Introdução à Estatística

Prof. Dr. José Rodrigo Santos Silva

Universidade Federal de Sergipe
Departamento de Estatística e Ciências Atuariais
Delineamentos da Pesquisa
 Delineamentos da Pesquisa

Quando se fala em pesquisa, é fundamental compreender as

principais questões envolvidas em seu desenho, a fim de aumentar a
capacidade de avaliar criticamente um trabalho ciêntífico e projetar
novos estudos
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Razões para o envolvimento com pesquisa.

• Avaliação clínica de pesquisa realizadas por outros pesquisadores;
• Condução de uma pesquisa primária com a finalidade de responder
a uma questão, gerando um novo conhecimento ou ampliandoo
conhecimento existente;
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Razões para o envolvimento com pesquisa.

• Para obter habilidades de pesquisa ou experiência, como parte de
um programa educacional;
• Para responder a uma pergunta/dúvida no manejo clínico de um
paciente.
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Conforme a pesquisa de desenvolve, o pesquisador estabelece uma

pergunta de pesquisa específica ou um conjunto de questões que ele
deseja responder.
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O foco da pergunta da pesquisa pode ser na descrição de um

fenômeno. Neste caso a pesquisa é dita descritiva.

Quando a pergunta busca a explicação de um fenômeno, ela é dita

analítica.
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Estudo observacional: O pesquisador apenas observa o sujeito da

pesquisa, as características da sua enfermidade e sua evolução, sem
atuar de maneira a modificar qualquer aspecto que esteja estudando;

Estudo experimental: O pesquisador promove uma intervenção com

o objetivo de conhecer os efeitos desta sobre os sujeitos da pesquisa.
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Estudos observacionais Relatos de casos e série de casos

Estudo transversal
Estudo de caso-controle
Estudo de coorte
Estudos Experimentais Experimento laboratorial
Ensaio clínico
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Elementos básicos de um delineamento

Variáveis: Divididas em variáveis dependentes e independentes. A

primeira é a variável objetivo do trabalho, aquela se se pretende
observar, já a segunda é formada por um conjunto de outras variáveis
que podem interferir diretamente na variável dependente.
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Elementos básicos de um delineamento

Tempo e espaço: Define-se o momento (conteporâneo, retrospectivo

ou propesctivo) e o local onde a pesquisa será realizada.

Enfoque: Na área médica costuma-se relacionar o enfoque à

prevenção, diagnóstico, terapia e prognóstico.
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Relato de caso ou série de casos:

Descrevem-se casos raros, eventos não comuns ou inesperados e
doenças desconhecidas ou raras. Um evento notável deve ser
identificado.
Metodologicamente faz-se um relato descritivo simples de
características interessantes observadas.
Não há planejamento e não envolve quaisquer hipóteses
investigativas.
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Estudos transversais:
Este tipo de estudo fornece a informação sobre a prevalência, ou
seja, a proporção dos indivíduos que tem a doença ou condição
clínica em um determinado momento.
São coletados dados em um grupo de indivíduos em um único
momento, ou em um curto espaço de tempo.
Também fornece informações acerca da atitude, opinião e a inter-
relação entre variáveis.
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Estudos caso-controle:
Para examinar a possível associação de um exposição a uma
determinada doença ou a um experimento, indentifica-se um grupo
de pessoas com a doença ou expostas a este experimento (caso), com
a finalidade da comparação com um grupo de pessoas não doentes ou
não expostas ao experimento(controle).
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Estudos de coorte:
Em um estudo de coorte, dois grupos de pacientes, sadios ou não
expostos a um determinado fator de risco e doentes ou expostos a
um determinado fator de risco, são seguidos no decorrer do tempo
para determinar a incidência da doença em questão em cada um dos
grupos. Em resumo, podemos dizer que este é um estudo de caso-
controle observado no tempo.
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Tipos de coorte:
Longitudinal: Os grupos são montados no presente, com a coleta dos
dados basais. Depois continua-se a coletar os dados com o passar do
tempo.
Não concorrente: Os dados basais são dados por observações do
passado, e o desfecho é verificado no inicio do estudo.
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Ensaios clínicos
O pesquisador manipula a variável dependente, e avalia o efeito desta
intervenção sobre a amostra. Esta intervenção pode ser um cuidado
prestado por serviço de saúde, programas de educação em saúde, a
aplicação de um determinado tratamento, etc.
Amostragem
 Amostragem

População: É o conjunto formado por indivíduos ou objetos que

tem pelo menos uma característica comum e observável.

Amostra: Fixada uma população, qualquer subconjunto formado

exclusivamente por seus elementos é denominado amostra desta
população.
 Amostragem

Parâmetro: É a medida usada para descrever uma característica

numérica da população.

Estimador ou estatística: É uma característica numérica determinada

na amostra.
 Amostragem

Estimativa: É o valor numérico determinado pelo estimador.

Erro amostral: É o erro que ocorre justamente pelo uso da amostra.

Amostragem
.
 Amostragem

Amostragem probabilística: É o processo de seleção de uma amostra

no qual cada unidade amostral da população tem probabilidade
conhecida e diferente de zero de pertencer à amostra.

Amostragem não probabilística: A probabilidade de seleção é

deconhecida para alguns ou todos os elementos da população,
podendo alguns desses elementos ter probabilidade nula de
pertencer à amostra.
 Amostragem
Amostragem Aleatória Simples (AAS)

Este tipo de amostragem probabilística somente é recomendável se a

população for homogênea em relação à variável de interesse. Há uma
listagem dos elementos da população, atribuem-se números a eles, e
através de alguma espécie de sorteio não viciado os integrantes da
amostra são selecionados. Neste tipo de amostragem probabilística
todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de
pertencer à amostra.
 Amostragem
Amostragem Aleatória Simples (AAS)
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Amostragem Sistemática (AS)

Quando a lista de respondentes for muito grande a utilização de

amostragem aleatória simples pode ser um processo moroso. Utiliza-
se então uma variação, a amostragem sistemática, que também supõe
que a população é homogênea em relação à variável de interesse, mas
que consistem em retirar elementos da população a intervalos
regulares, até compor o total da amostra.
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Amostragem Sistemática (AS)
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Amostragem Estratificada (AE)

Quando a literatura científica evidencia que existem diferença significativas

entre subgrupos da população que pretendemos estudar é vantajoso fazer
uma amostragem que garanta que esses subgrupos (estratos) vão estar
representados na nossa amostra de forma proporcional ao seu peso nessa
população. Para garantir essa representação proporcional utilizamos
a amostragem aleatória estratificada que consiste em:
(1) começar por identificar esses subgrupos significativos (estratos);
(2) calcular o peso relativo (%) de cada um dos estratos na população;
(3) realizar uma AAS dentro de cada extrato.
 Amostragem
Amostragem Estratificada (AE)
 Amostragem
Amostragem por Conglomerados (AC)

Os conglomerados também são grupos mutuamente exclusivos de

elementos da população, mas são definidos de forma mais arbitrária do que
os estratos: é bastante comum definir os conglomerados geograficamente.
Por exemplo, os bairros de uma cidade, que constituiriam conglomerados
de domicílios. O procedimento para a amostragem por conglomerados:
(1) divide-se a população em conglomerados;
(2) sorteiam-se os conglomerados aleatoriamente;
(3) pesquisam-se todos os elementos dos conglomerados sorteados, ou
sorteiam-se elementos deles.
 Amostragem
Amostragem por Conglomerados (AC)
 Amostragem
Amostragem Bola de Neve

O entrevistador estabelece contato inicial com alguns sujeitos

previamente identificados como membros do grupo que se pretende
estudar e estes sujeitos põem o investigador em contato com outros
membros desse grupo e assim sucessivamente.
 Amostragem
Amostragem Bola de Neve
 Amostragem
Amostragem por Cotas

Parece semelhante a uma amostragem estratificada proporcional, da qual se

diferencia por não empregar sorteio na seleção dos elementos. A população
é dividida em vários subgrupos, e seleciona-se uma cota de cada subgrupo,
proporcional ao seu tamanho. Na amostragem por cotas os elementos da
amostra são escolhidos pelos entrevistadores (de acordo com os
critérios...), geralmente em pontos de grande movimento, o que sempre
acarreta certa subjetividade (e impede que qualquer um que não esteja
passando pelo local no exato momento da pesquisa possa ser selecionado).
Na prática muitas pesquisas são realizadas utilizando amostragem por cotas.
 Amostragem
Amostragem por Cotas
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Amostragem Intensional

O pesquisador deliberadamente escolhe alguns elementos para fazer

parte da amostra, com base no seu julgamento de aqueles seriam
representativos da população. Este tipo de amostragem é bastante
usado em estudos qualitativos. Obviamente o risco de obter uma
amostra viciada é grande, pois se baseia totalmente nas preferências
do pesquisador, que pode se enganar
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Fontes de Erros em Pesquisas por Amostragem

O erro amostral tolerável considera que a amostra foi retirada seguindo

rigorosamente o plano de amostragem, e que não houve viesamento algum
por parte do pesquisador. Caso contrário, ou seja, se ocorrem erros não
amostrais, o erro amostral não pode mais ser garantido. Estes erros
poderiam ser:
(1) problemas no instrumento de pesquisa;
(2) problemas com as pessoas que aplicam a pesquisa;
(3) falta de resposta;
(4) erro de cobertura.