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Estudo dos Fundos dos Oceanos

Após a II Guerra Mundial, as tecnologias desenvolvidas para operações militares em meio marinho,
como, por exemplo, a deteção de submarinos através de sonares, postas à disposição da comunidade
científica civil.

Este facto permitiu obter conhecimentos sobre a composição e a morfologia dos fundos oceânicos.
Os novos dados científicos convergiam, de modo bastante nítido, para a recuperação da Teoria da
Deriva Continental de Wegener.
Estudo dos Fundos dos Oceanos

Antes da existência de barcos equipados com sonar,


acreditava-se que os fundos oceânicos eram planos e sem
relevos particulares, sendo, por isso mesmo, comparados
a grandes bacias – as bacias oceânicas.
Harry Hess procedeu ao levantamento da topografia do
oceano Pacífico, tendo obtido dados surpreendentes.

Harry Hess (1906-1969)


JOIDES RESOLUTION
Oficial da marinha norte
americana e geólogo.
Estudo dos Fundos dos Oceanos

Foram realizadas operações


militares no oceano, para a
deteção de submarinos e a
cartografia do fundo marinho,
utilizando para tal o sonar.

Estes estudos revelaram que, os


fundos oceânicos não eram
planos, mas apresentavam um
relevo acidentado.
Estudo dos Fundos dos Oceanos

Submersível ROV Mapeamento por Observatório


tripulado sonar Perfuração permanente

O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia permitiu estudar os fundos oceânicos e


descobrir que a litosfera está fragmentada em placas litosféricas que se movem e
interagem entre si. Estes movimentos são explicados pela TEORIA DA TECTÓNICA DE
PLACAS.
Morfologia do fundo dos oceanos
A dorsal estende-se continuamente pelos
diversos oceanos, ao longo de mais de 65 000 km, sendo a
sua largura média da ordem dos 1000 km. Pode atingir os
4500m acima dos fundos oceânicos.

As fossas oceânicas são profundas depressões


oceânicas localizadas na proximidade de margens
continentais ou no interior dos oceanos.
TEORIA DA EXPANSÃO OCEÂNICA

Hipótese da Expansão dos Fundos Oceânicos – a ascensão de magma do interior da Terra ao


longo do vale de rifte forma crusta oceânica, a qual se expande a partir da dorsal médio-
oceânica em direção às fossas oceânicas, onde é destruída. No rifte há acreção/adição de
litosfera. Na fossa oceânica, há subducção/destruição de litosfera.
A idade das rochas e a Teoria da Expansão
Oceânica

2000 km

180 150 130 120 80 65 50 40 20 10 0


Idade (M.a.)

As rochas mais recentes estão localizadas junto ao rifte.


A idade das rochas aumenta à medida que aumenta a distância ao rifte.
O MAGNETISMO DAS ROCHAS
• Ao longo do tempo geológico, a direção do campo magnético não tem sido
constante, apresentando modificações na sua polaridade, ora apontando para
Norte ora para Sul.
• Com base nas mudanças de polaridade registadas em rochas do fundo
oceânico, os cientistas constataram a existência de um padrão simétrico das
polaridades em relação ao rifte.
O MAGNETISMO DAS ROCHAS

Estudos paleomagnéticos permitem reconstituir a evolução dos fundos


oceânicos e a posição dos continentes ao longo do tempo geológico.
Enquanto a Teoria da Deriva Continental admitia o movimento
dos continentes, a Teoria da Tectónica de Placas é um modelo
que admite o movimento da LITOSFERA, que flutua sobre a
ASTENOSFERA (camada quente e semi-fluida).
TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS

Na década de 60 do século XX, com o


contributo de vários investigadores foi
formulada a Teoria da Tectónica de
Placas, que integra a Hipótese da
Deriva Continental de Wegener e o
modelo da Expansão dos Fundos
Oceânicos de Hess.
Segundo esta Teoria, a litosfera
encontra-se dividida em placas que se
movem umas em relação às outras.
As placas litosféricas podem conter continentes ou podem conter apenas litosfera oceânica.
As fronteiras entre placas contíguas chamam-se limites de placas e são zonas muito instáveis.
Há 225 M.a.

Há 135 M.a.

Há 65 M.a.

Atualidade
Mas afinal o que é que faz
com que essas placas se
movimentem?!
Limites Divergentes
Há afastamento das placas tectónicas. Situam-se nas dorsais oceânicas/riftes. São
limites construtivos, pois há subida de magma que forma novas rochas. Há
fenómenos vulcânicos e sísmicos.
Rift Valley

Cataratas de Vitória
O Monte Kilimanjaro situa-se no norte da Tanzânia,
junto à fronteira com o Quénia. É o ponto mais alto
de África, com uma altitude de 5895 m.
Limites Convergentes
Limites convergentes entre uma placa oceânica e uma continental

A placa oceânica, mais densa e com menor espessura, mergulha sob a placa continental, sofrendo
fusão (subducção). São frequentes fenómenos vulcânicos e sísmicos. Ex. Andes
Limites Convergentes
Limites convergentes entre duas placas oceânicas

Uma das placas mergulha sob a outra, sofrendo fusão. Formam-se arcos de ilhas. São
frequentes fenómenos vulcânicos e sísmicos. Ex. Japão
O Monte Fuji, com 3.776 metros de altitude. É um vulcão ativo, sendo que a última erupção ocorreu entre
16 de Dezembro de 1707 e terminou em 1 de Janeiro de 1708.
Limites Convergentes
Limites convergentes entre duas placas continentais

As placas continentais colidem e formam-se grandes cadeias montanhosas. Não há


subducção. São frequentes fenómenos sísmicos. Ex. Himalaias
()
()
Limites Convergentes Limites Divergentes
Limites Conservativos
Neste tipo de limite as placas deslizam lateralmente uma em relação à outra.
Não há vulcanismo, mas verifica-se atividade sísmica. Ex: Falha de Santo André
Placa Norte-
Americana

Placa do
Pacífico

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