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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á DISTANCIA

TEMA: A EXCURSÃO GEOGRÁFICA COMO FORMA DE


ORGANIZAÇÃO DE ENSINO DE GEOGRAFIA, PLANIFICAÇÃO DO
ENSINO DE GEOGRAFIA E AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO
DE GEOGRAFIA

Isabel Ernesto Manuel José


708213137

Curso: Geografia
Disciplina: Didáctica de Geografia I
Ano de Frequência: 2º Ano
Turma: A

Tutor: Msc.Sérgio Arnaldo Gove

BEIRA, SETEMBRO DE 2022


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Categoria Indicadores Padrões Classificação
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máxima tutor
Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização 1.0
(indicação clara do
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do trabalho
Articulação e 2.0
domínio do
discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
Conteúdo coerência/coesão
Análise e textual).
discussão Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo.
Exploração dos 2.0
dados.
Conclusão Contributos 2.0
teóricos práticos.
Paginação, tipo e 1.0
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas.
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência 4.0
bibliográficas Edição em das
citações e citações/referências
bibliografia. bibliográficas.
Recomendações de melhoria
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Índice
1.Introdução .................................................................................................................... 5

1.1.Objectivos ............................................................................................................. 5

1.1.1. Objectivo geral .............................................................................................. 5

1.1.2.Objectivos específicos........................................................................................ 5

1.2.Metodologia .......................................................................................................... 5

2.A EXCURSÃO GEOGRÁFICA COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE


ENSINO DE GEOGRAFIA, PLANIFICAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA E
AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO DE GEOGRAFIA ............................................ 6

2.1.Excursões Geográficas .......................................................................................... 6

2.1.1.Aspectos metodológicos da excursão geográfica: .......................................... 6

2.2.Tipos de aula–excursão: ........................................................................................ 7

2.3.Importância da aula–excursão:.............................................................................. 8

2.4.OPlano de aula: ..................................................................................................... 8

2.4.1.Elementos do plano deaula: ............................................................................ 9

2.5.Organização e realização da aula .......................................................................... 9

2.5.1.Passos do EPA .............................................................................................. 10

2.6.Tipos de aulas...................................................................................................... 10

2.7.Tipos de avaliação:.............................................................................................. 11

2.8.Formas de avaliação ............................................................................................ 11

2.9.Importância da avaliação: ................................................................................... 12

3.Conclusão .................................................................................................................. 13

Referências bibliográficas ............................................................................................ 14


1. Introdução
O presente trabalho compreende a excursão geográfica como forma de organização de ensino
de geografia, planificação do ensino de geografia e avaliação no processo de ensino de
geografia, na perspectiva de buscar bases que poderão fundamentar o tópico em questão com
vista a transmitir um saber, visto que diariamente, apercebemo-nos da importância de
planearmos os nossos afazeres e mesmo a nossa vida para concretizar os objectivos e sonhos
que temos.
Não raro, os planos que fazemos são alterados em função de circunstâncias novas que vão
surgindo e, adaptando-se continuamente, são orientações que nos ajudam a seguir o caminho
que traçamos e que queremos para nós.
Se a nível individual o acto de planear é muito importante, torna-se fundamental e, cada vez
mais, imprescindível para a realização duma aula ou para levar a cabo o processo de ensino –
aprendizagem.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender a excursão geográfica como forma de organização de ensino de
geografia, planificação do ensino de geografia e avaliação no processo de
ensino de geografia.

1.1.2. Objectivos específicos


 Explicar a importância das visitas dirigidas;
 Identificar os tipos de aulas-excursão;
 Destacar os passos da organização e realização da aula;
 Destacar os tipos de aulas;
 Destacar os tipos de avaliação e;
 Destacar a importância de avaliação.

1.2. Metodologia
Para a elaboração do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica que consiste na
busca de informações em materiais já elaborados para a fundamentação teórica.

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2. A EXCURSÃO GEOGRÁFICA COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE
ENSINO DE GEOGRAFIA, PLANIFICAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA
E AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO DE GEOGRAFIA
2.1. Excursões Geográficas
Excursão, etimologicamente e passeio, sair do habitual para fora. Neste caso da
disciplina de geografia é sair da sala, mas com os conteúdos para a produção de
conhecimentos científicos. Dai que a observação deve ser orientada em função dos objectivos
pedagógicos. Esta é uma aula especial. Isso porque, vamos levar o meio geográfico para fora
tendo como método a observação directa e criteriosa do objecto geográfico.

Aula – excursão – é uma forma especial do ensino de geografia em que os alunos sob
orientação do professor observam e analisam os objectos geográficos no seu meio natural. Ex.
A rocha como objecto geográfico.
A aula – excursão não é um simples passeio, e, deve ter sempre um plano de aula. O método
mais usado nesta caso é o de observação directa, o que ajuda a recolher dados suficientes para
a aula.

2.1.1. Aspectos metodológicos da excursão geográfica:


Para a realização de aula – excursão, deve-se obedecer as seguintes fases:
1ª Fase: Planificação – que corresponde a previsão das actividades. Tem dois níveis:
a) No Pano Semestral, Trimestral ou Anual.
 Para preparar os meios necessários para suportar uma viagem ou evitar sobreposição
das disciplinas.
 Fazer o reconhecimento do local.
 Avisar com antecedência aos pais e encarregados de educação, a direcção da escola e
dentro do grupo de disciplina.
 Procurar patrocínio.

b) No Plano Quinzenal
 O professor deve apresentar um plano de aula excursão com: Objectivos a atingir,
meios necessários, local, duração, conteúdos, número de participantes, etc.
 Seleccionar o material a levar para a excursão pelos alunos e pelo professor.

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Traçar o itinerário (programa de locais a visitar durante a excursão) com os alunos e definir
com clareza o que vão observar.

2ª Fase: Realização da aula – excursão


Concluídos os níveis de planificação começa com a aula excursão.
Os alunos e o professor devem:
 Observar com atenção o fenómeno;
 Anotar e descrever o que estão observando;
 A seguir faz-se uma sistematização tendo em conta as relações que são estabelecidas,
porquê, como, com que frequência, etc.
 A etapa final é a avaliação. Pede-se o relatório dos alunos para ver se houve a
consolidação dos conhecimentos, desenvolvimento de pressupostos e aquisição de
novos conhecimentos. Assim o professor testa o cumprimento dos objectivos da aula –
excursão.

Visitas dirigidas:
As visitas dirigidas são muito importantes para o ensino d geografia, apesar de não ser
uma aula – excursão propriamente dita, também ocorrem fora da sala de aula, elas podem
surgir da necessidade concreta de explicar ou exemplificar um conteúdo de uma unidade e,
dependendo das condições existentes ao redor da escola, pode-se realizar numa paisagem ou
dentro de uma instituição.

2.2. Tipos de aula – excursão:


 Aula – Excursão de Observação – É de motivação. Realiza-se antes dos conteúdos
programados serem apresentados na sala de aulas.
 Aula – Excursão de Recolha de Informação: É realizasse durante o decurso de uma
unidade.
 Aula – Excursão de Consolidação: É realizada depois duma unidade ou aula na sala
de aulas.
Dado o potencial educativo que a aula-excursão tem, o professor de geografia deve assumir a
aula-excursão como parte integrante das aulas de geografia dentro do Programa Nacional de
Ensino (PNE).

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2.3. Importância da aula – excursão:
 Estimula aos alunos, criando interesse pela cadeira.
 Serve para consolidar e aprofundar os conhecimentos.
 Os alunos desenvolvem a sua abstracção (actividade
 mental).
 Torna o ensino dinâmico porque saem da sala de aulas e confrontam-se com a
realidade.
 Há forte relação entre a teoria e a prática.
 Há aproximação Escola - Comunidade.
 Reforça a capacidade de observação e de abstracção no aluno, este foge memorização
indo a imaginação e criatividade científica.
 Ajuda o aluno a interpretar o mundo material a partir duma base científica e não
empírica.
Em fim, a aula – excursão permite a realização da transposição didáctica, permite um melhor
enquadramento e operacionalização do triângulo didáctico, torna o conhecimento do aluno
mais profundo e crítico e, também permite a concretização do Heimat princip.

2.4. O Plano de aula:


Diariamente, apercebemo-nos da importância de planearmos os nossos afazeres e mesmo a
nossa vida para concretizar os objectivos e sonhos que temos.
Não raro, os planos que fazemos são alterados em função de circunstâncias novas que vão
surgindo e, adaptando-se continuamente, são orientações que nos ajudam a seguir o caminho
que traçamos e que queremos para nós.
Se a nível individual o acto de planear é muito importante, torna-se fundamental e, cada vez
mais, imprescindível para a realização duma aula ou para levar a cabo o processo de ensino –
aprendizagem.
A planificação é um processo complexo que implica o conhecimento do integral do PE, dos
conteúdos, dos alunos e espaço sobre o qual incide, o reconhecimento e previsão de
necessidades de aplicação, a definição de objectivos e a proposta de meios para alcançar.
O Plano de aula constitui um instrumento regulador ou orientador que rege as intervenções
do professor e do aluno para cada situação da aula.

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2.4.1. Elementos do plano de aula:
Num plano de aula devem estar contidos os seguintes elementos:
 Tempo;
 Fases da aula;
 Funções didácticas;
 Princípios didácticos;
 Conteúdos;
 Actividades do professor;
 Actividades do aluno;
 Métodos;
 Meios;
 Observação, para além dos objectivos gerais, instrutivos e educativos, tipo de aula,
fundamentação e bibliografia.

O plano de aulas não pode ser estático, pois, nem todas as normas e regulamentos de um
plano são de realização obrigatória; muitas apontam apenas, as formas mais indicadas de
realização duma aula. Mas, isso não dispensa a presença do plano na sala de aulas.

2.5. Organização e realização da aula


A aula é constituída por diferentes etapas e cada uma dessas etapas cumpre uma
determinada finalidade pedagógica no processo da aquisição de conhecimentos. Esta
finalidade pedagógica é a que chamamos de função didáctica (FD).

Função didáctica (FD), são orientações que o professor deve ter em consideração
para a realização do processo completo de aquisição de conhecimentos e outras capacidades
para o desenvolvimento da personalidade.

Estimulação e preparação da aprendizagem (EPA), visa criar condições de estudo através da


mobilização da atenção e interesse dos alunos. Objectiva também a criação duma atitude
favorável ao estudo e a ligação da matéria nova com a matéria das aulas anteriores. A matéria
pode ser apresentada como um problema a ser resolvido durante a aula.

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2.5.1. Passos do EPA
1º Passo: Motivação, orientação aos objectivos e garanta do nível\ inicial.
A motivação começa nos primeiros 5 minutos, mas deve ser permanente em toda aula.
A orientação aos objectivos consiste em transformar um objectivo pedagógico em
objectivo dos alunos. O professor procura levar os alunos ao estudo da matéria e estimula nos\
alunos o desejo de dominar novos conhecimentos para novos progressos. Por outro lado, o
professor orienta os alunos aos aspectos importantes da aula.
A garantia do nível inicial, é uma ponta entre o não conhecido e o conhecido. Assim, o
ensino da Geografia conhece uma contínua progressão.

Transmissão do conteúdo novo (TCN), permite organizar e garantir a aquisição de


novos conhecimentos e as actividades (do professor e do aluno).
A TCN pode ser dividida em factos (facto 1e facto 2). Por exemplo: se o tema da aula
for o relevo de Moçambique e o tempo é de 45 minutos, o professor poderá integrar aspectos
como conceito; formas de relevo; características do relevo; localização. Assim, temos quarto
(4) factos.

2º Consolidação - É complexa e geral. Consiste na fixação, na memória dos principais


conhecimentos, capacidades, hábitos, convicções e atitudes para que num período mais ou
menos longo sejam reproduzidos ou aplicados.

Formas de Consolidação:
 A repetição (repetir a matéria de forma resumida);
 A Exercitação;
 A aplicação;
 A sistematização

2.6. Tipos de aulas


Os tipos de aulas distinguem-se a partir da função didáctica predominante. Assim
temos:
 Aula de introdução;
 Aula de transmissão de conteúdos novos;
 Aula de consolidação (repetição);

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 Aula de aplicação (exercícios);
 Aula de controlo e avaliação (testes).

2.7. Tipos de avaliação:


Avaliação é um componente do processo de ensino que visa através da verificação e
qualificação dos resultados determinar a correspondência destes com os objectivos propostos
e dai orientar a tomada de decisões em relação as actividades didácticas seguintes.
Portanto, avaliação não é só atribuir notas.
A avaliação tem como principais funções, as seguintes:
Pedagógica didáctica – esta função evidencia as finalidades sociais do ensino, pois,
detêm-se a avaliar o cumprimento dos objectivos gerais de ensino, a partir dos programas de
ensino.

Função diagnostica – permite verificar os conhecimentos, pressupostos,


particularidades dos alunos no inicio duma tarefa pedagógico didáctico escolar, durante e no
fim do processo de ensino e aprendizagem (aula, trimestre, semestre). Durante o processo visa
acompanhar com padrões aceitáveis a condução do ensino. No final a avaliação diagnostica
permite a verificação final como fonte de realimentacão do processo.
Controlo – refere-se aos meios e a frequência das verificações e a qualificação dos
resultados. Fornece informação ao professor e ao aluno sobre o rendimento do processo de
ensino - aprendizagem, ajudando na classificação. Assim podemos destacar como tipos de
avaliação, as seguintes:
Avaliação Formativa – quando visa determinar a posição do aluno ao longo duma
unidade, para identificar dificuldades e ou soluções. Por exemplo testes diagnósticos e A.C.S
(avaliação de controlo sistemático).
Avaliação Sumativa – aquela que a juíza o processo realizado pelo aluno no sentido
de aferir resultados recolhidos na avaliação formativa e obter indicadores que permitam
aperfeiçoar o processo de ensino. Pode acontecer no final da unidade, parte do programa e
exame final. É o caso de A.C.P (avaliação de controlo periódico),
A.C.F (avaliação de controlo final) e Exames.

2.8. Formas de avaliação


As avaliações podem ser apresentadas aos alunos das seguintes formas:

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 Prova dissertativa – o aluno exprime-se por palavras suas, próprias. Ex. Explicar,
comparar, analisar, caracterizar, avaliar, etc;
 Prova de questões objectivas – o que é, como é, o que são, porquê,
 Questões de verdadeiro (V) ou falso (F).
 Questões de lacunas.
 Questões de correspondência.
 Questões de escolha múltipla. Por ex. Escolha a resposta mais correcta.
 Questões de ordenação. Por ex. O ciclo da agua, o aluno é pedido para ordenar as fases
em etapas.
 Prova de questões de identificação (legenda).

2.9. Importância da avaliação:


 Permite medir o nível de assimilação dos conteúdos (nos alunos) abordados ao longo
das aulas.
 Avaliar o grau de cumprimento dos objectivos traçados pelo professor.
 Estimular os alunos.
 Permite formular novas estratégias no processo de ensino – aprendizagem (aluno -
professor).

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3. Conclusão
Em gesto de fecho conclui-se que excursão, etimologicamente e passeio, sair do
habitual para fora. Neste caso da disciplina de geografia é sair da sala, mas com os conteúdos
para a produção de conhecimentos científicos. Dai que a observação deve ser orientada em
função dos objectivos pedagógicos. Esta é uma aula especial. Isso porque, vamos levar o meio
geográfico para fora tendo como método a observação directa e criteriosa do objecto
geográfico.

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Referências bibliográficas
1. CALLAI, Helena Copetti, “Espaço de Poder ou Poder do Espaço, Contexto e Educação,
V.3, 1986;
2. FRIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, 1994;
3. LACOSTE, Yves, A Geografia Isso Serve em primeiro lugar para fazer a guerra,
Campinas, São Paulo, Papirus, 1988;
4. MORIN, Edgard, A necessidade de um pensamento complexo, In: MENDES, C. (org)
Representações e Complexidade. Rio de Janeiro, Garamond, 2003;
5. RESENDE, Márcia Spyer, A Geografia do Aluno Trabalhador. Caminhos para uma
Prática de Ensino, São Paulo, Loyola, 1986;
6. SANTOS, M., “Por uma outra Globalização, 11,ed.Rio de Janeiro, Record, 2004;
7. SILVA, Aracy Lopes da, (org), A questão indígena na sala de aula, São Paulo, 1987;
8. STRAFORINI, R., Ensinar Geografia, o Desafio da Totalidade, São Paulo, 2004;
9. VESENTINI, José William (org), Geografia e Ensino – Textos Críticos, Campinas,
Papirus, 1980;

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