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CAPÍTULO 1 – OS 10 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

Escassez: significa que a sociedade tem recursos limitados e, por isso, não pode produzir
todos os bens e serviços que as pessoas querem.

10 Princípios de Economia:
1) As pessoas enfrentam tradeoffs;
2) O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la;
3) As pessoas racionais pensam na margem;
4) As pessoas reagem a incentivos;
5) O comércio pode ser bom para todos;
6) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade
econômica;
7) Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados;
8) O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir bens e
serviços;
9) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais;
10) A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego.

Tradeoff: é uma situação de escolha conflitante, quando uma ação econômica que visa à
resolução de determinado problema acarreta outros.

Tradeoffs na sociedade:
- “Armas e manteiga”: Quanto mais se investe em defesa nacional, menos a
sociedade pode gastar com bens de consumo.
- “Meio ambiente limpo e alto nível de renda”: Leis que exigem que as empresas
reduzam o nível de poluição elevam o custo da produção de bens e serviços.
- “Eficiência e igualdade”

Custo de oportunidade: é o que você abre mão para obter algum item.

Mudança marginal: é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação existente. As


pessoas racionais comparam os benefícios marginais com os custos marginais para tomar
uma decisão.

Incentivos e políticas públicas: muitas políticas alteram os custos e benefícios para as


pessoas, logo, alteram seu comportamento. Ex.: imposto sobre a gasolina é um incentivo
para o uso de carros que consomem menos gasolina.

Benefícios do comércio: o comércio permite que as pessoas se especializem na atividade


em que são melhores. Ao comerciarem com os outros, as pessoas podem comprar uma
maior variedade de bens e serviços a um custo menor.

Economia de mercado: é uma economia que aloca recursos por meio das decisões
descentralizadas de muitas empresas e famílias que interagem nos mercados de bens e
serviços. As empresas decidem quem contratar e o que produzir. As famílias decidem em
que empresas trabalhar e o que comprar com seus rendimentos. Em uma economia de
mercado, ninguém cuida do bem-estar econômico de toda a sociedade. Existe uma “mão
invisível".
A visão de Adam Smith era de que os preços se ajustam para direcionar a oferta e a
demanda, de modo a alcançar resultados que, em muitos casos, maximizam o bem-estar da
sociedade como um todo.

Falhas de mercado: quando o mercado, por si só, não consegue produzir uma alocação
eficiente de recursos. Possíveis causas:
1) Externalidades: impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar dos que
estão próximos. Ex.: poluição.
2) Poder de mercado: capacidade de uma pessoa (ou pequeno grupo de pessoas)
influenciar de forma indevida os preços de mercado.

Inflação: aumento do nível geral de preços da economia. Como uma inflação elevada impõe
diversos custos à sociedade, mantê-la em níveis baixos é um objetivo dos formuladores de
políticas econômicas de todo o mundo.

Efeitos da inflação no curto prazo:


1) Aumento da quantidade de moeda na economia estimula o nível geral de
consumo e, portanto, a demanda por bens e serviços.
2) O aumento da demanda pode, com o tempo, levar as empresas a elevar os
preços, porém, nesse ínterim, esse aumento também incentiva as empresas a contratar
mais mão de obra e a aumentar a quantidade de bens e serviços produzidos.
3) Maior contratação significa menor desemprego.

CAPÍTULO 2 – PENSANDO COMO UM ECONOMISTA

Diagrama do fluxo circular: possui 2 tomadores de decisões: famílias e empresas. As


empresas produzem bens e serviços usando insumos (trabalho, capital, terra, etc),
chamados fatores de produção. As famílias das proprietárias dos fatores de produção e
consomem os bens e serviços dessas empresas.
Eles interagem em 2 tipos de mercado. No mercado de bens e serviços, as famílias
são compradoras e as empresas, vendedoras. No mercado de fatores de produção, as
família são vendedoras e as empresas, compradoras.
Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP): gráfico que mostra as diversas possibilidades
de produção que a economia pode produzir, dados os fatores de produção e a tecnologia
produtiva disponíveis.
Resultado eficiente: quando a economia consegue obter o máximo dos escassos
recursos disponíveis. São os pontos em cima da fronteira.
Resultado ineficiente: quando produz abaixo do que poderia devido a algum fator.
A fronteira de possibilidades de produção mostra um tradeoff que a sociedade
enfrenta. Uma vez que tenhamos atingido os pontos de eficiência na fronteira, a única
maneira de obter mais de um bem é ter menos de outro.
Microeconomia: estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como elas
interagem em mercados específicos.

Macroeconomia: estudo de fenômenos que englobam toda a economia, incluindo inflação,


desemprego e crescimento econômico.

Relação entre as duas: Mudanças na economia como um todo resultam das decisões de
milhões de pessoas.

Análise positiva: são descritivas e referem-se ao mundo como ele é. Pode ser refutada ou
confirmada pelo exame de evidências

Análise normativa: são prescritivas e referem-se ao mundo como ele deveria ser. Pode ser
feita tanto por meio de valores quanto de fatos.

CAPÍTULO 4 – AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA

Mercado: grupo de compradores e vendedores de um bem ou serviço. Podem ser mais ou


menos organizados. Os compradores determinam a demanda e os vendedores determinam
a oferta.

Mercado competitivo: mercado em que há tantos compradores e vendedores que cada um


deles tem impacto insignificante sobre o preço de mercado.
Mercados perfeitamente competitivos: os bens oferecidos para venda são todos
iguais e os compradores e vendedores são tão numerosos que nenhum deles é capaz de,
individualmente, influenciar o preço de mercado.
OBS.: nem todos os bens e serviços são negociados em mercados perfeitamente
competitivos. Alguns são monopólios, por exemplo.

Quantidade demandada: é a quantidade que os compradores desejam e podem comprar.

Lei de demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem
aumenta, sua quantidade demandada diminui; quando o preço diminui, a quantidade
demandada aumenta.

Deslocamento da curva de demanda: Qualquer mudança que aumente a quantidade


demandada a cada preço desloca a curva de demanda para a direita e é chamada aumento
de demanda. Qualquer mudança que reduza a quantidade demandada a cada preço desloca
a curva para a esquerda e é chamada redução da demanda.

Gráfico de deslocamento da curva de demanda:


Principais variáveis que podem deslocar a curva de demanda:
1) Renda – Se a demanda por um bem diminui quando a renda cai, é um bem
normal. Se a demanda aumenta quando a renda cai, é um bem inferior.
2) Preços de bens relacionados – Quando uma queda do preço de um bem reduz a
demanda por outro bem, os dois bens são chamados substitutos. Quando a queda do preço
de um bem causa o aumento da demanda de outro, são bens complementares.
3) Gostos
4) Expectativas
5) Número de compradores

Todas as variáveis acima deslocam a curva de demanda.

A única variável que representa um movimento ao longo da curva de demanda é o preço.

Quantidade ofertada: é a quantidade que os vendedores querem e podem vender.

Lei da oferta: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a
quantidade ofertada desse bem também aumenta, e, quando o preço de um bem cai, a
quantidade ofertada desse bem também cai.

Variáveis que podem deslocar a curva de oferta:


1) Preço dos insumos
2) Tecnologia
3) Expectativas
4) Número de vendedores

Todas as variáveis acima representam deslocamento na curva de oferta.

A única variável que representa um movimento ao longo da curva é o preço.

OBS.: os gráficos da oferta são opostos aos da demanda.

Equilíbrio de mercado: ponto de intersecção das curvas de oferta e demanda. O preço


nessa intersecção é o preço de equilíbrio e a quantidade é denominada quantidade de
equilíbrio.
Lei da oferta e da demanda: o preço de qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade
ofertada e a quantidade demandada do bem para o equilíbrio.

Quando algum evento desloca uma das curvas, o equilíbrio do mercado muda, resultando
em um novo preço e uma nova quantidade trocada entre compradores e vendedores.

3 Etapas para analisar as mudanças do equilíbrio:


1) Verificamos se o fato desloca a curva de oferta, a curva de demanda ou ambas.
2) Verificamos se a curva se desloca para a direita ou para a esquerda.
3) Usamos o diagrama de oferta e demanda para comparar o equilíbrio inicial com o
novo equilíbrio, para verificar como o deslocamento afeta o preço e a quantidade de
equilíbrio.
Diferença entre oferta e quantidade ofertada: oferta é a posição da curva de oferta;
quantidade ofertada é a quantidade que os fornecedores desejam vender.

Resumindo, um deslocamento da curva de oferta é chamado ‘mudança da oferta’ e um


deslocamento da curva de demanda é chamado ‘mudança da demanda’. Um movimento ao
longo de uma curva de oferta fixa é chamado ‘mudança na quantidade ofertada’ e um
movimento ao longo de uma curva de demanda fixa é denominada ‘mudança na quantidade
demandada’.
CAPÍTULO 5 – ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO

O que é a elasticidade?
É uma medida da resposta da quantidade demandada ou da quantidade ofertada a uma
variação em um de seus determinantes.

Elasticidade-Preço da Demanda e Seus Determinantes


A elasticidade-preço da demanda é uma medida do quanto a quantidade demandada de um
bem reage a uma mudança no preço do bem em questão, calculada como a variação
percentual da quantidade demandada dividida pela variação percentual do preço.

A demanda é elástica quando a quantidade demandada responde substancialmente a


mudanças no preço.

A demanda é inelástica quando a quantidade demandada responde pouco a mudanças no


preço.

Quais são as regras gerais sobre o que determina a elasticidade-preço da demanda?


- Disponibilidade de substitutos próximos: bens com substitutos próximos tendem a
ter demanda mais elástica porque é mais fácil trocá-los por outros.
- Bens necessários versus bens supérfluos: bens necessários tendem a ter demanda
inelástica, e bens supérfluos tendem a ter demanda elástica.
- Definição do mercado: mercados definidos de forma restrita tendem a ter
demanda mais elástica do que mercados definidos de forma ampla. É mais fácil encontrar
substitutos para bens definidos de maneira restrita.
- Horizonte de tempo: bens tendem a apresentar demanda mais elástica em
horizontes de tempo mais longos.

Como se calcula e qual é a fórmula da Elasticidade-Preço da Demanda?

Variação percentual na quantidade demandada


Elasticidade-preço da demanda = ________________________________________

Variação percentual do preço

Ex.: um aumento de 10% no preço do sorvete de casquinha causa uma queda de 20% na
quantidade de sorvetes que você compra. A elasticidade será = 2, pois 20%/10% = 2. Isso
significa que a variação da quantidade demandada é duas vezes maior que a variação do
preço.

Por que surgem diferenças no cálculo da elasticidade-preço entre dois pontos diferentes
da mesma curva de demanda?
Porque as variações percentuais são calculadas a partir de uma base diferente.

O método do ponto médio calcula a variação percentual dividindo a variação pelo ponto
médio (ou média) dos níveis inicial e final. Como o método do ponto médio chega sempre
ao mesmo resultado, independentemente da direção da mudança, é muito usado para
calcular elasticidade-preço da demanda entre dois pontos.

Qual é a fórmula do ponto médio?

Quando a demanda é considerada elástica?


Quando a elasticidade é maior que 1. A quantidade varia proporcionalmente mais do que o
preço.

Quando a demanda é considerada inelástica?


Quando a elasticidade é menor que 1. A quantidade varia proporcionalmente menos do que
o preço.

Quando a demanda possui elasticidade unitária?


Quando a elasticidade é igual a 1. A variação da quantidade é proporcionalmente igual à
variação do preço.

Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por um determinado ponto,
maior será a elasticidade-preço da demanda. Quanto mais vertical for uma curva de
demanda que passa por um determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da
demanda.
O que é a receita total?
É a quantia paga pelos compradores e recebida pelos vendedores de um bem, calculada
como o preço do bem multiplicado pela quantidade vendida.

Quais são as regras gerais em relação à elasticidade-preço e a receita total?


1) Demanda inelástica = aumento no preço causa aumento na receita total.
2) Demanda elástica = preço e receita total movem em direções opostas.
3) Demanda com elasticidade unitária = receita total permanece a mesma quando o
preço varia.

Como é a elasticidade de uma curva de demanda linear?


A elasticidade de uma curva de demanda linear não é constante. No exemplo dado no livro,
quanto o preço é baixo e a quantidade elevada, a demanda é inelástica. Quando o preço é
alto e a quantidade é baixa, a curva é elástica.

Embora a inclinação das curvas de demanda lineares seja constante, sua elasticidade não é.
Isso porque a inclinação é a razão entre as variações das duas variáveis, ao passo que a
elasticidade é a razão das variações percentuais nas duas variáveis.

A curva de demanda linear ilustra o fato da elasticidade-preço da demanda não ser


necessariamente a mesma em todos os pontos da curva da demanda. Uma elasticidade
constante é possível, porém nem sempre é o caso.

O que é a elasticidade-renda da demanda? Qual é sua fórmula?


A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada varia conforme
a renda do consumidor varia. Ela é calculada como a variação percentual da quantidade
demandada dividida pela variação percentual da renda.

Elasticidade-renda da demanda = Variação percentual na quantidade demandada / Variação


percentual da renda

O que é a elasticidade-preço cruzada da demanda? Qual é sua fórmula?


A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o quanto a quantidade demandada de um
bem responde às mudanças no preço de um outro bem.

Elasticidade-preço cruzada da demanda = Variação percentual na quantidade demandada


do bem 1 / Variação percentual do preço do bem 2

O que é a elasticidade-preço da oferta? O que influencia essa elasticidade?


A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada responde a mudanças
no preço. Depende da flexibilidade que os vendedores têm de mudar a quantidade
produzida do bem. Uma determinante-chave dessa elasticidade é o período que está sendo
considerado. A oferta é, geralmente, mais elástica no longo prazo do que no curto prazo.

Como se calcula e qual é a fórmula da Elasticidade-Preço da Oferta?


Elasticidade-preço da oferta = Variação percentual da quantidade ofertada / Variação
percentual do preço
Como se comportam as diferentes elasticidades da oferta?
1) Oferta perfeitamente inelástica (0) = a quantidade ofertada é a mesma, qualquer
que seja o preço.
2) Oferta inelástica (<1) = a variação no preço é maior que a variação na quantidade.
3) Oferta com elasticidade unitária (1) = A variação no preço e na quantidade são
iguais.
4) Oferta elástica (>1) = A variação na quantidade é maior que a variação no preço.
5) Oferta perfeitamente elástica (infinita) = variações pequenas no preço levam a
variações muito grandes da quantidade ofertada.
Como a elasticidade-preço da oferta pode variar?

Outro exemplo:
Por que alguns programas para o campo tentam ajudar os fazendeiros incentivando a
redução de certas safras?
O objetivo desses programas é reduzir a oferta dos produtos e, com isso, aumentar seus
preços. Por causa da demanda inelástica, os fazendeiros obtêm maior receita total se
fornecem uma safra menor.
CAPÍTULO 7 – CONSUMIDORES, PRODUTORES E EFICIÊNCIA DOS MERCADOS

O que é o excedente do consumidor?


É a quantia que um comprador está disposto a pagar por um bem menos a quantia que
realmente paga por ele. Mede o benefício que os compradores obtêm por sua participação
no mercado.

Usando a curva de demanda para medir o excedente do consumidor.


A área abaixo da curva de demanda e acima do preço mede o excedente do consumidor em
um mercado.

Como o Preço Afeta o Excedente do Consumidor:


Sendo P1 o preço inicial, P2 o preço diminuído, Q1 a demanda inicial e Q2 a nova demanda
após P2:

O que o Excedente do Consumidor mede?


Na maioria dos mercados, o excedente do consumidor efetivamente reflete o bem-estar
econômico. Os economistas normalmente partem da hipótese de que os compradores são
racionais ao tomar decisões e de que suas preferências devem ser respeitadas.

Em que consiste o custo?


É o valor de tudo que um vendedor precisa abrir mão para produzir um bem. Considera-se
como custo de oportunidade.
O que é o excedente do produtor?
É a quantia que o vendedor recebe por um bem menos o seu custo de produção.

Uso da Curva de Oferta para Medir o Excedente do Produtor


A área abaixo do preço e acima da curva de oferta representa o excedente do produtor em
um mercado.

Como o Preço Afeta o Excedente do Produtor:

Como se define o excedente do consumidor?


Excedente do consumidor = Valor para os compradores – Quantia paga pelos compradores.

Como se define o excedente do produtor?


Excedente do produtor = Quantia recebida pelos vendedores – Custo para os vendedores.

O que é o excedente total?


Excedente total = Excedente do consumidor + Excedente do produtor.

Ou

Excedente total = Valor para os compradores – Custo para os vendedores.


O que é eficiência?
Ocorre quando a alocação de recursos maximiza o excedente total. Uma alocação é
ineficiente quando um bem não está sendo consumido pelos compradores que atribuem
maior valor a ele.

Excedentes do Consumidor e do Produtor em um Mercado em Equilíbrio:

Quais são as conclusões sobre os resultados de mercado?


1) Os mercados livres alocam a oferta de bens aos compradores que atribuem maior
valor a eles, tal como medido por sua disposição para pagar.
2) Os mercados livres alocam a demanda por bens aos vendedores que podem
produzi-los ao menor custo.
3) Os mercados livres produzem a quantidade de bens que maximiza a soma dos
excedentes do consumidor e do produtor.

O que é poder de mercado?


É a capacidade de poder controlar e influenciar os preços do mercado. O poder de mercado
pode fazer com que os mercados sejam ineficientes ao manter o preço e a quantidade
distantes do equilíbrio entre oferta e demanda.
O que são externalidades? Quais são os efeitos das externalidades no bem-estar dos
mercados?
Externalidades são efeitos colaterais que vendedores e compradores às vezes causam a
pessoa que não participam do mercado. As externalidades fazem com que o bem-estar de
um mercado dependa de mais coisas do que o valor para o comprador e o custo para o
vendedor. O equilíbrio de um mercado, então, pode ser ineficiente do ponto de vista da
sociedade como um todo.

O que são falhas de mercado?


É a incapacidade que alguns mercados não regulamentados têm de alocar recursos com
eficiência. Poder de mercado e externalidades são exemplos de falhas de mercado. Nesses
casos, a política pública pode agir e até mesmo solucionar alguns problemas de eficiência.
CAPÍTULO 21 – TEORIA DA ESCOLHA DO CONSUMIDOR

O que é a Restrição Orçamentária?


É o limite de combinações de consumo de bens que o consumidor pode adquirir.
Representa o tradeoff entre os bens.

O que a inclinação da restrição orçamentária representa?


Ela mede a taxa a que o consumidor pode trocar um bem pelo outro. A inclinação entre dois
pontos é a variação da distância vertical dividida pela variação da distância horizontal.

Gráfico da restrição orçamentária do consumidor.


Considerando uma renda de 1000 dólares e um consumidor que compra apenas pizza ($10)
e Pepsi ($2) no mês inteiro:

O que é a curva de indiferença?


É uma curva que mostra as combinações de consumo que proporcionam ao consumidor o
mesmo nível de satisfação.

A inclinação em qualquer ponto de uma curva de indiferença é igual à taxa à qual o


consumidor está disposto a substituir um bem por outro. Essa taxa é chamada taxa marginal
de substituição (TMgS). Como as curvas de indiferença não são linhas retas, a taxa marginal
de substituição não é a mesma em todos os pontos de uma dada curva de indiferença.
Quais são as quatro propriedades das Curvas de Indiferença?
Propriedade 1: As curvas de indiferença mais elevadas são preferíveis às mais baixas.
Os consumidores normalmente preferem ter mais de alguma coisa a ter menos.
Propriedade 2: As curvas de indiferença se inclinam para baixo.
Propriedade 3: As curvas de indiferença não se cruzam.
Propriedade 4: As curvas de indiferença são convexas em relação à origem dos eixos.

O que são substitutos perfeitos e complementos perfeitos?


Substitutos perfeitos são dois bens cujas curvas de indiferença são retas. Complementos
perfeitos são dois bens cujas curvas de indiferença formam um ângulo reto.
Ótimo do consumidor:
O ótimo do consumidor é o ponto em que a restrição orçamentária toca a curva de
indiferença mais elevada que o consumidor pode atingir. O consumidor escolhe o consumo
dos dois bens de tal modo que a taxa marginal de substituição seja igual ao preço relativo.
Aumento da renda:

O que é um bem normal e um bem inferior?


Bem normal = o consumidor deseja mais dele quando sua renda aumenta.
Bem inferior = o consumidor compra menos dele quando sua renda aumenta.
Como as Variações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor:
O que são efeito renda e efeito substituição?
Efeito renda = a variação de consumo que ocorre quando uma mudança de preço move o
consumidor para uma curva de indiferença mais elevada ou menos elevada.

Efeito substituição = a variação de consumo que ocorre quando uma mudança de preço
move o consumidor ao longo de uma dada curva de indiferença até um ponto com uma
nova taxa marginal de substituição.

Todas as Curvas de Demanda Têm Inclinação Negativa?


As curvas de demanda podem, em alguns casos, ter inclinação positiva.

O que é um bem de Giffen?


É um bem que viola a lei da demanda e, quando seu preço sobe, a quantidade demandada
também sobe.
MANUAL DE ECONOMIA DA USP – CAPÍTULO 5 – A TEORIA DO CONSUMIDOR

O que é utilidade total?


É a utilidade do consumo de todas as unidades de um bem.

O que é utilidade marginal?


É a utilidade que a última unidade consumida acrescenta à utilidade total. Geralmente, à
medida que o consumo de uma mercadoria aumenta, o prazer decorrente de uma unidade
adicional, ou seja, a utilidade marginal, diminui.

O que diz a Lei da Utilidade Marginal Decrescente?


À medida que aumenta o consumo de determinada mercadoria, a utilidade marginal dela
diminui.

Qual a fórmula que representa a relação entre utilidade total e utilidade marginal?
Utilidade total de N unidades = Soma das utilidades marginais da primeira até a N-ésima
mercadoria.

O que é o preço marginal de reserva?


É o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por cada unidade adicional da
mercadoria.

Quando é atingido o equilíbrio do consumidor?


Quando a quantidade consumida for aquela para a qual o preço marginal de reserva é igual
ao preço efetivo de mercado.
CAPÍTULO 13 – CUSTOS DE PRODUÇÃO

O que é Receita Total?


É o montante que uma empresa recebe pela venda de sua produção.

O que é Custo Total?


É o montante que a empresa paga por seus insumos.

O que é Lucro?
Lucro = Receita total – Custo total

O que são custos explícitos?


São os custos dos insumos que exigem desembolso de dinheiro por parte da empresa. Por
exemplo, quando a empresa gasta mil reais para comprar farinha.

O que são custos implícitos?


São os custos que não exigem desembolso de dinheiro por parte da empresa. O custo total
do negócio é a soma dos custos explícitos e implícitos.

Qual a diferença entre economistas e contadores na contabilização dos custos?


Os economistas estão interessados nos custos expícitos e implícitos. Já os contadores, por
acompanharem o fluxo de caixa, estão interessados nos custos explícitos.

O que é lucro econômico?


É a receita total menos todos os custos de oportunidade (explícitos e implícitos) da
produção.

O que é lucro contábil?


É a receita total menos os custos explícitos.

O que é a função de produção?


É a relação entre a quantidade de insumos para produzir um bem e a quantidade produzida
desse bem.

O que é o produto marginal?


É o aumento da produção que resulta de uma unidade adicional de insumo.

À medida que a quantidade de insumo aumenta, o produto marginal diminui. Essa


propriedade é chamada produto marginal decrescente.
O que são custos fixos?
São os custos que não variam com a quantidade produzida. A empresa terá de pagá-los
mesmo que não produza nada. Ex.: aluguel, salários, etc.

O que são custos variáveis?


São os custos que mudam à medida que a quantidade produzida varia.

Obs.: O custo total de uma empresa é a soma dos custos fixos e variáveis.

O que é custo total médio?


É o custo total dividido pela quantidade produzida.

O que é custo fixo médio?


São os custos fixos divididos pela quantidade produzida.

O que é custo variável médio?


São os custos variáveis divididos pela quantidade produzida.
O que é custo marginal?
É o aumento no custo total decorrente da produção de uma unidade adicional.

Custo total médio = Custo total / Quantidade

Custo marginal = Variação do custo total / Variação da quantidade

Quais são as três características específicas que podem ser apreendidas da análise gráfica?
1) Custo marginal ascendente: o custo marginal do gráfico aumenta com a quantidade
produzida.
2) Curva de Custo Total Médio é em forma de U: O custo total médio é a soma do custo fixo
médio + o custo variável médio. O custo fixo médio sempre diminui à medida que a
produção aumenta. O custo variável médio costuma aumentar. O ponto mais baixo da curva
em U do CTM ocorre na quantidade que minimiza o CTM, chamada de escala eficiente da
empresa.
3) A relação entre o Custo Marginal e o Custo Total Médio: Sempre que o CMg for menor
que o CTM, o CTM estará em queda. Sempre que o Cmg for maior que o CTM, o CTM estará
aumentando. A curva de custo marginal cruza com a curva de custo total médio em seu
ponto mínimo.
O que são economias de escala?
É quando a curva de CTM de longo prazo decresce com o aumento de produção.

O que são deseconomias de escala?


É quando o CTM de longo prazo aumenta com a produção.

O que são retornos constantes de escala?


É quando o CTM de longo prazo não varia com o nível de produção.

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