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Discente: Tutor:
Edna da Conceição Carlos Mualeve dr.
Tutor:
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1.1. Objectivos do Trabalho
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2. Análise e discussão
Para Vaconcellos e Garcia (2008), “procura pode ser definida como a quantidade de certo
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo”
(p.55).
Rosseti (2009) refere que, “a procura de determinado produto é determinada pelas várias
quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários
níveis possíveis de preços, em dado período de tempo” (p.410).
Como vimos na definição da procura, existe uma relação entre os preços e as quantidades
procuradas. A lei da procura elucida esta relação e mostra que a mesma é negativa, isto é,
mantendo o resto constante, a medida que os preços vão aumentando, as quantidades
procuradas serão cada vez mais reduzidas (vão diminuindo).
De acordo com Vaconcellos e Garcia (2008), “há uma relação inversamente proporcional
entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da
demanda” (p.55). Interpretando a lei da procura temos o seguinte: se todos os outros factores
forem mantidos constantes, quanto mais alto for o preço de um bem, menor será a quantidade
procurada deste bem, e, quanto mais baixo for o preço de um bem, maior será a quantidade
procurada deste bem.
A lei da procura pode ser representada numa escala de procura bem como através da curva de
procura e/ ou por meio de uma função procura ou equação de procura (vide figura abaixo).
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Figura1: Escala de Procura e curva de procura
Tanto a escala de procura assim como a curva de procura e a equação da procura mostram
uma relação negativa entre as quantidades procuradas e o preço. Pode-se observar nelas que, a
medida que o preço vai aumentando, mantendo o resto constante, as quantidades procuradas
vão diminuindo expressando a lei da procura.
Para além do preço do bem, existem outras variáveis que afectam a procura do bem. Samuelson e
Nordhaus (2010) apresentam como factores que afectam a procura os seguintes: o rendimento
médio dos consumidores; o tamanho da população; o preço do bem substituto; o preço do bem
complementar; os gostos ou preferências; influências especiais. Existem muitos outros
factores que afectam a procura como é o caso da expectativa futura que os consumidores têm
em relação ao preço de um dado bem.
Para Vaconcellos e Garcia (2008), “pode-se conceituar a oferta como as várias quantidades
que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo” (p.60).
Rosseti (2009) refere que, “a oferta de determinado produto é determinada pelas várias
quantidades que os produtores estão dispostos e aptos a oferecer, em função de vários níveis
possíveis de preços, em dado período de tempo” (p.420).
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Na definição da oferta, devemos tomar em consideração duas variáveis: o preço (P) e a
quantidade (Q) oferecida. Neste sentido, para cada preço estipulado no mercado existirá
sempre uma quantidade que os produtores estarão dispostos a oferecer ao mercado. Assim
sendo, sempre que os preços oscilarem, as quantidades oferecidas também o farão. Desta
forma, podemos dizer que a oferta refere-se a quantidade que os produtores desejarão oferecer
a um determinado preço de mercado num dado período de tempo.
De acordo com Vaconcellos e Garcia (2008), “a função oferta mostra uma correlação directa
entre quantidade oferecida e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral da
oferta” (p.60). Interpretando a lei da oferta temos o seguinte: se todos os outros factores forem
mantidos constantes, quanto mais alto for o preço de um bem, maior será a quantidade
oferecida deste bem, e, quanto mais baixo for o preço de um bem, menor será a sua
quantidade oferecida.
A lei da oferta, a semelhança da procura, pode ser representada numa escala de oferta bem
como através da curva de oferta e/ ou por meio de uma função oferta ou equação de oferta
(vide a figura 2).
Para além do preço do bem, existem outras variáveis que afectam a oferta do bem. Samuelson
e Nordhaus (2010) apresentam como factores que afectam a oferta os seguintes: a tecnologia;
o preço dos factores de produção; preços de bens complementares na produção; preços de
bens substitutos na produção; política do governo e influências especiais. Existem muitos
outros factores que afectam a oferta como é o caso do número de empresas no mercado.
2.3. Mercado
Ambos os autores aqui apresentados convergem para um único ponto onde deixa-se claro que
mercado não é um local físico, mas sim um contexto onde há uma interacção entre as forças
do mercado, a procura e a oferta, por forma a determinar-se um preço que permita a
realização de troca dos produtos.
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2.3.1. Papel central dos mercados
Os mercados têm em vista a determinação de preços das mercadorias de modo que as trocas
possam ser realizadas. Assim sendo, pode-se afirmar que o “papel central dos mercados é o de
determinar o preço dos bens” (Samuelson & Nordhaus, 2010, p.26). Um preço representa o
valor monetário pelo qual a mercadoria pode ser obtida ou trocada, isto é, quanto vale um
bem em termos monetários.
Dizemos que o mercado está em equilíbrio quando as quantidades oferecidas são iguais as
quantidades procuradas, isto é, quando exactamente aquilo que os compradores precisam
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constitui o mesmo que é produzido e oferecido pelo lado dos vendedores (nem mais nem
menos). O preço constitui assim um instrumento que tem o poder de criar esta paridade entre
as quantidades oferecidas e as procuradas. Preços elevados geraram uma situação de excesso
do produto no mercado, uma vez que as quantidades produzidas tendem a ser maiores que as
quantidades procuradas. Preços baixos geraram uma situação de escassez do produto no
mercado, uma vez que as quantidades produzidas tendem a ser menores que as quantidades
procuradas. Assim sendo, como os preços comandam as decisões dos compradores e dos
vendedores, existe um preço que faz com que os vendedores, a esse preço, estejam dispostos a
vender quantidade X de um determinado produto e os compradores também estejam dispostos
a comprar somente essa quantidade, dando origem ao equilíbrio do mercado.
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3. Conclusão
A oferta e a procura são duas forças que compõem um determinado mercado. Para prever os
preços e as quantidades de uma determinada mercadoria é necessário dominar a análise destas
duas forças. Ademais, esta análise constitui uma importante ferramenta para explicar certas
variações que ocorrem no ambiente económico.
Definimos mercado como um contexto, e não um local físico, onde há uma interacção entre a
procura e a oferta por forma a determinar-se um preço que vai permitir a realização de troca
dos produtos. Neste sentido, vimos que o papel central dos mercados é a determinação dos
preços.
Os mercados devem estar em equilíbrio. Caso isso não aconteça, haverá uma situação de
escassez ou excesso da produção. Para que um mercado esteja em equilíbrio é necessário que
a procura seja igual a oferta.
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4. Referências Bibliográficas
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