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Esmael Alberto Suleimane

Tema

Determinantes da procura e oferta no mercado

Instituto superior de gestão, comércio e finanças

Nampula

2023
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Esmael Alberto Suleimane

Tema

Determinantes da procura e oferta no mercado

Trabalho individual de carácter avaliativo,


exigência do Modulo de introdução a
economia, curso de Administração Publica
comércio e Finanças.

Docente: Carlos Luís Mafumissa, MSc

Instituto superior de gestão, comércio e finanças

Nampula

2023
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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 4

1. Determinantes da procura e oferta no mercado ....................................................................... 5

1.1. Teorias da oferta e da demanda ........................................................................................... 5

1.2. Determinantes da procura .................................................................................................... 7

1.2.1. As preferências dos consumidores ................................................................................... 8

1.2.2. O rendimento médio dos consumidores ........................................................................... 8

1.2.3. A dimensão do mercado ................................................................................................... 9

Conclusões .................................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 11


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Introdução

O sistema de preços desempenha um papel importante no sistema económico, constituindo os


preços o um dos melhores meios de transmissão de informação entre compradores e vendedores
no mercado. O mercado pode ser definido como a instituição que facilita o processo de troca ao
permitir o encontro entre compradores e vendedores. A noção de mercado implica a noção de
troca. Nos mercados, os compradores estão do lado da procura e os vendedores do lado da oferta.
Embora exista uma grande diversidade de mercados certos princípios básicos aplicam-se a todos
eles. Os mercados podem ter um lugar físico, onde as pessoas se encontram, ou podem verificar-
se as transacções sem que os indivíduos se encontrem fisicamente, como acontece nas
transacções efectuadas pela internet. A oferta e a procura são proposições que predizem o
comportamento dos indivíduos em resposta a mudanças no seu ambiente económico.

Objectivos

Geral: compreender os Determinantes da procura e oferta no mercado

Específicos:

 Explicar os principais Determinantes da procura e oferta no mercado


 Estudar os principais Determinantes da procura e oferta no mercado
Metodologia

Para a materialização do presente trabalho foi na base do método bibliográfico através de leitura
e pesquisas de diversas obras relacionadas com o tema em destaque, que cuja bibliografia
encontram-se na pagina reservado para o efeito.

Quanto a organização e estruturação deste trabalho, obedece uma sequência lógica dos conteúdos
aqui abordados começando pela introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia como
forma de levar o leitor ou o auditor a perceber os conteúdos aqui expostos
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1. Determinantes da procura e oferta no mercado

Mercado é um lugar, não sendo necessariamente geográfico, onde se encontram compradores e


vendedores a transaccionarem bens ou serviços a um dado nível de preço. A procura representa
os consumidores ou compradores. A oferta representa os vendedores ou os produtores. O preço é
determinado pela interacção dos vendedores e compradores.

“Cada consumidor deve estar consciente de que apesar de ele se esforçar para obter o maior
nível de satisfação da sua necessidade ilimitada, as suas escolhas são limitadas devido aos seus
recursos financeiros (rendimento) ”

 Procura é a disposição de compra de determinada quantidade de um bem ou serviço por


parte de determinados agentes económicos. Ela é determinada pelas várias quantidades
que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis
possíveis de preços, em dado período de tempo.
 Função de Procura: é a relação defendia entre o preço (p) do mercado de um bem e a
quantidade procurada (Q) desse bem, mantendo-se o restante constante (ceteris paribus)
ou analiticamente: Qd = f(p)
 Curva da Procura: é a representação gráfica da função da procura.
 Lei da procura decrescente: as variações da quantidade procurada de um bem são
inversamente proporcionais as variações do preço desse bem.
1.1. Teorias da oferta e da demanda

Mankiw (2016) destaca que, os termos “oferta” e “demanda” são os mais utilizados pelos
economistas. Ambos os termos representam as forças que fazem com que as economias de
mercado funcionem. Nessa direção, a oferta e a demanda determinam a quantidade produzida de
cada bem e o preço pelo qual esse bem será vendido.

Conforme Stiglitz e Walsh (2003), a oferta é um conceito utilizado para os economistas para
descrever a quantidade de bem ou serviço que uma empresa ou família desejaria vender a um
preço específico. De acordo com Mankiw (2016), a quantidade ofertada de um bem ou serviço é
a quantidade que os vendedores podem ou desejam vender.

Tal quantidade é determinada principalmente pelo preço. Quando o preço de um produto está
elevado, a venda desse produto é lucrativa, mas quando o preço de uma mercadoria está baixo,
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os vendedores reduzem a produção dessa mercadoria. Essa relação entre preço e quantidade
ofertadacomo lei da oferta: “com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem
aumenta, a quantidade ofertada desse bem aumenta e, quando o preço de um bem cai, a
quantidade ofertada desse bem também cai. ” (MANKIW, 2016, p.71)

A supracitada relação entre preço e quantidade ofertada é expressa pela curva de oferta, a qual,
segundo Stiglitz e Walsh (2003) mostra a quantidade do bem que as empresas ou famílias se
dispõe a ofertar a cada preço. De modo geral, a curva de oferta tende a se inclinar para cima, pois
cada empresa ou família está disposta a oferecer quantidades maiores do bem a preços mais
elevados quanto porque estes incentivam novas empresas a produzir. A curva de oferta é
representada pela figura1:

Figura 1: Curva de Oferta. Fonte: MANKIW, N. Gregory. (2009)

Analisando as curvas de oferta, Samuelson e Nordhaus (2004) observam que, levando em


consideração o fato de que os produtores fornecem mercadorias para lucrar e não por diversão ou
caridade, um dos principais elementos é o custo de produção. Quando este se encontra baixo em
relação ao preço de mercado, é rentável para o produtor fornecer uma quantidade grande, mas se
tal custo está alto em relação ao preço, as empresas produzem pouca quantidade. A demanda é
um conceito utilizado pelos economistas para descrever a quantidade de um bem ou serviço que
uma empresa ou família decide comprar a determinado preço (Kline, R. B. 2011).

Para Mankiw (2016), a quantidade demandada de um bem é a quantidade desse bem que os
compradores desejam e podem comprar. Assim como no caso da oferta, a demanda é
determinada principalmente pelo preço do bem. Se o preço de um produto subir, diminui a
demanda por esse produto, mas se tal preço cair, aumenta a demanda. A relação entre preço e
quantidade demandada é conhecida como lei da demanda: “com tudo o mais mantido constante,
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quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui, quando o preço
diminui, a quantidade demandada do bem aumenta. ” (MANKIW, 2016, p.65). Tal relação é
expressa pela curva de demanda, representada pela figura 2:

Figura 2: Curva de Demanda. Fonte: MANKIW, N. Gregory. (2009)

A curva de demanda, segundo Samuelson; Nordhaus (2004) é determinada por vários fatores,
entre os quais: a renda média dosconsumidores; o tamanho do mercado e o preços e
disponibilidades dos produtos relacionados4.

Verifica-se, pela abordagem dos conceitos de oferta e de demanda que, ambos têm o preço como
principal determinante. Stiglitz e Walsh (2003) afirmam que, os preços transmitem sobre a
escassez de determinados bens, fazendo com que os consumidores ajustem seu consumo;
garantem que os bens cheguem aos indivíduos e às empresas que estejam dispostas a pagar por
eles e informam às empresas como as pessoas avaliam os diferentes bens. Logo é de fundamental
importância o estudo de preços.

1.2. Determinantes da procura

Em economia, Demanda ou Procura é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores


desejam adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo. A
demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como consumo, uma vez que é
possível demandar (desejar) e não consumir(adquirir) um bem ou serviço. A quantidade de um
bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada.

A quantidade demandada depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela


compra ou não de um bem ou serviço: o seu preço, o preço dos outros bens substitutos ou
complementares, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar a
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influência dessas variáveis, considera-se separadamente a influência de cada uma nas decisões
do consumidor (condição ceteris paribus).

Como a demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, ela
somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se possuir condições
financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfaze-los. Sempre
que damos prioridade para o consumo de alguma coisa em detrimento de outra, estamos
demonstrando um desejo. O desejo é a maneira específica na qual buscamos a satisfação de
nossa necessidade (Byrne, B. M. 2001).

A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da


oferta. Por isso, para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus
consumidores, é muito importante identificar a demanda para um determinado produto ou
serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta que a empresa disponibiliza no
mercado. Isto é, quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou
serviçoContudo, o preço não é a única determinante da procura (Matias, A. P. 2006).

Na verdade são diversos os factores que contribuem para aumentar ou reduzir a procura dirigida
a determinado bem, nomeadamente:

1.2.1. As preferências dos consumidores

As preferências (ou gostos) representam uma grande variedade de influências culturais, sociais,
históricas; podem reflectir necessidades físicas ou psicológicas permanentes ou temporárias e
podem ser influenciadas artificialmente, por exemplo através de técnicas comerciais e de
marketing;

1.2.2. O rendimento médio dos consumidores

geralmente, quanto maior o rendimento dos consumidores, maior será a procura dirigida ao bem.
Existem, contudo, determinado bens cujo comportamento da procura é diferente quando o
rendimento aumenta: é o caso dos chamados bens inferiores cuja procura que lhe é dirigida
diminui quando o rendimento dos consumidores aumenta (ex: margarina);
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1.2.3. A dimensão do mercado

quanto maior o número de consumidores maior é a procura de bens. Se numa determinada


economia se registar um aumento repentino da população, é natural que a procura dirigida à
generalidade dos bens aumente na mesma proporção;

Os preços dos bens relacionados - existem dois tipos de relacionamento entre dois bens
relacionados: ou são substitutos ou são complementares. Dois bens são substitutos quando,
através do seu consumo, é possível satisfazer a mesma necessidade. São complementares
quando, para satisfazer determinada necessidade, for necessário consumir os dois bens em
simultâneo (Atanasova, C. 2012).

É fácil assim de compreender que quando o preço de um bem substituto aumenta a procura
dirigida a esse mesmo bem diminui sendo essa procura transferida para o seu substituto. Pelo
contrário, se o preço de um bem complementar aumentar, a procura dirigida a esse mesmo bem
diminui levando também a uma redução da procura dirigida ao bem seu complementar.

- A variação destes outros factores para além dos preços leva a um deslocamento da curva da
procura.
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Conclusões

O trabalho busca fornecer subsídios sobre o comportamento da demanda visando contribuir tanto
com o mercado quanto com a área acadêmica. Por meio desta, entendemos que Os preços são os
mecanismos através dos quais o mercado afecta (tendencialmente de forma eficiente) os recursos
produtivos. Assim, se a oferta de um bem for superior à procura, o preço desse bem tende a
descer e, dada a lei da procura, esta tende a aumentar até que seja restabelecido o equilíbrio no
mercado. A concorrência entre os produtores no mercado leva a que o preço do bem tenda a
descer. Dá-se o caso inverso quando a procura for superior à oferta. A oferta de um determinado
bem varia directa e positivamente relativamente ao seu preço. A um determinado preço os
vendedores estarão dispostos a oferecer X unidades do bem em causa. Quando o preço desce a
quantidade oferecida baixa, o que significa que a quantidade oferecida diminui à medida que o
preço diminui.
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Referências bibliográficas

Mankiw (2016) Trade credit policy: theory and empirical evidence. Applied Economics, 39 (20),
2631-2642.

Stiglitz e Walsh (2003) Trade credit defaults and liquidity provision by firms. European Central
Bank, Working Papers Series n. 753.

Atanasova, C. (2012). How do firms choose between intermediary and supplier finance?
Financial Management, 41 (1), 207-228.

Kline, R. B. (2011). Principles and practice of structural equation modeling. (3. ed.) London:
Guilford Press.

Byrne, B. M. (2001). Structural equation modeling with AMOS: basic concepts, applications, and
programming. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Matias, A. P. (2006). Does trade credit facilitate access to bank finance? An empirical evidence
from Portuguese and Spanish small medium size enterprises. Recuperado em 10 março, 2012, de
http://www.fep.up.pt/ investigacao/cempre/actividades/sem_fin/sem_fin_01_05/PAPERS_
PDF/paper_sem_fin_12jun08.pdf.

Mian, S., & Smith, C. (1992). Accounts receivables management policy: theory and evidence.
Journal of Finance, 47 (1), 169-200.

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