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Economia

2022.1
Prof. Leonardo Leocádio
leoleocadio@gmail.com

Material 3
Sobre o professor:
Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal do
Ceará (UFC) e graduado em Economia pela Universidade Federal do Maranhão.

Professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, atuando no Departamento de


Contabilidade e no Programa de Pós-Graduação em Energia e Ambiente
(PPGEA/UFMA).

Experiência profissional multidisciplinar adquirida em empresas no setor de energia


elétrica, mineração, confecção, consultoria empresarial e educação.

Desenvolve projetos de consultoria e pesquisas nas áreas de terceirização, redes de


valor, franquias, práticas da gestão do conhecimento e pequenas e médias empresas.

Site: http://leoleocadio.blogspot.com

Currículo detalhado (plataforma lattes): http://lattes.cnpq.br/


Pensando como um economista

Necessidade Humana

Pode ser caracterizada como a sensação de carência de


algo associado ao desejo de satisfazê-la.

Exemplos: alimentação, vestuário (necessidade individual) /


justiça, estradas (necessidade coletiva).

A necessidade humana também pode ser caracterizada


como variada e ilimitada (princípio de insaciabilidade).
Fatores de Produção

Os fatores de produção (meios produtivos) são conjunto de


recursos, escassos e passíveis de uso alternativos,
utilizados na produção dos bens e serviços com vista a
satisfazer as variadas e ilimitadas necessidades humanas.

No geral, os fatores de produção são classificados como


TERRA, CAPITAL (máquinas e prédios) e TRABALHO.
Tierra
ERA AGRÍCOLA
ERA DEL CONOCIMIENTO

Capital Conocimiento

ERA INDUSTRIAL

Trabajo

Evolución de la Economía
Fuente: Gorey; Dobat (1996) y Bueno; Murcia (2010)
Oferta e Demanda
Relembrando ... o que é o mercado?
Um grupo de compradores e vendedores de um produto

Oferta e Demanda
Oferta e Demanda são as palavras que os economistas
utilizam com mais freqüência, e com boas razões.

Oferta e Demanda são as forças que movem as economias


de mercado.

Determina a quantidade produzida de cada bem e o preço


pelo qual será vendido.
Comportamento dos compradores: demanda
Quantidade demanda: quantidade do bem que os
compradores desejam e podem comprar

Determinantes da Demanda Individual - fatores que


influenciam a decisão para comprar determinado bem:

1. PREÇO
2. RENDA
3. PREÇO DOS PRODUTOS RELACIONADOS
4. GOSTO
5. EXPECTATIVAS
Para fazer as análises ....

Ceteris Paribus :

Expressão latina utilizada como “ outras coisas sendo


iguais”.

É usada para lembrar que todas as variáveis, com exceção


da que está sendo estudada, são mantidas constantes.
Vale ressaltar que a expressão Ceteris Paribus refere-se a
uma situação hipotética na qual algumas variáveis são
mantidas constantes.

Já no “ mundo real ” , várias coisas se alteram


simultaneamente. Portanto, ao analisarmos oferta e
demanda é importante termos em mente o que está sendo
mantido constante e o que está sendo alterado.
1. Preço:

↑ Preço = ↓ Demanda

↓ Preço = ↑ Demanda

Essa relação entre preço e demanda é chamada de Lei da


Demanda, ou seja, tudo mantido constante, a quantidade
demandada de um produto aumenta quando o preço do
produto diminui.
2. Renda:

↓ Renda = ↓ Demanda

↑ Renda = ↑ Demanda

Essa relação entre ↓ Renda = ↓ Demanda ou


↑ Renda = ↑ Demanda é válida para a maioria dos bens
chamados de Bem Normal.

Bem Normal = um bem para o qual, tudo o mais mantido


constante, um aumento na renda provoca um aumento
na quantidade demandada.
Entretanto, as vezes a relação entre renda e demanda é:
↓ Renda = ↑ Demanda

Essa relação acontece apenas quando se trata de um


Bem Inferior.

Por exemplo, as passagens de ônibus.


3. Preço dos produtos relacionados:

Quando a queda no preço de um bem reduz a demanda por


outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos, ou
seja, dois bens para os quais, tudo o mais mantido
constante, um aumento no preço de um deles aumenta a
demanda pelo outro

↓ Preço de um bem = ↓ Demanda de outro bem

Exemplo:
↓ Preço do cinema = ↓ demanda por aluguel de DVD
Entretanto, as vezes a relação entre o preço de um
bem e a demanda é:

↓ Preço de um bem = ↑ Demanda de outro bem

Essa relação ocorre quando se trata de bens complementares

Exemplo:
↓ Preço do presunto = ↑ Demanda por pão
4. Gosto:

↑ Gosto = ↑ Demanda

O mais óbvio determinante para sua demanda são seus


gostos. Porém, os economistas não tentam explicar os
gostos das pessoas porque estes se baseiam em forças
históricas ou psicológicas

Ou seja, obviamente, quanto mais você gosta de um bem


mais você compra aquele bem
5. Expectativas:

Suas expectativas quanto ao futuro podem afetar hoje a sua


demanda por determinado bem ou serviço.

Por exemplo, se você espera receber um aumento de


salário no próximo mês você pode estar disposto a apostar
parte da sua poupança (reserva) hoje.
Demanda de Mercado x Demanda Individual:

Até agora as explicações foram sobre demanda individual


(de uma pessoa para um produto).

Entretanto, para avaliar o funcionamento dos mercados


precisamos determinar a demanda de mercado, que é o
somatório de todas as demandas individuais.
Vale destacar, portanto, que a quantidade demandada pelo
mercado depende do preço, preço dos produtos
relacionados, gostos, renda, expectativas e também do
número de compradores.

Quanto maior o número de compradores maior a


quantidade demandada a cada preço.
Comportamento dos vendedores: oferta
Quantidade oferecida ou ofertada: é a quantidade de um
bem ou serviço que os vendedores querem e podem
vender.

Determinantes da oferta individual - fatores que


determinam a quantidade de um produto que os
vendedores estão disposto as produzir e colocar a venda:

1. Preço
2. Preço dos insumos
3. Tecnologia
4. Expectativas
1. Preço:

↑ Preço = ↑ Lucro = ↑ Oferta

↓ Preço = ↓ Lucro = ↓ Oferta

Ou seja, quando o preço de um produto é alto (↑Preço ), a


venda desse produto fica lucrativa (↑Lucro ) e a quantidade
oferecida aumenta (↑Oferta).

Essa situação permite que o vendedor desse produto


trabalhe mais horas, compre mais máquinas e contrate
mais funcionários
Por outro lado, se o preço desse produto for baixo (↓Preço),
o negócio será menos lucrativo (↓Lucro) e a quantidade
oferecida será menor (↓Oferta).

Se o preço desse produto cair mais ainda, o vendedor


poderá achar mais conveniente encerrar as atividades da
produção desse bem e a quantidade oferecida cairá para
zero, ou seja, ↓↓↓Preço = ↓↓↓Lucro = Zero oferta.
Essa relação entre PREÇO e OFERTA é chamada Lei da
Oferta.

Ou seja, quando tudo o mais mantido constante, a


quantidade oferecida de um produto aumenta, quando o
seu preço aumenta.
2. Preço do insumos:

↑ Preço dos insumos = ↓ Lucro = ↓ Oferta

Qualquer produto necessita de vários insumos para serem


produzidos (aluguel, matéria-prima, máquinas...).

Quando o preço de um ou mais desse insumos aumenta


(↑Preço dos insumos), a produção desse produto se torna
menos lucrativa (↓Lucro) e o produtor passa a oferecer
menos desse produto (↓Oferta).
3. Tecnologia:

↑ Tecnologia = ↓ Custos = ↑ Oferta

A tecnologia para transformar insumos em produtos


acabados é outro determinante da quantidade oferecida.

A evolução das máquinas/equipamentos, por exemplo,


reduz a quantidade de trabalho necessária e,
consequentemente, reduz os custos da empresa e aumenta
a quantidade oferecida.
4. Expectativas:

A quantidade de produto oferecida hoje pode depender das


expectativas do vendedor quanto ao futuro.

Ou seja, se o vendedor espera que o preço aumente no


futuro, ele vai estocar parte do produto produzido hoje e
assim oferecerá hoje menos produto.
Oferta de Mercado x Oferta Individual:

Até agora as explicações foram sobre oferta individual.


Para analisar o funcionamento dos mercados é
necessário a oferta de mercado, que é o somatório das
ofertas de todos os vendedores.

A quantidade oferecida no Mercado depende, portanto, do


preço, preço dos insumos, tecnologia e expectativas, bem
como do número de vendedores.
Demanda e Oferta

Agora vamos analisar a oferta e a demanda em conjunto


para observar como elas determinam a quantidade de um
bem vendido ao mercado e seu preço.
Equilíbrio:
Situação em que a oferta e a demanda coincidem.

Em uma situação gráfica, o ponto em que as curvas de


oferta e demanda se cruzam é chamado de Equilíbrio de
mercado.

Esse ponto determina o preço de equilíbrio e a quantidade


de equilíbrio.

O preço de equilíbrio define que a quantidade do produto


que os compradores desejam comprar é exatamente igual a
quantidade que os vendedores desejam vender. Vejamos o
gráfico 6:
Equilíbrio de Mercado

Preço R$

OFERTA

Preço de Equilíbrio
2,00 Equilíbrio

6
DEMANDA

Quantidade de Equilíbrio

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade Ofertada
Equilíbrio de Mercado

Preço R$

OFERTA

3,00

Preço de Equilíbrio
2,00 Equilíbrio

1,00

6
DEMANDA

Quantidade de Equilíbrio

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade Ofertada
Excesso de oferta:
Situação em que a quantidade oferecida é maior que a
quantidade demandada.

Excesso de demanda:
Situação em que a quantidade demandada é maior que a
quantidade oferecida.
Essas situações mostram que os mercados estão fora do
equilíbrio, portanto, em ambos os casos, o ajustamento
dos preços conduz o mercado em direção ao equilíbrio
entre oferta e demanda.

Esse ajustamento dos preços que leva ao equilíbrio de


mercado acontece de forma natural através das
atividades/ações de muitos compradores e vendedores.
Lei da Oferta e da Demanda

O preço de qualquer produto se ajusta de forma a equilibrar


a oferta e a demanda desses produtos.
Mão Invisível do Mercado

Baseada nessa teoria de Adam Smith, entende-se que o


equilíbrio da oferta e da demanda maximiza a soma dos
excedentes do produtor e do consumidor.

Os mercados alocam recursos escassos mediante as forças


da oferta e da demanda, sendo que de forma geral, o
equilíbrio da oferta e da demanda é um meio eficiente de
alocação de recursos.
Leitura obrigatória:

- MANKIW, N. Gregory. Introdução a Economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio


de janeiro: Campus, 2001.

Leituras complementares:

- KRUGMAN, P., WELLS, R. Introdução à Economia. Rio de janeiro: Campus, 2007.

- GREMAUD et. al. Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 2009.

- ROSSETI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2002.

- VASCONCELOS, M. A. S., GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva,


2008.

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