(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo. (E) Ninguém – límpido – sólido.
(C) pretérito perfeito do indicativo e futuro do subjuntivo.
(D) pretérito imperfeito do indicativo e presente do indicativo.
(E) pretérito-mais-que-perfeito do indicativo e pretérito 15. A Ortografia é um sistema oficial convencional, pelo qual

imperfeito do subjuntivo. se representa uma língua escrita. Considerando-se o exposto,

assinale a alternativa cujo conjunto de palavras está grafado


12. Assinale a alternativa cuja sentença foi escrita de acordo com
corretamente.
as regras de concordância verbal referentes à correspondência
entre verbo e sujeito.
(A) Maciço – dicídio – pocesso.
(A) Faz milhares de anos que Poseidon é o deus dos mares. (B) Intercessão – repercussão – concessão.
(B) Poseidon e Zeus tem direitos iguais.
(C) Regurgitar – heterogênio – apetrexo.
(C) O calor e o mar os cansou demasiadamente.
(D) O cardume buscaram a presença de Poseidon. (D) Receção – dispersão – dissenssão.

(E) Haviam sérios problemas administrativos por ali. (E) Majestade – jibóia – gerimum.
4
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
Educação Inclusiva
16. Segundo a Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal 17. A educação deve garantir a plena aprendizagem e o total
Nº 13.146/2015), cabe ao poder público assegurar, criar, acesso a todas as crianças e jovens, independentemente de sua
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar a situação socioeconômica, seu local de nascimento, seu gênero
formação e disponibilização de professores para o Atendimento e de ter ou não deficiência. Assim, um ensino de qualidade é

Educacional Especializado (AEE), de tradutores e intérpretes aquele que, em suma, é para todos. Nesse sentido, a educação

da Língua Brasileira de Sinais (Libras), de guias intérpretes especial concentra seus esforços em atender às necessidades
específicas dos alunos no contexto educacional e em apresentar
e de profissionais de apoio. Nesse sentido, o Artigo 28º da
uma abordagem mais abrangente na escola, orientando a
lei mencionada, dispõe que tradutores e intérpretes da Libras
criação de redes de apoio, programas de formação contínua,
atuantes na educação básica devem apresentar, no mínimo,
identificação de recursos e serviços, bem como o fomento de
práticas colaborativas. Diante de tal, os estudos mais recentes
(A) Ensino Médio completo e certificado de proficiência em
no campo da educação especial enfatizam que as definições e o
Libras; além disso, quando direcionados à tarefa de
uso de classificações devem ser
interpretação nas salas de aula dos cursos de graduação
e pós-graduação, devem, também, ter certificação de nível (A) ultrapassados, sendo necessário superar estigmas e
superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e garantir a verdadeira inclusão no ambiente em que a pessoa
Interpretação em Libras. com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento
(B) curso técnico em Libras e qualquer curso superior; e, convive – pois, somente assim, a Educação Especial terá
quando direcionados à tarefa de interpretação nas salas seus objetivos alcançados.
de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem, (B) ressignificados, o que requer uma ação política, social e
também, ter certificação de nível superior, com habilitação, pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos
prioritariamente, em Educação Especial. os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando,
(C) curso técnico em Libras com certificado de proficiência; e, sem discriminação, de modo que a Educação Especial se
quando direcionados à tarefa de interpretação nas salas de configure, efetivamente, como uma etapa da Educação

aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem, Básica.


(C) desconsiderados, evitando estereótipos e exclusão no meio
também, ter certificação de nível superior, com habilitação,
de convivência da pessoa com deficiência ou transtornos
prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.
globais do desenvolvimento, não excluindo, porém, os
(D) Ensino Médio completo; curso em Libras de, ao menos, 200
planos de desenvolvimento intelectual a ser inserido no
horas de carga horária; e, quando direcionados à tarefa de
Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada instituição.
interpretação nas salas de aula dos cursos de graduação
(D) atualizados anualmente, pois deve identificar ou categorizar
e pós-graduação, devem, também, ter certificação de nível
um conjunto de condições como deficiência, transtorno,
superior, com habilitação, prioritariamente, em Educação
distúrbio, síndrome ou habilidade, dado que se reconhece
Especial. que as pessoas estão em constante mudança, considerando
(E) curso técnico em Libras e nível superior em Educação o crescimento biológico de cada indivíduo.
Especial; e, quando direcionados à tarefa de interpretação (E) contextualizados, não se esgotando na mera especificação
nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, ou categorização atribuída a um quadro de deficiência,
devem, também, ter certificação de nível superior, com transtorno, distúrbio, síndrome ou aptidão, pois considera-
habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação se que as pessoas se modificam continuamente,
em Libras. transformando o contexto no qual se inserem.
5
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
18. A área da Tecnologia Assistiva que objetiva ampliar as habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa
e Alternativa (CAA), a qual se destina às pessoas sem fala, sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade
comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever. Nesse contexto, dentre as ferramentas que complementam ou oferecem
alternativas à fala para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida – sobretudo aquelas com paralisia cerebral e que
enfrentam dificuldades funcionais tanto na fala quanto na escrita –, tem-se os(as)

(A) órteses e as próteses.


(B) aranhas-mola para fixação da caneta e os engrossadores de lápis.
(C) pranchas de comunicação e os vocalizadores portáteis.
(D) sorobans e as agendas personalizadas.
(E) sinalizadores e os regletes.

19. Considere o excerto a seguir: 20. Em relação à Resolução Nº 4/2009, do Conselho Nacional
de Educação (CNE), que estabelece as Diretrizes Operacionais
A Tecnologia Assistiva (TA) engloba áreas como a comunicação
para o Atendimento Educacional Especializado (AEE)
suplementar e/ou alternativa, as adaptações de acesso ao
na Educação Básica – na modalidade Educação
computador; equipamentos de auxílio para visão e audição;
controle do meio ambiente; adaptação de jogos e brincadeiras, Especial – compreende-se que:
adaptações de postura sentada, mobilidade alternativa, próteses
e a integração dessa tecnologia nos diferentes ambientes como (A) A proposta de AEE, prevista no projeto pedagógico do
a casa, escola e local de trabalho. centro de Atendimento Educacional Especializado público
ou privado, sem fins lucrativos, conveniado para essa
PELOSI, M. B. Seminário internacional sociedade inclusiva.
finalidade, deve ser aprovada pela equipe multiprofissional
PUC Minas. Belo Horizonte:2003. Anais. p. 183-187.
da escola de referência do ensino regular.
Considerando-se o exposto, é correto afirmar que os recursos (B) O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos
de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de multifuncionais da própria escola ou em outra escola de
acordo com os
ensino regular, no mesmo turno da escolarização, não
sendo substitutivo às classes comuns.
(A) níveis de percepção de cada serviço ou equipamento
dentro do CID determinado de cada deficiência, e da etapa (C) A elaboração e a execução do plano de AEE são de
e modalidade da educação básica. competência dos professores que atuam na sala do ensino
(B) objetivos funcionais a que se destinam e foram desenvolvidos regular, em articulação com os professores da sala de
para finalidades distintas que, na referida classificação de recursos multifuncionais ou centros de AEE.
TA, seguem redefinições por categorias com uma finalidade
(D) De acordo com o Decreto Nº 6.571/2008, no âmbito do
didática.
(C) processos relacionados aos serviços de apoio das salas de FUNDEB, serão contabilizados duplamente os alunos
recursos multifuncionais e ainda a classificação feita a partir matriculados em classe comum de ensino regular público
do projeto político pedagógico de cada instituição. que tiverem matrícula concomitante no AEE.
(D) tamanhos de objeto principal da TA e o valor total do (E) O AEE tem como função complementar ou suplementar
equipamento a ser utilizado tanto pelo aluno quanto pelo
a formação do aluno por meio da disponibilização
profissional da sala de recursos multifuncionais.
de atendimento clínico e pedagógico, recursos de
(E) índices de utilização dentro dos ambientes escolares e
pelo nível de deficiência a que ele se destina, segundo a acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para
concepção didático-pedagógica. sua plena participação na sociedade.
6
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
Legislação Educacional
21. De acordo com o Documento Curricular do Estado do 23. Em seu Artigo 211º, a Constituição Federal de 1988
Rio Grande do Norte (2018), os pressupostos do trabalho estabelece que a União organizará o sistema federal de ensino
pedagógico orientam que as práticas culturais selecionadas pelos e o dos Territórios, financiando as instituições de ensino públicas
professores, para serem vividas pelos estudantes no cotidiano
federais e exercendo função caracterizada como
da escola, devem ser acolhedoras em suas diversidades e
promotoras do desenvolvimento de um(a)
(A) organizadora e financiadora na equalização de
(A) postura ética de solidariedade e justiça, que possibilite oportunidades junto aos Estados, ao Distrito Federal e aos
aos estudantes interagir e trabalhar com a diversidade de Municípios.
pessoas e de relações que caracterizam a comunidade (B) apoiadora e financiadora das ações educacionais garantindo,
humana em situação de vulnerabilidade, enquanto se
prioritariamente, o transporte escolar, alimentação, livro
posicionam contra a desigualdade, a discriminação e a
injustiça. didático e assistência à saúde.
(B) senso crítico e consciente dos diferentes papéis sociais (C) supletiva e redistributiva de recursos financeiros, a fim
desempenhados pelas pessoas nas diferentes interações de que a União aplique nunca menos de 25% da receita
que mantêm entre si, com o mercado de trabalho e com as proveniente de impostos e tributos.
relações de produção cultural e econômica. (D) gestora e redistributiva de recursos advindos do FUNDEB
(C) pensar criativo e autônomo, a partir do qual cada estudante e outras fontes livres de arrecadação e financiamento da
aprenda a investigar, opinar e considerar a opinião dos
educação.
colegas e de outros atores sociais sobre um acontecimento,
uma ideia, uma hipótese, uma tecnologia ou um conflito. (E) redistributiva e supletiva de forma a garantir assistência
(D) sensibilidade voltada ao ato criador desconexo das técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
realidades sociais e para a construção de respostas Municípios.
singulares dos estudantes aos problemas daqueles mais
suscetíveis às desigualdades ocasionadas pelos diferentes 24. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
meios de produção.
Básica definem, dentre outros elementos, as orientações
(E) comportamento ético e estético direcionado à valorização
da vida, da dignidade, dos valores humanos e da essência básicas para a organização e promoção da educação em todo o
criativa advinda do campo das ciências humanas e da território nacional. Sobre a organização das etapas da educação
espiritualidade proporcionada pelo ensino religioso na básica, essa legislação define que
Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
(A) a Educação Infantil compreende a Creche, englobando
22. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
Infantil de 1998, considerando-se as especificidades afetivas,
até 3 (três) anos e 11 (onze) meses e a Pré-Escola, com
emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis
anos, a qualidade das experiências oferecidas que podem foco na preparação para o ensino fundamental.
contribuir para o exercício da cidadania devem estar embasadas (B) a Educação Infantil compreende a Creche, englobando
no princípio de as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
até 4 (quatro) anos e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois)
(A) atendimento prioritário de crianças de baixa renda, anos.
especialmente no caso de pais trabalhadores,
(C) a Educação Infantil compreende a Creche, englobando
democratizando o acesso a creches e aumentando as
matrículas em 50% até 2026. as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
(B) atendimento aos cuidados essenciais associados à até 3 (três) anos e 11 (onze) meses e a Pré-Escola, com
sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. duração de 2 (dois) anos.
(C) atendimento à individualidade social, especialmente no caso (D) a Educação Infantil compreende a Creche, englobando
de crianças em situação de vulnerabilidade econômica. as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
(D) acolhimento social, cognitivo e econômico, propondo ações
até 3 (três) anos e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois)
complementares de assistência à saúde, transporte escolar
e livro didático. anos, ambas obrigatórias.
(E) tratamento isonômico, promovendo situações de (E) a Educação Infantil compreende a Creche, englobando
aprendizagem democratizadas e voltadas ao contexto da as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
classe trabalhadora, reforçando os estigmas e possibilitando até 3 (três) anos e 11 (onze) meses e a Pré-Escola, com
a superação. duração de 3 (três) anos.
7
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
25. Segundo o Artigo 74º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a União – em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios – estabelecerá um padrão mínimo de oportunidades educacionais para o Ensino Fundamental, de acordo
cálculo do custo mínimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidade. Conforme as disposições do referido instrumento legal,
tal valor será calculado pelacv

(A) União ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variações regionais no custo dos insumos e
as diversas modalidades de ensino.
(B) União, pelo Distrito Federal, pelos Estados e pelos Municípios ao final de cada ano escolar, tomando como base as informações
coletadas pelo Censo Escolar e pelo IBGE, respeitando as singularidades regionais.
(C) União, pelo Distrito Federal, pelos Estados e pelos Municípios por meio da Conferência Nacional de Educação (CONAE) – cujo
propósito é avaliar a aplicação do PIB no financiamento da educação.
(D) União em parceria com os diferentes conselhos que compõem a administração pública, a fim de democratizar a distribuição dos
recursos com a participação da população.
(E) União com o apoio técnico do FNDE, complementando os recursos com programas como o FUNDEB, PDDE, PNAE, PNATE e
PNLD, priorizando as escolas do campo.
Tecnologias Educacionais
26. O desafio da alfabetização ganhou nova dimensão com 27. As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
o mundo digital, em particular com novos textos virtuais, visto (TDIC) permitem, hoje, um intenso e crítico diálogo entre
que, nenhuma criança deixa de usar o computador por não educação e tecnologias. Nesse sentido, exige-se repensar as
saber ler e escrever. Observando-se que de fato, a linguagem práticas pedagógicas existentes, o que se mostra um desafio
usada na escola hoje vai tornando-se apenas uma parte das
aos docentes na contemporaneidade: agregar às práticas
linguagens de que necessitamos para organizar, construir e
reconstruir as oportunidades sociais, analise as assertivas de ensino e aprendizagem recursos disponíveis em TDIC. Ao
abaixo, selecionando a correta. perceber as transformações que as novas tecnologias trazem
à educação, analise as assertivas abaixo e determine a correta
(A) A tecnologia educacional começou de maneira instrucionista, quanto ao papel do professor nesse universo digital.
reprodutivista, favorecendo a mera transmissão de conteúdo,
mas finalmente está reconhecendo sua importância para o
(A) O contexto digital requer um professor que seja um
diálogo crítico e criativo entre os aprendizes, realçando o
papel da pesquisa e elaboração. provocador em uma sociedade que tem demandado sujeitos
(B) Alfabetização em TDIC (Tecnologia Digital da Informação críticos, competentes, criativos e flexíveis, pois no cenário
e Comunicação) é o interesse, atitude e habilidade dos brasileiro atual, as práticas pedagógicas são flexibilizadas e
indivíduos de apropriadamente usar tecnologia digital colocam os estudantes como produtores do conhecimento.
e ferramentas de comunicação para acessar, manejar, (B) Acredita-se que os avanços das TDIC e sua presença nos
integrar e avaliar informação, construir novo conhecimento espaços educacionais é suficiente para o exercício da
e comunicar-se com outros com o objetivo de participar
docência que já repensou o suficiente quanto a competência
passivamente na sociedade.
(C) A alfabetização tecnológica voltada principalmente teórica que cada professor carrega consigo, em especial as
para student-centred-learning (aprendizagem centrada de cunho digital.
no estudante), é considerada estratégia crucial de (C) Reconhece-se que se deve imputar, somente ao professor,
aprendizagem, com base em locais preferenciais como a responsabilidade pela apropriação tecnológica, pois todas
bibliotecas e comprometida com o cuidado ostensivo por as escolas estão renovadas e capazes de oferecer subsídios
parte dos professores com a aprendizagem do aluno. para que a ação docente seja instigante e inovadora.
(D) Como somos produto da tecnologia natural, é razoável (D) Encarar as TDIC como algo que possa vir a substituir os
que pretendamos nos inovar, por mais que isto seja um
professores é uma falsa ideia. Qualquer artefato técnico
processo arriscado. Assim, inovar é nosso destino. O acesso
tecnológico é crucial para as oportunidades das pessoas, já implantado na escola só frutifica sob a mediação do
que as oportunidades são profundamente condicionadas e professor. Cabe aos professores se apropriarem de tais
determinadas pelas tecnologias. recursos e colocá-los para a busca e sistematização de
(E) A alfabetização em mídia alavancada pelo poder da informações de forma compartilhada.
aprendizagem no mundo atual, nutre-se principalmente (E) O professor perde o seu papel central e são acrescidas
da crítica da arte e da arte-educação; a página vai sendo, novas exigências ao ensino que são trazidas pelas
em grande parte, substituída pela tela como referência
tecnologias digitais, algumas até então impensadas, por
dominante de representação e comunicação, afetando
profundamente a lógica e a semiótica da leitura; aos exemplo, entendem que os professores devem ser agentes
poucos torna-se expectativa comum que os textos sejam passivos frente a tais mudanças e à incorporação de
visualmente bem desenhados. artefatos tecnológicos em sala de aula.
8
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
28. As metodologias ativas configuram-se como rompimento do ensino centrado na transmissão hierárquica do conhecimento do
docente ao aluno, colaborando para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem centrado no discente. Considerando
a necessidade de incluir as metodologias ativas como estratégia didática na prática docente, identifique a afirmativa correta.

(A) Ações voltadas ao conhecimento científico básico, que enfocam a educação científica de qualidade, tão presente no ensino
fundamental e médio, restringem-se à formação de profissionais qualificados indispensáveis para inclusão e responsabilidade
social na atualidade.
(B) A análise do desempenho de discentes formados em cursos fundamentados no aprendizado, baseado em problemas e
no aprendizado em grupos, aponta um baixo desempenho desses em comparação a alunos formados pelas metodologias
tradicionais.
(C) As metodologias ativas são instrumentos significativos para ampliar as possibilidades, para exercitar a liberdade, a autonomia
de escolhas e a tomada de decisão e incentivar a iniciação científica, sem a dependência das escassas bolsas institucionais.
(D) A metacognição é uma habilidade essencial para o desenvolvimento do pensamento crítico, da decisão, da habilidade
de resolução de problemas e da manutenção do aprendizado continuado ao longo da vida profissional, embora seja não
responsável pelo estabelecimento das estratégias individuais de estudo.
(E) A aprendizagem ativa oportuniza melhor desempenho dos alunos nos processos avaliativos e maior reprovação em diferentes
cursos de graduação em comparação a alunos formados pelas metodologias tradicionais em testes de conhecimento das
tarefas de maior complexidade cognitiva.

29. O ambiente físico da sala de aula deve ser interessante para 30. O educando assume a corresponsabilidade pelo ato de
os alunos, possibilitando múltiplas interações com o universo aprender, interagindo ativamente com o processo, já que
midiático e apresentando a tecnologia como instrumento que nesse processo é exigido dele ações e construções mentais
colabora no processo de aprendizagem. Considerando que, a amplas, tais como: leitura, pesquisa, comparação de hipóteses,
escola deve propor espaços para que os educandos construam classificação, interpretação, crítica, busca de suposições,
sua aprendizagem, através do planejamento de aulas, que construção de sínteses e ampliação de fatos e princípios a
possibilitem a experimentação, explorem a criatividade, o novas situações, planejamento de projetos, análise, reanálise
e tomadas de decisões. Nessa perspectiva de entendimento,
raciocínio e os desafiem a propor soluções para diferentes
compreende-se que
problemas, enxergando conceitos além do ponto de vista
comum, indique a afirmativa correta. (A) o movimento maker sinaliza para uma transformação
social, cultural e tecnológica que nos convida a participar
(A) O uso da cultura maker desafia o professor a se saciar apenas como consumidores. Ele está mudando a forma
apenas com os resultados hoje alcançados, levando como podemos aprender trabalhar e inovar. É fechado
sementes do movimento maker, do construcionismo e da e colaborativo, criativo e incentivador, mão na massa é
aprendizagem criativa para dentro da escola, tornando o divertido.
(B) o uso da cultura maker, despotencializa o professor a se
processo de aprender mais significativo.
reinventar, a se saciar com os resultados hoje alcançados,
(B) o uso da cultura maker potencializa a prática, na qual o
desconsiderando também a necessidade de aos poucos
educando é protagonista do processo de construção de engajar outros educadores para vivenciar tais práticas
seus saberes, utilizando-se de temas de seu interesse metodológicas.
e satisfação, permitindo também a valorização de sua (C) o engajamento do aluno, em relação a novas aprendizagens,
experiência e a oportunidade da aprendizagem significativa compromete o subsidio essencial para ampliar suas
a partir de seus erros e acertos dentro do processo de potencialidades, pois assegurar um ambiente, dentro do
aquisição do conhecimento. qual, os alunos possam reconhecer e refletir sobre suas
(C) As metodologias ativas determinam a possibilidade de próprias ideias, necessita de aceitar que outras pessoas
ativar os aprendizados dos educandos, colocando-os na expressem pontos de vista diferentes dos seus.
posição de expectador, e o educador assume à posição no (D) o movimento maker está relacionado à prática, na qual, o
centro do processo, convergindo com o método tradicional. aluno é protagonista da construção do seu conhecimento.
(D) Nossos educandos estão conectados quase que o tempo Nessa prática ocorre a valorização da experiência do
todo e recebem um grande número de informações a cada docente, permitindo que ele compreenda assuntos e temas
momento, refletindo acerca do papel do educador e do do seu próprio interesse que estão relacionados com seu
cotidiano.
educando nos processos de ensino-aprendizagem, com
(E) tanto o educador quanto o educando concretizam o
enfoque na posição de nossos alunos, que passa a ser mais
sentimento de pertença e coparticipação, gerenciando
secundário e menos central. e elucidando o desejo em conhecer o que não se
(E) A filosofia do código aberto e do compartilhamento de conhece, praticar e teorizar; assumem direções distintas e
projetos é fundamental para o movimento maker, pois favorecem a busca pelo desejo de conhecer a teoria, o que
incentiva a colaboração e a inovação em comunidades anteriormente, como já descrito, era o ponto de partida e
locais. gerava em muitos casos desinteresse.
9
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
31. “Estudar Geografia é uma oportunidade para compreender 33. “Soa cada vez mais alto o alarme da escassez da água no
o mundo em que se vive, na medida em que esse componente planeta. [...] Soluções são apresentadas [...] propondo tornar
curricular aborda as ações humanas construídas nas distintas a água uma mercadoria. [...] No discurso propagado pelos
sociedades existentes nas diversas regiões do planeta. Ao neoliberais [...], não há referências ao fato de que 70% da água
mesmo tempo, a educação geográfica contribui para a formação doce no planeta são gastos pelo agronegócio. [...] No entanto,
do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na
abundam campanhas contra o desperdício direcionadas para
compreensão perceptiva da paisagem, que ganha significado à
medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da os usuários domésticos, incutindo até mesmo nas mentes das
coletividade; nas relações com os lugares vividos; nos costumes crianças a culpa por um banho mais demorado. [...] A gestão
que resgatam a nossa memória social; na identidade cultural; e reivindicada pelos privatistas da água não é a comunitária ou
na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns a que coloca os seres vivos como prioridade. [...] Sendo assim,
dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças.” veremos cada vez mais a presença das transnacionais da água
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília:
MEC, 2018. p. 359.)
através do Capital Misto e das Parcerias Público-Privadas [...]
administradas como uma empresa privada e não orientadas
Determine a afirmativa que corresponde à grande contribuição como prestadoras de serviço público, função para a qual foram
da Geografia aos alunos da Educação Básica, de acordo com a criadas. [...]”
BNCC.
ROCHA, Flávio J. A privatização da água e o discurso da escassez. Outras Palavras,
24 nov. 2020. Disponível em: outraspalavras.net. Acesso em: 1 mar. 2024.
(A) Coletar, organizar, representar e interpretar dados e
informações por meio de tabelas, gráficos, diagramas
e outras formas de representação, desenvolvendo a Considerando as problemáticas levantadas no texto sobre a
capacidade de análise crítica e o pensamento estatístico. privatização da água e a questão da escassez hídrica, identifique
(B) Compreender os princípios éticos e os valores fundamentais a afirmativa que reflete a crítica ao discurso neoliberal sobre o
da convivência humana, bem como desenvolver habilidades assunto.
para tomar decisões éticas e participar de forma responsável
na sociedade. (A) A gestão privatizada da água é fundamental para garantir
(C) Interpretar fontes históricas, reconhecendo diferentes uma distribuição equitativa e eficiente dos recursos
pontos de vista e contextos culturais, sociais e políticos.
hídricos, incentivando a adoção de práticas sustentáveis
Compreender as relações entre os acontecimentos
e investimentos em infraestrutura, sobretudo, diante da
históricos e as transformações sociais.
(D) Compreender a importância da interação entre os seres corrupção sistêmica do poder executivo.
vivos, o meio ambiente, incluindo os impactos das (B) O discurso neoliberal propõe a mercantilização da água
atividades humanas sobre os ecossistemas e as medidas como solução para a escassez hídrica, escamoteando
de conservação da biodiversidade. setores de alto consumo, como o agronegócio, e dando
(E) Desenvolver o pensamento espacial, estimulando o maior publicidade à responsabilidade de usuários
raciocínio geográfico para representar e interpretar o domésticos pelo desperdício.
mundo em permanente transformação e relacionando (C) As Parcerias Público-Privadas são, no contexto atual,
componentes da sociedade e da natureza. a única solução viável para promover investimentos e
inovações tecnológicas na infraestrutura de saneamento
32. “É a energia obtida a partir do calor proveniente da Terra,
e na gestão dos recursos hídricos, possibilitando uma
mais precisamente do seu interior. Devido a necessidade de
se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em melhoria na eficiência operacional e na qualidade dos
quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo de serviços prestados à população.
aproveitar esse calor para a geração de eletricidade. [...]” (D) O aumento da presença das transnacionais da água por
SANCHES, Celso B. Fontes de Energia. Unesp, 24 jul. 2015. Disponível em: www.feis. meio de parcerias público-privadas e do Capital Misto
unesp.br. Acesso em: 2 fev. 2024.
reflete uma preocupação genuína com a gestão sustentável
Indique a afirmativa correspondente ao tipo de energia cujas da água, garantindo seu acesso a longo prazo para as
características são descritas no texto base. futuras gerações.
(A) Energia geotérmica. (E) A gestão da água por empresas de saneamento
(B) Biomassa. administradas como empresas privadas sob o pretexto de
(C) Energia solar. eficiência, representa uma mudança positiva na abordagem
(D) Energia eólica. da escassez hídrica, garantindo uma distribuição mais
(E) Energia nuclear. equitativa dos recursos.
10
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
34. “[...] Tanto a evidência do absurdo (um capitalismo 35. “[...] Que acontecerá se o desenvolvimento econômico,
sustentável) quanto o absurdo da evidência (uma relação de para o qual estão sendo mobilizados todos os povos da
terra, chega efetivamente a concretizar-se, isto é, se as
aliança entre capitalismo e sustentabilidade) acirram o retorno atuais formas de vida dos povos ricos chegam efetivamente
do estranho (o novo capitalismo) no familiar (capitalismo), a universalizar-se? A resposta a essa pergunta é clara, sem
confundindo o olhar leitor para lhe apresentar sub-repticiamente ambiguidades: se tal acontecesse, a pressão sobre os recursos
um novo ‘pensamento’, forjado no interior da discursividade não-renováveis e a poluição do meio ambiente seriam de tal
ordem (ou, alternativamente, o custo do controle da poluição
ESG [Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social seria tão elevado) que o sistema econômico mundial entraria
e Governança)], qual seja, o capitalismo sustentável ou, ainda, necessariamente em colapso.”
FURTADO. Celso. O mito do desenvolvimento econômico. São Paulo: Círculo do Livro,
a sustentabilidade do/no capitalismo. Ainda nessa perspectiva,
1974. p. 17.
esse novo pensamento dissimula ideologicamente o fato de
Considerando o texto base, as perspectivas e desafios sociais
que sustentabilidade e capitalismo se mantêm inconciliáveis com relação ao meio ambiente, considera-se que a/o
nas atuais condições materiais da existência. [...] O capitalismo
preserva sua identidade como capitalismo na formação discursiva (A) desenvolvimento econômico não tem impacto significativo
no meio ambiente, pois as tecnologias modernas são
ESG, aí forjado sob a aparência de um novo capitalismo. [...] A
capazes de mitigar todos os efeitos negativos.
evidência do novo é produzida na articulação com uma suposta (B) controle da poluição é economicamente viável e não
nova identidade, aquela que incorporaria nos limites da formação representa um custo elevado para o sistema econômico
discursiva capitalista a questão da sustentabilidade da vida mundial.
(C) pressão sobre os recursos não-renováveis é um mito, já que
(socioambiental). [...] O velho capitalismo aparece travestido de a ciência e a inovação garantirão soluções para a escassez
novo no fio discursivo. [...] O capitalismo é uma maneira psicótica de recursos.
e destrutiva de viver na Terra.” (D) criação de valor econômico provoca, na grande maioria dos
AGUSTINI, Cármen L. H.; RODRIGUES, Eduardo Alves. ESG como ‘a nova cara do casos, processos irreversíveis de degradação do mundo
capitalismo’. Revista Leitura, jun, 2023 físico.
(E) crescimento econômico é essencial para garantir o bem-
estar humano e a qualidade de vida, sendo sustentável, por
Considerando o debate sobre a relação entre capitalismo e se adequar a longo prazo.
sustentabilidade abordado no texto, assinale a afirmativa correta.
36. “[...] A teoria de que ambientes frios seriam mais propícios
para o desenvolvimento de civilizações [...] foi bastante
(A) O texto argumenta que, por meio da formação discursiva
disseminada nos séculos 19 e 20. O argumento por trás dela é de
ESG, o capitalismo se transforma em um sistema mais que o clima frio teria oferecido desafios extras à sobrevivência,
resiliente e adaptável, capaz de enfrentar os desafios favorecendo então um processo de evolução da sociedade. Nos
socioambientais contemporâneos. trópicos, onde ‘bastaria estender a mão’ para apanhar uma fruta,
as pessoas teriam ficado indolentes, sem razão para avançar.
(B) A formação discursiva ESG dissipa a distinção entre É uma farsa. [...] As mais antigas civilizações de que se tem
capitalismo e sustentabilidade, promovendo a real e efetiva registro se desenvolveram em regiões tropicais e subtropicais
harmonização entre esses conceitos aparentemente [...], enquanto os nativos dos gélidos Canadá e Patagônia não
atingiram a mesma sofisticação. [...] O ‘atraso’ das regiões
antagônicos.
tropicais só surgiu com a Revolução Industrial, no século 18,
(C) Segundo o texto, o discurso ESG mascara a que fez a Europa ganhar uma vantagem tecnológica sem
incompatibilidade entre capitalismo e sustentabilidade, precedentes. [...]””
AVENTURAS NA HISTÓRIA. Por que as civilizações se desenvolveram mais em
apresentando uma versão ilusória de um ‘novo capitalismo’ lugares frios que nos trópicos? Aventuras na História, 14 nov. 2019.
que integra preocupações socioambientais.
Sustentar que ambientes frios são mais favoráveis ao progresso
(D) O texto sugere que o capitalismo, por meio da adoção humano carece de fundamentos, como demonstram evidências
de práticas sustentáveis, é capaz de transformar-se em históricas, apesar disso, foi um argumento bastante difundido
um sistema economicamente viável e ecologicamente como justificativa para:
responsável. (A) o processo de Independência das colônias latino-
(E) A relação entre capitalismo e sustentabilidade é redefinida americanas.
pela formação discursiva ESG, que propõe uma visão (B) a abolição da escravidão.
(C) o colonialismo.
holística onde consegue tornar o capitalismo intrinsecamente (D) a Revolução Americana.
sustentável. (E) a Revolução Industrial.
11
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
37. “Além do abastecimento doméstico de energia – sobretudo 38. “[...] O pré-sal [...] poderia representar não apenas a soberania
no que diz respeito aos setores industrial e de transportes –, energética, mas também uma oportunidade para desenvolver
o petróleo e o gás são fundamentais para manter a máquina tecnologia e indústria nacionais, gerar empregos e financiar
de guerra norte-americana: um verdadeiro arquipélago de programas sociais. Em 2010, o governo [...] promulgava a Lei
bases militares espalhadas pelo mundo que dependem da
da Partilha, que dava à Petrobrás exclusividade na operação,
movimentação de navios e aviões movidos a combustíveis
restringindo a participação de multinacionais do petróleo.
derivados dos hidrocarbonetos. Estes desempenham, assim,
um papel central na geoestratégia dos Estados Unidos, sendo Hoje, passados dez anos, este projeto naufragou. Refinarias
considerados nos principais movimentos do país no tabuleiro estratégicas (e lucrativas) são vendidas a grupos internacionais.
geopolítico. Um claro exemplo disso é a irredutível presença A indústria naval e da construção civil foram sucateadas. Plantas
estadunidense no Oriente Médio, região que concentra as de produção de fertilizantes e biocombustíveis descontinuadas.
maiores reservas no planeta. [...] Mesmo que se tornem Empresas de gás natural da companhia [...] passaram para o
autossuficientes, os estadunidenses tentarão manter o controle controle privado. Milhares de trabalhadores e terceirizados foram
sobre o Oriente Médio para negar acesso a rivais e garantir o demitidos. Grande parte deste desmonte só foi possível com a
abastecimento de aliados europeus e asiáticos.”
MONTENEGRO, João. Direito divino: o petróleo na estratégia de segurança nacional dos Estados Operação Lava Jato que, a partir de 2014, colocou a Petrobrás
Unidos. Ineep, 2020.
no centro do debate sobre corrupção, em meio a uma acirrada
disputa pelos recursos do pré-sal. Em estreita cooperação com
Considerando a relação entre geopolítica e fontes de energia,
admite-se que o Departamento de Estado dos EUA e o FBI, como revelou The
Intercept Brasil, [...].”
(A) os EUA enxergam o Oriente Médio como área estratégica RODRIGUES, Rôney. Lava Jato: a estratégia geopolítica para desnacionalizar a
Petrobrás e o pré-sal, 2024
para sua segurança nacional, sobretudo por sua relevância
na indústria global de petróleo e gás. Para especialistas, os Considerando o tema recursos naturais, indique a afirmativa que
EUA buscarão controlar a região ainda que não dependam corresponde corretamente à definição de pré-sal.
dela para garantir sua autossuficiência energética,
sobretudo, para repelir países com os quais disputa (A) Tipo de rocha que se forma na parte mais externa da Terra
hegemonia que geralmente se origina do extravasamento do magma,
(B) em contraste com décadas passadas, a busca pela com resfriamento rápido, de granulação fina, que pode ser
autossuficiência energética levou os EUA a reavaliarem
chamada, também, de vulcânica.
seu interesse no controle geopolítico do Oriente Médio,
(B) Grande depressão (grande profundidade) consequente do
resultando em uma diminuição significativa de sua presença
na região, substituindo conflitos bélicos por acordos movimento convergente de placas. A mais conhecida é a
diplomáticos. fossa da Marianas, localizada no Oceano Pacífico, que
(C) contrariamente à percepção comum, os EUA atualmente é, inclusive, o local de maior profundidade de todos os
minimizam a relevância estratégica do Oriente Médio em oceanos do mundo, com 10.894 metros.
sua política de segurança nacional, devido ao avanço das (C) Processo natural e gradual de transformação das
energias renováveis e à diversificação de suas fontes de paisagens, geralmente resultante da combinação de
energia, dando preferência às fontes de energia limpas. diversos fatores climáticos ao longo do tempo, que levam
(D) considerando a evolução do panorama energético global, os áreas anteriormente verdes ou habitáveis, chamadas de
EUA estão reconfigurando sua política externa e cessando ecúmenas, a se tornarem áreas desertificadas.
seu comprometimento militar no Oriente Médio, refletindo (D) Rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões
uma mudança de prioridades em relação à segurança
de anos nas profundezas de lagos, depois conectados aos
nacional e em relação a opção preferencial por fonte
oceanos, surgidos em grandes depressões ocasionadas
energética de biomassa.
pela separação dos atuais continentes sul-americano e
(E) como parte de uma estratégia global de diversificação
energética e fortalecimento de relações comerciais com africano.
as potências China e Rússia, os EUA estão abandonando (E) Processo que leva à formação de rochas metamórficas,
aceleradamente o uso de petróleo e incentivando ativamente por meio de vários processos como orogenético/regional/
seus aliados a explorarem fontes alternativas de energia, dinamotermal; burial/de carga/soterramento; termal/de
minimizando assim a necessidade de controle direto sobre contato/local; hidrotermal; dinâmico/cataclástico; de fundo
o Oriente Médio. de oceano e de impacto.
12
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
39. “[...] A Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC), instituída em 2009, se desdobra em cinco planos setoriais. A começar
pela redução de 80% do desmatamento na Amazônia e em 40% no Cerrado. As ações para os setores de energia; de agricultura
e pecuária; e também o da indústria serão contemplados. Em 2016, o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA)
foi elaborado pelo governo federal em colaboração com a sociedade civil, o setor privado e os governos estaduais. Seu principal
objetivo é promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima e gerir riscos. Estes, por sua vez, estão associados
aos fenômenos decorrentes das mudanças climáticas. [...].”
RATH, Carolina L. U. Entende o que é a política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Politize, 6 dez. 2023. Disponível em: politize.com.br. Acesso em: 2 fev. 2024.

Considerando as políticas nacionais sobre mudanças climáticas, identifique a afirmativa correspondente à noção de ‘mitigação’
exposta na Lei n.º 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

(A) Implementação de práticas de conservação ambiental, como a preservação de ecossistemas naturais míticos, como florestas
e manguezais, que desempenham um papel crucial na redução da poluição, na proteção da biodiversidade e na manutenção
da cultura local.
(B) Ações direcionadas à minimização dos efeitos das chuvas ácidas, por meio da aplicação de técnicas de neutralização da acidez
do solo e da água, visando proteger os ecossistemas sensíveis e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais.
(C) Aplicação de tecnologias avançadas de gestão de resíduos sólidos, voltadas para a minimização da contaminação ambiental e
a preservação da qualidade do solo e da água, essenciais para a saúde dos ecossistemas.
(D) Conjunto de estratégias e políticas destinadas a reduzir os impactos da poluição atmosférica, por meio da adoção de tecnologias
que visam a rápida captação e absorção de poluentes pela atmosfera.
(E) Mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a
implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros.

40. Documento elaborado por educadores de diversos países 41. “Nas últimas décadas, houve uma evolução positiva sobre
e publicado inicialmente em vários idiomas (português, francês, os termos e conceitos utilizados para analisar o problema da
espanhol, inglês e árabe), representa um marco crucial na
fome e da desnutrição. Durante a maior parte do século XX,
promoção da conscientização e ação ambiental em escala
global. Consagrado como uma referência inestimável no o assunto foi tratado como um problema social decorrente de
campo da Educação Ambiental, este instrumento, publicado fenômenos naturais. Porém, a obra de Josué de Castro Geografia
durante a 1ª Jornada de Educação Ambiental, realizada da fome (1963), traduzida para mais de quarenta idiomas,
no Rio de Janeiro em 1992, enfatiza a educação como um [...] expandiu o conceito de [...] fome [...]. E sua contribuição
direito universal, fundamentado em uma abordagem crítica
teórica foi tão importante que os governos reunidos nas Nações
e ideológica, que valoriza a diversidade de conhecimentos e
promove o diálogo entre diferentes atores. Destaca, ainda, a Unidas lhe atribuíram o cargo de primeiro secretário-geral da
importância de uma visão holística, abordando questões globais FAO [Organização das Nações Unidas para Alimentação e
sem desconsiderar as particularidades locais. Propõe metas de Agricultura] na década de 1950.”
ação que visam estimular a produção de conhecimento voltado CALDART, Roseli Salete et al (Orgs.). Dicionário da educação do campo.
para a sustentabilidade, apoiar instituições comprometidas com Rio de Janeiro, São Paulo: Expressão Popular, 2012. p. 720.

práticas ambientalmente responsáveis, cooperar com ONGs e


A obra do geógrafo brasileiro Josué de Castro (1908-1973),
governos, e mobilizar organizações e movimentos sociais para
promover a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente. intitulada ‘Geografia da fome’ (1963), consolidou o conceito de
que a fome é um problema
Identifique a afirmativa correspondente ao nome deste
documento, reconhecido como um marco importante na (A) ocasionado pela escassez de recursos hídricos para a
Educação Ambiental, sendo referenciado internacionalmente e
agricultura de produção alimentícia.
influenciando políticas educacionais em diversos países, e cujas
(B) ambiental, resultante de impactos como desertificação e
características estão descritas no texto base.
degradação do solo, empobrecendo-o para a produção
(A) Convenção Internacional sobre Educação para o alimentar.
Desenvolvimento Sustentável. (C) ocasionado pela falta de acesso a tecnologias agrícolas
(B) Tratado de Educação Ambiental para Sociedades modernas em países produtores de alimentos.
Sustentáveis e Responsabilidade Global.
(D) decorrente das mudanças climáticas que afetam
(C) Relatório de Educação Ambiental da ONU.
(D) Declaração Universal dos Direitos da Natureza. significativamente a produção de alimentos.
(E) Declaração da Conferência de Estocolmo sobre o Meio (E) social, resultante do modo de organização social da
Ambiente. produção e distribuição dos alimentos.
13
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
42. Determine a alternativa cuja ordem dos conceitos 44. “Grande área do espaço geográfico, no interior de uma área
corresponda à ordem das seguintes descrições: continental, onde predominam feições morfológicas e condições
ecológicas integradas. [...] Possuem áreas de quilômetros de
I. linha de maior profundidade no leito fluvial, que resulta extensão, incluem diversas regiões naturais e compartimentos
da intersecção dos planos das vertentes com dois topográficos, conservando, porém, condições geoecológicas
extensivas, feições geomórficas aparentadas, associações
sistemas de declives convergentes;
regionais de solos específicos, coberturas vegetais naturais
II. rio que descreve curvas sinuosas, formando, por vezes, características e condições hidrológicas regionais diferenciadas
amplos semicírculos, em zona de terrenos planos; em relação aos domínios morfoclimáticos e biogeográficos
III. elevações residuais que resistem mais à erosão em adjacentes.”
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil.
áreas peneplanizadas; São Paulo: Edusp, 2005. p. 138.
IV. superfície plana ou levemente ondulada, resultante de
um ciclo geomorfológico, cujo trabalho se realizou até O conceito correspondente ao meio físico cujas características
a extrema senilidade; V) superfície inclinada, formada são descritas no texto base, indicam
pela coalescência de pedimentos, modelada nos climas
(A) tectogênese.
áridos quentes e semiáridos;
(B) bioma.
V. são como resíduos da pediplanação, em climas áridos
(C) escala.
quentes e semiáridos, à semelhança dos monadnocks,
(D) pedologia.
devidos à peneplanação em regiões de clima úmido.
(E) domínio morfoclimático.
(A) I. Inselbergs / II. Talvegue / III. Meandrar / IV. Monadnocks / 45. “[...] São duas noções bem distintas. A primeira corresponde
V. Peneplano / VI. Pediplano. a uma situação transitória da atmosfera, com mudanças diárias
(B) I.Talvegue / II. Meandrar / III. Monadnocks / IV. Peneplano / e até horárias, ao passo que a segunda se define por padrões
V. Pediplano / VI. Inselbergs. estabelecidos após trinta anos de observações, apresentando,
(C) I. Meandrar / II. Monadnocks / III. Peneplano / IV. Pediplano portanto, no mínimo, um perfil relativamente estável. Por isso
/ V. Inselbergs / VI. Talvegue. mesmo, é fácil detectar modificações [na primeira] [...], porém
(D) I. Monadnocks / II. Peneplano / III. Pediplano / IV. Inselbergs difícil demonstrar alterações [na segunda] [...], principalmente
/ V. Talvegue / VI. Meandrar. em escala global. [...]”
(E) I. Peneplano / II. Pediplano / III. Inselbergs / IV. Talvegue / V. ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. p. 78.
Meandrar / VI. Monadnocks.
Os dois conceitos definidos, pela ordem, no texto base,
43. “Sabe-se que a Terra, uma esfera ligeiramente achatada, correspondem a
não é homogênea. O furo de sondagem mais profundo que já (A) tempo e clima.
se fez na crosta terrestre atingiu 12 km de profundidade, um (B) climatologia e geomorfologia.
valor insignificante para um planeta que tem mais de 6.000 km (C) metereologia e geografia.
de raio. Mas, dispomos de informações obtidas por medições (D) pedologia e hidrografia.
indiretas, através do estudo de ondas sísmicas, medidas na (E) exosfera e troposfera.
superfície. Elas mostram que nosso planeta é formado por [...]
camadas de composição e propriedades diferentes [...]. Essas 46. “A longa síntese da formação e do desenvolvimento do
camadas, por sua vez, possuem algumas variações e são, por pensamento geográfico que fizemos pareceu-nos necessária
isso, subdivididas em outras. [...].” ao empreendimento do que se pode chamar a sua crítica
BRANCO, Pércio de Moraes. Estrutura Interna da Terra. Serviço Geológico do Brasil, 4 epistemológica. Uma das advertências que Milton Santos faz
mai. 2015. Disponível em: www.sgb.gov.br. Acesso em: 2 fev. 2024.
em por uma nova geografia se refere ao tema epistemológico,
para ele essencial, do objeto. Não há, observa, como se poder
Identifique a alternativa correspondente à estrutura da Terra. definir a geografia se previamente não se tem a clareza do tema
de base com que lida [...].”
(A) Crosta continental, manto superior, manto inferior, núcleo MOREIRA, Ruy. O que é geografia. São Paulo: Brasiliense, 1998. p. 33.
central e atmosfera.
(B) Crosta terrestre, manto superior, manto inferior, núcleo Correspondente ao conceito que o geógrafo brasileiro Milton
Santos (1926-2001), considera-se como objeto privilegiado da
sólido e núcleo plasmático.
Geografia, a/o
(C) Crosta terrestre, manto transicional, manto inferior, núcleo
externo e núcleo interno. (A) sociedade.
(D) Crosta terrestre, manto transicional, manto inferior, núcleo (B) tempo.
interno e núcleo etéreo. (C) escala.
(E) Crosta terrestre, manto médio, manto inferior, núcleo central (D) espaço.
e núcleo externo. (E) humano.
14
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B
47. “Dentre as fake news e notícias simplórias mal-intencionadas algumas ganham centralidade, como a de que os governos
do PT deixaram de investir nas empresas e infraestrutura nacionais para financiar ‘ditaduras bolivarianas’. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não financia governos e nem empresas desses países, mas empresas brasileiras! O
Porto de Mariel, em Cuba, por exemplo, não recebeu financiamento estatal brasileiro. Foram 400 empresas brasileiras contratadas
pelo governo cubano para realizar o empreendimento. O que fez o Banco foi financiar essas empresas, via empréstimos de longo
prazo que vão retornando aos poucos, como é papel de qualquer banco de investimento estatal. Essas empresas produziram
equipamentos exportáveis e geraram empregos aqui. Ajudaram a balança comercial, gerando dólares para o nosso caixa.
Contribuíram para que o Brasil altere a sua lógica de inserção internacional. Se aos poucos exportarmos mais produtos de alta
tecnologia e serviços especializados, menos reféns de continuar sendo um país exportador de carne e soja.”
FIGUEIREDO, Cecília. BNDES não deu dinheiro a países latino-americanos; entenda para não passar vergonha. Brasil de Fato, 17 out. 2018.

Considerando o texto sobre o papel do BNDES no financiamento de empresas brasileiras em países estrangeiros, analise as
afirmações a seguir, indicando a correta.
(A) O financiamento concedido pelo BNDES a empresas brasileiras, em países vizinhos, contribui para fortalecer a economia
nacional e reduzir a dependência do Brasil em relação à exportação de commodities.
(B) Os investimentos do BNDES, em empresas latino-americanas, têm como principal objetivo promover a influência política e
cultural do Brasil na região, em detrimento dos interesses econômicos internos.
(C) O financiamento de projetos em países latino-americanos, pelo BNDES, é uma estratégia para aumentar a competitividade das
empresas brasileiras no mercado internacional de commodities.
(D) O papel do BNDES na internacionalização de empresas brasileiras, em países vizinhos, resulta em prejuízos financeiros
significativos para o Brasil, comprometendo a saúde econômica do país.
(E) O BNDES tem priorizado o financiamento de projetos de infraestrutura em detrimento do apoio à inovação e ao desenvolvimento
tecnológico das empresas brasileiras, acompanhando o cenário internacional de valorização de meios privados em detrimento
de meios públicos de desenvolvimento.
48. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demandou, nesta sexta-feira [1/3/2024], uma ação imediata para encerrar o que
descreveu como um ‘genocídio’ na Faixa de Gaza. Durante seu discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos
e Caribenhos (Celac), [...] Lula destacou a urgência de pôr fim à ‘carnificina’ imposta pelo Estado de Israel ao povo palestino. Em
sua intervenção, Lula instou os países membros da Celac a unirem-se contra a ‘punição coletiva’ imposta pelo governo israelense
e propôs uma moção pelo ‘fim imediato’ do genocídio na região. [...]” BNC. Lula pede fim do ‘genocídio’ de Israel em Gaza após nova ‘carnificina’.
Disponível em: bncamazonas.com.br. Acesso em: 2 fev. 2024.

Identifique a alternativa que corresponde corretamente ao conceito criado pelo sueco Rudolf Kjellén (1864-1922), em 1924, para
designar as relações entre a política do Estado e a geografia, e cujos acontecimentos descritos no texto base fazem parte dessa
área de atuação.
(A) Geoeconomia.
(B) Diplomacia.
(C) Geopolítica.
(D) Geoeconomia.
(E) Protecionismo.
49. “Nasceu em Cirena, na Grécia, em 276 a.C., e morreu em 50. “A utilização da geografia como instrumento de conquista
Alexandria, provavelmente em 194 a.C. [...] Seu mais notável colonial não foi uma orientação isolada, particular a um país. Em
feito foi calcular a circunferência terrestre. Também foi diretor todos os países colonizadores, houve geógrafos empenhados
da Biblioteca de Alexandria, historiador, geógrafo, matemático, nessa tarefa, readaptada segundo as condições e renovada sob
astrônomo, filósofo, poeta e crítico de teatro. [...] Desenhou um novos artifícios cada vez que a marcha da História conhecia
mapa do mundo melhorado, incorporando informação resultante uma inflexão. [...] Existe mesmo uma relação entre a expansão
das campanhas de Alexandre, o Grande, e dos seus sucessores da geografia e a da colonização. O ímpeto dado à colonização
[, onde] a Ásia surge maior, refletindo os novos conhecimentos e o papel nela representado por nossa disciplina teria sido um
da verdadeira dimensão do continente. [...] Foi também o fator de seu desenvolvimento. [...]”
primeiro geógrafo a incorporar paralelos e meridianos nas suas SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova: da crítica da Geografia a uma Geografia
representações cartográficas.” Crítica. São Paulo: Edusp, 2004. p. 31.
SEED-PR. Mapas. Secretaria da Educação do Paraná. Disponível em: geografia.seed.
pr.gov.br. Acesso em: 3 fev. 2024. O conceito cujas práticas corresponderam ao fazer geográfico
do contexto descrito no texto base, alinha-se à/ao
O texto base se refere às contribuições de
(A) Platão. (A) Neoliberalismo.
(B) Eratóstenes. (B) Abolicionismo.
(C) Anaximandro. (C) Globalização.
(D) Estrabão. (D) Imperialismo.
(E) Heródoto. (E) Mercantilismo.
15
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B

PROVA DISCURSIVA

• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, transcreva o
texto para a respectiva caderno de texto definitivo, no local apropriado, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais
indevidos. A resposta deverá conter a extensão mínima de 35 (trinta e cinco) e máxima de 45 (quarenta e cinco) linhas para o texto.
• Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de 45 linhas será desconsiderado. Também será desconsiderado o texto
que não for escrito na folha de texto definitivo.
• O texto deverá ser manuscrito, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, fabricada com material transparente.
• Será admitida a assinatura apenas no campo apropriado.
• O caderno de texto definitivo será o único documento válido para avaliação da prova discursiva.

A escala de estudo de todo e qualquer objeto que se queira investigar conduz à delimitação da
sua dimensão. O ponto de vista geográfico relaciona a escala à dimensão espaço-temporal dos
componentes terrestres, sendo o clima um deles. [...] A escala climática diz respeito à dimensão, ou
ordem de grandeza, espacial (extensão) e temporal (duração), segundo a qual os fenômenos climáticos
são estudados. [...] O clima pode ser estudado por meio de suas dimensões espacial e temporal, e
ambas são empregadas conjuntamente nos mais variados estudos.”
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil.
São Paulo: Oficina de Textos, 2007. pp. 21-22.

Considerando as ‘escalas temporais do clima’, elabore um texto explicativo, sobre a ‘escala histórica do
clima’, abordando os seguintes pontos:

• Definição do conceito: explique o que significa a escala histórica no estudo do clima;


• Finalidade da escala histórica: discorra sobre a utilidade da escala histórica;
• Captação: explore as diversas formas de aplicação da escala histórica no estudo do clima,
exemplificando que elementos são utilizados para reconstruir e compreender os padrões climáticos do
passado;
• Aplicação da escala histórica: discorra sobre como essa perspectiva temporal contribui para
compreender os padrões climáticos passados e suas implicações no presente e futuro.

16
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B

RASCUNHO

10

15

20

25

30

17
PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA – TIPO B

31

35

40

45

18

Você também pode gostar