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GEOGRAFIA

A Superfície Terrestre
Prof: ÉZIO SOUZA

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ORIGEM, FORMAÇÃO E CAMADAS DA TERRA
A Terra teve origem há cerca de 4,6 bilhões de anos, muito tempo depois da formação do
Universo, que teria surgido há cerca de 13 a 15 bilhões de anos com uma grande explosão: o
big-bang.
A teoria que explica a origem do planeta Terra é apenas uma hipótese. No início, ele foi,
muito provavelmente, uma grande massa incandescente que apresentava em alguns pontos
frias camadas rochosas. Envolta em gases, a Terra sofria ataques de pedaços de rochas,
meteoritos e restos de planetas mais antigos, que abriam grandes crateras em sua
superfície.
Ao mesmo tempo que perdia pedaços, e estes afundavam no manto derretido e se fundiam
novamente, a crosta terrestre tornava-se mais grossa. Quando isso acontecia, eram emitidas
nuvens de gases que envolviam todo o planeta. Esses gases deram origem a grande parte da
atmosfera terrestre, porém essa atmosfera primitiva ainda não continha oxigênio. O oxigênio
só passou a fazer parte da atmosfera quando os organismos fotossintéticos evoluíram.
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O interior da Terra formou-se com três diferentes camadas: a crosta, parte externa, composta
de materiais leves; o manto, a camada intermediária; e o núcleo, composto de materiais mais
densos, separados por um manto.

 Na CROSTA distinguem-se duas porções: a crosta oceânica e a crosta continental. Com a


parte superior do manto, a crosta forma a litosfera, que repousa sobre uma camada de
material em estado de semifusão, denominada astenosfera.

 O MANTO é formado por minerais, principalmente ferro e magnésio; apresenta


temperaturas que variam entre 100 °C e 3 500 °C, e pode ser dividido em manto superior e
manto inferior.

 O NÚCLEO, a camada mais profunda, é formado principalmente por ferro e níquel e


apresenta alta temperatura e alta pressão.

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A ORIGEM DOS CONTINENTES
A atual configuração dos continentes na superfície da Terra resultou de um processo que
levou à fragmentação e ao afastamento das terras emersas a partir de um bloco único,
denominado Pangeia.

Apresentamos a seguir duas teorias que se complementam e que procuram explicar as etapas
desse processo, responsável também pela formação do relevo da Terra e pelas
transformações que ocorrem na crosta.

■■ Teoria da Deriva dos Continentes, defendida pelo meteorologista alemão Alfred Lothar
Wegener (1880-1930), em 1912;
■■ Teoria das Placas Tectônicas, desenvolvida na década de 1960 pelos geólogos americanos
Harry Hess (1906-1969) e Robert Dietz (1914-1995), que comprovaram e explicaram melhor a
Teoria da Deriva dos Continentes.
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Teoria da Deriva dos Continentes

Segundo Wegener, há 200 milhões de anos teria existido um único supercontinente, a


Pangeia (do grego, ‘todas as terras’), cercado por um único oceano, o Pantalassa (palavra
grega que significa ‘todos os mares’). Nessa época, a Pangeia teria iniciado seu processo de
fragmentação, dando origem aos atuais continentes.

A principal evidência da teoria de Wegener era a possibilidade de um encaixe perfeito entre a


costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. Mais perfeito seria esse ajuste
se fossem consideradas as plataformas continentais dos dois continentes. Além disso, a teoria
se fundamentava também em evidências paleontológicas, paleoclimáticas e nas semelhanças
das estruturas geológicas das terras analisadas.

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DERIVA CONTINENTAL

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DERIVA CONTINENTAL

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Teoria das Placas Tectônicas

Durante a década de 1960, os geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz conseguiram a
explicação para o que tanto intrigava Wegener. A resposta estava no fundo dos oceanos. Por
isso suas conclusões, expressas a seguir, foram chamadas
de Teoria da Expansão do Fundo dos Oceanos.

■ As rochas do fundo dos oceanos são de formação mais recente do que as das bordas
continentais.
■ Ao longo das cordilheiras submarinas (dorsais oceânicas), abrem-se fendas por onde
passa o material magmático, que após resfriar-se forma uma nova crosta, causando a
expansão do fundo dos oceanos.
■ Existem diferentes tipos de limite entre as placas tectônicas, o que permite que
verdadeiras “esteiras rolantes submarinas” sejam responsáveis pela movimentação das
placas tectônicas.
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As placas tectônicas e seus limites
A litosfera não é uma crosta contínua: ela está dividida em placas com espessura bastante
variada, as chamadas placas tectônicas ou litosféricas, que flutuam sobre a astenosfera, onde
o material pastoso está em estado de semifusão.
As maiores placas tectônicas são: Norte-Americana, Sul-Americana, do Pacífico, Antártica,
Indo-Australiana, Euro-Asiática e Africana. Existem também placas menores, como as de
Nazca, de Cocos, do Caribe, da Anatólia, da Grécia e outras.

Nas regiões de contato das placas estão as zonas geologicamente mais instáveis da Terra,
onde ocorrem as atividades responsáveis pelas modificações na crosta: as atividades
vulcânicas e os terremotos, ou abalos sísmicos. É por isso que regiões localizadas nos limites
das placas tectônicas, como Japão, México, Califórnia, Oriente Médio e Itália, entre outras,
são mais sujeitas a esse tipo de fenômeno. As áreas mais estáveis, como o território
brasileiro, localizam-se no interior das placas.
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