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Rochas sedimentares
As rochas sedimentares são formadas à superfície da Terra, ou próximo dela, a partir da deposição de
sedimentos oriundos de rochas preexistentes (detríticas), de material resultante da atividade dos seres vivos
(biogénicas) ou devido à precipitação química (quimiogénicas). A génese das rochas sedimentares envolve
duas fases: sedimentogénese e diagénese.
Sedimentogénese:
• engloba os processos de meteorização, erosão, transporte e sedimentação;
• Meteorização (alteração): conjunto de processos físicos e/ou químicos que
conduzem à formação de detritos ou clastos;
• Erosão: consiste na remoção dos produtos resultantes da meteorização,
através dos agentes erosivos como a água, o gelo, o vento e a ação da
gravidade;
• Transporte: corresponde ao movimento dos materiais resultantes da erosão;
• Sedimentação (deposição): quando o transporte cessa (o agente de
transporte perde energia), os detritos acumulam-se, passando a designar-se
sedimentos, geralmente, dispostos horizontalmente sob a forma de estratos –
estratificação – este processo é determinado pela força gravítica e a ordem de
sedimentação dos sedimentos é condicionada pelas dimensões e densidade
dos materiais;
Diagénese:
• ocorre um conjunto de processos químicos e físicos que provocam a
alteração dos sedimentos;
• Compactação: processo que conduz à diminuição de volume e à desidratação
provocados pelo peso dos materiais suprajacentes;
• Cimentação: consolidação dos sedimentos devido frequentemente, à
precipitação de substâncias dissolvidas na água que agregam os sedimentos;
• Recristalização: modificação da estrutura dos minerais, devido às alterações
das condições de pressão e temperatura e a circulação de fluidos.
Frequentemente, são encontrados fósseis nos afloramentos das rochas
sedimentares. O seu estudo permite a reconstituição de ambientes antigos –
paleoambientes -, o que contribui para a compreensão da evolução da vida na Terra
e para o conhecimento da história do planeta.
As rochas sedimentares podem ser classificadas em:
• Rochas detríticas: formadas por fragmentos de outras rochas, por exemplo, a argila, a areia, o arenito
e o conglomerado.
• Rochas quimiogénicas: resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas na água, como o
calcário, o gesso e o sal-gema.
• Rochas biogénicas: compostas por restos de seres vivos e/ou por materiais que se formaram a partir
ou com a intervenção de organismos vivos, como o carvão, o petróleo e calcário conquífero.
Rochas magmáticas
As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e consolidação, no interior ou à superfície da Terra,
do magma. O magma é uma mistura de minerais silicatados e gases em estado de fusão que se encontra no
interior da Terra.
Atendendo às condições da consolidação do magma, consideram-se dois grandes grupos de rochas
magmáticas: intrusivas ou plutonitos e as extrusivas ou vulcanitos.
Rochas intrusivas ou plutónicas:
• o magma consolida no interior da crosta;
• resultam de um arrefecimento lento;
• as rochas apresentam minerais bem desenvolvidos, visíveis a olho nu – textura fanerítica/granular;
• o granito, o gabro e o diorito constituem exemplos de rochas intrusivas.
Rochas extrusivas ou vulcânicas:
• magma consolida à superfície ou próximo dela;
• resultam de um arrefecimento rápido;
• as rochas apresentam minerais de pequenas dimensões ou uma massa amorfa – textura
afanítica/agranular ou textura vítrea, respetivamente;
• o basalto, o riólito e o andesito são exemplos de rochas extrusivas.
Rochas metamórficas
Resultam de um processo de litogénese designado por metamorfismo, pelo qual qualquer tipo de
rocha (preexistente) pode experimentar transformações mineralógicas e/ou texturais, mantendo-se no
estado sólido, por alteração das condições de pressão e temperatura em que foram geradas, bem como de
alterações da composição química dos fluidos envolventes.
Os principais fatores de metamorfismo são: calor, pressão, os fluidos de circulação e o tempo. O
mármore, o xisto e o gnaisse são algumas rochas metamórficas.
De acordo com as condições presentes em cada situação, existem diferentes tipos de metamorfismo:
regional, de contacto e de impacto.
Metamorfismo regional: Ocorre, em regra, em profundidade onde as rochas ficam progressivamente
submetidas a tensões (peso das camadas suprajacentes) e temperaturas elevadas. Estas regiões
correspondem a zonas de colisão de massas continentais. As rochas nestas condições experimentam
alterações profundas, ficam intensamente deformadas, ocorrendo transformações mineralógicas e
texturais, segundo uma orientação preferencial - foliação. O gnaisse e o xisto são rochas que se formam
neste tipo de contexto metamórfico.
Metamorfismo de contacto: Quando uma intrusão magmática se instala entre rochas preexistentes, o calor
proveniente do magma pode metamorfizar as rochas encaixantes, através do aquecimento brusco. O
principal fator do metamorfismo, neste caso, é o calor, embora alguns fluidos provenientes do magma
também possam contribuir para certas transformações mineralógicas - recristalização.