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AVALIAÇÃO

PSICOLÓGICA I

FIDEDIGNIDADE

Prof. Dr. Fernando Pessotto


“Fidedignidade refere-se a estabilidade do teste, de maneira que, quanto mais próximas
forem as pontuações obtidas por métodos ou em situações diferentes, maior será a
consistência do teste” (Anastasi & Urbina, 2000; Cronbach, 1996).

Sendo assim, a precisão de um teste é determinada pelo nível com que suas pontuações são
livres de erros.

Contudo, nenhuma medida em psicologia, está livre de erros.

...Porém, toda medida em psicologia tem erro!


O modelo linear clássico postula que um escore observado de um determinado sujeito
em um teste pode ser decomposto em duas partes aditivas. Assim o escore observado
pode ser definido como:

E=V+e
E = escore/medida/pontuação

V = escore verdadeiro do sujeito na variável medida pelo teste (como se não tivesse erro)

E = erro que ocorre em função da imprecisão das medidas psicológicas.


À medida em que forem observadas diferenças nessas avaliações supõe-se que
ocorreu algum erro na mensuração.

As origens ou fontes desse erro podem ser:

Disposição, ansiedade, fadiga, mais “chutes” corretos em uma ocasião,


familiaridade com o conteúdo, subjetivismo...
A questão não é zerar o erro e sim identificar as fontes de erro e estimar a
magnitude de sua influência.

Se for muito grande, então a medida perde sua utilidade.

Tradicionalmente temos três tipos de coeficientes (delineamentos para se obter


estimativas do erro por intermédio da correlação).
TIPOS DE COEFICIENTE E FONTES DE ERRO
PRECISÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE

O conceito de precisão está associado ao erro de medida, isto é, o quão


diferente pode ser o escore obtido por um sujeito, em um determinado teste,
do valor verdadeiro da variável que o teste mede.

Pode parecer um fato óbvio que a variação nos escores em um teste de


inteligência, ou seja, as diferenças entre os escores de diferentes indivíduos,
devam refletir as diferenças reais de inteligência existentes entre estes
indivíduos.
PRECISÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE

Contudo, dada a complexidade própria às variáveis psicológicas,


praticamente nunca as diferenças entre escores refletem com exatidão e
precisão as diferenças reais existentes entre os indivíduos.

Sempre haverá um erro de medida, ou seja, variações que não refletem as


diferenças reais. Portanto, uma prática corrente é estimar a precisão de um
determinado teste para conseguir estabelecer uma expectativa de quão
errônea poderá ser uma medida feita por meio do teste
PRECISÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE

O conceito de evidências de validade se refere a questão de identificar acúmulo


sistemático de evidêncicas. É de se esperar que a variação nos escores em um
determinado teste esteja associada em um certo grau ao atributo psicológico que o
teste se propõe medir.

Na física seria engraçado perguntar se uma régua está mesmo medindo distâncias ou
se uma balança mede realmente peso.
PRECISÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE

Este é um problema próprio das ciências psicológicas já que esta não pode observar
diretamente seu objeto. Sendo assim deve-se ter uma prova empírica de que o teste
está medindo a variável que este se propôs.

Sobre as relações entre estes dois conceitos nota-se que boa precisão é uma condição
necessária mas não suficiente para encontrar evidências de validade. Mesmo com boa
precisão um teste pode estar medindo uma variável diferente daquela a que se propôs.
CONCLUSÕES…

A COVARIÂNCIA/CORRELAÇÃO ENTRE OS
ESCORES É IGUAL A VARIÂNCIA DO ESCORE
VERDADEIRO.

PORTANTO, A COVARIÂNCIA/CORRELAÇÃO É
IGUAL À PROPORÇÃO DO ESCORE OBSERVADO
QUE É VERDADEIRA = PRECISÃO

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