Você está na página 1de 16

Fiona Luísa Alfredo Djate

Oferta e procura
(Licenciatura em Gestão de Recursos Humano)

Universidade Rovuma
Lichinga
2020
2
Fiona Luísa Alfredo Djate

Oferta e procura
(Licenciatura em Gestão de Recursos Humano)

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Economia, a ser apresentado
ao Departamento de ciências
Económicas e Empresariais, curso de
Gestão de Recursos Humano Sob
orientação da dr. Veronica Njauala

Universidade Rovuma
Lichinga
2020
Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................3

1.1Objectivo Geral:......................................................................................................................3

1.2. Especifico específicos:..........................................................................................................3

1.3. Metodologias.........................................................................................................................3

2.Oferta e procura............................................................................................................................4

2.2.Como funciona a lei da oferta e da procura...........................................................................4

2.3.Lei da Procura........................................................................................................................5

2.4.Lei da Oferta..........................................................................................................................6

2.5.Modificações no equilíbrio entre oferta e procura.................................................................7

2.6.Factores determinantes da procura.........................................................................................8

2.7.Factores determinantes da Oferta.........................................................................................11

3.Conclusão...................................................................................................................................12

4.Bibliografia.................................................................................................................................13
3

1.Introdução
A prior é de salientar que o presente trabalho tem como tema, Oferta e procura, importa
referenciar que em economia, Lei da Oferta e Procura é um modelo de determinação de preços
num mercado. Num mercado em concorrência perfeita, os agentes económicos tomam decisões
que variam o preço até que este seja tal que a quantidade procurada seja igual à quantidade
oferecida, resultando daí um equilíbrio económico em que não há incentivos para a alteração de
quantidades ou preços.

1.1Objectivo Geral:
 Conhecer a Lei da Oferta e Procura.

1.2. Especifico específicos:


 Identificar os conceitos da Oferta e Procura;
 Descrever o funcionamento a lei da oferta e da procura;
 Mencionar os factores determinantes da procura e Oferta.

1.3. Metodologias
Para a materialização do presente trabalho, foi possível através de métodos de revisão
bibliográfica, diversas obras de autores e a internet.

O presente trabalho goza estrutura de carácter científico e na sua mancha gráfica fazem parte,
introdução desenvolvimento e conclusão.
4

2. Oferta e procura
O sistema de preços desempenha um papel importante no sistema económico, constituindo os
preços o um dos melhores meios de transmissão de informação entre compradores e vendedores
no mercado.

Para BAUMOL (2007), o mercado pode ser definido como a instituição que facilita o processo
de troca ao permitir o encontro entre compradores e vendedores. A noção de mercado implica a
noção de troca. Nos mercados, os compradores estão do lado da procura e os vendedores do lado
da oferta.

Embora exista uma grande diversidade de mercados certos princípios básicos aplicam-se a todos
eles. Os mercados podem ter um lugar físico, onde as pessoas se encontram, ou podem verificar-
se as transacções sem que os indivíduos se encontrem fisicamente, como acontece nas
transacções efectuadas pela internet.

A oferta e a procura são proposições que predizem o comportamento dos indivíduos em resposta
a mudanças no seu ambiente económico.
2.1. A Lei da Procura

A procura traduz o que um indivíduo (ou grupo de indivíduos) deseja e é capaz de obter no
mercado, num determinado período de tempo, a um determinado preço, considerando todos os
outros factores, além do preço desse bem, constantes, traduzindo a condição ceteris paribus.
Notemos que o simples desejo para comprar não é por si próprio suficiente para constituir a
procura, sendo necessária a existência de suficiente poder de compra.

Segundo JOHN (1939), a quantidade procurada é a máxima quantidade que um comprador


deseja comprar a um dado preço, a qual pode não ser igual à quantidade actualmente comprada
a esse preço. Menos, mas não mais, quantidade do bem pode ser comprada.

2.2. Como funciona a lei da oferta e da procura


Em Economia, a lei da oferta e procura é quem determina a formação de preços no mercado,
entre o preço oferecido e o preço procurado.

Neste modelo, os consumidores procuram no mercado os produtos e serviços que desejam,


enquanto as empresas existentes ofertam estes mesmos produtos.
5

Na visão de FREEMAN, (1987), para este conceito é considerado que os consumidores


procuram cada vez mais, quanto menor for o preço. Já as empresas ofertam com o preço
relativo a quantidade, ou seja, quanto maior a quantidade maior o preço.

Entre a oferta e a demanda existe um equilíbrio, que é representado pelas curvas da oferta
quando se cruzam com a curva da procura, havendo um preço de equilíbrio no mercado.

Relação de equilíbrio entre a oferta e a procura que forma o preço de mercado mais adequado.

Para entendermos essa representação entre oferta e demanda é preciso considerar cada uma de
forma separada, entre a lei da procura e a lei da oferta.

2.3. Lei da Procura


Por procura entende-se a quantidade de um bem que os consumidores estão dispostos a adquirir a
diferentes preços.
A lei da procura diz que, quanto menor o preço, maior a quantidade de consumidores procurando
no mercado os produtos que queiram comprar, principalmente considerando os diferentes
rendimentos de cada um. Este princípio é apresentado no exemplo a seguir.

Exemplo:
6

Como exemplo, vamos considerar 3 consumidores diferentes que procuram comprar um certo
produto em uma loja. Porém, cada um está disposto a pagar um valor diferente do outro por este
certo produto, sendo R$ 10,00; R$ 15,00; e R$ 20,00.

Representação da procura conhecida como "Curva da procura" - quanto menor o preço mais
consumidores compram

Pelo gráfico percebemos que, pelo menor preço de R$ 10,00 os três consumidores adquirem o
produto desta loja, já que dois deles pagariam até mais pelo produto.

Esta relação reflecte a lei da procura como um todo: quanto menor o preço, mais é vendido dado
que mais consumidores devem adquirir.

2.4. Lei da Oferta


Por oferta entende-se a quantidade de um bem que as empresas estão dispostas a produzir e a
vender a diferentes preços.

A lei da oferta se refere ao quanto os empresários estão dispostos a vender seus produtos. De
maneira simples, consideramos que o preço aumenta com a quantidade. Por exemplo, um
comerciante oferta um produto ao preço de R$ 1,00 e dois desses produtos por R$ 2,00, já que se
cobrar R$ 1,00 irá entregar "de graça" um dos produtos.
7

Assim, podemos considerar graficamente essa relação, utilizando um exemplo.

Exemplo:

Considerando que um comerciante ofereça seu produto ao preço de R$ 5,00 por unidade, ou seja,
duas unidades o preço agregado é R$ 10,00, três unidades por R$ 15,00, e assim por diante.

Representação da oferta conhecida como "curva da oferta" - o preço acompanha a quantidade


vendida

Para a teoria da oferta, o comerciante vende com o objectivo de obter seus lucros, por isso a
inclinação positiva da curva da oferta. Do contrário venderia seus produtos a preços inferiores e
perderia dinheiro com isso.

2.5. Modificações no equilíbrio entre oferta e procura


As características de quantidade procurada e oferecida nem sempre são as mesmas, ou seja, elas
podem se modificar, seja pela procura ou pela oferta, o que altera o equilíbrio do mercado.

Um dos maiores exemplos desta modificação está na história dos computadores pessoais (PCs).
No início, os preços oferecidos eram muito elevados e poucas pessoas podiam adquirir este
8

produto. Com o passar dos anos, os fabricantes puderam começar a baixar seus preços e a
quantidade de consumidores começou a ser cada vez maior, para o cenário que conhecemos hoje.

Outro exemplo que pode modificar a procura são os impostos, já que com eles o preço oferecido
é um pouco maior do que o comerciante gostaria.

Para MONTANI, (1987), tanto as leis da oferta, como a da procura, são determinadas com uma
condição chamada Ceteris Paribus, que diz que não são considerados outros factores que
também possam modificar essa lei, como é o caso de aumento de rendimento dos consumidores.

2.6. Factores determinantes da procura


A procura é influenciada por factores externos e internos. Entre os factores externos podem
destacar-se o marketing das empresas sobre o produto, a promoção, o preço, o lugar. A cultura
do consumidor como a religião, a etnicidade, os grupos de referência a classe social.

O consumidor é também influenciado por factores internos (Fi) tais como processo psicológico
traduzido na motivação, na percepção, nas atitudes e no conhecimento das várias marcas.

A idade e o género são também factores com grande influência na procura de bens e serviços.

De forma simplificada pode formalizar-se a procura de um bem Qx através da seguinte


expressão, tendo em conta apenas alguns dos múltiplos factores que a determinam:

Qx = f (Px, Ps, Pc, ..., Pn, Y, T, Pe

, Dy,, B, W, Fi N).

Não obstante, quando estabelecemos a relação entre a quantidade procurada e o preço de um


bem, considera-se que todos os outros determinantes, além do preço desse bem, não variam, no
período de tempo considerado, que se traduz na condição ceteris paribus. Com esta condição a
quantidade procurada apenas é determinada pelo preço do bem x, ou seja:

Qx = f (Px).

O preço da procura de um bem reflecte o benefício marginal para os compradores, sendo o mais
elevado preço que os consumidores estão dispostos a pagar pela última unidade (unidade
marginal) de uma particular quantidade do bem.
9

A lei da procura refere que a quantidade máxima procurada de um bem, num determinado
período de tempo, varia com a alteração do preço - diminuirá quando o preço sobe e aumentará
se o preço baixar, para bens normais e superiores, acontecendo o contrário com os chamados
bens Giffen.

A variação do preço (explícito ou implícito) leva à existência de dois efeitos:

 O efeito rendimento; e
 O efeito substituição.

A lei da procura funciona devido ao efeito total ou efeito preço que é a soma do efeito
rendimento e do efeito substituição.

Efeito Rendimento - O efeito rendimento é o efeito de uma variação do preço na quantidade


procurada resultante do facto de o consumidor ficar com mais ou menos rendimento real
provocado pela alteração do preço do bem.

Quando o preço de um bem aumenta, na condição “ceteris paribus”, o rendimento real do


indivíduo diminui, levando a que a procura tenda a diminuir, pois com um menor montante de
rendimento real a procura do bem cujo preço subiu desce.

O contrário sucederá se o preço do bem em causa descer, ceteris paribus. A variação do preço de
um bem traduz-se numa alteração do rendimento, cujo impacto na procura desse bem depende da
percentagem do rendimento disponível do consumidor gasta nesse bem e da elasticidade da
procura rendimento em relação a esse bem. JORDAN, (1982).

Efeito Substituição - O efeito substituição verifica-se quando a variação do preço relativo de um


bem se altera, levando os consumidores a variarem a composição da procura dos bens a fim de
maximizarem a sua utilidade. O efeito substituição é diferente para os bens normais e para os
bens denominados de bens Guiffen.

O montante pelo qual a quantidade de um bem varia, devido a alterações de preços, dependerá da
magnitude dos efeitos rendimento e substituição, como será analisado noutra parte.

Efeito Total ou Efeito Preço - O efeito total ou efeito preço traduz-se no somatório dos dois
efeitos, o efeito rendimento e o efeito substituição.
10

Bens Relacionados

Uma alteração no preço de um bem relacionado com outro bem pode aumentar ou diminuir a
procura de um determinado bem relacionado. O efeito da alteração do preço do bem em causa na
procura de outros bens depende da relação existente, se o bem é um substituto ou um bem
complementar.

 Um bem substituto é aquele que pode ser usado no lugar de outro, satisfazendo, pelo
menos aproximadamente, as mesmas necessidades. Por exemplo, a margarina e a
manteiga. Se o preço de um substituto aumenta a quantidade procurada do outro bem
tende a aumentar.
 Um bem complementar é o que é usado em conjunto com outro bem para satisfação de
uma necessidade. Por exemplo, os computadores e as impressoras. No caso dos bens
complementares a subida do preço de um bem leva a que a quantidade do complementar
diminua.

O Rendimento

O rendimento é um dos determinantes da procura. Em relação à maioria dos bens e para certos
níveis de rendimento, a sua procura varia directamente com o rendimento. Quando tal se verifica
diz-se que os bens são normais ou superiores

Outras vezes, a procura de um determinado bem varia inversamente com o rendimento, isto é,
para determinada faixa de rendimento, se o rendimento aumentar a procura do bem diminui e
vice-versa. Os bens cuja procura varia inversamente com o rendimento são denominados como
bens inferiores.

Bens não Relacionados

Os bens que não são relacionados são designados por bens independentes, significando que a
variação do preço de um bem não afecta a quantidade procurada de outro, tendo apenas em
consideração o efeito rendimento.

Expectativas dos Consumidores. Alterações nas expectativas dos consumidores podem afectar
a procura de um bem. A formação de expectativas relativas a aumentos futuros dos preços pode
11

implicar que os consumidores antecipem o seu consumo para que esses aumentos não afectem o
seu bem-estar, incrementando, assim, a procura.

2.7. Factores determinantes da Oferta


Existem alguns factores que fazem com que a curva da oferta se desloque, diminuindo os níveis
de produção ou, ao invés, aumentando-os. Podemos enumerar os seguintes:

a) Custos de Produção: Normalmente, a oferta é afectada pelos factores com influência nos
custos unitários de produção.

De acordo com HICKS, (1963), as principais razões pelas quais os custos de produção
variam são:

 Alterações nos preços das matérias-primas e outros factores produtivos, implicando que
os custos de produção aumentarão, por exemplo, se subirem os salários reais, as taxes de
juro, as rendas e outros factores de produção;
 Alterações na tecnologia: avanços tecnológicos modificam os custos de produção,
diminuindo-os, aumentando a produtividade; - Mudanças organizacionais: alterações de
organização das empresas aumentam a sua eficiência;
 Política governamental: os subsídios diminuem os custos enquanto os impostos tendem a
aumentá-los;
 Outros factores além dos mencionados, nomeadamente variações no preço do petróleo
ou expectativas de vária ordem.

b) O maior lucro de produtos alternativos (produtos substitutos): se um produto substituto se


torna mais rendível para os produtores a sua produção aumentará com sacrifício do menos
rendível.

c) A maior rendibilidade de bens produzidos conjuntamente.

d) Choques de vária natureza, como por exemplo, guerras ou a sua ameaça e acontecimentos
naturais.

e) Expectativas relacionadas com os preços futuros de outros bens.

f) Número de vendedores.
12

Segundo SAMUELSON (2004), quando qualquer um destes factores se modifica haverá uma
alteração da oferta, aumentando-a ou diminuindo-a, e a curva da oferta desloca-se para a
direita ou para a esquerda.

Tal como no caso da procura, há que distinguir entre as alterações na quantidade oferecida, caso
em que se relaciona a quantidade oferecida com as variações do preço do bem, mantendo-se
todos os outros determinantes constantes, e deslocações da curva da oferta que resultam de
variações em qualquer determinante além do preço.

3.Conclusão
Chegados a este ponto concluímos que a lei da oferta e demanda sugere que quem determina o
preço são os consumidores, numa estrutura de mercado perfeito, de concorrência monopolística
13

ou de oligopólio não cooperativo. Se estivermos em presença de uma estrutura de mercado, de


oligopólio cooperativo (cartel) ou monopólio, tal situação não se verifica, casos em que a oferta
do mercado é o da indústria que detém o monopólio ou das poucas industrias que detêm o
oligopólio cooperativo.

Eles decidem quanto querem comprar e a que preço, e os fornecedores só podem é concordar
com as exigências e decidem quanto vale a pena produzir para vender ao preço dado pelo
consumidor. Para um entendimento mais profundo, considere as linhas do gráficos como uma
pessoa (demanda) e um cachorro (oferta), a oferta sempre vai se aproximar da demanda a fim de
vender seu produto. A decisão dos donos das indústrias é baseada nestes gráficos, nos planos da
concorrência, épocas do ano (ventiladores, ar condicionado, aquecedor), factores culturais,
geográficos, e ambientais.

4. Bibliografia
BAUMOL, William J. "Economic Theory" (Measurement and ordinal utility). The New
Encyclopædia Britannica (2007).
14

JOHN Richard Hicks Value and Capital. London: Oxford University Press. 2nd ed., paper,
(1939).

FREEMAN, R.B. "labour economics", The New Palgrave: A Dictionary of Economics, (1987).

 TABER, Christopher, and Bruce A. Weinberg "labour economics (new perspectives)," The New
Palgrave Dictionary of Economics, 2nd Edition, Abstract. (2008).

 HICKS, J.R. 2nd ed.). The Theory of Wages. London: Macmillan. (1963).

BRODY, A. ""prices and quantities," The New Palgrave: A Dictionary , (1987).

JORDAN, J.S. "The Competitive Allocation Process Is Informationally Efficient Uniquely."


Journal of Economic Theory, (1982).

BLAUG, Mark "The Social Sciences: Economics". The New Encyclopædia Britannicav..
Chicago. (2007).

SAMUELSON, Paul A., and William D. Nordhaus Economics, (2004),

MONTANI, Guido "scarcity," The New Palgrave: A Dictionary of Economics, (1987),

Você também pode gostar