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[10/04, 10:49] Charles, J.

M: O professor de Geografia deve apresentar o seguinte perfil:

1. Reconhecer e dominar conceitos e diferentes procedimentos metodológicos com vistas a desenvolver


a análise e a formulação de hipóteses explicativas acerca da produção do espaço geográfico e da
articulação de diferentes escalas geográficas.

2. Reconhecer o caráter provisório das ciências diante da realidade em permanente transformação,


considerando a importância das concepções teóricas e metodológicas da Geografia para o
desenvolvimento do conhecimento humano.

3. Demonstrar o domínio do conhecimento de ciências afins da Geografia que contribuam para ampliar
a capacidade de interpretação, argumentação e expressão da realidade geográfica, numa perspectiva
interdisciplinar.

4. Compreender os fundamentos e as relações espaço temporais pretéritas e atuais do planeta com


vistas a identificar, reconhecer, caracterizar, interpretar, prognosticar fatos e eventos relativos ao
sistema terrestre e suas interações com as sociedades na produção do espaço geográfico em diferentes
escalas.

5. Compreender a importância e as diferentes formas de aplicação de inovações teóricas, metodológicas


e tecnológicas para o avanço da pesquisa e do ensino em Geografia, considerando a aprendizagem da
linguagem cartográfica. 6. Reconhecer o papel das sociedades nas transformações do espaço geográfico,
decorrentes das inúmeras relações entre sociedade e natureza, articulando procedimentos empíricos
aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a elaborar propostas de intervenção solidária
em processos sócioambientais.

7. Compreender as formas de organização econômica, política , social do espaço mundial e brasileiro,


resultantes da revolução tecnocientífica e informacional expressa pela aceleração e intensificação dos
fluxos da produção, do consumo e da circulação de pessoas, informações e ideias.

8. Aproveitar as situações de aprendizagem disponíveis no material didático ampliando-as por


intermédio de novos contextos, recursos didáticos e paradidáticos, considerando a realidade local, de
modo a ampliar o repertório de leitura de mundo dos alunos.

9. Aplicar diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem, considerando-as como parte


primordial do processo de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu caráter processual e sua
relevância na aprendizagem.

10. Compreender a importância curricular de aprendizagens relativas aos processos histórico-


geográficos relativos à formação cultural, política e sócio-econômica da América e da África,
considerando sua relevância e influência na formação da identidade brasileira e latino americana.

[11/04, 09:59] Charles, J.M: Type your search query and hit enter:

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Geografia

Princípios didácticos em Geografia

Os princípios didácticos são exigências, orientações, normas gerais, axiomas, que orientam as
actividades do professor e o seu comportamento numa disciplina escolar.

Conteúdos

Tipos de princípios didácticos em Geografia

Os princípios didácticos podem ser gerais e específicos:

Princípios Didácticos Gerais – baseiam se nos processos cognitivos e processos pedagógicos gerais;

Princípios Didácticos Específicos – são especiais, validos para uma determinada disciplina escolar e
devem ser observados sob dois pontos de vista:

Na relação objectivo, conteúdo e planificação, pois só assim facilitam a decisão do professor sobre, que
aspectos importantes devem ser realçados;

No decorrer da aula os princípios específicos ajudam o professor a decidir sobre os métodos e meios
didácticos.

Princípios didácticos quanto ao objecto de estudo da Geografia

Tendo em conta o objecto de estudo em geografia, distinguem-se cinco princípios didácticos específicos,
nomeadamente:

Princípio da correlação território e componentes;


Princípio da correlação ciências naturais e ciências sociais no ensino da geografia;

Princípio da correlação estrutura e processo;

Principio da mudança da escala e;

Princípio de comparação permanente com a realidade próxima do aluno.

Princípio da Correlação Território e Componentes

Segundo este princípio, na aula de geografia o tratamento de componentes como: Relevo, estrutura
geológica, população, territórios, países ou regiões económicas, devem ser intercalados.

No tratamento de cada tema de aula e segundo as exigências do programa, poderá haver dominância de
uma das partes, (componentes ou território), mas a correlação território e componente deve ser sempre
observado. Isto significa que:

Se o programa de ensino exige o estudo de um componente (objectivo dominante) a escolha do


conteúdo e dos aspectos mais importantes da aula devem obedecer conhecimentos básicos que serão
suporte do posterior estudo de territórios.

Se o programa de ensino exige o estudo do território, então deve-se analisar primeiramente as


características essenciais dos componentes de forme a que os alunos a partir da correlação dos
componentes possam ter um conhecimento exacto sobre a estrutura do território.

Exemplo a unidade 4 da 9ª classe exige o tratamento de componente transporte. Essa exigência do


programa deve ser completada com o estudo das relações deste componente com os outros no
território.

Princípio da correlação ciências naturais e sociais

Segundo este princípio, o ensino de geografia, o estudo dos componentes físicos e económico deve ser
alternado e intercalado.

No tratamento de cada tema de aula e segundo a exigência do programa do ensino, pode haver
predominância de uma das partes, independentemente dessa predominância, a correlação deve ser
observada.
Exemplo: se o programa exige o estudo dos recursos naturais é necessário analisar-se a intervenção da
sociedade quer na utilização, quer na conservação dos mesmos.

Princípio da correlação estrutura e processo

O ensino de geografia, o estudo das estruturas territoriais deve ser intercalado com o estudo do
processo que nele ocorre. Segundo a exigência do programa e em cada aula poderá dominar uma parte
independentemente da exigência do programa, deve se observar esta correlação.

Exemplo 1: se o programa exige o estudo de uma determinada estrutura é necessário estudar


igualmente a génese e a história dessa estrutura.

Se o programa exige o tratamento dos processos territoriais poderá fazer-se o estudo da correlação dos
mesmos no passado, presente e futuro. Por exemplo: a cidade da Beira ao analisar o que foi no passado.

Princípio de mudança da escala

Segundo este princípio, no ensino de Geografia são usados mapas de diferentes escalas, no entanto, a
escala escolhida deve determinar a precisão das afirmações, por isso na aula de geografia, a mudança de
escala é obrigatória.

Exemplo: se o programa exige o estudo de uma região tendo em conta o enquadramento e situação
geográfica, é necessário reduzir a escala. Se o programa exige o tratamento de um território sob
determinados pontos de vista é necessário aumentar a escala.

Princípio da comparação permanente com a realidade próxima do aluno

Segundo este princípio geográfico, defende que deve se partir da realidade próxima do aluno, e deve
manter estreitas relações com a mesma, através do tratamento intensivo das regiões que circunda o
aluno e fazendo se referencia permanentes dessas regiões no estudo sobre outros territórios.

Leia Também Sobre:


Resumo: Os processos da fotossíntese nas plantas

Métodos didácticos de ensino em Geografia

Pensamento Económico Socialista

Bibliografia

NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral: Aprender a Ensinar. Maputo, Universidade Pedagógica, s/d,
263 p.

RODRIGUES, Jaime Frederico e BAPTISTA, José António, Geografia 7º Ano, 5ª Edição, Universitária
Editora, Lisboa, 1991.

UANICELA, Romeu Pinheiro. Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia: Didáctica de


Geográfica I. Maputo, UCM, 2007.

http://pt.wikipedia.org/wik/geografia.

Estágio Pedagógico: Conceito, objetivos, fases, funções e importância

Fevereiro 13, 2021

In "Pedagogia"

Relação da didáctica com outras Ciência

Dezembro 8, 2020

In "Trabalhos"

Relação da Didáctica com outras Ciências

Fevereiro 13, 2021

In "Pedagogia"
Benney Muhacha

Mestrando Gestão de Projetos, Licenciado em História e Bacharel em Administração. Jovem


moçambicano apaixonado pelas TICs, é CEO e editor de conteúdo dos blogs: Sópra-Educação, Sópra-
Vibes, Sópra-Vagas e Sópra-Educação.com/exames

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Pedagogia

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Lline
[11/04, 10:21] Charles, J.M: Os princípios didácticos, são exigências, orientações,

normas gerais, axiomas, que orientam as actividades do professor e

o seu comportamento numa disciplina escolar.

Os princípios didácticos têm um carácter orientador para a acção

ajudando o professor a seleccionar os métodos e meios para cada

situação planificada.

Os princípios didácticos podem ser gerais e específicos.

X.1.1.1. Princípios didácticos gerais: baseia-se nos processos

cognitivos e processos pedagógicos gerais.

[11/04, 10:22] Charles, J.M: Princípios didácticos específicos: são especiais, válidos

para uma determinada disciplina escolar, devendo ser observados

sob dois pontos de vista:

 Na planificação – facilitam a decisão do professor sobre

os aspectos mais importantes a abordar.

 Na realização da própria aula – ajudam ao professor na

decisão sobre que etapas, métodos e meios a integrar


numa aula.

X.2. Princípios específicos no ensino de Geografia:

Para o ensino de geografia encontramos cinco (5) princípios

didácticos a saber:

1. Princípio de correlação território – componentes geográficos:

Na aula de geografia, o estudo dos componentes (clima, população,

relevo, etc.) deve ser intercalado com regiões ou estudo de

territórios (países, regiões, zonas geográficas). No tratamento de

cada tema e segundo as exigências do programa do ensino, poderá

haver dominância de uma das partes (componente ou território),

independentemente desta dominância a correlação território e

componente deve ser observado.

2. Princípio de correlação Ciências Naturais e Ciências Sociais

ou Humanas:

No ensino da geografia o estudo dos componentes físicos e

económicos devem ser intercalados. No tratamento de cada tema de


aula e segundo as exigências do programa de ensino (PE), poderá

haver a dominância de uma das partes; independentemente desta

dominância, a correlação deve ser observada. Isso significa que, se

o PE exige o estudo de um componente físico geográfico, é

[11/04, 10:22] Charles, J.M: necessário estudar-se a influência dos componentes sócio -

económicos. Se o PE exige o estudo de um componente sócio –

económico é necessário analisar a influência dos componentes

físico – geográficos.

3. Princípio de correlação estrutura e processos

No ensino da geografia, o estudo das estruturas territoriais deve ser

intercalado com o estudo dos processos que nela ocorrem. Segundo

a exigência do PE, poderá haver a dominância de uma das partes;

independentemente desta dominância é necessário observar-se a

correlação, isto é, se o PE exige o estudo de uma determinada

estrutura é necessário analisar-se igualmente a génese e a história

dessa estrutura.
Se o PE exige o tratamento do processo (ex. a génese e a história) é

necessário descrever os processos que nele ocorrem; se o PE exige

o estudo da correlação desses processos no passado, presente e

futuro. Ex. O estudo da orla marítima (estrutura territorial) da

cidade da Beira. Para perceber essa estrutura (o traçado) só

analisando os processos ao longo dos tempos (génese e a história).

4. Princípio da mudança de escala

Este princípio diz que no ensino da geografia são estudados

territórios de diferentes dimensões. A escala escolhida pelo

professor deve determinar a precisão das informações e por isso a

mudança de escala tem carácter obrigatório na aula de geografia.

Se o programa exige o estudo de um território tendo em conta o seu

enquadramento geográfico e situação geográfica torna-se

necessário reduzir a escala. Se o PE exige a generalização de

conhecimentos torna-se necessário reduzir a escala. Sendo assim, a

sequência deve ser: Pequena; Grande e Pequena Escala


[11/04, 10:30] Charles, J.M: Ensino de Geografia e Estudo do Meio

O Estudo do Meio apresenta-se como importante ferramenta para o ensino de Geografia na Educação
Básica. Segundo Lopes e Pontuschka

(2009, p. 174), tal atividade pedagógica se concretiza pela imersão orientada na complexidade de
determinado espaço geográfico, do

estabelecimento de um diálogo inteligente com o mundo, com o intuito não apenas de verificar, mas
também produzir novos conhecimentos.

Trata-se de um método que possibilita ao aluno e ao professor melhor compreensão da totalidade do


espaço geográfico, cuja complexidade e

dinamicidade dificilmente poderão ser apreendidas no ambiente restrito da sala de aula.

Atualmente, não é difícil encontrar escolas e professores que adotam esse método em suas práticas de
ensino. Todavia, muitas vezes os

profissionais tratam como Estudo do Meio uma visitação ou uma saída de sala de aula para passeio.
Embora tais atividades possuam em si

valores lúdicos e pedagógicos, confundi-las com Estudo do Meio esvazia o real significado do método,
podendo constituir-se em empecilho ao

aprofundamento do tema e à ampliação de seu potencial na elaboração do currículo escolar (Lopes;


Pontuschka, 2009).

Não é incorreto dizer que qualquer lugar é propício para a realização dessa atividade no âmbito do
ensino de Geografia. Conforme Pontuschka

(2004, p. 260),
o meio é uma Geografia viva. A escola, o córrego próximo, a população de um bairro, o distrito
industrial, um parque, uma reserva florestal, um

shopping, um hipermercado, a chácara vizinha são elementos integrantes de um espaço que podem ser
pontos de partida para uma reflexão. (...)

Em qualquer lugar escolhido para realizar um Estudo do Meio há o que ver, há o que refletir em
Geografia, pois não existem lugares privilegiados,

não há lugares pobres.

No entanto, o Estudo do Meio vai muito além de uma simples observação e descrição do espaço. Para
apreender o espaço em suas múltiplas

dimensões, assim como a sua historicidade, as relações que determinado espaço mantém com outros e
as problemáticas vividas por aquela

população estudada, é necessário saber “ver”, saber “dialogar” com a paisagem, detectar os problemas
existentes na vida de seus moradores,

estabelecer relações entre os fatos verificados e o cotidiano do aluno (Pontuschka, 2004).

Macedo, Neto e Silva (2015) também advertem que a realização de um estudo do meio não se limita à
descrição do ambiente. Para esses

autores, deve-se ir além, no sentido de treinar o olhar sobre esse ambiente, detectar as potencialidades,
estabelecer critérios, analisar a

paisagem e relacioná-la com o cotidiano dos alunos, assim como buscar a valorização do entorno escolar
e propor soluções para os problemas

identificados. Fernandes (2013) assevera que um estudo do meio prevê um trabalho de investigação
apurado, cuidadoso, com muitas leituras
prévias, com levantamento de questões e preparação de uma atitude investigativa durante toda a
atividade

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