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Universidade Licungo

Faculdade de Ciências agrarias

Curso de Agropecuaria

1 Grupo

Agnaldo Paulo Rodrigues


Betuel Garcia
Betuel Rosário
Chabir Tadeu
Edson António
Helio Esteu Ariande
Isabel Sisínio Artur
Sérgio H. Duarte
Sharon Vanessa de Melo

Demanda e deslocamento da curva da demanda

Quelimane

2023
Agnaldo Paulo Rodrigues
Betuel Garcia
Betuel Rosário
Chabir Tadeu
Edson António
Helio Esteu Ariande
Isabel Sisínio Artur
Sérgio H. Duarte
Sharon Vanessa de Melo

Economia agraria

Trabalho de carácter avaliativo a ser


submetido no departamento de ciência
agrarias no curso de agro-pecuária leccionado
por Engº Agnaldo Fijamo

Demanda e deslocamento da curva da demanda

Quelimane

2023
Índice
CAPITULO I .................................................................................................................................. 4

1 Introdução .................................................................................................................................... 4

1.1 Objectivo geral .......................................................................................................................... 4

1.2 Objectivos específicos .............................................................................................................. 4

1.3 Metodologia de elaboração ....................................................................................................... 4

CAPITULO II ................................................................................................................................. 5

2 Demanda e deslocamento da curva da demanda.......................................................................... 5

2.1 Demanda ................................................................................................................................... 5

2.3 Teoria da demanda .................................................................................................................... 6

2.4 Importância Teoria da Demanda ............................................................................................... 7

2.5 Relação entre a Teoria da Demanda e a Curva de Demanda .................................................... 8

2.6 Fatores que afetam a demanda ................................................................................................ 10

2.7 A condição ceteris paribus ...................................................................................................... 12

2.8 Renda ...................................................................................................................................... 12

2.9 Bens normais e inferiores........................................................................................................ 13

2.1.0 Outros fatores que deslocam as curvas de demanda ............................................................ 13

2.1.1 Bem de Giffen: a exceção à lei da demanda ........................................................................ 14

III Conclusão ................................................................................................................................. 15

IV Referências bibliográficas ....................................................................................................... 16


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CAPITULO I

1 Introdução

O trabalho procura discutir os conceitos de demanda e deslocamento da curva da demanda


e sua importância para o planejamento. O estudo da demanda é um recurso estratégico que tem
por finalidade elaborar análises a serem utilizadas na tomada de decisões presentes a fim de prever
e solucionar situações futuras que possam causar prejuízos ou enfraquecer os resultados esperados.
A economia é uma ferramenta importante na gestão de bens e servições.

A previsão da demanda de produtos ou serviços é uma parte importante para a gestão de


um negócio de sucesso. É essencial ser capaz de prever as necessidades dos clientes e antecipar
quanto suprimento é necessário para atender aos pedidos, evitando ao mesmo tempo o excesso ou
a escassez de estoque. Mas a previsão da demanda pode muitas vezes ser difícil sem as ferramentas,
dados e insights corretos.

1.1 Objectivo geral

 Falar em torno da demanda e o deslocamento da curva da demanda.

1.2 Objectivos específicos

 Conceituar a demanda e curva da demanda;

 Descrever os aspectos que influencia a curva da demanda;

 Falar em torno da teoria da demanda.

1.3 Metodologia de elaboração

A metodologia usada para elaboração deste trabalho foi usada a revisão bibliográfica, foram
consultadas várias fontes bibliográficas e algumas bibliotecas virtuais.
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CAPITULO II

2 Demanda e deslocamento da curva da demanda

2.1 Demanda

Segundo (ANDRADE, Eduardo; 2003. 436 p.) Demanda é quantidade de produtos ou serviços que
os consumidores estão dispostos a comprar. Quando a demanda é maior do que a oferta, os preços
dos produtos tendem a subir, já que os consumidores se despõem a pagar mas para obter um
determinado item.

Na visão de (PINDYCK, Robert S. 2009. 647 p), defende que a demanda é definida como a
quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir a um certo
preço.

Tendo como base os autores acima mencionados, a demanda reflete uma intenção, um
desejo, a disposição de comprar, e não a aquisição efetiva do bem, ou seja, demandar não é
sinônimo de comprar. Se você entra em um supermercado ou em butique, é porque deseja adquirir
algum bem e possui recursos para isso, de forma que a quantidade adquirida será determinada a
partir da comparação entre os preços e a quantidade.

Figura 1: ilustra o a demanda dos produtos pela quantidade do produto.


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Fonte: demanda (wikipedia)

2.3 Teoria da demanda

Segundo (ANDRADE, Eduardo; 2003. 436 p), a teoria da Demanda é um princípio


econômico que diz respeito à relação entre a demanda do consumidor por produtos e serviços e os
seus preços no mercado. É ela quem forma a base da Curva de Demanda, que relaciona o desejo
do consumidor à quantidade de bens disponíveis. Quanto mais um bem ou serviço está disponível,
a demanda por ele cai, assim como acontece com o preço de equilíbrio.

Essa teoria destaca bem o papel que a demanda desempenha na formação dos preços. Ao
mesmo tempo, a teoria do lado da oferta favorece o papel dela no mercado. De uma forma geral,
a Teoria da Demanda destaca a perspectiva do consumidor, enquanto a oferta se concentra apenas
no ponto de vista do negócio.

Figura 2: ilustra a lei da demanda

Fonte: demanda (wikipedia)

O modelo de oferta e demanda descreve como os preços variam de acordo com o


equilíbrio entre a oferta e a procura. O gráfico mostra um aumento na procura de D1 para D2 e o
consequente aumento no preço e na quantidade necessário para se atingir um novo ponto de
equilíbrio na curva de oferta (S).
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2.4 Importância Teoria da Demanda

A demanda, se refere à quantidade de um produto ou serviço que os consumidores desejam


e podem adquirir por um preço pré-determinado em um período pré-estipulado. Para conseguir
satisfazer suas vontades e desejos, as pessoas tendem a ter esse tipo de necessidade. Essa procura
por um produto disponível a um preço específico mostra o quanto um usuário ficaria satisfeito
depois de usar o bem.

O nível de satisfação que um consumidor recebe de um produto ou serviço é conhecido


como utilidade, que pode variar de uma pessoa para outra.

Dois dos maiores fatores que influenciam a demanda de um bem incluem a utilidade para
satisfazer as vontades e os desejos e a capacidade de gasto de um cliente. Sendo assim, a demanda
real só acontece quando a vontade de saciar uma necessidade é plenamente atendida pela
capacidade que a pessoa tem de pagar por ele.

A demanda é afetada por diversos fatores como:

 Gostos;

 Interesses e,

 Preferências dos consumidores.

Para garantir que o negócio possa competir e se expandir no setor, é importante conhecer as
necessidades das pessoas. Tanto as forças da demanda quanto da oferta regulam o mercado que,
em última análise, ajudam a determinar os preços dos bens e serviços.

Quando ambos estão iguais, atingem o estágio de equilíbrio. Caso a demanda seja maior
que a oferta, os preços sobem para diminuir a demanda. Quando acontece o contrário, os preços
são reduzidos para mostrar o excedente.

A Teoria da Demanda, então, demonstra uma relação negativa entre o preço de um produto
ou de um serviço e a sua demanda. Dessa forma, se o preço de um bem sofrer um aumento, sua
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demanda diminuirá ao passo em que outras variáveis se manterão constantes. Com uma redução
no valor, a demanda aumentará proporcionalmente. Essa relação pode ser demonstrada facilmente
com o auxílio da Curva de Demanda de forma gráfica.

2.5 Relação entre a Teoria da Demanda e a Curva de Demanda

De acordo com (ANDRADE, Eduardo; 2003. 436 p), a Curva de Demanda tem uma
inclinação negativa, já que é traçada para baixo da esquerda para a direita. O intuito é refletir a
relação inversa entre o preço de um item e a quantidade demandada por ele durante um período
específico. Uma expansão ou contração da demanda ocorre como o resultado de um efeito renda
ou de um efeito substituição.

Quando o preço de uma mercadoria cai, uma pessoa pode ter o mesmo nível de satisfação
com menos despesas, desde que se trate de um bem normal. Nesse caso, o consumidor pode
comprar mais itens com um determinado orçamento e esse é um exemplo prático do efeito renda.

Já o efeito substituição é observado quando os consumidores mudam de bens mais caros


para substitutos que tiveram redução nos preços. À medida que mais pessoas compram o bem com
o preço mais baixo, a demanda aumenta.

Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam


adquirir por um preço definido em um mercado. A demanda pode ser interpretada como procura,
mas não necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem
ou serviço, por diversos motivos.

A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de


quantidade demandada, e depende de diversas variáveis que influenciam a escolha do consumidor
pela compra ou não de um bem ou serviço, como preço, preço dos outros bens substitutos, a renda
do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.

Demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, e ela


somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade e se possuir condições
financeiras para suprir sua necessidade ou desejo.
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A vertente qualitativa da demanda dos bens de consumo depende do meio social e é afetada
pela publicidade, enquanto a vertente quantitativa depende mais do nível de rendimento dos
consumidores.

A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, a demanda que determina o movimento da


oferta. A demanda pode, muitas vezes, ser sazonal, ou seja, ela aumenta ou diminui de acordo com
uma estação, com o momento da economia, com a renda da população etc.

A lei da demanda indica que em condições normais em um mercado, a quantidade


demandada é inversamente proporcional ao preço do bem em questão. Ou seja, se um produto tem
um preço baixo, provavelmente vai ter uma grande demanda.

Em economia, uma curva de demanda é um gráfico que mostra a relação entre o preço de
uma determinada mercadoria (o eixo y) e a quantidade dessa mercadoria que é demandada a esse
preço (o eixo x). As curvas de demanda podem ser usadas para a relação preço-quantidade para
um consumidor individual (uma curva de demanda individual) ou para todos os consumidores em
um mercado específico (uma curva de demanda de mercado).

Supõe-se geralmente que as curvas de demanda se inclinam para baixo, conforme mostrado
na imagem ao lado. Isso se deve à lei da demanda: para a maioria dos bens, a quantidade
demandada cai se o preço aumentar. Certas situações inusitadas não seguem esta lei.

As curvas de demanda são usadas para estimar o comportamento em mercados


competitivos e são frequentemente combinadas com curvas de oferta para encontrar o preço de
equilíbrio (o preço pelo qual os vendedores juntos estão dispostos a vender a mesma quantidade
que os compradores estão dispostos a comprar, também conhecido como preço de compensação
do mercado) e a quantidade de equilíbrio (a quantidade desse bem ou serviço que será produzida
e comprada sem excedente/excesso de oferta ou escassez/excesso de demanda) desse mercado.[1]:57

O movimento "ao longo da curva de demanda" refere-se a como a quantidade demandada


muda quando o preço muda. Um "deslocamento da curva de demanda" ocorre quando, mesmo que
o preço permaneça constante, a quantidade demandada muda devido a algum outro fator, como
publicidade ou qualidade superior, que não está em um dos eixos do diagrama, resultando em um
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deslocamento de todo o curva de demanda em vez de apenas uma mudança no preço e na


quantidade atuais.

As curvas de demanda são estimadas por uma variedade de técnicas.[3] O método usual é
coletar dados sobre preços passados, quantidades e variáveis como renda do consumidor e
qualidade do produto que afetam a demanda e aplicar métodos estatísticos, variantes da regressão
múltipla. Pesquisas e experimentos com consumidores são fontes alternativas de dados. Para as
formas de uma variedade de curvas de demanda de bens, veja o artigo elasticidade-preço da
demanda.

2.6 Fatores que afetam a demanda


São determinantes da procura os seguintes fatores:

 Bens substituíveis;
 Bens complementares;
 Rendimento;
 Moda (alteração nas preferências do consumidor);
 Expectativas.

Se o preço de um bem substituto (bem com características semelhantes: ex: laranja e


tangerina) baixar, os consumidores comprarão mais esse bem e diminuirão a compra do bem
inicial.

Se o preço de um bem complementar (bem que complementa o nosso: carro e a gasolina)


baixar, os consumidores irão comprar mais de ambos os bens, uma vez que só se encontra utilidade
com os dois bens e não apenas com um.

Bens substitutos (S): são aqueles que guardam uma relação de substituição
(concorrência) entre si no mercado. Um bem é substituto de outro quando o aumento de seu preço
propicia um aumento da quantidade demandada de outro bem. Por exemplo: carne bovina versus
carne de frango; Coca-Cola versus Frozzy. A relação entre o preço e a quantidade desses bens é
direta.
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Bens complementares (C): são aqueles consumidos conjuntamente. Por exemplo: seringa
e agulha; linha cirúrgica e agulha de sutura; Caneta e caderno. Quando os bens são
complementares, o aumento de preço de um deles acarreta a redução da quantidade demandada de
seu complementar. A relação entre preço e quantidade desses bens é inversa.

A insulina, por exemplo, pode ser aplicada por meio da utilização de seringa ou de uma
caneta própria para essa finalidade. Logo, esses dois bens (seringa versus caneta) são substitutos.
Agora, se considerarmos a caneta e a agulha descartável utilizada para sua aplicação isoladamente,
temos dois bens complementares.

O estudo da relação entre a quantidade demandada e a renda remete à nova classificação


de bens. Se o aumento da renda for acompanhado de um aumento da quantidade demandada de
um determinado bem, dizemos que este bem é normal.

Se o mesmo aumento da renda provocar redução da quantidade demandada de um


dado bem, este será inferior. Contudo, se o aumento da renda não provocar qualquer alteração da
quantidade demandada de um bem, este será considerado de consumo saciado. Logo, quando o
assunto é renda, os bens são classificados em normal, inferior e de consumo saciado.

Se o rendimento disponível das famílias diminuir a quantidade procurada dos bens irá diminuir.
Alterações no preço correspondem a alterações NA curva da procura.

Alterações num dos determinantes correspondem a alterações DA curva da procura: expansões ou


contrações.
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Os preços de bens relacionados também podem afetar a demanda. Se você precisa de um


carro novo, o preço de um Honda pode afetar sua demanda por um Ford. Por fim, o tamanho ou a
composição da população podem afetar a demanda. Quanto mais filhos uma família tem, maior é
sua demanda por vestuário. Quanto mais filhos com idade para dirigir uma família tem, maior é
sua demanda por seguro de carro e menor é sua demanda por fraldas descartáveis e leite em pó.

2.7 Renda

Vamos imaginar que temos uma curva de demanda inicial por um certo tipo de carro.
Agora, imagine que a economia se expanda de forma a aumentar a renda de muitas pessoas,
tornando os carros mais acessíveis e que as pessoas, de modo geral, desejem ter um carro. Isso fará
com que a curva de demanda se desloque.

2.8 A condição ceteris paribus

Ceteris Paribus, ou Coeteris Paribus, é uma expressão em latim que significa “todo o resto
constante“. É termo utilizado na ciência econômica para explicar modelos e teorias que consideram
como inalterados outros fatores que possam a influenciar.
Em outra palavras, podemos dizer que Ceteris Paribus é a suposição na economia da qual
age como uma indicação abreviada do efeito de uma variável econômica em outra.

Uma curva de demanda ou uma curva de oferta é uma relação entre duas, e apenas duas,
variáveis: quantidade no eixo horizontal e preço no eixo vertical. A premissa por traz da curva de
demanda ou da curva de oferta é que nenhum fator econômico relevante, além do preço do
produto, está mudando. Os economistas chamam essa suposição de ceteris paribus, uma frase em
latim que significa “tudo o mais mantido constante”. Se todo o resto não é mantido constante,
então as leis da oferta e demanda não serão necessariamente mantidas. O restante desse artigo
explora o que acontece quando outros fatores não são mantidos constantes.

Normalmente os economistas falam sobre o deslocamento de curvas de oferta e demanda


para a esquerda e para a direita, mas ao invés disso você poderia pensar em seus deslocamentos
para cima ou para baixo caso realmente prefira.
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Neste exemplo do carro, você poderia dizer que quando a renda sobe, os compradores estão
dispostos a, na média, pagar mais a uma determinada quantidade. A curva de demanda deslocar-
se-ia para cima.

Não é errado pensar dessa forma, mas você vai ouvir as pessoas falando sobre os
deslocamentos para a esquerda e para a direita. Quando formos abordar as curvas de oferta, em
outra lição, o motivo para isso ficará mais claro.

Quando a curva de demanda se desloca, isso não significa que a quantidade demandada
por cada comprador individual mude na mesma proporção. Neste exemplo, nem todo mundo teria
maior ou menor renda e nem todo mundo compraria ou não mais um carro. Em vez disso, um
deslocamento da curva de demanda engloba um padrão para o mercado como um todo.

2.9 Bens normais e inferiores

Um produto cuja demanda aumenta quando a renda aumenta, e vice-versa, é chamado


de bem normal. São poucas as exceções a essa regra. À medida que a renda aumenta, muitas
pessoas passam a comprar menos produtos de marcas genéricas e mais produtos de marcas
famosas. Elas ficam menos propensas a comprar carros usados e mais propensas a comprar carros
novos. Elas ficam menos propensas a alugar um apartamento e mais propensas a adquirir sua casa
própria, e assim por diante. Um produto cuja demanda diminui quando a renda aumenta, e vice-
versa, é chamado de um bem inferior. Em outras palavras, quando a renda aumenta, a curva de
demanda por bens inferiores se desloca para a esquerda.

2.1.0 Outros fatores que deslocam as curvas de demanda

A renda não é o único fator que causa um deslocamento na demanda. Outras coisas
responsáveis por mudanças na demanda são os gostos e as preferências, a composição ou tamanho
da população, os preços dos bens relacionados e até mesmo as expectativas. Uma mudança em
qualquer um dos fatores subjacentes que determinam a quantidade de pessoas que estão dispostas
a comprar por um determinado preço causa um deslocamento na demanda.

Graficamente, a nova curva de demanda se desloca para a direita (um aumento) ou para a
esquerda (uma queda) em relação à curva de demanda original. Vamos analisar esses fatores.
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2.1.1 Bem de Giffen: a exceção à lei da demanda

Existe na literatura econômica um único caso no qual o preço e a quantidade demandada


estão diretamente relacionados. Trata-se do denominado bem de Giffen. Para todos os outros bens,
o aumento de preço provoca redução da quantidade demandada, e vice-versa. No caso do bem de
Giffen, o aumento de preço provoca aumento da quantidade demandada. Veja, por meio de um
exemplo hipotético, como isso ocorre:

Supõe-se que o caso de uma família de baixíssima renda, cujo cardápio seja composto por
batata e carne. Como a renda dessa família é extremamente baixa, seus membros consumirão batata
de segunda a sábado e carne aos domingos. Nos seis dias em que se consome batata, a família
prepara 1 kg por dia. Sendo 25mt o preço do quilograma da batata, o custo semanal para a família
será de 150mt. Como a família só consome carne aos domingos e o preço do quilograma da carne
é de 250mt, seu custo semanal será de 400mt. Logo, o custo semanal da família com alimentação
será de 400mt. Considerando-se que a renda semanal da família é de 400mt, toda a renda foi
exaurida com alimentação (obviamente, trata-se de um caso extremo).

Se o preço do quilograma da batata aumentar para 35mt, o custo semanal da família será
de 210 mt (6 × 35). Assim, o custo semanal da família com alimentação será agora de 250mt para
batata + 250mt para carne), excedendo o orçamento em 60 mt . Nesse novo contexto, caso a família
continue a consumir a mesma quantidade de carne, ela terá de abdicar do consumo da batata em
um dia da semana, no qual não se alimentará. Por outro lado, considerando-se a hipótese de se
excluir a carne do cardápio, a família voltará a ter um orçamento equilibrado, pois seu custo total
com alimentação será de 245 mt (35 x 7 dias de batata), igualando sua renda com sua despesa.
Assim, o mais sensato é abdicar do consumo da carne e consumir batatas aos domingos,
alimentando-se todos os dias da semana. Logo, o aumento do preço da batata provocou aumento
de sua quantidade demandada.

O exemplo citado permite evidenciar que se trata de um caso extremo, que acomete
famílias de baixíssima renda e associa os bens de Giffen a bens inferiores. O bem inferior é aquele
que tem um efeito renda negativo, isto é, quando a renda aumenta, o consumo diminui.
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III Conclusão

A previsão da demanda de produtos ou serviços é uma parte importante para a gestão de


um negócio de sucesso. É essencial ser capaz de prever as necessidades dos clientes e antecipar
quanto suprimento é necessário para atender aos pedidos, evitando ao mesmo tempo o excesso ou
a escassez de estoque. Mas a previsão da demanda pode muitas vezes ser difícil sem as ferramentas,
dados e insights corretos.
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IV Referências bibliográficas

ANDRADE, Eduardo; MADALOZZO, Regina. Microeconomia. São Paulo: Publifolha,


2003. 436 p. (Coleção biblioteca valor).

COSTA, Fernando Nogueira da. Economia em 10 lições. Sao Paulo: Makron Books, 2000. 430
p.

MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Prentice
Hall Brasil, 2004. 309 p.

O’SULLIVAN, A.; SHEFFRIN, M.; NISHIJIMA, M. Introdução à economia: princípios e


ferramentas. Rio de Janeiro: Prentice Hall Brasil, 2004. 471 p.

PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 7. ed. Rio de Janeiro:


Prentice Hall Brasil, 2009. 647 p.

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