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AULA 8: VALIDADE, REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE

 O QUE É VALIDADE DE UM ESTUDO E QUAIS OS TIPOS DE VALIDADE?

“Grau de garantia dado às inferências derivadas deum estudo, especialmente às


generalizações para além da amostra estudada, quando de consideram os métodos utilizados,
a representatividade da amostra estudada e a natureza da população de onde a amostra foi
retirada.”

Validade interna: se refere ao uso das informações geradas pelo estudo para fazer inferências
sobre a população de onde a amostra do estudo foi retirada;

Validade externa: generalização dos resultados obtidos para uma população exterior ao
Universo do estudo.

 QUAL A DIFERENÇA ENTRE VALIDADE E PRECISÃO?

Validade: Associada à ausência de erros sistemáticos

Precisão: Associada à ausência de erros aleatórios

Problemas de precisão refletem variabilidade amostral e dizem respeito à inferência estatística


em relação à população da qual a amostra foi retirada (universoamostral

 O QUE CARACTERIZA OS VIESES E QUAIS AS PRINCIPAIS FONTES PARA QUE ELES


OCORRAM?

-Distorção dos resultados em decorrência de erros sistemáticos.

-Tamanho da discrepância entre o valor “verdadeiro”


- Direção” do viés – positiva (se o valor estimado é maior do que o verdadeiro) e negativa (na

situação inversa)

Viés de seleção;

Viés de informação;

Confundimento.

A distinção das três categorias não é claramente demarcada

QUAIS OS TIPOS DE REVISÕES ENCONTRADOS NA LITERATURA CIENTÍFICA E SUAS PRINCIPAIS


DIFERENÇAS?

REVISÃO NARRATIVA: Definida como: “suposta evidência resumida de sua área”.|baixa


qualidade, pois autores podem expor suas tendências próprias e raramente citam a
metodologia de seleção e avaliação dos estudos primários.

REVISÃO SISTEMÁTICA: unidade de pesquisa não é o paciente e sim, um estudo original. Aplica
técnicas específicas de id de pesquisas originais. Minimiza erros. Alta qualidade, usa

metodologia cientifica como base, permite que o leitor avalie a credibilidade das avaliações,
mais seguro.

 QUAIS AS ETAPAS PARA A CONFECÇÃO DE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA?

1. Formulação da pergunta de revisão bem delimitada;

2. Busca adequada e exaustiva de estudos primários pra inclusão na revisão;

Piloto. Não ficar só no medline (viés de publicação: resultados parciais ou totais não
publicados/ viés de idioma/ de citação e múltiplas publicações.
3. Avaliação da qualidade dos estudos incluídos e extração dos dados;

formulário contendo as seções: Identificação dos estudos: título, local de publicação,

data de publicação, autores; metodologia, transcrição dos dados obtidos e problemas


identificados.

4. Síntese de resultados de estudos (Metanálise);

5. Interpretação dos resultados e elaboração do relatório.

COMO INTERPRETAR UMA METANÁLISE?

Análise estatística para combinar e sintetizar os resultados de vários estudos (medidas-


sumário)

permite a explicação e identificação de inconsistências entre os resultados observados


em diferentes investigações;

situações de alta prevalência e com efeitos moderados, as quais não costumam


apresentar poder estatístico, quando combinadas em estudos homogêneos, aumentaria o
poder estatístico eprobabilidade de detecção desses efeitos

medidas de associação na análise: RR e OR

Usa Forest plot: gráfico de visualização de resultados

Medida sumária : losango

COMO LIDAR COM A HETEROGENEIDADE DE ESTUDOS?

Não é apropriado/suficiente combiná-los em uma única medida.

diferença dos resultados dos estudos supera o que seria esperado pelo acaso e ocorre devido a
diferenças nos desenhos dos estudos (características da população estudada, tipo
deintervenção, mensuração do desfecho, duração doacompanhamento, etc.);

oportunidade para investigar porque o efeito de um tratamento varia em diferentes


circunstâncias

Análise de subgrupos e meta-regressão

COISAS QUE NÃO ESTÃO NAS QUESTÕES NORTEADORAS, MAS QUE VALE SABER:

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Não se relaciona diretamente à validade | Um estudo pode ser


preciso e mesmo assim apresentar erros sistemáticos que invalidam seus resultados.

DEFINIÇÃO DA QUESTÃO DE PESQUISA ESTRUTURADA NO FORMATO DO ACRÔNIMO PICO

População

Intervenção
Controle

Outcome (desfecho).

AULA 9- ACURÁCIA DE TESTES DIAGNÓSTICOS

 COMO REALIZAR ADEQUADAMENTE O DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS?

Exame: Comparação do procedimento com um padrão-ouro

sinais e sintomas: Sólido conhecimento da literatura médica

QUAIS AS POSSIBILIDADES DE RESULTADOS DOS TESTES DIAGNÓSTICOS?

 QUAIS OS CONCEITOS DE SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE, COMO CALCULÁ-LAS E


INTERPRETÁ-LAS?

Sensibilidade: doença grave, reduzir o nº de outros possíveis dx. proporção de verdadeiros


positivos entre todos os doentes. (a/a+c)

Probabilidade de um teste dar positivo na presença da doença;

Avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está de fato presente

Especificidade: não da falso positivo- proporção de verdadeiros negativos entre todos os


sadios. (d/b+d)

Probabilidade de um teste dar negativo na ausência da doença;

Avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente.

 QUAL O CONCEITO DE VALOR PREDITIVO, COMO CALCULAR E INTERPRETAR ESSA


MEDIDA?

Valor preditivo = probabilidade da doença, dados os resultados de um teste diagnóstico

Proporção de verdadeiros-positivos entre todos os indivíduos com o teste positivo


Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença.

VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN): Proporção de verdadeiros-negativos entre todos os

indivíduos com o teste negativo.

Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo não ter a doença.

 O QUE É ACURÁCIA DE TESTES DIAGNÓSTICOS?

Proporção de acertos de um teste diagnóstico, ou seja, a proporção entre os verdadeiros-


positivos e negativos, em relação a todos os resultados possíveis;

pouco útil, pois agrega valores que foram obtidos separadamente, misturando sensibilidade e
especificidade.

 QUAIS SÃO AS FERRAMENTAS PARA SE ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE SENSIBILIDADE


E ESPECIFICIDADE?

Teste ideal: seria aquele com sensibilidade e especificidade de 100% = sem erro no resultado

Mas são inversamente proporcionais

Curva ROC: Quanto mais próxima a curva estiver do canto superior esquerdo do gráfico,
melhor será o poder discriminatório do teste diagnóstico;

orientação para a escolha do melhor ponto de corte de um teste diagnóstico

comparar dois (ou mais) testes diagnósticos para a mesma doença

O QUE É RASTREAMENTO DE DOENÇAS, QUAIS SEUS OBJETIVOS EQUANDO PODE SER


UTILIZADO?

Utilizado para designar o exame de pessoas assintomáticas.

identificar uma doença em um estágio préclínico e, através da instituição do tratamento


precoce, reduzir a mortalidade ou os possíveis danos que a doença possa causar.

gravidade da doença e possibilidade do tratamento precoce mudar o desfecho da doença;

doença a ser rastreada não deve ser rara, pois o custo do rastreamento tenderia a superar os
benefícios desse procedimento;

duração da fase pré-clínica da doença não deve ser muito curta, pois exigiria a realização de
repetidos exames de rastreamento para sua detecção.

COISAS QUE NÃO ESTÃO NAS QUESTÕES NORTEADORAS, MAS QUE VALE SABER

RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇA (Likelihood ratio): Razão entre a probabilidade de um


determinado resultado de um teste diagnóstico em indivíduos portadores da doença e a
probabilidade do mesmo resultado em indivíduos sem a doença.
RVS+: Expressa quantas vezes é mais provável encontrar um resultado positivo em pessoas
doentes quando comparado com pessoas não-doentes;

RVS-: Expressa quantas vezes é mais provável encontrar umresultado negativo em pessoas
doentes quando comparado pessoas não-doentes;

TESTES MULTIPLOS: A utilização de múltiplos testes na prática clínica aumenta a qualidade do


diagnóstico, diminuindo o número de resultados falsos.

Testes em paralelo- Solicitados todos ao mesmo tempo, considerando-se o resultado positivo


em qualquer um dos testes como evidência de doença;

Testes em série: processos diagnósticos que não requerem urgência (pacientes de


ambulatórios ou internados para investigação diagnóstica, que são acompanhados por um
determinado período);

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