Você está na página 1de 55

Deriva dos continentes e

tectónica de placas
Filme tectónica de placas - pangeia
Em que consiste a teoria da deriva continental?

A teoria da deriva continental foi apresentada pelo cientista Alfred


Wegener.
Em que consiste a teoria da deriva continental?

Na Era Paleozoica todos os atuais O gigantesco continente


continentes teriam estado unidos, estaria rodeado por um
formando um único supercontinente único oceano, designado
- a Pangeia. por Pantalassa.
Em que consiste a teoria da deriva continental?
Posteriormente, na Era Mesozoica, o supercontinente Pangeia ter-
se-á começado a fragmentar em continentes menores que, desde
então, se têm vindo a deslocar até às posições que atualmente
ocupam.
Página 53
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Wegener fundamentou a teoria da deriva continental baseando-se
em 4 argumentos:

morfológicos paleontológicos

geológicos paleoclimáticos

https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/5
26604/L?se=3093&seType=&coId=139756
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Argumentos morfológicos
A semelhança entre as linhas de costa dos continentes,
particularmente entre a América do Sul e África, sugeria, segundo
Wegener, que estes dois continentes pudessem ter estado outrora
ligados.
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Argumentos paleoclimáticos
Wegener também se interessou pelos vestígios dos antigos climas
(paleoclimas) existentes nas rochas de vários continentes,
sobretudo vestígios de glaciações.
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Argumentos paleoclimáticos
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?

Argumentos paleoclimáticos
Ao estudar estes vestígios de antigas glaciações, Wegener constatou
que apareciam também em continentes com climas tropicais.

Sugeriu então, que os continentes no passado


estivessem mais próximos do Polo Sul e que depois se
tivessem deslocado para as posições atuais.
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Argumentos geológicos
Wegener constatou que existiam em diversos continentes,
atualmente distanciados, rochas e estruturas geológicas idênticas e
com a mesma idade.

Cadeias montanhosas
Formações rochosas antigas
(mais de 250 Ma)
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Argumentos paleontológicos
Quando estudava o registo fóssil de algumas espécies, Wegener
verificou que existiam muitas semelhanças entre os fósseis
distribuídos pelos diversos continentes.

Atendendo a que estas espécies fossilizadas nunca poderiam


atravessar os oceanos existentes entre os atuais continentes, a
distribuição destes fósseis apenas se podia explicar caso os
continentes tivessem estado ligados no passado.
Casal Novo

Morrinson

A descoberta de fósseis de estegossauro em Morrison e no


Casal Novo é uma evidência da proximidade destas regiões
durante o Jurássico (199 M.a. a 145 M.a.).
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
Que forças seriam capazes de fazer deslocar os continentes,
constituídos por enormes massas rochosas, através da
superfície terrestre?

Para responder a esta questão, Wegener propôs como «motores» da


deriva continental o movimento de rotação da Terra e as forças
gravíticas exercidas pela Lua e pelo Sol sobre a Terra.
Em que se baseava Wegener para defender a teoria da
deriva continental?
A explicação de Wegener não foi convincente, uma vez que se
provou que estas forças eram insuficientes para originar a deriva
continental.

Assim, esta teoria não foi aceite e ficou em discussão durante


décadas, até que os avanços da
ciência e da tecnologia levaram
os cientistas a retomar as ideias
de Wegener e a propor uma nova
teoria – teoria da tectónica
de placas.
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?
Esta teoria resultou da evolução científica e tecnológica verificada
em meados do
século XX, em domínios ainda desconhecidos nos tempos de
Wegener:
• o conhecimento da morfologia dos fundos oceânicos;
• a datação (absoluta) das rochas dos fundos oceânicos.

Emissão de
ultrassons para
medir a profundidade Coletor de
água
Robô para
com sensores Robô de
filmar e
exploração
fotografar

Coletor de
amostras
do fundo
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?

Morfologia dos fundos oceânicos


Com a ajuda do sonar foi possível descobrir que o fundo oceânico
não é completamente plano, contrariamente ao que se julgava.
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?
Morfologia dos fundos oceânicos
Das formas de relevo existentes nos fundos oceânicos destacam-se:
• as fossas oceânicas, depressões estreitas onde o fundo
marinho atinge grandes profundidades;
• as dorsais (ou cristas) médio-oceânicas, cadeias
montanhosas submarinas. Estas dorsais, geralmente localizadas
nas zonas médias dos oceanos, ao longo do seu eixo contêm
vales estreitos —os riftes.
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?
?
Continente
?Plataforma
continental

?
Rifte

?
Talude
continental

Dorsal
?
oceânica

Planície
?
abissal

Morfologia do fundo oceânico do Atlântico Norte

3/8
Plataforma Fossa
?
continental
?
oceânica

Talude Dorsal
?
continental ?
oceânica

?
Rifte
Planície
?
abissal

Morfologia do fundo oceânico

Página 60

4/8
Em que consiste a teoria da tectónica de placas?

As placas litosféricas assentam sobre uma zona do manto que se


encontra parcialmente fundida: a astenosfera.

Pensa-se que o movimento das placas litosféricas se deve à


existência de correntes de convecção nesta região do manto.
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?
Causa do movimento dos continentes - correntes de
convecção térmica

Filme tectónica de placas


e convecção no manto.
Como surgiu a teoria da tectónica de placas?

Datação das rochas dos fundos oceânicos


As sondagens realizadas no fundo dos oceanos possibilitaram a
recolha e a datação das rochas nesses locais.
Estas pesquisas revelaram que as rochas dos fundos oceânicos
são surpreendentemente jovens, quando comparadas com as
rochas continentais.
As rochas são mais recentes junto aos riftes e mais antigas à
medida que nos afastamos da dorsal, para ambos os lados.

Os fundos
oceânicos
encontram-se
em expansão.

Aparecimento da teoria da tectónica de placas.


Em que consiste a teoria da tectónica de placas?
Esta teoria admite que a litosfera está dividida em diversos fragmentos
– as placas litosféricas – que se deslocam uns em relação aos outros, a
baixa velocidade.
A- Litosfera D- astenosfera G- subducção
B- placas E- rifte H- Calor
litosféricas.
F- Magma I- Correntes de
C- Correntes convecção.
de convecção.
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?

A teoria da tectónica de placas permitiu aos geólogos interpretar


muitos dos fenómenos geológicos que ocorrem no nosso planeta,
sobretudo nos limites das placas litosféricas.

O tipo de movimento relativo existente entre as placas litosféricas


permite distinguir os seguintes limites de placas litosféricas:

• limites divergentes;
• limites convergentes;
• limites transformantes.
Como se podem deformar as rochas?

As forças tectónicas podem classificar-se, conforme o sentido de


atuação, em:

Distensivas

Compressivas

De Cisalhamento
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?
Limites convergentes
Situam-se nos locais onde duas placas convergem, isto é, onde se
aproximam uma da outra. Nos limites convergentes ocorre
destruição da litosfera.
Limite entre duas placas oceânicas
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?
Limites convergentes

Limite entre uma placa oceânica e uma placa continental.


Que tipos de limites de placas litosféricas existem?
Limites convergentes

Limite entre duas placas continentais

https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/526606/L?se=3093&s
eType=&coId=139768
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?

Limites divergentes
Ocorre nos locais onde duas placas litosféricas se afastam uma
da outra, ou seja, divergem. Estes locais correspondem aos
riftes.

Embora a maior parte dos riftes se situe nos fundos oceânicos,


também existem alguns casos de riftes visíveis à superfície dos
continentes, como acontece, por exemplo, na África oriental.
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?
Vale do rifte africano
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?
Limites transformantes
Neste tipo de limite, duas placas litosféricas não convergem
nem divergem, mas movimentam- se uma em relação à outra,
em sentido oposto, ao longo de uma falha.
Estes limites, onde não há criação nem
destruição de litosfera, são frequentes nos
fundos oceânicos, embora também se
possam encontrar em certas zonas
continentais.
Que tipos de limites de placas litosféricas existem?

Página 66
Paginas 72 e 73
Síntese

A mobilidade dos continentes foi sugerida por Wegener, que


propôs a teoria da deriva continental. Segundo esta teoria, há
milhões de anos todos os atuais continentes estavam unidos
formando um único supercontinente - Pangeia – rodeado de um
único oceano – Pantalassa. Pangeia ter-se-ia fragmentado em
massas continentais menores que se deslocaram para as posições
atuais.

A teoria da deriva continental apoiava-se em argumentos


morfológicos, geológicos, paleontológicos e paleoclimáticos.

A teoria da deriva continental não foi aceite pelos cientistas da


época, uma vez que as forças propostas por Wegener para explicar
a mobilidade dos continentes ( a rotação da Terra e a atração
do Sol) eram insuficientes.

A invenção do sonar permitiu aos cientistas conhecer a morfologia


dos fundos oceânicos, revelando a existência de fossas oceânicas e
de dorsais médio-oceânicos, acompanhadas de riftes.
Síntese

A datação das rochas dos fundos oceânicos permitiu concluir que


estas são tanto mais recentes quanto mais próximas se encontram
dos riftes.

A teoria da tectónica de placas admite que a litosfera está


dividida em placas, que se movem umas em relação às outras. Os
continentes, como fazem parte das placas, acompanham os
movimentos destas.

A mobilidade das placas litosféricas é explicada através da


existência de correntes de convecção de magna existentes na
astenosfera. Estas correntes ascendem na zona dos riftes, a partir
de onde as placas se afastam, e descem na zona das fossas, onde
as placas são impelidas a mergulhar no interior do manto.

Os limites das placas, que podem ser divergentes, convergentes


ou transformantes (conservativos), são zonas de grande
atividade geológica. Entre os fenómenos geológicos que aí ocorrem
contam-se o vulcanismo, os sismos e a formação de montanhas.
Como se podem deformar as rochas?

Os movimentos das placas litosféricas, sobretudo nas zonas


de limites de placas, originam forças que provocam a
deformação das rochas.
Como se podem deformar as rochas?

O tipo de deformação sofrida pelas rochas depende da intensidade


e do sentido das forças atuantes e ainda das propriedades físicas
das próprias rochas.
As deformações mais frequentes que as rochas podem sofrer são
dobras e falhas.

Dobra

Falha
https://app.escolavirtual.pt
/lms/playerteacher/resourc
Como se podem deformar as rochas? e/566912/L?se=3093&seT
ype=&coId=139769

COMPORTAMENTO DAS ROCHAS

FRÁGIL DÚCTIL

A rocha fractura facilmente A rocha altera-se, experimentando


em condições de pressão e deformações permanentes mas sem
temperatura baixas fracturar, em condições elevadas de
pressão e temperatura
Relaciona-se com a
formação de Relaciona-se com a
formação de
FALHAS DOBRAS

fractura das rochas acompanhada encurvamento de superfícies


do movimento relativo de um dos originalmente planas, em que não se
blocos fracturados. verifica deslocação dos blocos .
https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/526554/
Dobras L?se=3093&seType=&coId=139768

As dobras formam-se, lentamente, no interior da crosta ou do


manto devido a forças compressivas que afetam camadas de
rochas inicialmente planas. Com a aplicação continuada destas
forças ao longo do tempo e com a erosão, as rochas deformadas
acabam por ser visíveis à superfície, formando relevos
montanhosos.
Falhas
Numa falha identificam-se sempre dois componentes:
- teto
- muro

https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/526456/L?se=3
093&seType=&coId=139768
Normais
Quando o sentido das forças é oposto (divergente), os blocos rochosos são
afastados e o teto desce.
Inversas
quando o sentido das forças é convergente os blocos rochosos
aproximam-se e o teto sobe.
Desligamento
Quando o sentido das forças é oposto (forças de cisalhamento) e os
blocos rochosos deslizam em sentidos também opostos, ao longo de
uma falha ou zona de cisalhamento.

Falha de desligamento
Atividade prática – correntes de convecção

https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/526553/L?
se=3093&seType=&coId=139756
O V DE GOWIN
O V de Gowin surge na década de 70 como modo de organizar, apresentar e divulgar o
conhecimento científico sob a forma de um diagrama. Este diagrama pode ser usado em
qualquer atividade prática.
No centro do V de Gowin encontra-se a questão-problema que se pretende
estudar/pesquisar, de um e de outro lado da questão-problema encontramos duas
vertentes do conhecimento científico: a ala conceptual e a ala metodológica. Na
primeira, dispõe-se o conhecimento científico conhecido e que apoia a atividade a
realizar correspondendo aos itens Teoria, Princípios e Conceitos. Na vertente
metodológica encontram-se os itens que resultam da atividade a realizar: Registos,
Discussão de Resultados/Registo e Conclusões.
Estas duas vertentes ligam-se pelos procedimentos, que se encontram no vértice do V e
onde se descrevem os Materiais e Métodos do trabalho desenvolvido.
Questão Problemática a pesquisar
Teorias Conhecimentos já adquiridios envolvidos na atividade a
Princípios desenvolver
Conceitos
Procedimentos Material e descrição do procedimento a realizar

Resultados Observação e registo dos resultados recorrendo ao modo


mais adequado à sua apresentação
Discussão de resultados Análise dos resultados e enquadramento destes no quadro
teórico.
Conclusões Considerações sobre os resultados obtidos com a atividade
no âmbito do quadro teórico trabalhado.
Atividade prática – correntes de convecção
Atividade prática

Você também pode gostar