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A deriva continental e a tectónica de placas


Hipótese da deriva continental

Há 250 Ma existia um continente – Pangeia – e um único oceano –


Pantalassa.
A Pangeia fraturou-se e os continentes resultantes afastaram-se até às
posições atuais

Argumentos a favor da hipótese da deriva continental

A hipótese proposta por Wegener era de difícil aceitação à luz dos


conhecimentos científicos da época. Contudo, a recolha de dados litológicos,
paleontológicos e paleoclimáticos permitiu-lhe reunir mais argumentos para
além do morfológico.

Wegener sustentou a hipótese da deriva continental não só em argumentos


morfológicos, mas também em argumentos.

Paleontológicos – presença de fósseis idênticos em continentes atualmente


distantes.

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Litológicos – presença de formações rochosas que apresentam


continuidade em continentes diferentes.

Paleoclimáticos – existência de vestígios de climas do passado em locais


com condições climáticas atuais muito diferentes.

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Wegener não reuniu evidências que permitissem responder a duas
questões:

 O que provocou a rutura da Pangeia?

 Qual é o mecanismo responsável pela deslocação dos continentes?

Estrutura interna da Terra

Modelo geoquímico

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Modelo geofísico

Expansão dos fundos oceânicos

O conhecimento sobre a estrutura interna da Terra, os dados obtidos sobre a


morfologia dos fundos oceânicos e sobre o paleomagnetismo das rochas que
os constituem contribuíram para o estudo dos fundos oceânicos.

Morfologia dos fundos oceânicos

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Plataforma continental – corresponde ao prolongamento dos continentes


sob o mar. é uma zona de declive inferior a 2º, cuja profundidade não
ultrapassa os 200m, e tem uma largura média de 70km.

Talude continental – marca a transição entre a área continental e a


oceânica. Apresenta um declive médio de 5º e uma profundidade que varia
entre os 200 e os 4000m.

Planície abissal – superfície horizontal, com uma profundidade média de


4000m. Pode apresentar cones vulcânicos marinhos. Estes vão crescendo
devido à atividade vulcânica e, quando atingem a superfície, podem formar
ilhas.

Dorsal oceânica – as dorsais são cordilheiras montanhosas mais extensas


do planeta, no centro das quais se encontra uma depressão estreita e alongada
por onde ascende o magma – rifte.

Fossa oceânica – são zonas mais profundas dos fundos oceânicas,


compridas e estreitas, que podem atingir vários quilómetros de profundidade. A
fossa das marianas, no centro Pacífico, é o local mais profundo do planeta,
atingindo uma profundidade de aproximadamente, 11 km.

Paleomagnetismo

Evolução do campo magnético terrestre em épocas geológicas passadas


através da análise das rochas.
Regista a orientação do campo magnético no momento em que se forma.
Quando se forma uma rocha magnética, como o basalto, alguns dos seus
minerais, como a magnetite, ficam com o registo da orientação do campo
magnético existem na época em que se formaram.

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Teoria da tectónica de placas

De acordo com o movimento que apresentam, as fronteiras entre as placas


litosféricas classificam-se.

 Fronteiras transformantes
 Fronteiras divergentes
 Fronteiras convergentes

Fronteiras transformantes

 As placas deslizam lateralmente em sentidos opostos.


 Não há destruição nem formação de nova litosfera.
 Ocorre atividade sísmica

Fronteiras divergentes

 As placas afastam-se uma da outra.


 O magma ascende e forma-se nova litosfera.
 Os oceanos abrem-se e expandem-se.
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 Ocorre atividade vulcânica e sísmica.

Fronteiras convergentes entre uma placa oceânica e uma


placa continental

 As placas convergem.
 Ocorre subducção da placa oceânica.
 Forma-se uma cadeia montanhosa na placa continental.
 Ocorre atividade vulcânica e sísmica.

Fronteiras convergentes entre placas continentais

 As placas convergem.
 Ocorre colisão de duas placas continentais.
 Forma-se uma cadeia montanhosa.
 Ocorre atividade sísmica.

Fronteiras convergentes entre placas oceânicas

 As placas convergem.
 Ocorre subducção da placa oceânica mais densa.
 Formam-se ilhas vulcânicas.
 Ocorre atividade vulcânica e sísmica.

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Mobilidade da litosfera

Correntes de convecção -são movimentos de circulação lenta de materiais


provocados por diferenças de temperatura e de densidade. os materiais do
interior do manto encontram-se a temperaturas muito mais elevadas do que os
que estão próximo da superfície do planeta. Esta diferença de temperatura está
na origem do movimento de materiais quentes e menos densos para regiões
mais frias. Este movimento ascendente é compensado pelo movimento
descente de material mais frio e menos denso.

Forças que atuam ao nível das dorsais oceânicas – o movimento das placas
litosféricas depende ainda de um conjunto de forças que atuam nas dorsais e
nas zonas de subducção. Nas zonas de subdução, os materiais mais finos e
mais densos da litosfera oceânica mergulham, arrastando consigo a restante
placa litosférica. Em profundidade, os materiais aquecem e fundem, ocorrendo
destruição da litosfera.

Forças que atuam ao nível dos riftes – nos riftes, o material quente e menos
denso que ascende até à superfície forma nova litosfera. A litosfera recém-
formada é quente e, por isso menos densa, o que contribui para a sua
elevação, formando as dorsais.

Placas litosféricas

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Enquadramento tectónico dos Açores

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