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1- Explique a teoria da Tectônica de Placas? Em quais evidências se baseia?

Segundo essa teoria, a litosfera está fragmentada em 12 placas rígidas que se movimentam. Três tipos de limites de
placas são definidos pelo movimento relativo das mesmas: divergente, convergente e falha transformante. O sistema
de tectônicas de placas é movido pela convecção do manto e a energia vem do calor interno da Terra. As placas têm
um papel ativo nesse sistema e, as forças mais importantes nessa teoria vêm da litosfera em resfriamento à medida
que ela desliza do centro de expansão e mergulha de volta no manto em zonas de subducção. As lascas litosféricas
estendem-se tão profundamente que alcançam até o limite núcleo-manto, indicando que todo manto está envolvido
no sistema de convecção que recicla as placas. As correntes de convecção ascendentes podem incluir plumas do
manto, que são intensos jorros do manto profundo, causando vulcanismo em pontos quentes.

Essa teoria se baseia nas evidências de: a) demonstração de que a idade da crosta oceânica é, em geral, bastante mais jovem do
que a continental; b) confirmação de que o campo magnético terrestre teve múltiplas inversões no passado geológico (e que estão
registadas nas anomalias magnéticas do fundo oceânico); c) elaboração da teoria da expansão oceânica envolvendo a criação de
nova crusta oceânica nas zona de riftes e de consumo dessa crusta nas zonas de subducção; d) constatação de que a grande
maioria dos sismos e da actividade vulcânica está associada às fossas abissais e aos riftes.

2- Quais são as províncias fisiográficas dos oceanos e como se formaram (no contexto da tectônica de placas)?
Durante a subducção e a colisão continental, as rochas preexistentes e os sedimentos são empurrados para maiores
profundidades da Terra, sendo submetidos a aumentos de pressão e temperatura que resultam em reações
metamórficas variadas, com trajetórias P-T. Com as colisões são associados sismos Nisso, vai sendo formado o relevo
oceânico: plataforma continental recoberta por sedimentos de origem continental trazidos principalmente pelos rios,
mas também por geleiras e ventos; talude e sopé continental cujo relevo não é homogêneo, havendo quebras de
declividade, cânions e vales. Associa-se a um complexo de leques submarinos de mar profundo, onde não
existem as fossas oceânicas, que isolam a margem continental das bacias oceânicas. Planicies abissais com as
maiores extensões territoriais dos oceanos. As fossas oceânicas formam-se onde se encontram duas placas tectônicas
(zona de subducção). As cordilheiras oceânicas são zonas alongadas, contínuas, fraturadas e escarpadas que se elevam
a partir da planície abissal. Correspondem às zonas de separação de placas tectôncias (zonas de acresção), como a
Dorsal Mesoatlântica. Contêm, nas suas porções centrais, as zonas de maior atividade tectônica dos fundos oceânicos.

3- Qual é o papel das cordilheiras Mesoceânicas e como é a sua segmentação? Nas dorsais oceânicas, havia a criação de crosta
por acresção de material do manto às bordas das placas; esta construção de placas era evidenciada pela idade progressiva da
placa ao se afastar da dorsal, ao padrão magnético e à concentração de terremotos nestas regiões. Nas dorsais oceânicas, há
uma contínua separação entre duas placas, com acréscimo de material proveniente do manto às bordas das placas. É uma
região de constante separação entre as placas, injeção de novo material e crescimento lateral das placas.Constitui-se no eixo
dos limites divergentes de placas adjacentes, onde ocorre a expansão do fundo oceânico e sua morfologia geral é controlada
pela estrutura termal da litosfera oceânica. A cordilheira mesoceânica situa-se, sobretudo, na parte central dos oceanos,
excetuando a cordilheira do Pacífico Leste.

4- Descreva as principais fases evolutivas da margem continental brasileira. Durante o Triássico iniciou-se a fragmentação do
Pangea, com a implantação dos riftes que originaram o Oceano Atlântico Central e partes do Oceano Índico. No final do
Jurássico, a fragmentação do Gondwana continuou, tendo início o sistema de riftes do Atlântico Sul, próximo a atual costa da
Argentina. A região onde hoje encontram-se as Bacias de Pelotas, Santos, Campos, Espírito Santo e Pernambuco-Paraíba
possuíam relevo positivo e foram área fonte para as bacias em porções mais baixas, em uma área conhecida como Depressão
Afro-Brasileira. Registros da sedimentação deste estágio tectônico ocorrem na atual margem leste brasileira, entre as Bacias
de Cumuruxatiba e SergipeAlagoas. No Cretáceo Inferior, em torno de 130 Ma, há registro de magmatismo da Província
Paraná-Etendeka, ligado à pluma de Tristão da Cunha, considerada como um dos principais mecanismos atuantes no processo
de abertura da margem. Ainda no Eo-Cretáceo há cerca de 126 Ma iniciou-se a formação de crosta oceânica na região mais
austral do Gondwana, estendendo-se até o Lineamento de Florianópolis. Acima deste limite e até a Sub-Bacia de Alagoas, o
sistema de riftes estaria sendo implantado. O estágio rifte caracteriza-se por um conjunto de grabens e semigrabens, onde se
desenvolvem bacias lacustres com sistemas flúviodeltaicos associados.
Como é formada a placa continental e a placa oceânica?
A força muito importante na tectônica das placas é o arraste gravitacional das lascas que estão em processo de
subducção. Uma possibilidade é que as placas cavalgantes, como as que estão em subducção, sejam puxadas em direção
aos seus limites convergentes. Outra possibilidade é que a Pangéia funcionou como um cobertor de isolamento,
impedidndo que o calor deixasse o manto da Terra. Este causaria protuberância quentes no manto soerguendo a Pangéia
realizando uma deriva como se fosse um escorregamento do solo. Ou seja, a gravidade empurra a placa deslizando a
partir da dorsal mesoceânica e a lasca litosférica mergulhante puxa a placa oceânica.

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