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Faruk Pereira Arnaldo

Amostragem
(Licenciatura em Gestão de Recursos Humano)

Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2021
2
Faruk Pereira Arnaldo

Amostragem

(Licenciatura em Gestão de Recursos Humano)

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Estatística, a ser apresentado
ao Departamento de ciências
Económicas e Empresariais, curso de
Gestão de Recursos Humano Sob
orientação do dr. Juma Nlayawa.

Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2021

Índic
e
1.Introdução.......................................................................................................................2

1.1. Objetivo Geral.........................................................................................................2

1.2. Objetivos específicos..............................................................................................3

1.3. Metodologias..........................................................................................................3

2.Amostragem................................................................................................................3

2.3.1.Amostragem não probabilístico........................................................................4

2.3.2.Amostragem acidental.......................................................................................4

2.3.3.Amostragem intencional...................................................................................4

2.3.4.Amostragem por cotas.......................................................................................5

2.3.5.Amostragem por conveniência..........................................................................5

2.3.6. Amostragem Probabilística..................................................................................6

2.3.7.Selecção de Amostra.........................................................................................6

2.3.7.1.Amostragem aleatória simples.......................................................................6

2.3.7.2.Amostragem sistemática................................................................................7

2.3.7.3. Amostragem estratificada..............................................................................8

2.3.7.4. Amostragem por conglomerado....................................................................9

3.Conclusão.....................................................................................................................10

Bibliografia......................................................................................................................11
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1.Introdução
A prior é de salientar que o presente trabalho da cadeira de estatística tem como tema,
Amostragem. Importa referência que a estatística é uma área do conhecimento que inclui
instrumentos necessários e visa recolher, organizar ou classificar, apresentar e interpretar
conjuntos de dados. Inerente a amostragem probabilística bem como a sua definição, tipos e
suas vantagens. Os procedimentos para aquisição da amostra são decisivos para a qualidade da
pesquisa realizada, uma vez esta tem que ser representativa da população pesquisada.

1.1. Objetivo Geral


Compreender a amostragem.

1.2. Objetivos específicos

Identificar os conceitos básicos;


mencionar os tipos de amostragem;
Descrever cada tipo de amostragem.

1.3. Metodologias
Para a materialização do presente trabalho, foi possível através de métodos de revisão
bibliográfica, diversas obras de autores e a internet.

O presente trabalho goza estrutura de carácter científico e na sua mancha gráfica fazem
parte, introdução desenvolvimento e conclusão.
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2.Amostragem
Por mais que o estudo de todos os elementos da população possibilite um preciso
conhecimento das variáveis que estão sendo pesquisadas, nem sempre é possível obter
as informações de todos os elementos da população. Limitações de tempo, custo e
vantagens do uso de técnicas de inferência justifica o uso de amostras. Por essa razão, o
mais frequente é trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos
elementos que compõe o universo (GIL, 2010). Torna-se claro que a representatividade
da amostra dependerá do seu tamanho e da forma como é coletada visando obter uma
amostra significativa, e que de fato represente toda a população.
Uma amostra trata-se de um subconjunto do universo ou da população, por
meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou
população. Sendo que, uma população ou universo nada mais é do que um
conjunto de elementos que possuem determinadas características
(MASSUKADO-NAKATANI, 2009).

Denomina-se por amostragem o processo utilizado para seleccionar uma amostra a


partir de uma população. Esta mesma selecção pode ser realizada recorrendo a dois
tipos de métodos:

 Probabilístico;
 Não probabilístico.
População: grupo de todos elementos que possuem pelo menos uma característica em
comum.

Amostra: é o subgrupo da população seleccionada para análise.

2.3.1.Amostragem não probabilístico


São também designados por amostragem dirigida, esta não permite definir com rigor as
probabilidades de inclusão de diferentes elementos da população na amostra, quando há
uma escolha deliberada dos elementos da amostra. Muitas vezes não se pode calcular
probabilidade de inclusão e quando essa probabilidade não é conhecida ou é igual a
zero. São classificadas em:

 Amostragem acidental;
 Amostragem intencional;
 Amostragem por cotas;
 Amostragem por conveniência.
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2.3.2.Amostragem acidental
Trata-se de uma amostra formada por aqueles que vão aparecendo que, são possíveis de
se obter até completar o número de elementos da amostra. Geralmente utilizada em
pesquisas de opinião, em que os entrevistados são acidentalmente escolhidos

2.3.3.Amostragem intencional
Nesta amostragem os constituintes da amostragem são seleccionados deliberadamente
pelo investigador, geralmente porque este considera ser os mais fundamentais para
facilitar o seu estudo ou emitir algum parecer. Não se baseia na imposição de que deva
ser exactamente selecção de elementos. Pode também ser um exemplo da imaginação
do investigador.

Aqui a escolha dos correspondentes é feita intencionalmente pelo pesquisador, as


pessoas podem ser seleccionadas por exemplo pelas suas características visuais, por
frequentarem algum lugar que interessa a amostra ou pessoas que tem comportamentos
que se encaixam às características pré-seleccionadas.

Ex: Entrevista com os representantes de turma do curso de matemática, aplicação de


questionários com os líderes da comunidade.

2.3.4.Amostragem por cotas


É uma amostra que por meio de cotas, selecciona proporcionalmente pessoas com
semelhantes características ou qualidades de uma população. Para efectua-se este tipo
de amostragem, o pesquisador deve primeiramente segmentar o universo a ser estudado
em características. É utilizada em pesquisa eleitoral e pesquisa de mercado.

Em pesquisa eleitoral são utilizadas variáveis como género, faixa etária, local de
domicílio e escolaridade. Em pesquisas de mercado são relacionados variáveis como
renda familiar mensal, posse de bens, classe socioeconómico e estado civil.

 Apresenta maior rigor dentre as amostragens não probabilísticas;


 É utilizada quando não existe um cadastro da população que possibilite a
realização do sorteio necessário a amostragem aleatória mas, ao mesmo
tempo, existe informação suficiente sobre o perfil populacional;
 O orçamento necessário para executar este método de amostragem é
mínimo;
 É rápido e fácil.
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Ex: Podemos considerar que um pesquisador divide a população da cidade de Lichinga


em cotas como idade, sexo e escolaridade. Depois disso o pesquisador deve escolher
características nessa população que sejam relevantes para a sua pesquisa. E de seguida o
pesquisador deve considerar a sua proporcionalidade, se 70% da população na cidade de
Lichinga é desempregada e 30% é empregada.

2.3.5.Amostragem por conveniência


É uma amostragem de pura coincidência, porque os elementos que possam ser
constituinte da amostra se localiza na zona onde o inquérito está a decorrer passando a
fazer parte dela por conveniência.

Esta é uma das amostragens que resulta num grande enviesamento (viciação). É muito
importante ser usada quando pretendemos captar ideias gerais ou identificar aspectos
críticos. Neste caso deve se ter o cuidado de não se assumir qualquer tipo de
objectividade científica.

Usualmente é denominada de amostragem de pré-teste de questionário.

Vejamos algumas das suas vantagens:

 O menos rigoroso de todos os tipos de amostragem;


 Selecção dos elementos aos quais se tem acesso.
É um tipo de amostra que não exige tanto critério na pré-selecção do público a ser
pesquisado, ou seja, o universo da pesquisa não precisa estar totalmente definido para
que essa seja efectuada. A amostra convencional é utilizada em pesquisas que buscam
conclusões gerais, com um perfil exploratório como o pré-teste de questionário ou
quando não há uma certeza prévia do perfil de seus respondentes.

2.3.6. Amostragem Probabilística


A amostragem é probabilística quando a selecção da amostra é feita de forma aleatória,
sendo que cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida de participar
da amostra.
Assim: se N define o tamanho da população e se todos os elementos da população
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possuem igual probabilidade, teremos que é a probabilidade de cada elemento
N
participar da amostra.
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A principal característica da amostragem probabilística é a possibilidade de se obter


uma estimativa do erro amostral.
2.3.7.Selecção de Amostra
As principais técnicas de amostragem probabilística são:

 Amostragem aleatória simples;


 Amostragem sistemática;
 Amostragem estratificada;
 Amostragem por conglomerado.
2.3.7.1.Amostragem aleatória simples
Os elementos da população são enumerados, onde a selecção da amostra é feita por
Meio de um sorteio, sem restrição, onde cada elemento da população tem a mesma
Probabilidade de pertencer à amostra.
É aleatória porque a escolha é meramente por meio do acaso; é simples porque todos
elementos componentes da população têm igual probabilidade de serem escolhidos para
amostra.
Passos a considerar para seleccionar uma amostra aleatória:
a) Definir o número de elementos que devem fazer parte da amostra (tamanho da
amostra n);
b) Numerar sucessivamente os elementos da população de 1 a N;
c) Escolher os n elementos da amostra usando um procedimento aleatório, como
tabela de números aleatórios ou outros. Deve-se garantir que o numero
seleccionado da população para amostra não seja re-seleccionado (garantia de
não repetição na escolha);
Nem sempre é fácil executar esse tipo de amostragem, em virtude de ser uma tarefa
penosa ʺna maior parte dos casos, porque a população é infinitas, tornando difícil
enumerar todos elementos da população.

2.3.7.2.Amostragem sistemática
Se tomarmos em linha conta que o tamanho da população é N e o tamanho da amostra é
N
n, onde a razão k é k = . De entre as primeiras k unidades selecciona-se uma (por
n
exemplo t, onde 1 ≤t ≤k ) e, obtermos a lista de elementos a seleccionar da população
nas posições t ,t +k , t+2 k , … , t + ( n−1 ) k , então estaremos na presença duma
amostragem aleatória sistemática.
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Passos para recolha duma amostragem sistemática:

N
a) Determinar k.k = . Quando se trata de medidas expressas duma forma discreta
n
é aconselhável que k seja inteiro, o que quer dizer que é susceptível de
arredondamento;
b) Escolher um valor da posição t dentre as primeiras k unidade;
c) Partindo de t, seleccionar respectivamente os elementos das posições
t+ k , t+2 k , … , t+ ( n−1 ) k .
Repare-se que a maior garantia da aleatoriedade é feita por escolha do primeiro
elemento. Os elementos seguintes são obtidos e dependentes do primeiro.

Reiterando: as amostras sistemáticas podem ser aleatórias ou não dependendo da forma


como o primeiro elemento foi escolhido. Se o primeiro elemento localizado dentre essas
primeiras t unidade for escolhido usando aleatoriedade, estaremos sob presença duma
amostragem aleatória sistemática, caso contrario diremos somente que estamos sob
presença duma amostragem sistemática.

Uma amostragem sistemática é uma amostragem que deve ser usada no campo de
trabalho, e é melhor que aleatória para uma população que se encontre geograficamente
dispersa.

Exemplo:

De uma população de N=1000 elementos ordenados, retirar uma amostra sistematica


de tamanho 100.

Resolução

1000
k= =10
100

Seja 1 ≤t ≤10. Suponhamos que t=7. Logo teremos:

1º Elemento da amostra………….7º

2º Elemento da amostra………….17º

3º Elemento da amostra………….27º
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100º Elemento da amostra………….997º.

2.3.7.3. Amostragem estratificada


As duas amostragens anteriores, tomam a população como um todo. Esta amostragem é
diferente e que é mais usada para casos em que haja certeza de que a população é
heterogénea em relação as características a estudar. Neste caso, deve proceder-se a uma
prévia de composição da população em estratos homogéneos, isto é, a população deve
ser sob dividida em estratos. Os elementos que compõem o estrato deverão ser
homogéneos. A obtenção dos estratos pode basear-se num único critério (por exemplo a
raça, o que a permitira estabelecer quatro estratos: branca, negra, amarela e caneca) ou
na combinação de dois ou mais critérios (por exemplo na raça e o estatuto social,
obtendo-se deste modo pelo menos 8 estratos). A amostra total será constituída pelo
conjunto de sob amostras referentes a cada um dos estratos e obtidas através de um
método aplicável da amostra simples. Reduz-se assim, a margem de erro e os custos da
operação. Alem destas vantagens, pode se salientar a possibilidade de realização de
análises mais profundas de cada estrato separadamente e permite-nos ainda uma melhor
estimativa de sertãs grandezas.

Passos para recolha duma amostragem estratificada


a) Definir o estrato - pode ser a partir dos estudos anteriores cujos resultados são
conhecidos ou foram divulgados, trabalhos pilotos, conhecimento prévio da
situação, etc. Em geral usam-se variáveis geográficas, demográficas, económicas
ou outras que facilitem a estratificação.
b) Seleccionar os elementos de cada estrato usando amostragem aleatórias simples
n1 n 2 n n
ou amostragem sistemática. Deve garantir que = =…= i = , isso é
N 1 N2 Ni N
n
possível se o tamanho de cada estrato for dado por ni =N i x
N
Exemplo:
Realizou-se uma amostragem entre os moradores da cidade de Lichinga da seguinte
forma: em cada distrito sorteou-se um número de quarteirões proporcional a área do
distrito. De cada quarteirão foram sorteados 5 residências cujos moradores são
envolvidos. De que amostragem se trata?
Resposta:

É estratificada porque possui unidades primaria ʺdistritoʺ e secundário quarteirões.


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2.3.7.4. Amostragem por conglomerado


As amostragens aleatórias, sistemática e estratificada, requerem uma identificação
individual dos elementos da população. Geralmente é difícil ter a listagem de todos
elementos da população para se realizar a escolha dos constituintes da amostra, mas que
sempre é mais fácil encontrar conglomerados. Neste caso a única exigência é que se
disponha de uma lista completa dos grupos da população, mais conhecido por Unidades
Primarias.
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3.Conclusão
Chegado a este ponto conclui-se que os principais requisitos de uma amostra
probabilística é que esta deve ser homogênea e representativa da população da qual foi
retirada e uma amostra será tanto mais ideais quanto mais próximos forem seus
atributos da equiprobabilidade e independência.
O rigor de amostragem decresce à medida que se parte das formas de amostragem
probabilísticas a não probabilísticas, no entanto cada uma destas técnicas tem sua
importância, pois uma vez que não seja possível realizar amostras probabilísticas –
devido a impossibilidades de amostragem, como ocorrência de populações infinitas ou
em ultimo caso optando pela simplicidade, de forma que a probabilidade de alguns ou
todos os elementos da população pertença à amostra desconhecida – a segunda opção
deverá ser a alternativa.
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Bibliografia
TUCKMAN, B. Manual de Investigação em Educação. 2ª Edição. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.(2000).

BUSSAB, WO; Morettin, PA. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 2006. [Cap. 10].
MAGALHÃES, MN; Lima, ACP. Noções de Probabilidade e Estatística. São Paulo:
EDUSP, 2008.
FRANCO, M. G. Principais tipos de amostragem. [s.d.]. Acesso em: 20 maio 2012.

FREITAS, C. da C.; RENNÓ, C. D.; SOUSA JÚNIOR, M. A. Estatística: curso 1. São


José dos Campos: INPE, 2003. 165 p.
M. N. Magalhães e A. C. P. De Lima Noções de Probabilidade e Estatística, 3 edição,
Editora USP.2001.
BISQUERRA, R. et al. Introdução à estatística. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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