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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – SP

CONCURSO PÚBLICO
NÍVEL SUPERIOR

CARGO: PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A


FRASE: “Só quem tenta o absurdo vai conseguir o impossível.”
(Transcrever a frase acima para a folha de resposta)

O candidato receberá do fiscal de sala: • Verifique se o CARGO deste caderno de prova coincide com o
registrado no cabeçalho de cada página e com o cargo para o qual
• Este caderno de prova, contendo 40 (quarenta) questões você está inscrito. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal
objetivas; e da sala, para que sejam tomadas as devidas providências.
• Um Cartão de Respostas destinada às respostas das • Confira seus dados pessoais, cargo, número de inscrição e
questões objetivas. documento de identidade e leia atentamente as instruções para
preencher o Cartão de Respostas.
• Identifique no Cartão de Respostas o TIPO de caderno de prova,
a não identificação no Cartão de resposta, pelo candidato,
acarretará em nota final igual a 0,00 (zero).
• 03h (três horas) é o tempo disponível para a realização da
• Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esferográfica
prova, já incluindo o tempo para a marcação na Folha de
em material transparente, de tinta cor azul ou preta.
Respostas da prova objetiva.
• Em hipótese alguma haverá substituição do Cartão de Respostas
• O candidato somente poderá se retirar da sala de prova após
por erro do candidato.
o decurso de 60min (sessenta minutos) e só poderá se
• O candidato deverá transcrever as respostas da prova objetiva
retirar do local de realização das provas após o decurso de 02h para o Cartão de Respostas, sendo este o único documento
(duas horas) do horário de início da prova. válido para a correção da prova. O preenchimento da Folha de
• Em hipótese alguma o candidato levará consigo o caderno de Respostas será de inteira responsabilidade do candidato, que
prova.. deverá proceder em conformidade com as instruções específicas
contidas no Edital, no Caderno de Prova, e no Cartão de
Respostas.
• O IDECAN realizará identificação datiloscópica de todos os
• ausentar-se da sala ou do local de prova sem o candidatos. A identificação datiloscópica compreenderá a coleta
das impressões digitais dos candidatos.
acompanhamento de um fiscal;
• Ao terminar a prova, o candidato deverá, OBRIGATORIAMENTE,
• fazer uso de calculadora, relógio de qualquer espécie e/ou devolver ao fiscal Caderno de Prova e o Cartão de Respostas
agenda eletrônica ou similar; devidamente assinada, apenas, nos locais indicados.
• portar, após o início das provas, qualquer equipamento eletrônico • Durante a realização da prova, o envelope de segurança com os
e/ou sonoro e/ou de comunicação ligados ou desligados; equipamentos e materiais não permitidos, devidamente lacrado,
• comunicar-se com outro candidato ou terceiros, verbalmente deverá permanecer embaixo ou ao lado da carteira/cadeira
ou por escrito, bem como fazer uso de material não permitido utilizada pelo candidato, devendo permanecer lacrado durante toda
a realização da prova e somente poderá ser aberto no ambiente
para a realização da prova;
externo do local de provas.
• lançar meios ilícitos para a realização da prova; • Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala só poderão sair juntos.
• deixar de devolver ao fiscal qualquer material de aplicação da • Os gabaritos oficiais preliminares das provas objetivas serão
prova, fornecido pelo IDECAN; divulgados na Internet, no endereço eletrônico www.idecan.org.br,
• usar sanitários após o término da prova, ao deixar a sala. juntamente com os Cadernos de Prova, conforme Edital.

PREENCHA MANUALMENTE:

INSCRIÇÃO NOME COMPLETO


PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A

CONHECIMENTOS COMUNS
Língua Portuguesa

Texto para as questões de 1 a 10.

Somos todos importantes

Um músico humilde ensina que nascemos para brilhar

1 Há alguns anos trabalhei como pauteiro do programa Metrópolis, da TV Cultura, em São Paulo. O programa era ao
vivo e, como pauteiro, tinha que conseguir uma atração musical por dia. Era um trabalho que me fazia muito feliz. Chegava à
redação, lia todos os jornais e fazia uma pesquisa de quais artistas estariam se apresentando em shows naqueles dias.
Escolhido o artista, aceito o convite, o trabalho passava a ser como trazê-lo até os estúdios da TV, marcar os horários.
5 Em certos casos, conseguir ônibus, como na noite em que trouxemos uma bateria de escola de samba completa!
Só havia um problema: no mês de janeiro não ocorriam shows em São Paulo. Era um mês de férias na área artística,
não havia nomes famosos, mas eu tinha que conseguir atrações musicais todos os dias. No sufoco, fui a uma pizzaria antiga
no Brás, bairro tradicional paulista, onde havia um senhorzinho de terno que tocava um belo piano para os clientes da casa;
tocava ali no cantinho, quase sem ser notado.
10 “O senhor gostaria de tocar na televisão hoje?”, perguntei.
Ele me olhou com ar de surpresa e respondeu que não era um artista importante, que não serviria como atração. Insisti
e, afinal, o simpático senhor aceitou o convite.
À noite, já na TV, tivemos uma longa conversa para que contasse sua história, para que eu pudesse fazer o texto de
apresentação antes de ele se apresentar. Qual não foi minha surpresa quando aquele senhor me contou uma linda história
15 de vida. Era italiano e imigrou para o Brasil junto com a família. Aprendeu a tocar piano a duras penas e passou a ajudar no
sustento de todos graças ao trabalho na pizzaria. Contou histórias de sua terra, histórias de amor e de vida. A cada minuto da
conversa, ele crescia mais e mais como ser humano, cheio de sentimento.
Esse clima maravilhoso continuou quando ele se sentou ao piano e tocou com profunda emoção.
Naquela noite, aprendi uma grande lição, que levei para toda a vida: somos todos importantes. Todo ser humano tem
20 uma importante história para contar, desde que tenha oportunidade para fazê-lo e pessoas interessadas em ouvi-la.
Naquela noite, sob os holofotes do estúdio da TV Cultura, aquele senhor anônimo se transformou em artista importante.
Brilhou, como todos devemos brilhar. A vida é valiosa.

QUEIROZ, Zais Nico Pereira de. Somos todos importantes. Escrita Viva, São Paulo: SP, Editora Escala. Ago/2023

1. A partir da leitura do texto, podemos afirmar que seu autor 2. De acordo com o contexto do texto, podemos inferir que

considerava sua tarefa mais difícil como pauteiro do programa o pianista convidado pelo autor para o programa Metrópolis
relutou em aceitar o convite porque
Metrópolis porque ele tinha que

(A) não se considerava um artista importante o suficiente para


(A) ler muitos jornais todos os dias receber aquele convite.

(B) escolher um entre os diversos artistas que se apresentavam (B) não acreditou que a proposta do autor fosse verdadeira e
temeu estar caindo em um golpe.
na cidade de São Paulo para ser convidado ao programa.
(C) tinha vergonha da história da sua própria vida e não
(C) encontrar formas de transportar os artistas convidados até
desejava contá-la em um programa de TV.
os estúdios do programa. (D) não falava bem a língua portuguesa, uma vez que era um
(D) conseguir atrações musicais durante o mês de janeiro. imigrante italiano.
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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A
3. Ainda em relação ao texto, podemos inferir que o pianista 7. Sobre a estrutura sintática do trecho “No sufoco, fui a uma
convidado ao programa Metrópolis surpreendeu o autor do texto pizzaria antiga no Brás, bairro tradicional paulista, onde havia
principalmente um senhorzinho de terno que tocava um belo piano para os
clientes da casa” assinale o único comentário correto.
(A) por tocar piano muito melhor que a maioria dos artistas
consagrados que visitavam o programa. (A) O trecho “fui a uma pizzaria antiga no Brás” se classifica
como uma oração subordinada.
(B) por apresentar uma história de vida muito interessante.
(B) O trecho “bairro tradicional paulista” se classifica como
(C) pelo sucesso que ele alcançou logo após a exibição da
oração subordinada adjetiva.
entrevista no programa. (C) O trecho “onde havia um senhorzinho de terno que tocava
(D) pela solidariedade que teve com o autor, ao livrá-lo do sufoco um belo piano para os clientes da casa” é uma oração
de não ter um convidado para aquele dia no programa. subordinada objetiva indireta.
(D) No trecho “que tocava um belo piano para os clientes
4. A macroestrutura predominante no texto é narrativa. Sobre da casa” a palavra em destaque introduz uma oração
como esta macroestrutura se manifesta, podemos afirmar que subordinada adjetiva.

(A) O desfecho do texto narrativo reproduzido no texto se inicia 8. No trecho “O senhor gostaria de tocar na televisão hoje?.”
a partir da expressão “esse clima maravilhoso” (linha 18) a forma conjugada do verbo “gostar”
(B) O clímax do texto narrativo acima se inicia no trecho
“naquela noite, aprendi uma grande lição” (linha 19) (A) É o futuro do pretérito, do modo indicativo, expressa
incerteza, surpresa e/ou indignação e é utilizado para se
(C) A complicação/ conflito da narrativa do texto se inicia no
referir a algo posterior a uma situação no passado.
trecho “Só havia um problema: no mês de janeiro não
(B) É o pretérito imperfeito, do modo subjuntivo, expressa ação
ocorriam shows em São Paulo.” (linha 6) provável e é utilizado para formular hipótese de como a
(D) O tipo de narrador que predomina no texto é o narrador ação seria se ocorresse.
onisciente. (C) É o futuro do presente do modo subjuntivo, expressão ação
provável ou possível, e é utilizado para se referir a uma
5. Acerca da equivalência e transformação de estruturas do hipótese de como será a ação quando ela ocorrer.
texto, assinale a alternativa correta. (D) É o futuro do presente do modo indicativo e expressa uma
ação que ocorrerá em momento posterior ao da fala e que
(A) Em “O programa era ao vivo e, como pauteiro, tinha que é dado como certo.
conseguir uma atração musical por dia.” a substituição da
forma verbal sublinhada por “fora” mantém a correção e a 9. Assinale a única alternativa em que o elemento destacado
coerência da oração. é um prefixo
(B) Em “no mês de janeiro não ocorriam shows em São Paulo.”
(A) Importantes (linha 19)
a substituição da forma verbal destacada pela forma “havia”
(B) Italiano (linha 15)
mantém a concordância verbal adequada à norma culta. (C) Imigrou (linha 15)
(C) Em “Era um mês de férias na área artística, não havia nomes (D) Interessadas (linha 20)
famosos, mas eu tinha que conseguir atrações musicais
todos os dias.” a palavra sublinhada poderia ser substituída 10. Imagine que o autor do texto precisa unir os seguintes
por “portanto” mantendo o mesmo sentido no texto. enunciados:
(D) A expressão “A cada minuto da conversa, ele crescia mais
e mais como ser humano, cheio de sentimento.” estaria “Convidei um pianista para uma entrevista.”
igualmente correta na forma “Há cada minuto da conversa, “A história de vida do pianista é linda.”
ele crescia como ser humano, cheio de sentimento.”
Agora assinale a única alternativa em que a junção dos períodos
6. No período “O autor agradeceu ___ pianista, pois sua está correta.
entrevista agradou bastante ____ público.” A alternativa que
(A) Convidei para uma entrevista um pianista cuja história é
completa adequadamente os espaços em branco, de acordo
linda.
com a regência verbal da norma culta da língua portuguesa é (B) Convidei um pianista cuja a história de vida é linda para
uma entrevista.
(A) o, o (C) Convidei para uma entrevista um pianista cujo história é
(B) ao, o linda.
(C) ao, ao (D) Convidei um pianista cuja história é linda para uma
(D) o, ao entrevista.
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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A
Raciocínio Lógico
11. Quatro pessoas estão participando de uma dinâmica, na 15. Observe a sequência numérica a seguir: 3, 4, 7, A, B, 28,
qual precisam adivinhar quem é a professora. Para isso, fazem 39...
as seguintes declarações:
Qual é o resultado de A multiplicado por B?
▪ Paula: Melissa é a professora
▪ Ana: eu não sou professora (A) 198
▪ Melissa: Rafaela é a professora (B) 208
▪ Rafaela: Melissa está mentindo (C) 218
(D) 228
Sabendo-se que apenas uma delas está mentindo, a RASCUNHO
professora é

(A) Paula
(B) Ana
(C) Melissa
(D) Rafaela

12. Sabendo-se que maio, junho e julho têm, respectivamente,


30, 31, 30 dias e que 1º de maio de 2022 caiu em um domingo,
então 30 de julho caiu em um(a)

(A) sexta-feira.
(B) domingo.
(C) sábado.
(D) segunda-feira.

13. Em uma festa de casamento havia 253 convidados. Os


noivos ofereceram 3 sabores de bolo: chocolate, baunilha e
morango. Dessa forma, 131 convidados comeram o bolo de
chocolate, 106 o de baunilha e 127 o de morango; 41 comeram o
bolo de chocolate e de baunilha, 43 comeram o bolo de baunilha
e de morango e 67 de chocolate e de morango e ainda teve os
que quiseram provar dos 3 tipos de bolo. Sendo que 28 pessoas
não quiseram provar nenhum dos 3 bolos oferecidos, quantos
convidados comeram somente o bolo de morango?

(A) 29.
(B) 127
(C) 60
(D) 17

14. Pedro e Fábio são irmãos e suas idades são 21 e 27 anos,


respectivamente. Daqui a quantos anos a soma de suas idades
será igual a 120 anos?

(A) 26 anos
(B) 36 anos
(C) 46 anos
(D) 56 anos
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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A
Noções de Informática
16. Na informática, todo meio que tem a capacidade de guardar informações que posteriormente podem ser recuperadas,

sem prejuízo de conteúdo, é uma memória. Assinale a alternativa correta que apresenta um tipo de memória que armazena

algumas instruções da memória RAM para que o processador obtenha esses dados rapidamente dela e sem ter de buscá-los na

memória RAM.

(A) Memória ROM

(B) SSD

(C) DVD

(D) Memória cache.

17. Um usuário Linux está usando o Terminal Linux e necessita 19. Nas situações em que um usuário recebe um arquivo

encontrar o diretório no qual atualmente se encontra. Nesse assinado digitalmente o algoritmo verifica se a assinatura é

caso, o comando Linux que ele deve usar é válida com o uso da/de

(A) uma chave privada


(A) pwd
(B) um malware
(B) ln
(C) um backup
(C) mkdir
(D) uma chave pública
(D) mv

20. Um servidor público recebe a demanda de buscar na


18. Um usuário precisa realizar uma busca no Google e ao
internet um arquivo de imagem vetorial escalável que contenha
acessar o site o protocolo da camada de aplicação usado pelo
a figura de um lobo guará. A extensão do arquivo digital que
navegador é
essa figura deve usar é

(A) http (A) jpg

(B) https (B) pptx

(C) html (C) svg

(D) Google Chrome (D) bmp


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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Texto para as questões de 21 a 27.

Casa dos Sonhos como não metáfora


1 Suponho que você já tenha ouvido falar da Casa dos Sonhos, não é mesmo? Ela é, como você sabe, um lugar real.
Ela para em pé. Fica perto de uma floresta e faz fronteira com um pasto. Antes havia um balanço que pendia de um galho
de árvore, mas agora é só uma corda, com um único nó que balança com o vento. Você talvez tenha ouvido histórias sobre
o senhorio, mas garanto que não são verdadeiras. Afinal o senhorio não é um homem, e sim uma universidade inteira. Uma
5 cidadezinha de senhorios! Já imaginou?
A maioria dos seus palpites está correta: ela tem pisos, paredes, janelas e um telhado. Se você imagina que há dois
quartos, você errou e acertou. Quem pode dizer que são só dois quartos? Todo cômodo pode ser um quarto: você só precisa
de uma cama, ou nem isso. Você só precisa dormir lá dentro. Quem habita um espaço lhe confere seu propósito. Nossas
ações têm mais vigor do que as intenções de qualquer arquiteto.
10 Estou tocando nesse assunto porque é importante lembrar que a Casa dos Sonhos é real. É tão real quanto o livro que
você tem nas mãos, e bem menos assustadora. Se eu quisesse, poderia te dar o endereço para que você fosse até lá com
seu carro e se sentasse na frente daquela Casa dos Sonhos, tentando imaginar as coisas que aconteceram lá dentro. Não
recomendo. Mas você poderia. Ninguém te impediria.

MACHADO, Carmen Maria. Na Casa dos Sonhos: Memórias / Carmen Maria Machado; tradução Ana
Guadalupe. — 1a ed. — São Paulo: Companhia das Letras, 2021. P. 17-18.

21. Há trecho que exemplifica a construção e a desconstrução da Casa dos Sonhos em:

(A) Ela é um lugar real / Fica perto de uma floresta.


(B) Antes havia um balanço / mas agora é só uma corda.
(C) Você precisa dormir lá dentro / Você só precisa de uma cama.
(D) As coisas que aconteceram lá dentro / Não recomendo.

22. Há período composto por coordenação exprimindo ideia de 25. Sobre o mecanismo de coesão ‘que’ empregado no texto,
adição em: assinale a alternativa correta.

(A) “... ou nem isso.” (A) “... que pendia de um galho de árvore.”, ‘que’ retoma
(B) “... porque é importante lembrar...” ‘balanço’.
(C) “... mas garanto que não são verdadeiras.”
(B) “... que balança com o vento.”, ‘que’ retoma ‘nó’.
(D) “... e faz fronteira com um pasto.”
(C) “...que aconteceram lá dentro.”, ‘que’ retoma ‘imaginar’.
23. A oração destacada em “... garanto que não são (D) “... que você tem nas mãos...”, ‘que’ retoma ‘real’.
verdadeiras.” pertence a um período composto e é classificada
como subordinada 26. Ocorre emprego de dupla pontuação como recurso retórico
para reforçar a pergunta:
(A) substantiva objetiva indireta.
(B) substantiva objetiva direta. (A) “... que você já tenha ouvido falar da Casa dos Sonhos, não
(C) adverbial causal. é mesmo?”
(D) adverbial final. (B) “... ela tem pisos, paredes, janelas e um telhado.”
(C) “Uma cidadezinha de senhorias! Já imaginou?
24. Há trecho composto por oração subordinada adverbial (D) “Quem pode dizer que são só dois quartos?”
condicional seguida de oração subordinada substantiva objetiva
direta, oração principal e oração coordenada sindética aditiva
27. Quanto à estrutura, o verbo destacado na oração “...garanto
em:
que não são verdadeiras.”, é classificado como:
(A) “Suponho que você já tenha ouvido falar da Casa dos
Sonhos...” (A) irregular.
(B) “Se você imagina que há dois quartos, você errou e acertou. (B) regular.
(C) “... é importante lembrar que a Casa dos Sonhos é real.” (C) abundante.
(D) “Se eu quisesse, poderia te dar o endereço...” (D) reflexivo.
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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A
Texto para as questões de 28 a 34.

A CASA
1 A casa vive. Respira. Ouço-a toda a noite a suspirar. As largas paredes de adobe e madeira estão sempre frescas,
mesmo quando, em pleno meio-dia, o sol silencia os pássaros, açoita as árvores, derrete o asfalto. Deslizo ao longo delas
como um ácaro na pele do hospedeiro. Sinto, se as abraço, um coração a pulsar. Será o meu. Será o da casa. Pouco importa.
Faz-me bem. Transmite-me segurança. A Velha Esperança traz às vezes um dos netos mais pequenos. Transporta-os às
5 costas, bem presos com um pano, segundo o uso secular da terra. Faz assim todo o seu trabalho. Varre o chão, limpa o pó
aos livros, cozinha, lava a roupa, passa-a a ferro. O bebê, a cabeça colada às suas costas, sente-lhe o coração e o calor,
julga-se de novo no útero da mãe, e dorme. Tenho com a casa uma relação semelhante. Ao entardecer, já o disse, fico na sala
de visitas, colado às vidraças, vendo morrer o sol. Depois que a noite cai, vagueio pelas diferentes divisões. A sala de visitas
comunica com o jardim, estreito e maltratado, cujo único encanto são duas gloriosas palmeiras imperiais, muito altas, muito
10 altivas, que se erguem uma em cada extremo, vigiando a casa. A sala está ligada à biblioteca. Passa-se desta para o corredor
através de uma porta larga. O corredor é um túnel fundo, úmido e escuro, que permite o acesso ao quarto de dormir, à sala
de jantar e à cozinha. Esta parte da casa está voltada para o quintal. A luz da manhã afaga as paredes, verde, branda, filtrada
pela ramagem alta do abacateiro...
AGUALUSA, José Eduardo. O vendedor de pássaros. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

28. O propósito do texto é:

(A) Expor informações onomatopaicas sobre a casa que rememora o presente com dor.
(B) Narrar fatos antonomásticos a respeito da casa que vive gloriosa.
(C) Argumentar opiniões metafóricas sobre a casa que pulsa no coração.
(D) Apresentar detalhes metaforicamente a respeito da casa que vive, respira e suspira.

29. As palavras destacadas em “Depois que a noite cai, vagueio 32. Considere os excertos:
pelas diferentes divisões.” desempenham, respectivamente,
função gramatical de I. “Ouço-a toda a noite a suspirar.”
II. “... lava a roupa, passa-a a ferro.”
(A) advérbio – substantivo – substantivo. III. “Ao entardecer, já o disse, fico na sala de visitas...”
(B) advérbio – verbo – adjetivo.
(C) substantivo – verbo – adjetivo. Em relação à colocação pronominal, observa-se nas sentenças
(D) substantivo – advérbio – adjetivo. dadas, respectivamente:

30. “Ao entardecer, já o disse, fico na sala de visitas, colado às (A) mesóclise – próclise – ênclise.
vidraças, vendo morrer o sol.” Em relação a palavra destacada (B) próclise – próclise – mesóclise.
é correto afirmar que: (C) ênclise – ênclise – próclise.
(D) ênclise – mesóclise – próclise.
(A) Houve junção simultânea de prefixo e sufixo à palavra
33. Há palavra empregada em sentido impróprio em:
primitiva.
(B) Houve acréscimo de um sufixo à palavra primitiva.
(A) “A Velha Esperança traz os netos mais pequenos.”
(C) Houve acréscimo de prefixo à palavra primitiva.
(B) “Faz assim todo o seu trabalho.”
(D) Houve acréscimo de dois radicais à palavra.
(C) “Varre o chão, limpa o pó.
(D) “A casa vive. Respira.”
31. As conjunções interligam orações, estabelecendo entre
elas uma relação de sentido. Em “... segundo o uso secular da 34. No fragmento “Deslizo ao longo delas como um ácaro na
terra...”, a conjunção em negrito estabelece relação semântica pele do hospedeiro. Sinto, se as abraço, um coração a pulsar.
de Será o meu. Será o da casa.” Há ocorrência de período:

(A) proporção. (A) composto – composto – simples – composto.


(B) comparação. (B) simples – composto – simples – simples.
(C) conformidade. (C) simples – simples – composto – simples.
(D) temporalidade. (D) composto – simples – composto – simples.
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PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS – TIPO A
Texto para as questões de 34 a 39.

Em que lugar nos sentimos em casa?


1 A minha casa, costumo dizer, é todo o lugar onde estão as pessoas que amo. Contudo, não é inteiramente verdade,
porque já me aconteceu estar com as pessoas que amo em lugares nos quais não me sinto em casa. Então, descobri a
resposta: a minha casa é todo o lugar onde não preciso explicar quem sou. Apenas sou.
Lembro-me de um amigo, que, com trinta e tantos anos, saiu de Lisboa para trabalhar em Nova York. Quis saber de
5 que é que ele sentia mais falta. Sorriu:
— Sinto falta de ser tratado por menino. No meu bairro, todo o mundo me tratava por menino: o síndico, o padeiro, a
senhora que vendia flores. Em Nova York ninguém me trata por menino.
Na verdade, o que lhe faltava em Nova York era o conforto do reconhecimento. Em Lisboa, no pequeno bairro onde
vivia, não precisava explicar-se nem se identificar. Mesmo aqueles que não o conheciam o reconheciam. Essa experiência de
10 reconhecimento torna-se particularmente explícita no momento de contar, ou de escutar, uma piada. Você sabe que está em
casa quando alguém conta uma piada e todos riem juntos. Não há pátria mais sólida do que o riso partilhado, nem lugar mais
estrangeiro do que o silêncio incômodo dos outros depois que você conta uma piada.
Trágico é quando naqueles lugares que sempre foram a sua casa você se sente, de súbito, um completo estrangeiro.
Tantas vezes, por causa de uma simples piada.

AGUALUSA. José Eduardo. Em que lugar nos sentimos em casa? Veiculado em O Globo. 14 mar 2020. Disponível
em: https://oglobo.globo.com/cultura/em-que-lugar-nos-sentimos-em-casa-24300498 - acesso em 10 set. 2023.

35. Há fragmento com ocorrência de oração subordinada 39. Há verbo intransitivo em:
adjetiva:
(A) “... alguém conta uma piada...”
(A) “... que amo...” (B) “... descobri a resposta...”
(B) “... que ele sentia mais falta.” (C) “Lembrou-me de um amigo...”
(C) “... que está em casa...” (D) “... no pequeno bairro onde vivia...”
(D) “... do que o riso partilhado.” 40. O currículo do município de São Caetano do Sul nutre-se
na Constituição Federal, que afirma a educação como um direito
36. Para Marcos Bagno, a heterogeneidade da língua está subjetivo reservado a todos os bebês, crianças, adolescentes
relacionada à heterogeneidade social. Sendo assim, é correto e jovens. Desse modo, o município de São Caetano do Sul
afirmar que: reitera seu pacto expressamente assumido, salvaguardando o
direito constitucional à educação. Nesse sentido, considerando
(A) os diferentes ‘modos de falar’ podem ser percebidos na os princípios desse currículo para a educação, assinale o item
sociedade e se relacionam a fatores sociais. correto.
(B) os homogeinismos do ‘modos de falar’ podem ser percebidos
pela oralidade e se relacionam na escola. (A) Os saberes construídos na escola são compreendidos como
(C) a unicidade dos ‘modos de falar’ podem ser estudados nas um processo descontínuo para superar a ideia de passagem
aulas pela interação. ou etapas estanques, que não começam nem terminam
(D) A pluralidade dos ‘modos de falar’ podem ser descritos pela em si mesmas, pressupondo aprendizagens anteriores e
simultâneas, corroborando com a prerrogativa de que a
conexão com a escrita.
educação é capaz de conduzir ao pleno desenvolvimento
da pessoa.
37. Emprega-se verbo impessoal, sem sujeito, na terceira
(B) A formação adjunta implica em compreender e significar
pessoa do singular em:
o processo educativo, considerando o bebê, a criança, o
adolescente e o jovem em sua totalidade, pleiteando uma
(A) “... o mundo me tratava por menino...” escola com posturas mais dialógicas e articuladas com
(B) “Não há pátria mais sólida...” esses sujeitos e com a comunidade a qual eles pertencem.
(C) “... você conta uma piada.” (C) A construção de uma proposta de Educação Integral
(D) “...alguém conta uma piada...” pressupõe novos conteúdos relacionados à sustentabilidade
ambiental, aos direitos humanos, ao respeito, à valorização
38. Em relação à colocação pronominal, há duplo emprego de das diferenças e à complexidade das relações entre escola
próclise em: e sociedade.
(D) Os saberes, os tempos e os espaços escolares, bem como
(A) “... já me aconteceu estar com as pessoas que amo...” suas interações e suas singularidades ensejam um projeto
(B) “... não me sinto em casa.” político pedagógico para superar a consolidação entre os
(C) “Lembro-me de um amigo...” saberes aprendidos na escola e o uso desses saberes ao
(D) “... aqueles que não o conheciam o reconheciam. longo da vida.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
CONCURSO PÚBLICO - 01/2023
ORGANIZAÇÃO: IDECAN

GABARITO OFICIAL PRELIMINAR

123 - PROFESSOR NÍVEL II – PORTUGUÊS


TIPO A
01: D 02: A 03: B 04: C 05: B 06: C 07: D 08: A 09: C 10: A
11: C 12: B 13: A 14: B 15: D 16: D 17: A 18: B 19: D 20: C
21: B 22: D 23: B 24: B 25: A 26: C 27: A 28: D 29: C 30: A
31: C 32: C 33: D 34: B 35: A 36: A 37: B 38: D 39: D 40: C
TIPO B
01: A 02: B 03: C 04: D 05: C 06: D 07: A 08: B 09: D 10: B
11: D 12: C 13: B 14: C 15: A 16: A 17: B 18: C 19: A 20: D
21: C 22: A 23: C 24: C 25: B 26: D 27: B 28: A 29: D 30: B
31: D 32: D 33: A 34: C 35: B 36: B 37: C 38: A 39: A 40: D
X - Questão Anulada.

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