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TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL E

A TECTÔNICA DE PLACAS
Deriva Continental e Tectônica de Placas

-A teoria da tectônica de placas é muito recente, e tem trazido


grande ajuda na compreensão dos fenômenos observados na Terra.

-Abraham Ortelius, elaborador de mapas, em 1596, sugeria que as


Américas tinham sido separadas da Europa e da África por
terremotos e enchentes.

Ortelius afirmava que este fato era evidente se fosse elaborado um


mapa com a junção destes continentes, verificando-se a coerência
entre as linhas de costa.
Alfred Wegener

Em 1912, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, aos 32


anos de idade, propunha a teoria da DERIVA CONTINENTAL.

A teoria de DERIVA CONTINENTAL estabelecia que aprox. 270


milhões de anos, durante o Triássico, todas as massas
continentais existentes estavam concentradas em um
supercontinente, que ele denominou de PANGEA.
O supercontinente PANGEA

A quebra do supercontinente PANGEA originaria,


inicialmente, duas grandes massas continentais: a
Laurásia no hemisfério Norte e Gondwana no
Hemisfério Sul.

A Laurásia e Gondwana teriam continuado o processo


de separação, originando os continentes que
conhecemos na atualidade.
Principais evidências

A teoria de Wegener se apoiava especialmente:

-Na similaridade entre as linhas de costa da América do Sul e África, já


notada por Ortelius;

-Por evidências fornecidas por estruturas geológicas presentes nos dois


continentes;

-Presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos


desertos, no caso da África. Presença de estrias indicativas das direções dos
movimentos das antigas geleiras mostrando que na época do Pangea grande
parte do hemisfério sul estava coberta por gelo.

-Pela distribuição de fósseis (Glossopteris, espécie de gimnosperma


primitiva), em ambos os continentes (América e África), que se
correlacionavam perfeitamente ao se juntar os continentes.
Problemas na teoria da deriva

A teoria de Wegener explicava bem a distribuição dos fósseis;

O ajuste das linhas de costa;

As dramáticas mudanças nos climas observadas em ambos os


continentes;

Explicava também a presença de sedimentos de origem glacial em


locais onde hoje temos desertos, no caso da África.

A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi:

“que tipo força conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes
distâncias?”
O Motor da Tectônica de Placas

A chave para desvendar a dinâmica da terra não estava nas


rochas da crosta continental e sim no fundo oceânico

Desenvolvimento de sonares durante a 2ª Guerra Mundial, na


década de 40.

Detecção de enormes cadeias de montanhas nos oceanos


(dorsais)

Nos anos 50 e 60 as Universidades de Columbia e Princeton


mapearam o fundo do oceano, identificaram zonas de rift e
zonas térmicas. Ao coletarem amostras de rochas realizam
datações da crosta oceânica (lavas do assoalho oceânico)
O Motor da Tectônica de Placas

- No início dos anos 60 o pesquisador da


Universidade de Princeton, escreve a “História do
Fundo dos Oceanos” onde ele propõe a expansão
do assoalho oceânico baseado no padrão de
paleomagnetismo das rochas.

- Correntes de Convecção no interior da terra


provocam o movimento lateral das placas
tectônicas e a expansão do assoalho oceânico
O princípio chave da tectônica de placas é a existência de
uma litosfera constituída por placas tectônicas separadas
e distintas, que flutuam sobre manto. A relativa
plasticidade do Manto permite que as placas tectônicas
se movimentem em diferentes direções.

As placas contatam umas com as outras ao longo dos


limites de placa, estando estes comumente associados a
eventos geológicos como terremotos e a criação de
elementos topográficos como cadeias montanhosas,
vulcões e fossas oceânicas. A maioria dos vulcões ativos
do mundo situa-se ao longo dos limites de placas, sendo
a zona do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e
ativa.
São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como
as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão
associados diferentes tipos de fenômenos de superfície:

Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas


deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de
zonas de falha

Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se


afastam uma da outra.

Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por


margens ativa) ocorrem quando duas placas se movem uma em
direção à outra, formando uma zona de subducção
Falha de San Andreas
na Califórnia
Escudos Continentais

Todos os continentes possuem um núcleo de rochas cristalinas


antigas a partir do qual o continente “cresceu” pela adição de
fragmentos crustais e sedimentos. Esse núcleo é o cráton, ou a
região central, da crosta continental. Os crátons geralmente
foram erodidos até elevações e relevos baixos. A maioria deles
pertence ao Pré-Cambriano e pode ultrapassar 2 bilhões de anos
de idade.

A ausência de unidades basálticas nesses crátons é um indício de


sua estabilidade. As regiões cratônicas são constituídas por uma
crosta sobreposta ao topo do manto. Este, também chamado de
litosfera mantélica, é mais espesso nos crátons do que sob as
porções mais novas dos continentes e da crosta oceânica.
Escudos Continentais

Todos os continentes possuem um núcleo de rochas cristalinas


antigas a partir do qual o continente “cresceu” pela adição de
fragmentos crustais e sedimentos. Esse núcleo é o cráton, ou a
região central, da crosta continental. Os crátons geralmente
foram erodidos até elevações e relevos baixos. A maioria deles
pertence ao Pré-Cambriano e pode ultrapassar 2 bilhões de anos
de idade.

A ausência de unidades basálticas nesses crátons é um indício de


sua estabilidade. As regiões cratônicas são constituídas por uma
crosta sobreposta ao topo do manto. Este, também chamado de
litosfera mantélica, é mais espesso nos crátons do que sob as
porções mais novas dos continentes e da crosta oceânica.
O presente é a chave do passado
mas não é o seu espelho
(Benjamin Bley Brito Neves)

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