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ISPAJ

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO


ALVORECER DA JUVENTUDE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS

Apontamentos para Curso de Engenharia Recursos


Naturais e Ambiente.

Cadeira de: GEOLOGIA E GEOTECNIA AMBIENTAL 2º Ano

Docente: Prof. : LOURENÇO TOMÁS ZINGA - GEOFÍSICO


INTRODUÇÃO

Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua origem,


os processos que operam na terra suas
transformações e a sua evolução. Analisa os
processos que operam na superfície e no interior do
planeta e examina os materiais terrestres, sua
composição e aplicabilidade.

A geologia interage com diversas outras ciências


como a física, a química, a biologia, bem como as
ciências econômicas e sociais, e busca a exploração
dos recursos naturais de maneira economicamente
viável ambientalmente sustentável.
Esta disciplina é fundamental para o estudo da
Biologia, já que a biosfera e a litosfera, juntamente
com a atmosfera e a hidrosfera, formam sistemas
integrados que se influenciam mutuamente. O
estudo da formação e evolução da Terra e dos
ambientes terrestres é a base para os estudos dos
ecossistemas e da evolução das espécies.

Neste material, vamos tentar apresentar a geologia


em seus diversos aspectos, para que possamos
entender melhor o nosso ambiente natural,
aprendendo a valorizar as relações entre o ser
humano e a natureza
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOLOGIA

O campo de actividade da Geologia é, por


conseguinte, a porção da terra constituída de rochas
que, por sua vez, são as fontes de informações.
Entretanto, a formação das rochas de um conjunto
de factores físicos, químicos, donde os interesses se
entrecruzarem repetidamente.

É objecto da Geologia Geral o estudo dos agentes


de formação e transformação das rochas, da
composição e disposição das rochas na crosta
terrestre. Dentre as disciplinas englobadas na
Geologia, destacam-se:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
GEOLOGIA

Mineralogia
Petrologia
Estratigrafia
Geologia estrutural
Geoquímica
Geologia Aplicada
 Geologia de Engenharia
Geologia Ambiental
Geomorfologia
O UNIVERSO
•Quando se olha o céu numa noite sem nuvens, podemos
perceber inúmeros pontos luminosos. Essas "luzíeis" são
chamadas astros ou corpos celestes.

•A maior parte dos astros que vemos possui luz e calor


próprios. São as estrelas.
•Os astros que não possuem luz própria – os planetas, os
satélites, os asteróides e os cometas também podem ser
vistos, pois reflectem a luz das estrelas.

•Todos esses corpos celestes e muitos outros que não


podemos ver formam um imenso conjunto: o universo, ou
seja o conjunto de toda a matéria e energia existente
no cosmos.
Origem do Universo
Há biliões de anos, o Universo estava todo comprimido, ocupando um
espaço muito pequeno, em relação ao espaço que ocupa actualmente.

Ocorreu, então, uma enorme explosão, conhecida por BIG-BANG. Essa


explosão deve ter ocorrido há aproximadamente 15 biliões de anos e
causou uma expansão muito grande do Universo. A matéria, arremessada
violentamente ao espaço, foi-se concentrando em numerosas
aglomerações de estrelas e outros corpos celestes, as galáxias.

Uma das galáxias é a VIA LÁCTEA, onde está o SISTEMA SOLAR, que
tem como centro o Sol, ao redor do qual giram os planetas e outros corpos
celestes. Um desses planetas é a Terra, planeta onde vivemos e que é
habitado também por numerosos outros seres vivos.

A parte visível do Universo é constituída por mais de 1000 milhões de


Galáxias separadas entre si por grandes distâncias.
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CAPITULO 2: DERIVA DOS CONTINENTES
É uma teoria criada por
Alfred Wegener em
1912, segunda a qual
até ao início do
Jurássico, cerca de
180 M.a., as placas
encontravam reunidas
num único continente
denominado PANGEA,
rodeado por um
oceano irregular,
chamado
PANTALASSA. O
Téthis formava na
época uma grande
Baía que separava
parcialmente a África
do
Eurásia.
CAPITULO 2: DERIVA DOS CONTINENTES

A existência da PANGEA terminou no final do


Jurássico, quando mais ou menos ao Norte
do Equador, houve rompimento do continente,
dividindo-se inicialmente em dois, formando a
LAURÁSIA e o GONDWANA.

Da LAURÁSIA faziam parte a América do


Norte e a Eurásia. O continente de Gondwana
era constituído pelo agrupamento da América
do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia.
EVIDÊNCIAS DA DERIVA CONTINENTAL

Configuração geográfica

Há uma curiosa coincidência na


configuração geográfica,
principalmente entre América e
África que demonstra que os
continentes se separavam.

Evidências geológicas

Nos continentes do Hemisfério Sul


que formavam o continente de
Gondwana, são notáveis os depósitos
de tilitos, provenientes da Glaciação
Permo-carbónica que atingiu a
América do Sul, África, Austrália,
Índia, Madagáscar e Antártida,
simultaneamente.
EVIDÊNCIAS DA DERIVA CONTINENTAL

Evidências Paleontológicas

Têm a ver com as semelhanças


encontradas nos fósseis que ocorrem
nas rochas dos continentes que
formavam o continente GONDWANA,
quando então os continentes se
separavam. Como exemplo, temos:
· Flora: Género Glossopteris e
Gangamopteris
· Fauna: Répteis Mesosaurus,
Lystrosaurus e Cynognathus.

Evidências Paleoclimáticas
MECANISMO DA DERIVA CONTINENTAL

Acredita-se que as
placas poderiam ser
transportadas por
correntes de convecção
do manto.

Correntes de convecção
são correntes circulares
de massas sólidas que
surgem porque as
massas quentes do
fundo do manto sobem
para a litosfera, ao
mesmo tempo que as
massas mais frias da
parte superior descem.
EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS

Após a morte de Wagner, em 1930, novas


evidências, conduziram finalmente ao
desenvolvimento da teoria da Tectónica de Placas

Fundamentada principalmente nos elementos


plausíveis das hipóteses de deriva continental e
expansão do assoalho oceânicos.

Embora, actualmente, a teoria da Tectónica de Placas


seja aceite pela comunidade científica, existem várias
vertentes da teoria que continuam a ser debatidas.
EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS

Teoria proposta inicialmente por


Hess, sugere que na porção central
das bacias oceânicas, verificou-se
que ocorrem grandes cordilheiras
centradas no fundo e alinhadas
segundo as costas dos continentes.
Estas cordilheiras encontram-se
com profundas fracturas em seu
sentido longitudinal, permitindo que
o material vulcânico
básico, proveniente da Astenosfera,
suba, preenchendo-as. Este
processo efusivo repete-se
periodicamente à medida que os
continentes se afastam, fazendo
com que os assoalhos dos oceanos
sofram contínua expansão por
acréscimo do novo material.
A expansão do assoalho oceânico leva consigo os
continentes que pertencem a cada placa móvel,
produzindo a deriva. Como consequência disto
enquanto duas placas se afastam por acréscimo
do assoalho, na outra margem de uma delas
poderá processarse a colisão por aproximação
com a placa adjacente.

Quando duas placas colidem, uma delas poderá


mergulhar por baixo da outra até penetrar na
Astenosfera, onde será consumida. Este
fenómeno chama-se subdução.
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TECTÓNICA DE PLACAS

A Teoria das Placas Tectónicas é um modelo da Terra no


qual a frágil e quebradiça litosfera flutua na quente e
plástica astenosfera.

A tectónica de placas é o estudo do movimento das placas


litosféricas e as consequências desses movimentos.

Tectónica é o estudo da deformação, em larga escala, das


estruturas da camada exterior da Terra.

A litosfera está dividida em sete grandes placas e outras


mais pequenas, segundo o estudo das dorsais oceânicas e
da distribuição sísmica e vulcânica:
·
Norte-Americana – compreende a América do Norte e a metade ocidental do
oceano Atlântico Norte, até à sua dorsal.

Sul-Americana – compreende a América do Sul e a metade ocidental do


oceano Atlântico Sul, até à sua dorsal.

Pacífica – é a única que é exclusivamente oceânica, compreendendo quase


todo o oceano Pacífico, entre a dorsal existente e o Pacífico oriental.

Eurasiática – encontra-se com a placa norte-americana no meio do


Atlântico. O seu rebordo sul corresponde a uma falha que atravessa o
Mediterrâneo e se prolonga para leste através da Turquia e dos Himalaias.

Africana - compreende o continente africano e uma grande extensão do


fundo oceâF1ico, limitado pela dorsal meso-atlântica.

Indo-Australiana - compreende a Arábia, a Índia, a metade oriental do


oceano Índico e a Austrália.

· Antárctica – ocupa o Pólo Sul com o continente Antárctico.


Processos de deslocação das
placas
A Placas divergentes
B Placas Convergentes
C Placas transformantes
Limites entre placas
 Há quatro tipos de limites de placa
Limites divergentes,
Limites convergentes,
Limites transformantes.
Limites não definidas

Os limites entre placas também são chamados de


descontinuidades laterais e são reconhecidos por:

 A) dorsais mesoceânicas
 B) falhas transformantes
 C) trincheiras oceânicas
 D) cinturões orogénicas de montanhas.
Limites divergentes

Nela se manifestam sismos moderados e de


profundidades intermédios, forte actividade
ígnea e falhas de gravidade sem
dobramentos. Localizada nas dorsais meso
oceânicas e zonas de rifts intra continental.
Limites convergentes
crusta oceânica - crusta continental

Nela se manifestam sismos violentos e de grandes


profundidades, forte actividade ígnea, arcos
vulcânicos ou cadeias de montanhas, falhas inversas
forte dobramentos contínuo, Localizadas nas fossas
ou trincheiras. Zonas de subducção.
Limites convergentes

A convergência de placas ocorre quando duas


placas se deslocam na direcção uma da
outra, acabando por colidir.

As colisões podem ocorrer entre:


 uma placa oceânica e uma placa continental;
 duas placas oceânicas;
 duas placas continentais;
 uma placa mista e uma placa continental.
Convergência
Limites transformantes e transcorrentes

Onde a crusta nem está a ser produzida nem a ser destruída, enquanto as
placas deslizam horizontalmente uma em relação à outra.

Nelas se manifestam actividades sísmicas moderadas de pouca


profundidade magmatismo quase inexistente, localizam-se em posição
transversal as dorsais meso oceânicas.

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