Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.1. Objectivos.........................................................................................................................2
2. Conceito da cultura.................................................................................................................3
3. Conclusão................................................................................................................................8
4. Referências bibliográficas.......................................................................................................9
1. Introdução
A cultura é, e sempre foi, tema central ao desenvolvimento. Como uma dimensão natural e
fundamental da vida das pessoas, a cultura deve estar integrada na política e na programação
do desenvolvimento.
As culturas devem ser vistas em seu contexto mais amplo: elas influenciam e são
influenciadas por circunstâncias externas e, em resposta a elas, se modificam. As culturas não
são estáticas; as pessoas estão continuamente envolvidas em remodelá-las, embora alguns
aspectos da cultura continuem a influenciar escolhas e estilos de vida por períodos muito
longos.
Os costumes, normas, comportamentos e atitudes culturais são tão variados quanto ambíguos
e dinâmicos. É arriscado generalizar e é particularmente perigoso julgar uma cultura pelas
normas e valores de outra. Tal simplificação excessiva pode levar à presunção de que todo
membro de uma cultura pensa de forma idêntica. Isso não somente se trata de uma percepção
equivocada, mas ignora um dos accionadores da mudança cultural, que são as múltiplas
expressões da resistência interna, a partir das quais as transições emergem.
1
1.1. Objectivos
Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema
em destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.
2
2. Conceito da cultura
A cultura define-se como hábitos, expectativas, comportamentos, ritos, valores e crenças que
grupos humanos desenvolvem na história. A cultura é o produto da interacção de pessoas,
ideias e ambiente. Através da cultura e tradição, as pessoas aprendem comportamentos aceites
como “certos” ou errados. (Lourenço, s/a, p. 77).
Esses entendimentos comuns, que podem reflectir-se em símbolos, valores, normas, crenças,
relações e diferentes formas de expressão criativa, influenciam a maneira como as pessoas
“lidam com seu mundo diariamente, de maneira ampla ou restrita”; “moldam a maneira como
as coisas são feitas e o entendimento do porquê terem de ser feitas”; proporcionam uma lente
por meio da qual as pessoas interpretam sua sociedade.
Valor: é uma crença que é importante para um indivíduo. Os valores podem ser influenciados
por factores religiosos, educativos ou culturais, ou por outras experiências pessoais. Mesmo
entre as pessoas da mesma cultura, com vários pontos em comum, tem havido diferença entre
seus valores. É muito raro, quase impossível entrar dois indivíduos que tenham valores
idênticos. (Lourenço, s/a, p. 77).
Ritos: são cerimónias que as pessoas realizam para entrar em contacto com os deuses,
antepassados, e forças invisíveis. Os ritos de iniciação: são cerimónias que preparamos os
adolescentes para vida adulta, quando atinge determinada idade. Os ritos são usados não só
para ensinar assuntos ligados a sexo, mais também relativo a vida tais como: amor, casamento
e respeito em geral. ((Lourenço, s/a, p. 77).
3
2.1. Igualdade de género
A igualdade de género apresenta-se actualmente como uma questão complexa e revestida de
inúmeras interpretações: umas que a consideram alcançada; outras que não lhe reconhecem
importância; e outras, ainda, que a consideram de difícil alcance (Ferreira, 2013).
A Comissão Europeia (1998: 31) define a igualdade de género como: “o conceito que
significa, por um lado, que todos os seres humanos são livres de desenvolver as suas
capacidades pessoais e de fazer opções, independentes dos papéis atribuídos a homens e
mulheres e, por outro, que os diversos comportamentos, aspirações e necessidades de
mulheres e homens são igualmente considerados e valorizados”.
A Igualdade entre mulheres e homens é uma questão de direitos humanos e uma condição de
justiça social, sendo igualmente um requisito necessário e fundamental para a igualdade, o
desenvolvimento e a paz. A Igualdade de Género exige que, numa sociedade, homens e
mulheres gozem das mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as
áreas. Devem e beneficiar das mesmas condições:
No acesso à educação
Nas oportunidades no trabalho e na carreira profissional
No acesso à saúde
No acesso ao poder e influência
4
Considerando que a formação da identidade de género, enquanto uma pertença individual de
cada sujeito que pertence a uma categoria, ocorre na mais tenra idade, será importante que
esta problemática seja abordada em contexto familiar e de educação pré- escolar, pois aí se
inicia o processo de aprendizagem social das crianças e, como dizem Cardona et. al. (op. cit.:
20) “ o género é uma das primeiras categorias que a criança aprende, facto que exerce uma
influência marcante na organização do seu mundo social e na forma como se avalia a si
própria e como percepciona as pessoas que a rodeiam.”
Krieger citado pelo Araújo e Ettinger (2017, p. 191), o que se constituir em oposição a isto
estará fundado em preceitos discriminatórios devendo ser combatido, anulado e reconstituído
“em razão da aplicação ampla do princípio da isonomia”.
As crenças culturais e preceitos religiosos faziam da mulher sob domínio, submetida aos que
as impediam, inclusive, de ter acesso à educação. As ordenações Filipinas, que regeram a
5
sociedade por determinado período da época colonial, davam aos homens o direito de aplicar
castigos físicos às mulheres, caso os desobedecessem. (Araújo e Ettinger, 2017, p. 191).
O nível de trabalho de uma mulher determina fortemente o padrão de vida da sua família bem
como a educação, futuro e potenciais oportunidades dos seus filhos e filhas. As mulheres,
principalmente nos países em desenvolvimento, exercem um papel central na sobrevivência e
economia da família, quer como sustento, quer como responsáveis pela gestão da vida e
recursos da família. (Collier, 2007, p. 44).
Quando as mulheres, principalmente as que não estão em situação de pobreza e exclusão, não
podem trabalhar por incapacidade ou doença, a sobrevivência da sua própria família está em
causa.
Estes direitos iguais nos quais as mulheres eram negadas estavam relacionados a: terra,
propriedade, educação, alimento, oportunidade de emprego e poder de decisão, mais
actualmente elas exercem os tais direitos. (Lourenço, s/a, p. 76).
6
Tem havido considerável discussão sobre a universalidade dos direitos humanos, mas essa
discussão vem, em geral, negligenciando as inter-relações fundamentais entre os direitos
humanos e as culturas. O marco dos direitos humanos inclui protecções para os direitos
colectivos de grupos assim como para os direitos dos indivíduos; entre esses está o direito à
saúde, incluindo a saúde reprodutiva.
Aspectos negativos
7
3. Conclusão
Após a ter feito a leitura do trabalho, conclui-se que a mulher foi inferiorizada para
corresponder a um padrão socialmente instituído. Um padrão cultural que um dia considerou
que o normal era o homem ter o comando supremo sobre a vida da mulher, promovendo o
sexismo, como um dos pilares da desigualdade entre o género masculino e feminino.
Para desconstruir esse valor soberano foi necessário um despertar colectivo que, por meio das
lutas, providenciou tornar visíveis os interesses das mulheres e seus desejos de mudanças.
Dentre os principais anseios, figurava a vontade delas de serem reconhecidas e amparadas
como sujeitos de Direitos.
Com esse novo entendimento, a mulher -se insere como sujeito de Direito, necessitando de
protecção por sua condição histórica de submissão. um aparato Internacional de protecção das
mulheres, os quais serviram de parâmetro para os Estados signatários promulgarem leis e
estabelecerem redes de protecção das mulheres nas suas acções governamentais.
8
4. Referências bibliográficas
APF – Associação para o planeamento da família. (s/a). Igualdade de Género. Disponível em:
http://www.apf.pt/violencia-sexual-e-de-genero/igualdade-de-genero. Acesso no dia 05 de
Junho de 2021.
Cardona, M.; Nogueira, C; Vieira, C; Uva, M.; Tavares, T. (2010). Guião de educação género
e cidadania - pré- escolar. CIG. Lisboa, Portugal.
Comissão Europeia (CE, 1998). A igualdade em 100 palavras - Glossário de termos sobre
igualdade entre mulheres e homens. Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias.