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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação À Distância (IED) -Tete

Trabalho-I
Abordagem das diferentes fases da evolução Geográfica

Zuela Augusto Manuel, 708220384

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Evolução ao Pensamento
Pensamento Geográfico
Ano de Frequência 1º/2022

Tete, Junho 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:
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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 4

1.1.Objectivos do estudo ................................................................................................... 5

1.1.1.Objectivo geral ..................................................................................................... 5

1.1.2.Objectivo específicos ........................................................................................ 5

1.2. Metodologias do trabalho ........................................................................................... 5

2. Pensamento histórico de geografia na antiguidade ....................................................... 6

2.1. Abordagem das diferentes fases da evolução da Geografia ................................... 6

2.1.1. Pontos de vista da geografia na antiguidade ........................................................... 7

2.1.2.Caracteriza das grandes correntes geográficas ..................................................... 7

2.1.3. As principais correntes do pensamento geográfico ................................................. 8

3.Conclusão ..................................................................................................................... 12

4.Referências Bibliográficas ........................................................................................... 13

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1.Introdução
O presente trabalho possui um carácter exploratório e tem como objectivo análise das ligações
entre das diferentes fases da evolução geográfica e as principais características das grandes
correntes geográficas é especialmente pertinente que será apresentada de forma sistematizada
e fragmentada, as ciências geográficas era realizada desde o surgimento do ser humano ao
formar afinidades com a natureza com estratégias de sobrevivência e coordenação como povos
nômades, navegadores e agricultores.
Na antiguidade os habitantes da Mesopotâmia e do Egito, procuravam identificar a
natureza,estudavam as regiões fluviais e da geometria para aperfeiçoar a agricultura. A
geografia apresenta como elemento de estudo o “espaço geográfico” características
culturais,econômicas, políticas e socio-ambientais, obtendo conceitos básicos da geografia
natureza, lugar, região, território, sociedade. O espaço geográfico possui um caráter histórico
e, por isso, é capaz de contar a história e as características da ação humana sobre o meio em
que vive.
A geografia ao pensamento geográfico teve início nas actividades mercantil que foi
responsável pelo alargamento do planeta. A importância da Geografia está relacionada à
necessidade de se conhecer o espaço geográfico. Este pode ser entendido como o espaço
produzido pelo homem e que está em constante transformação ao longo do tempo. Na
antiguidade Clássica aumentou as informações sobre as relações sociedade natureza, aspirando
conhecimentos para a organização política e econômica dos impérios.

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1.1.Objectivos do estudo
Face ao problema identificado são definidas os seguintes objectivos os quais irão orientar este
trabalho.

1.1.1.Objectivo geral
 Compreender abordagem da evolução ao pensamento geográfico na Antiguidade.

1.1.2.Objectivo específicos
 Analisar as contribuições para a construção da geografia como ciência;
 Caracterizar as grandes correntes geográficas;
 Descrever as diferentes fases da evolução da geografia;
 Descrever o histórico ao pensamento geografia na antiguidade;
 Trazer um breve esboço das principais correntes do pensamento geográfico.
1.2. Metodologias do trabalho
Conforme de Hegenberg (apud Lakatos e Marconi, 2007), método é o caminho pelo qual se
chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão, de
modo reflectido e deliberado. A presente pesquisa tem como delimitação científica uma
pesquisa qualitativa.A Evolucao ao Pensamento Geográfico, o historico da geografia ganha
novo contorno da sua importância à medida que contribui para a trajectória humana durante a
fase pré-científica.
Neste propósito, a abordagem empregou-se a pesquisa exploratória, com base em dados
secundários complementados com a revisão bibliográfica, uso de informações e dados
documentais em artigos de revistas especializadas, alguns deles encontrados nos sites de
internet.

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2. Pensamento histórico de geografia na antiguidade
A originalidade da palavra geografia vem do grego da Antiguidade, a mais de 2000 anos, que
significa: Geo (Terra) + grafia (descrição) = descrição da Terra, é um ramo da ciência tão
antigo quanto a abordagem da sua história do homem na Terra. É uma disciplina cheia de
complexidades e polêmica no seu processo evolutivo, o homem teve que conhecer a natureza,
representá-la e transformá-la, como forma de sobreviver e reproduzir-se socialmente. A
geografia ganha novo contorno da sua importância à medida que contribui para a trajectória
humana durante a fase pré-científica.

2.1. Abordagem das diferentes fases da evolução da Geografia


Na conformidade de Becker (2006), a fase pré-científica, teve início da sociedade até o
surgimento da escrita, é qual em que os povos primitivos transmitiam seus conhecimentos
através de desenhos nas cavernas e da oralidade passando dessa forma os conhecimentos
geográficos de geração a geração. Não obstante, as ideias geográficas, a técnica e a arte de
representação auxiliavam no processo de movimentação dos grupos humanos, na actividade de
colectar alimentos e caçar (p. 13).
O conceito e o campo de estudo da Geografia sofreram ao longo do tempo mudanças
consideráveis. Dificilmente se encontrando uma definição que satisfaça todas as sensibilidades.
Muitos geógrafos parecem aceitar que o campo de estudo da disciplina compreende a superficie
terrestre, tanto na sua diferenciação territoria. Os Périplos desenhados por navegantes foram
um instrumento valioso na orientação dos navegadores e comerciantes da época. Destacam-se
os Périplos de Hannon que descrevia a Costa Africana até ao Senegal e de Himilcão que
explorava a costa Ocidental da Europa até a Bretanha.
Na linha do pensamento de Hiparco (190-125 a.n.e.), advoga que o maior astrónomo da
antiguidade, sucessor de eratóstenes, deu um contributo excelente ao desenvolvimento da
geografia inventou os primeiros elementos da Geometria da esfera, descobriu a resolução de
triângulos esféricos pela trigonometria, que também inventou, imaginando para as cartas um
sistema de projecção, chamada actualmente “projecção estereográfica” e inventou uma rede de
coordenada terrestres com meridianos e paralelos. No entanto é por meio das obras de
Alexandre Von Humboldt e de Carl Ritter que a Geografia teria se originado enquanto ciência,
como aponta (Moraes,2002).

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Em conformidade com Andrade (1992), ressalta que a contribuição de Aristóteles para o
desenvolvimento do conhecimento geográfico. Este filósofo admitiu a esfericidade da Terra,
fez também relações aos aspectos físicos e humanos como a variação do clima com a latitude e
a relação entre as raças humanas. A Geografia adquire o estatuto de ciência autónoma nos
meados do séc. XIX e foi institucionalizada em 1870.
2.1.1. Pontos de vista da geografia na antiguidade
As preocupações que fundamentam os conhecimentos geográficos desse período. Um está
relacionado com a física terrestre forma, dimensão, posição sideral, a descrição das diferenças
da constituição da superfície terrestre e com as diversas culturas que nela se instalam. Essas
duas dimensões dão origem a dois pontos de vistas:
 Geografia a Geral;
 Geografia a Regional.
I. Idade média
As formas de construção social que triunfaram na Idade Média assentam em relações pessoais
é através de notáveis locais que o poder se exerce a distância, como tal, não é necessário
formalizar o saber geográfico nesta sociedade o conhecimento das pessoas é suficiente (Claval,
1996, p. 17-18 apud Dantas & Medeiros, 2008, p. 2).
II. Idade moderna
Período de grande avanço a partir do século XVI, o “Renascimento Cultural”, desencadeado
por personalidades como Leonardo da Vinci e Isaac Newton contribuiu de forma sem
precedentes para o desenvolvimento científico.
De acordo com Campos (2001), sustenta que a Geografia de Kant é uma ciência não apenas
ideográfica e empírica, mas também descritiva, tendo como objectivo determinar uma visão de
conjunto da superfície terrestre. Kant substitui a superfície terrestre pelo conceito do espaço
como da geografia, produzindo uma ruptura entre a superfície terrestre e espaço na sequência
da tradição que até hoje tem seus efeitos, a geografia regida pelo espaço, e a história, regida
pelo tempo,conjuntamente constituem o estudo da relação do homem com a natureza (Moreira,
2008, p. 18-19).

2.1.2.Caracteriza das grandes correntes geográficas


A ciência geográfica teve seu processo de sistematização lento e tardio na visão de alguns
autores, vindo a constituir-se enquanto ciência mais especificamente no século XIX, no entanto
desde a antiguidade estudos geográficos já eram desenvolvidos, tendo se iniciado na Antiga
Grécia.
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2.1.3. As principais correntes do pensamento geográfico
a) A Geografia Tradicional
A Geografia Tradicional também conhecida como Geografia Clássica surgiu no século XIX,
inicialmente na Alemanha e na França, difundindo-se aos demais países, tendo como
precursores Alexandre Von Humboldt e Carl Ritter. Nesta corrente surgem as primeiras
definições do que seria a Geografia e qual seria seu objecto de análise, já que no momento de
sua sistematização não havia clareza quanto ao objecto de estudo, a Geografia era tida como a
ciência “do tudo” ou a ciência “da superfície terrestre”.
Como enaltece Hettner (1939), caberia à Geografia “a análise das influências e interações entre
o homem e o meio”, Albert Demageon (1942), conceitua a Geografia como “ o estudo dos
grupos humanos nas suas relações com o meio geográfico” e para Martonne (1951) a
“Geografia moderna encara a distribuição à superfície do globo dos fenômenos físicos,
biológicos e humanos e as causas dessa distribuição e as relações locais desses fenômenos”.
A Geografia Tradicional foi fortemente marcada pela existência de dicotomias, como:
 Geografia Física e Geografia Humana;
 Geografia Geral e Geografia Regional.
De acordo com Christofoletti (1985, p.14), a Geografia Regional procurava estudar as unidades
componentes da diversidade areal da superfície terrestre. Em cada lugar, área ou região a
combinação e a interação das diversas categorias de fenômenos reflectiam-se na elaboração de
uma paisagem distinta, que surgia de modo objectivo e concreto. Preocupados em compreender
as características regionais, o geógrafo desenvolveu habilidade descritiva, exercendo a
caracterização já estabelecida por La Blache, em 1923.
b) Geografia Humanística
Geografia Humanística procura valorizar a percepção do indivíduo por meio de suas
experiências, preocupando-se em verificar a apreensão das essências, pela percepção e intuição
das pessoas, a fenomenologia utiliza como fundamental a experiência vivida e adquirida pelo
indivíduo, (Christofoletti, 1985, p.22).
A geografia Humanística se caracteriza pelo modo de analisar a relação do ser humano com a
natureza, entender o sentimento e ideias que as pessoas têm do lugar e do espaço.
O humanismo é definido como uma visão ampla do que a pessoa humana é e do que pode fazer.
O humanismo luta por uma visão mais abrangente, (Tuan, 1976, p. 14).
c) A Geografia Crítica

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A Geografia Crítica parte do mesmo pressuposto da corrente humanística quanto à crítica
empregada em relação à Nova Geografia, no entanto baseia-se em outro método filosófico, o
materialismo histórico e dialético, (Christofoletti,1985).
De acordo com Vesentini (2010, p. 36), a corrente crítica trata-se de uma geografia que concebe
o espaço geográfico como espaço social, construído, pleno de lutas e conflitos sociais e coloca
se como ciência social. Não deixando de estudar, é claro, a natureza, enquanto recurso
apropriado pelos homens e dimensão da história e da política.
Na perspectiva de Oliveira (2010, p. 27), ressalta que o movimento crítico que aparece como
geografia nova, geografia crítica tem como elemento unificador a utilização do materialismo
histórico e dialéctico como corpo teórico e metodológico de investigação da realidade. Ele
permite ultrapassar a questão na qual a geografia se envolveu deste o seu surgimento, como:
 Corrente determinismo;
 Possibilismo.
2.1.4.As grandes correntes geográficas
I. A corrente do determinismo ambiental
O determinismo enquanto corrente do pensamento geográfico surge final do século XIX na
Alemanha, tendo Friedrich Ratzel como idealizador. A concepção que Ratzel tinha de
Geografia foi herdada em parte de Humboldt e Ritter, porém estruturada numa visão darwinista
(Claval, 2006).
A corrente do determinismo aborda as contribuições das condições naturais determinantes no
comportamento do homem. Para o determinismo as diferentes formas de organização do espaço
e as desigualdades existentes eram explicadas pelas condições ambientais em especial as
climáticas, (Moreira, 2008).
Na geografia, não obstante, as ideias deterministas tiveram no geógrafo alemão Ratzel seu
grande organizador e divulgador, ainda que ele não tivesse sido o expoente máximo. A
formação básica de Ratzel passou pela zoologia, geologia e anatomia comparada, Haeckel o
fundador da ecologia que o introduziu no darwinismo (Corrêa, 1995, p. 10).
Na conformidade de Corrêa (2003), aponta que o determinismo foi o primeiro paradigma a
caracterizar a Geografia no século XIX, em razão da passagem do capitalismo de sua fase
comercial para a fase monopolista. Segundo o autor o determinismo foi amplamente utilizado
para justificar o processo de expansão nos continentes africano e asiático.
A produção dos mapas na geografia determinista era fruto de dados de distância de viagens, de
contorno de litoral e de pontos de referência. A determinação e a exposição dos aspectos

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espaciais da realidade por meio de mapeamento foram de importância fundamental (Pattison,
1977).
A corrente determinista também conhecida por determinismo geográfico, foi fundada por
Frederich Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã. Os trabalhos de F. Ratzel marcaram
o início de um debate de ideias sobre a Geografia, mais tarde seguidas pela escola francesa,
americana, Círculo de Viena e um pouco por todo lado. De acordo com esta teoria, o objecto
de estudo é o Homem-Meio, numa relação unívoca, por isso acredita-se na submissão do
Homem às leis da Natureza.
As condições naturais em especial as condições climáticas é que determinaram a evolução do
Homem, e consequentemente da sociedade. A corrente determinista, preocupada na relação
Homem-Meio foi fundada por F. Ratzel. Mais tarde Ellen Semple e William Davis também
defenderam esta corrente.
A corrente determinista foi muito marcada pelos métodos comparativos, apoiando-se nos
princípios da casualidade e de extensão recorrendo explicação dedutiva-comparativa para a
formulação de leis e verificação das relações causa-efeito.
II. A corrente do possibilismo geográfico
A segunda corrente de que trata este artigo surge no final do século XIX na França, tendo Paul
Vidal de La Blache como idealizador. Nesta corrente considera-se a natureza fornecedora de
possibilidades para que o homem a modificasse. O homem é o principal agente geográfico. Na
França La Blache passou a estudar profundamente a geografia desenvolvida pelos alemães,
principalmente os trabalhos de Ratzel, para quem dedicou profundas críticas (Moreira, 2008).
La Blache desenvolveu outra concepção da relação “homem-meio”, na qual passou a pensar a
possibilidade que o homem tem de superar as imposições naturais, dependendo do nível
cultural, das condições técnicas e da disposição de recursos, podendo, dessa forma, actuar sobre
a natureza e modifica-la. Em uma área fisicamente delimitável eram integrados e descritos,
tantos os aspectos físicos, como os humanos/sociais e econômicos, dando origem ao
Possibilismo (Moraes, 2003).
Como ressalta Corrêa (1986), aponta que o Possibilismo, francês em sua origem, opõe-se ao
determinismo ambiental germânico. Esta oposição fundamenta-se nas diferenças entre os dois
países. Vale a pena ressaltar que a competitividade existente entre França e Alemanha, acirrouse
com a perda da região francesa da Alsácia-Lorena para a Prússia durante a guerra franco
prussiana (Andrade, 1989).

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Utilizado nas escolas de Humboldt, Ritter e Ratzel, o mapa ganha destaque ainda maior com
Vidal de La Blache, juntamente com as tipologias. Os estudos consistiam em um levantamento
cartográfico inicial e “a conclusão em geral constituída por um conjunto de cartas, cada uma
referente a um capítulo, as quais sobrepostas dariam relações entre os elementos da vida
regional,” (Moraes, 2003, p.78).
III. A Corrente do método regional
A terceira corrente de matriz positivista, conhecida como método regional, opõe-se às duas
correntes antecedentes, visto que a diferenciação de áreas não é vista a partir das relações entre
o homem e a natureza, mas sim da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção
da superfície da Terra, portando esta corrente esta vinculada ao estudo de áreas e regiões.
Segundo Corrêa (1986) o método regional já vinha sendo estudado desde o século XVII por
Varenius passando por Kant no século XVIII e por Ritter no século XIX. Essa corrente de
pensamento corroborava a necessidade de se produzir uma geografia regional, isto é, um
conhecimento resumido sobre as diferentes áreas globais.
Segundo Moraes (2003), o positivismo leva à redução da realidade ao mundo dos sentidos e
com base nele os trabalhos científicos foram desenvolvidos a partir da aparência dos
fenômenos. Nesta corrente teórica predomina a máxima de que a “Geografia é uma ciência
empírica, pautada na observação”.
Como enaltece Christofoletti (1985), explica que o método regional considerava que cada
categoria de fenômeno era objecto de determinada ciência e que caberia a estas ciências
executarem as análises sobre os assuntos particulares. À Geografia, considerando a totalidade,
correspondia o trabalho de síntese, reunindo e coordenando todas as informações a fim de
salientar a visão global da região ou área estudada.

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3.Conclusão
Diante do exposto o trabalho permitiu-nos concluir que a importância de conhecermos a história
ao pensamento geográfico até mesmo antes de sua sistematização a construção de mapas
marítimos contendo a descrição de lugares e de seus habitantes e na Idade Média a
reorganização do espaço vem com a queda do Império Romano no Ocidente é de total
relevância pois, mesmo sem a sistematização da Geografia como ciência, o pensamento
geográfico estava inserido nestas transformações, pois o espaço geográfico estava sendo alvo
de debate.
Ao pensarmos na sistematização da Geografia no seu período clássico, as máximas geográficas
sendo elaboradas e transmitidas, sendo tratadas como elementos principais do pensamento
geográfico, mesmo o homem não fazendo parte de tais discussões, porém a partir destas
máximas o pensamento geográfico foi desenvolvido.
O pensamento de Humboldt e Ritter através de viagens e dos seus relatos estabeleceram uma
Geografia descritiva a realização de observações empíricas a fim de facilitar a sistematização
de conceitos e a importância de tais observações retomando à consolidação do pensamento
geográfico moderno.

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4.Referências Bibliográficas
1. Christofoletti, Antônio, (1982). Perspectivas da Geografia. São Paulo, pp. 71 – 102;
2. Claval, P. (2006). História da Geografia. Tradução de José Braga Costa. Lisboa;
3. Correa, R. L. (2011). Reflexões sobre Paradigmas, Geografia e Contemporaneidade.
Revista da ANPEGE, v. 7, n. 1, número especial. pp. 59-65;
4. Costa, F. R. da; Rocha, M. M. (2010). Geografia: conceitos e paradigmas –
apontamentos preliminares. Revista GEOMAE, Campo Mourão2, p. 25- 56;
5. Monteiro, Carlos Augusto Figueiredo (2002). A Geografia no Brasil do Século XX: um
panorama. Borrador 4. AGB: São Paulo;
6. Pontuschka, N. N.; Paganelli, T. I.; Cacete, N. H. (2009). Para Ensinar e Aprender
Geografia. 3ª Ed, São Paulo;
7. Vesentini, José William, (2010). Geografia Crítica e Ensino. IN: Para onde vai o ensino
de Geografia? 9ª Ed.. São Paulo.

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