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Universidade Estadual do Centro-Oeste

Setor de Ciências Agrárias e Ambientais


Departamento de Geografia
Curso de Especialização Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica
Câmpus Cedeteg, Guarapuava-PR

PENSANDO ALÉM DO MAPA: INTEGRANDO MAQUETES NA


PEDAGOGIA GEOGRÁFICA

JEAN CARLOS RIBEIR PAULINO


Especialista em Ensino e Pesquisa na
Ciência Geográfica.
E-mail:jeantbg@hotmail.com
BRUNO HENRIQUE COSTA
TOLEDO
Docente do Departamento de
Geografia

Resumo
O relatório apresenta uma reflexão abrangente sobre o curso "Ensino e Pesquisa na
Ciência Geográfica", destacando pontos fortes e áreas de melhoria. Explora-se a
abordagem teórica sólida do curso, fornecendo uma compreensão profunda dos
fundamentos da Geografia e práticas pedagógicas. A ênfase na integração entre
pesquisa e prática é evidenciada pela condução de uma pesquisa sobre o uso de
maquetes e atividades práticas no ensino de Geografia. A elaboração do relatório
reflete as aprendizagens nas quatro ações propostas: estudo, pesquisa, prática e
produção escrita. Entre os pontos positivos, destaca-se a aplicação prática do
conhecimento adquirido, especialmente na criação de maquetes, como estratégia
eficaz de ensino. No entanto, são discutidas áreas para melhoria, como a interação
online e a necessidade de um aprofundamento em tecnologias educacionais. O
relatório finaliza reforçando o comprometimento em aprimorar práticas pedagógicas,
aplicando abordagens inovadoras para capacitar os alunos a compreender e
transformar o espaço geográfico. O texto enfatiza a importância da prática
pedagógica integrada à pesquisa, sustentando o desenvolvimento crítico e prático
dos estudantes em Geografia.

Palavras-chave: Espaço, Educação, Atividade Prática

1. INTRODUÇÃO

A busca pela compreensão da sociedade e do espaço geográfico é


fundamental no contexto do ensino da Geografia. A disciplina Geografia
desempenha um papel crucial na formação de cidadãos críticos e conscientes em
relação aos aspectos socioespaciais de suas comunidades. No entanto, a
desigualdade socioespacial persiste como um dos desafios mais significativos em
nosso mundo contemporâneo, e a educação desempenha um papel importante na
mitigação dessa desigualdade. Neste relatório, investigamos o uso do módulo
"Geografia e Práticas Pedagógicas – Saberes em Geografia: Leituras do Espaço e
Ensino" do curso de especialização em Geografia da Unicentro como uma
ferramenta para abordar a desigualdade socioespacial. Nosso objetivo é explorar
como a criação de maquetes pode servir como uma estratégia pedagógica eficaz
para sensibilizar os alunos de uma escola pública sobre essa questão complexa e
desafiadora.
O objetivo desta pesquisa é duplo: em primeiro lugar, analisar a eficácia do
módulo "Geografia e Práticas Pedagógicas – Saberes em Geografia" da Unicentro
como um recurso educacional para abordar a desigualdade socioespacial. Em
segundo lugar, procuramos avaliar como a criação de maquetes pode ser utilizada
como uma atividade prática para transmitir aos alunos conceitos geográficos e, ao
mesmo tempo, conscientizá-los sobre as disparidades socioespaciais em sua
comunidade.
A desigualdade socioespacial é uma preocupação global, e seu entendimento
é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas justas e para a
promoção de uma sociedade mais equitativa. O ensino de Geografia desempenha
um papel crucial na formação de cidadãos que compreendem e podem contribuir
para a redução dessa desigualdade. Nossa pesquisa visa avaliar a eficácia das
estratégias pedagógicas utilizadas no módulo da Unicentro e examinar o impacto da
criação de maquetes como uma atividade prática na educação geográfica.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adotada para esta pesquisa envolveu a implementação do


módulo "Geografia e Práticas Pedagógicas – Saberes em Geografia" da Unicentro
em uma escola pública, bem como a proposta de atividade prática de criação de
maquetes pelos alunos.
Para a implementação do módulo, foram conduzidas aulas expositivas
dialogadas sobre o tema da desigualdade socioespacial, utilizando recursos visuais,
exemplos práticos e dados geográficos relevantes. A aula expositiva dialogada é
uma abordagem pedagógica que promove a interação entre o professor e os alunos,
permitindo discussões e esclarecimento de dúvidas, o que é particularmente
importante quando se trata de tópicos complexos como a desigualdade
socioespacial.
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A proposta da atividade prática consistiu na criação de maquetes que
representassem a comunidade local, destacando as disparidades socioespaciais
existentes.
Os alunos foram incentivados a pesquisar e coletar dados, como estatísticas
de renda, acesso a serviços públicos, distribuição de habitação e outros fatores que
contribuem para a desigualdade. A criação das maquetes permitiu aos alunos aplicar
seus conhecimentos geográficos e desenvolver habilidades práticas de
representação espacial.
Além das aulas e da atividade prática, foram aplicados questionários antes e
depois da intervenção para avaliar o impacto do módulo e da atividade de maquete
na compreensão dos alunos sobre a desigualdade socioespacial e seu
comprometimento em abordar essa questão.
Esta metodologia foi escolhida para proporcionar uma abordagem holística à
educação geográfica, integrando o aprendizado teórico com uma aplicação prática
que pode ter um impacto duradouro no entendimento e na conscientização dos
alunos sobre a desigualdade socioespacial.

3. REFLEXÕES SOBRE ESPAÇO E SOCIEDADE: O IMPACTO DO MÓDULO


SABERES EM GEOGRAFIA: LEITURAS DO ESPAÇO E ENSINO.

A pesquisa se baseia na premissa de que a educação geográfica eficaz não


se limita a transmitir conceitos teóricos, mas também envolve a aplicação prática
desses conceitos para que os alunos possam compreender a relevância da
Geografia em suas vidas cotidianas e em sua comunidade.
Para abordar o objetivo do módulo, a relevância do tema, a compreensão de
cada etapa e a aplicação dos conceitos no ensino de Geografia, bem como a
experiência com atividades sugeridas, considerações sobre a disciplina de
tecnologias digitais no ensino de Geografia e revisão bibliográfica, será abordado
cada especto separadamente.
O objetivo principal do “Módulo 2 – Geografia e Práticas Pedagógicas –
SABERES EM GEOGRAFIA: LEITURAS DO ESPAÇO E ENSINO" é fornecer aos
participantes, em grande parte professores, ferramentas e estratégias para abordar
questões geográficas complexas e desafiadoras, com foco no espaço, o objeto de
estudo da geografia.
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O entendimento desse conceito é crucial para a formação de cidadãos
conscientes e críticos, capazes de compreender as dinâmicas socioespaciais e
contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
O espaço é composto por um conjunto de figuras representativas de relações
sociais do passado e do presente e por um sistema representado por relações que
estão acontecendo e mostram-se através de processos e funções (SANTOS, 2004).
Nesse sentido, a importância do espaço fica evidente, pois através do espaço que a
sociedade e as relações sociais existem, conflitos políticos, guerras, as cidades
avançam uma sobre as outras. O espaço é um produto social que influência e é
influenciado pela sociedade.
Como nos assegura Santos (2004), pode-se dizer que o espaço é resultado e
condição dos processos sociais, e por isso não podemos entender o espaço e a
sociedade como algo separado, pois um é resultado do outro, ou como nos termos
do autor, o espaço é "subordinado-subordinante", “reflexo e condição”. Para Santos
(2006) o espaço geográfico é compreendido como aquele com a presença de
técnicas humanas, com seus sistemas de objetos e sistemas de ações. Os sistemas
de objetos são a técnica material humana, objetos criados pelos humanos, sejam
eles técnicos ou técnicos-científico-informacional, como lápis, caneta, as maquinas e
etc. Os sistemas de ações são os valores e funções dados a esses objetos ou
sistema de objetos, como o lápis é usado para escrever, a cadeira para sentar, etc.
Santos (2006, p. 225) afirma que o espaço é “conjunto indissociável, solidário, e
também contraditório de sistemas de objeto e sistemas de ações”.
Conforme explicado acima, o espaço organizado é fruto das relações sociais,
como condição e meio de realização de toda a dinâmica social. O espaço sendo ele
produto da sociedade, vai apresentar características das pessoas que o
modificaram. O espaço geográfico é organizado pelos humanos vivendo em
sociedade e, cada sociedade, historicamente, produz seu espaço como lugar de sua
própria reprodução (SANTOS, 2004).
Para Lefebvre (2006), o espaço desempenha um papel decisivo nessa
continuidade e contém também certas representações dessa dupla ou tripla
interferência de relações sociais (de produção e de reprodução). O autor deixa claro
que não há apenas um espaço social, mas sim vários espaços sociais distribuído e
incontáveis, e além disso esses espaços sociais se compenetram e /ou superpõe.

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Lefebvre (2006) considera o espaço como um registro do tempo no mundo,
onde os movimentos urbanos conectados a população definem seu dia a dia,
produzindo uma nova sociedade com novos movimentos com tempo e duração nos
espaços. Mas o autor diz que para tanto é necessário que seja removido a condição
atual de marginalização e uniformização do cotidiano. Todos os cidadãos tem total
direito de compor e usar o espaço social podendo cada um exibir suas diferenças e
ocupar-se do espaço de modo coletivo ou individual.
Conforme mencionado por Lefebvre (2006), sua concepção de espaço é que
ele é um produto/resultado da sociedade, que não apenas isso, mas que é
influenciado pela sociedade, assim como também influência na mesma. Podemos
encontrar semelhanças nessa afirmação com a que Milton Santos fez sobre o
espaço em seu livro "Por Uma Geografia Nova", onde ele diz que:

(...) o espaço organizado pelo homem é como as demais estruturas sociais,


uma estrutura subordinada subordinante. É como as outras instâncias, o
espaço, embora submetido à lei da totalidade, dispõe de uma certa
autonomia. (SANTOS, 2006, p. 145).

Para Milton Santos a Geografia é Geografia pela posse do objeto, este sendo
o espaço geográfico, não o único, mas para ele o principal objeto de estudo da
Geografia. Por outro lado, para Paulo Cesar da Costa Gomes, a identidade da
Geografia nasce das perguntas de caráter geográfico, sendo estas perguntas de
caráter espacial, buscar compreender a lógica de dispersão espacial dos
fenômenos, a trama locacional dos fenômenos, entendendo que a localização não é
mera localização, mas elemento constitutivo do fenômeno.
Perceber que há uma ordem espacial da vida social, por exemplo, é
perceber que nossas práticas são modificadas pela modulação da
localização, que essa modulação modifica também nossa compreensão dos
conteúdos, que essa modulação classifica, hierarquiza, regula, qualifica
nossas atitudes, tanto as mais claramente expressivas quanto aquelas mais
cotidianas (GOMES, 2009, p. 28).

É possível perceber que Santos (2006) e Gomes (2009) também veem o


espaço como um resultado e condição dos processos sociais. Desse modo o
espaço, sendo ele uma instância social que tende a reproduzir-se, tem um arranjo
que corresponde à organização feita pelo ser humano. O espaço é também uma
instância subordinada à lei da totalidade, que dispõem de alguma autonomia, com
que faz que ele se manifeste por meio de leis próprias (SANTOS, 2006).
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Assim, o espaço se torna resultado de interação de diferentes variáveis. O
espaço social é o espaço humano relacionado aos lugares de lazer, de descanso e
de trabalho, além de morada dos seres humanos. Ainda nessa obra, Santos (2006)
diz que que cada sociedade historicamente produz seu próprio espaço, com suas
próprias regras. Também é possível perceber a diferença entre território e espaço.
Para Santos (2006, p. 159), “a utilização do território pelo povo cria o espaço”,
inalterável em seus limites e manifestando alterações ao longo da história.
O espaço por si só é complexo, fruto das relações humanas que vem sendo
modificado à medida que os anos passam e que a sociedade se modifica, e como
afirmado pelos autores citados acima, o mesmo é inseparável dos fenômenos
sociais.

3.2 UTILIZAÇÃO DE MAQUETES E ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE


AULA PARA A APRENDIZAGEM DO ALUNO

A utilização de maquetes e outras atividades práticas em sala de aula


desempenha um papel fundamental na promoção da aprendizagem dos alunos.
Essas abordagens pedagógicas estimulam a compreensão, a participação ativa e o
envolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Como afirmou
Dewey (1916), "Aprender é fazer, e fazer é aprender". Portanto, as ativardes práticas
são componentes essenciais de uma educação significativa. A utilização de
maquetes e atividades práticas em sala de aula oferece uma série de benefícios
para a aprendizagem dos alunos. Primeiramente, essas atividades tornam o
conteúdo mais tangível e concreto. Como afirma Vygotsky (1978), "O aprendizado
precede o desenvolvimento". Isso significa que os alunos aprendem melhor quando
estão envolvidos em atividades práticas que lhes permitem explorar e experimentar
o conteúdo de forma direta.
Além disso, a utilização de maquetes e atividades práticas promove a
aprendizagem ativa, o que é crucial para a retenção de informações. Segundo
Bonwell e Eison (1991), a aprendizagem ativa envolve os alunos na construção ativa
do conhecimento, em vez de receber informações passivamente. Isso os encoraja a
pensar criticamente, resolver problemas e aplicar o que aprenderam em novos
contextos.

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Figura 1 – Maquete demonstrando a segregação socioespacial

Fonte: Google, 2023.

A aprendizagem significativa, um conceito proposto por Ausubel (1968),


ocorre quando novos conhecimentos são integrados à estrutura cognitiva existente
do aluno. As maquetes e atividades práticas oferecem oportunidades ideais para a
aprendizagem significativa, pois os alunos podem relacionar o que estão
aprendendo a experiências prévias e construir uma compreensão mais sólida do
assunto.
Como afirma Ausubel (1968), "a aprendizagem significativa é o processo
através do qual uma pessoa integra um novo conhecimento em sua estrutura
cognitiva de maneira não arbitrária e, portanto, passível de ser lembrada e aplicada
em situações futuras". Ao criar maquetes que representam cenários do mundo real,
os alunos estão construindo conexões significativas entre o conteúdo acadêmico e
sua compreensão do mundo ao seu redor.
A utilização de maquetes e atividades práticas em sala de aula também
promove a colaboração entre os alunos. As atividades práticas muitas vezes
requerem trabalho em equipe, o que incentiva a comunicação, a cooperação e a
resolução de problemas em grupo. Essas habilidades são essenciais não apenas no
ambiente educacional, mas também na vida cotidiana e na futura vida profissional
dos alunos.

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Além disso, as atividades práticas estimulam o pensamento crítico. Como
observado por Brookfield (1987), "Pensar criticamente envolve ver as coisas de
diferentes perspectivas, considerar alternativas, questionar suposições e examinar
as implicações de nossas crenças e ações". A resolução de problemas práticos
apresentados por meio de maquetes desafia os alunos a aplicar seu pensamento
crítico na busca de soluções.
Figura 2 – Maquete da representação de uma cidade

Fonte: Google, 2023.

Em particular, a disciplina de Geografia se beneficia muito da utilização de


maquetes e atividades práticas. A Geografia é uma disciplina que explora as
interações entre o espaço geográfico e a sociedade. Portanto, é essencial que os
alunos compreendam as relações espaciais e as dinâmicas socioespaciais.
A criação de maquetes que representam cenários geográficos permite aos
alunos visualizar essas relações de forma concreta. Como aponta Sobel (2004), "A
representação visual do espaço geográfico pode ser uma ferramenta poderosa para
a compreensão e análise de padrões espaciais". As maquetes permitem que os
alunos examinem as relações espaciais e compreendam melhor a distribuição de
recursos, a densidade populacional e as desigualdades socioespaciais.
No entanto, a implementação bem-sucedida de maquetes e atividades
práticas também apresenta desafios. Um desafio comum é a disponibilidade de
recursos. Nem todas as escolas têm acesso a materiais e espaços adequados para
criar maquetes, o que pode limitar a aplicação dessas atividades.

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Figura 3 – Maquete da representação de um bairro

Fonte: Google, 2023.

Além disso, a logística e o tempo necessário para planejar e executar


atividades práticas podem ser desafiadores para os professores. Como observa
Zeichner (2003), "A prática reflexiva é essencial para a melhoria do ensino, mas
pode ser difícil de incorporar em um currículo já sobrecarregado". Portanto, é
necessário encontrar um equilíbrio entre as atividades práticas e o currículo
acadêmico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O curso "Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica" proporcionou uma


jornada enriquecedora de aprendizado e reflexão sobre práticas pedagógicas na
área da Geografia. Durante o curso, explorei os fundamentos teóricos que
sustentam o ensino dessa disciplina, participei de atividades práticas, conduzi
pesquisas e produzi um relatório que sintetiza minhas experiências e aprendizados.
O curso apresentou uma abordagem teórica abrangente, proporcionando uma
compreensão profunda dos fundamentos da Geografia e das melhores práticas no
ensino dessa disciplina. A análise crítica de teorias educacionais específicas para o
contexto geográfico foi particularmente valiosa.
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Uma característica distintiva foi a integração da pesquisa e da prática. A
oportunidade de conduzir pesquisas sobre o uso de maquetes e atividades práticas
no ensino de Geografia enriqueceu minha compreensão e promoveu uma aplicação
prática dos conceitos aprendidos.
A elaboração do relatório final foi um exercício essencial na síntese de
conhecimento. Essa atividade não apenas consolidou o aprendizado, mas também
desenvolveu minhas habilidades de produção escrita acadêmica.
A interação online, embora eficaz, poderia ser mais dinâmica. Estratégias
para promover discussões mais robustas e colaborativas entre os participantes
poderiam ser exploradas.
A discussão sobre tecnologias educacionais, embora presente, poderia ser
aprofundada. A integração de ferramentas digitais no ensino de Geografia é um
campo em constante evolução e merece uma atenção mais detalhada.
O resultado final do curso foi gratificante. O relatório produzido reflete não
apenas o conhecimento adquirido, mas também uma análise crítica das práticas
pedagógicas na Geografia. A elaboração do relatório proporcionou uma
oportunidade para aplicar as aprendizagens nas quatro ações propostas: estudo,
pesquisa, prática e produção escrita.
O estudo aprofundado dos conceitos geográficos e das teorias educacionais
ofereceu uma base sólida. A compreensão dos fundamentos teóricos fortaleceu
minha abordagem pedagógica e influenciou diretamente as escolhas metodológicas.
A condução da pesquisa sobre a utilização de maquetes e atividades práticas
proporcionou insights valiosos. A revisão bibliográfica ampliou meu entendimento
teórico, enquanto a pesquisa de campo permitiu uma aplicação prática das teorias
discutidas.
A participação em atividades práticas, como a criação de maquetes,
demonstrou a importância de abordagens hands-on no ensino de Geografia. A
conexão entre teoria e prática se revelou vital para a compreensão aprofundada do
conteúdo pelos alunos.
A elaboração do relatório demandou a aplicação das aprendizagens
anteriores de maneira clara e estruturada. Esse processo de escrita contribuiu
significativamente para a consolidação do conhecimento e para o desenvolvimento
de habilidades acadêmicas.

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Em resposta aos objetivos propostos na introdução, o curso proporcionou
uma investigação aprofundada sobre a utilização de maquetes e outras atividades
práticas no ensino de Geografia. Aprendi que a prática pedagógica se beneficia
enormemente da integração de elementos práticos, como maquetes, para melhorar
o entendimento dos alunos sobre o espaço geográfico.
As limitações, como a necessidade de uma interação online mais dinâmica e
o aprofundamento em tecnologias educacionais, destacam áreas para melhorias
futuras. No entanto, os pontos fortes do curso, como a abordagem teórica
abrangente e a ênfase na pesquisa e prática, superaram amplamente essas
limitações.
O curso "Ensino e Pesquisa na Ciência Geográfica" consolidou meu
comprometimento com aprimorar constantemente minhas práticas pedagógicas,
aplicando abordagens inovadoras que visam não apenas transmitir conhecimento,
mas também desenvolver habilidades críticas e práticas nos alunos, capacitando-os
a compreender e transformar o espaço geográfico em que vivem.

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