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PRIMEIRA ATIVIDADE DE GEOLOGIA GERAL

DISCENTE: MARIA EDUARDA COELHO QUEIROZ

1- Como se formou o sistema solar?

A formação e evolução do sistema solar começaram há cerca de 4,6 bilhões de


anos com o colapso gravitacional de uma pequena parte de uma nuvem molecular
gigante que tinha cerca de 20 parsec (65 anos-luz) de diâmetro, enquanto os
fragmentos tinham cerca de um parsec (três e um quarto de anos-luz) de diâmetro. O
colapso posterior dos fragmentos levou à formação de núcleos densos. Um desses
fragmentos (conhecido como nebulosa presolar) formou o que se tornou o Sistema
Solar. Este modelo, conhecido como a hipótese nebular, foi desenvolvido pela primeira
vez no século XVIII por Emanuel Swedenborg, Immanuel Kant e Pierre-Simon Laplace.

2- Descreva com detalhes a formação do planeta Terra mostrando seu


processo evolutivo comparando com a coluna geológica de tempo.

Geologicamente, a história da Terra é dividida para distinguir os períodos de


grandes mudanças. Inicialmente existem os éons, que são subdivididos em eras, que
se subdividem em períodos, que por sua vez são subdivididos em épocas. As eras
geológicas são: a Arqueozóica (que incluem os éons Hadeano e o Arqueano, início da
formação da Terra), a Proterozóica (início da vida); a Paleozóica (vida primitiva); a
Mesozóica (vida intermediária) e a Cenozóica (vida moderna).
A Terra se formou a partir de uma grande explosão ocorrida no Sol há cerca de
4,5 bilhões de anos. Com a detonação solar, milhares de rochas se espalharam pelo
espaço. Algumas, contudo, foram atraídas pela força gravitacional do Sol e começaram
a girar em torno do astro.
Passados milhões de anos após a formação do planeta, a Terra entrou em um
processo de resfriamento gradativo, com o desprendimento de gases e vapores. Isso
fez com que os gases formassem a atmosfera e uma parte desses vapores seria vapor-
d ’água que, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e se
transformava em água líquida, precipitando em forma de chuva. Assim, repetindo-se
por muitas vezes, a superfície da Terra foi resfriando lentamente e grandes quantidades
de água foram se acumulando, o que formou os oceanos primitivos. Há cerca de 3,5
bilhões de anos, apareceram bactérias muito primitivas, unicelulares. Com a
fotossíntese, feita por essas bactérias, a atmosfera acumulou oxigênio. Dessa forma,
surgiram as algas, além de outros microrganismos pluricelulares.
Os animais terrestres tiveram sua origem a partir do momento em que algumas
espécies de peixes saíram da água, parecendo aos anfíbios e posteriormente os
répteis. Cronologicamente, as plantas na Terra teriam surgido há cerca de 400 milhões
de anos.
Na era Mesozoica, o planeta Terra ficou povoado por grandes répteis, como os
dinossauros. A extinção desses grandes répteis aconteceu há cerca de 70 milhões de
anos, cuja causa foi, provavelmente, a colisão de um asteroide com a Terra, formando
uma grande nuvem de poeira que cobriu todo o planeta.
Na era Cenozoica, houve uma etapa de mudanças radicais na Terra. Há
aproximadamente 65 milhões de anos, houve a movimentação do pedaço de terra
correspondente à Austrália e à Índia em direção ao Norte, aproximando a Austrália com
o Sudeste Asiático e, com o choque da Índia com a Ásia, teve início a formação da
Cordilheira do Himalaia. No mesmo período, surgiram outras grandes cadeias de
montanhas.
Como a atmosfera já possuía as mesmas características atuais, os mamíferos e
as aves, se desenvolveram e proliferaram por todo o planeta, habitando a Terra até
hoje.

3- Para se entender a história da Terra, é importante não se prender a


situações apenas locais ou algum evento geológico qualquer por mais
marcante que seja. Sinteticamente essa história pode ser contada em
termos de três linhas-mestre da história da evolução do planeta. Com base
nessa sistemática, o que se entende por tendências seculares, processos
cíclicos e eventos singulares? Dê exemplo
Das tendências seculares observadas na natureza, a mais fundamental é
expressa pela segunda lei da termodinâmica: a entropia do Universo sempre tenderá a
aumentar, ou seja, a matéria e a energia estão degradando-se ruma a um suposto final
de inércia uniforme e total.
O ciclo das rochas é um fenômeno natural cíclico, contínuo e infinito, que envolve
os processos de transformação das rochas através do tempo e que ocorrem através da
erosão ou do intemperismo.

4- Descreva os princípios três princípios de Steno e como o mesmo


influenciou para o estudo da geologia

Os três princípios da estratigrafia ou leis de Steno são:


Princípio da Horizontalidade original: o princípio da horizontalidade original se
baseia em que os sedimentos se depositam originalmente em camadas horizontais,
portanto, se houver algum tipo de alteração na forma da deposição, como dobras ou
inclinações, elas foram deformadas, por tectonismo após sua deposição.
Princípio da superposição: o princípio da superposição fala que em uma sequência
de camadas rochosas, a mais antiga ocorre abaixo da mais nova, pois foi depositada
primeiro e posteriormente houve a deposição da mais nova.
Principio da continuidade lateral: este princípio fala que as camadas sedimentares
são horizontalmente contínuas, se estendendo até suas margens e afinando-se
lateralmente.
Steno conseguiu decifrar várias coisas importantes sobre os sedimentos e a
formação do solo de nosso planeta. Ele passou a rotular e identificar inúmeras espécies
de animais, plantas e minerais de todos os tipos. Já com os minerais ele começou a ter
alguns conhecimentos sobre geologia, pois seu entendimento foi se desenvolvendo,
como exemplo fez uma descoberta importante quando em 1666, alguns pescadores
conseguiram, capturar um enorme tubarão branco. Depois de dissecada para poder
transportá-la melhor, a cabeça foi mantida por Nicolás Steno para estudá-la em
profundidade.
Steno percebeu que havia alguns objetos pedregosos chamados glossopetrae
que foram encontrados em algumas rochas. Ele achava que glossopetrae pareciam
dentes de tubarão, naquela época a ideia de Steno pareceu ser absurda, no entanto
com três anos de estudo ele concluiu que todos tipos de rocha tiveram que ser
formados por um processo de solidificação que aconteceu ao redor ou sobre os
fósseis. Ou seja, a nova rocha se sobrepõe à antiga, portanto, deve haver camadas ou
estratos horizontais por toda a terra. Foi assim que essa ideia de Nicolás Steno
contribuiu para a explicação mais fundamental da geologia. Os estratos mais
superficiais são mais modernos do que os mais profundos. Quanto mais você cava e
quanto mais fundo vai , a idade da rocha é mais antiga. Isso se deve ao fato de que as
demais camadas se sobrepõem com o passar do tempo com os depósitos de novos
estratos e sua posterior solidificação. Graças a essa suposição, diferentes períodos da
idade da Terra podem ser distinguidos

5- Quais são os três tipos distintos de discordância originadas pela erosão ou


pela ausência de sedimentação proposta por Hutton, pai da Geologia
Moderna?

Existem três tipos de discordâncias originadas pela erosão ou pela ausência de


sedimentação:
Não conformidade- quando o pacote sedimentar se assenta em contato erosivo
diretamente sobre rochas ígneas ou metamórficas; Discordância
angular- quando o pacote sobrepõe-se a outro, com contato brusco em relação ao
pacote mais antigo, constituído por camadas inclinadas com ângulo diferente do
pacote superior, mais jovem ; Desconformidade-
quando a descontinuidade entre os pacotes sedimentares, bem como o
acamamento dessas rochas são quase paralelos; este último tipo de discordância
é difícil de ser identificado, só podendo ser detectado por diferenças paleontológicas
ou contrastes faciológicos entre as camadas em contato.
6- Escreva sobre a importância da datação relativa e da datação absoluta para
entendermos a evolução da Terra.

A datação relativa e a datação absoluta foram de grande importância para


compreender eventos e processos ocorridos a tempos atrás. A datação relativa é
usada há muito tempo, antes do surgimento dos métodos mais precisos desenvolvidos
há algumas décadas. Consiste em se observar a posição das rochas sedimentares. Por
exemplo; se uma camada de sedimentos foi datada anteriormente para
aproximadamente 200 milhões de anos, então sabemos que o fóssil lá encontrado
também tem cerca de 200 milhões de anos. Esse método não oferece uma data
numérica, mas ajuda a entender em qual período a criatura descoberta viveu.
A datação absoluta determina a idade precisa de uma rocha ou fóssil através
de métodos de datação radiométrica usando minerais radioativos que são encontrados
em rochas e fósseis, eles servem como um relógio biológico. Muitas vezes, as camadas
de rochas vulcânicas acima e abaixo das camadas que contêm os fósseis podem ser
datadas para fornecer um intervalo de datas para as rochas onde estão os fósseis.

7- Como se determina a idade de uma rocha ou de um mineral?

O ramo da geologia que trata da datação de rochas é conhecido como


Geocronologia. Para se descobrir a idade de uma rocha ou mineral é possível aplicar
vários métodos radiométricos, mas que independente de qual seja usado, utiliza-se a
equação fundamental da cronologia.

8-O que é um magma?


O magma é basicamente uma rocha liquefeita que passou por um processo de
fusão e está no interior da terra. Mais precisamente em profundidades de até 150km. A
temperatura desse fluido é muito alta e varia entre 600ºC e 1200ºC. Esse fluído é
encontrado no manto terrestre, que fica entre a crosta e o núcleo da terra. Esse fluido
tem sua formação nas câmaras magmáticas, que ficam situadas em regiões de altas
temperaturas e baixas pressões. Essas câmaras estão situadas a mais ou menos 15 a
150 quilômetros da crosta terrestre.

9- Quais são os constituintes do magma?

A constituição do magma é feita basicamente por silicatos de ferro e magnésio,


ricos em enxofre, cristais e gases. A composição química desse fluido é Sílica (Si),
Oxigênio (O), Alumínio (Al), Ferro (Fe), Magnésio (Mg).

10- Identifique as camadas internas da Terra e dê as suas características.

A crosta terrestre é a parte mais externa da Terra, que envolve todo o planeta e
onde vivemos. Essa camada é formada por rochas ricas em silício, magnésio e
alumínio. formada por grandes porções sólidas denominadas de placas tectônicas, que
se movem lentamente sobre o manto terrestre
O manto é a camada mais extensa, localizada abaixo da crosta da Terra. Ela é
formada por diferentes tipos de rochas, como silício e magnésio, que permanecem em
estado líquido como consequência do calor emanado pelo núcleo.
O manto é dividido em duas camadas: manto superior e manto inferior. O manto
inferior permanece em elevadas temperaturas, atingindo até 2.000 º C. Ele pode chegar
até 3 mil quilômetros de profundidade a partir da litosfera.

11- O que se entende por descontinuidades? Quais são elas?

Descontinuidade é um termo usado em geologia para designar as camadas de


transição, tanto no interior da Terra, onde há diferença na densidade da rocha
constituinte quanto para designar diferentes fácies sedimentares.
Há 4 descontinuidades relativas ao interior da terra ; Descontinuidade de Conrad,
Descontinuidade de Mohorovičić , Descontinuidade de Gutenberg  e Descontinuidade
de Lehmann
12 - Qual a importância do núcleo para o sistema Terra?

A importância do núcleo da terra é vital para o seu funcionamento e para a nossa


sobrevivência, pois graças à esfera de ferro aquecida à altas temperaturas e que se
movimenta, nosso planeta possui um campo magnético que nos protege dos raios
solares

13 – Igual a 10

14 Descreva o princípio da isostasia.

Isostasia, ou movimento isostático, é o termo utilizado em Geologia para se


referir ao estado de equilíbrio gravitacional, e as suas alterações, entre a litosfera e
a astenosfera da Terra. Esse processo resulta da flutuação das placas tectónicas sobre
o material mais denso da astenosfera, cujo equilíbrio depende das
suas densidades relativas e do peso da placa.

15- Qual a importância do manto para a crosta terrestre?

Nele se encontra uma camada que chamamos de astenosfera, onde o magma


circula de maneira cíclica, formando as chamadas células de convecção no interior da
Terra. Essas são as principais responsáveis pela movimentação das placas tectônicas
na crosta terrestre.

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