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Aula 1 - 14/08

Revisão Tectônica Global


Deriva Continental:
Alfred Wegener, cientista alemão, acreditava que todos os continentes já tinham sido um
único megacontinente, Pangea. E um megaoceano, Pantalassa.

Algumas evidências:
1 - Encaixe perfeito das costas da América do Sul e África.
2 - Feições geomorfológicas e fósseis cujas ocorrências se correlacionavam perfeitamente,
ao se juntarem os continentes.
3 - Evidências de Glaciação.

Não conseguiu responder a questões


fundamentais: Quais os mecanismos que permitiam e causavam a movimentação dos
continentes?

Tectônica de Placas
A partir de equipamentos, como os sonares, foi possível cartografar a Dorsal ou Cadeia
Meso-Oceânica, que emerge na Islândia. Ao longo da cadeia ocorria uma forte atividade
sísmica e vulcânica.
A dorsal divide a crosta submarina em duas partes, representando a ruptura ou cicatriz
produzida durante a separação dos continentes.
As rochas mais jovens se encontram próximas à Dorsal e as mais antigas mais distantes da
dorsal e mais próximas dos continentes.

Essa expansão do assoalho oceânico está relacionada aos processos de correntes de


convecção no interior da Terra.
Com a continuidade do processo de geração de crosta oceânica, em algum outro local,
deveria haver um consumo ou destruição desta crosta, caso contrário a Terra expandiria. A
destruição da crosta oceânica mais antiga ocorreria nas chamadas zonas de subducção,
onde a crosta oceânica mais densa mergulharia sob a menos densa no interior da Terra até
atingir condições de pressão e temperatura suficientes para sofrer fusão e ser incorporada
novamente ao manto.

O movimento das Placas Tectônicas (Litosfera) apenas é possível, pois possui como limite
inferior a Astenosfera, conhecida como Zona de Baixa Velocidade, por causa da
diminuição de velocidade das ondas sísmicas P e S, pois apesar de sólido apresenta
propriedades plásticas (temperatura alcança valores próximos da temperatura de fusão das
rochas, iniciando um processo de fusão parcial, produzindo uma fina película líquida em
torno dos grãos minerais).
*Ondas S só deformam meio sólido.
Ondas P e S

Com a Onda S, se identifica o estado do meio


(crosta, manto e núcleo).

Estrutura do Planeta Terra


Parte externa do planeta é uma crosta sólida, a Crosta da Terra (os atuais continentes). Em
posição intermediária, encontra-se o Manto da Terra, e no seu interior o Núcleo da Terra.
Tipos de limites entre placas litosféricas
Limites Divergentes: marcados pelas dorsais mesa-oceânicas, onde as placas tectônicas
afastam-se uma da outra, com a formação de nova crosta oceânica.
Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a mais densa mergulhando
sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processos de fusão
parcial da crosta que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e províncias vulcânicas
(arcos de ilhas).
Imagem: Fossa das Marianas

Limites Transformantes: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à


outra, sem destruição ou geração de crostas, ao longo de fraturas denominadas Falhas
Transformantes. Como exemplo a Falha de San Andreas. É em torno destes limites de
placas que se concentra a mais intensa atividade geológica do planeta, como sismos,
vulcanismo e orogênese. A feição oceânica gerada nos limites transformantes são as
zonas de fratura, que se assemelha a um degrau. Os degraus são formados devido à
diferença de idade dos crostas. Quanto maior essa diferença de idade maior o degrau.
Qual a diferença entre zona de fratura e falha transformante? (falhamento é sinônimo
de falha transformante?)
Geofísica - Batimetria (mapeamento do fundo oceânico)
Levantamento acústico - sonar

● Fio do Prumo

● Batimetria Monofeixe
● Batimetria Multifeixe
Aula 2 - 21/08
Hots Spots (Teoria dos Pontos Quentes)
Pontos onde a placa tectônica passou por cima de uma Pluma do Manto (atividades
magnéticas de material quente do manto) que ao emergir forma ilhas vulcânicas. Os Hots
Spots podem deixar de existir em um determinado local.
São estacionários. As placas litosféricas se movimentam sobre elas, resultando em
rastros de feições lineares na superfície da placa, cuja direção indica a movimentação desta
placa.
● Formam cadeias de montanhas vulcânicas, séries de ilhas vulcânicas/vulcões
submarinos (como por exemplo o Havaí), platôs meso-oceânicos e Cordilheiras
submarinas.
● Permitem calcular a velocidade de movimentação das placas, a partir da distância
entre as ilhas e as idades das erupções vulcânicas.
● Explicam as atividades vulcânicas que ocorrem no interior das placas. Não estão
associados a nenhum limite de placas.
● Os vulcões se tornam inativos conforme a movimentação das placas. Com o
movimento das placas os vulcões deixam de estar sobre uma pluma e se tornam
inativos.
A Islândia é um exemplo do Hot Spot situado sob a dorsal meso-oceânica.

Tipos de colisões entre placas tectônicas - limite convergente


1. Placa Oceânica e Placa Oceânica
Placa mais densa e mais antiga mergulha sob a outra placa (subducção). Produz intensa
atividade vulcânica, formando arquipélagos, conhecidos como “Arcos de Ilhas”, de 100 a
400 km atrás da fossa formada na zona de subducção. Como exemplo as Ilhas do Japão.
2. Placa Continental e Placa Oceânica
Crosta oceânica subside sob a crosta continental e produzirá arco magmático, como
grandes cordilheiras de montanhas continentais. Como exemplo os Andes.
3. Placa Continental e Placa Continental
Processo que não gera vulcanismo expressivo, mas produz intenso metamorfismo de
rochas continentais pré-existentes. Geram grandes cordilheiras de montanhas, como os
Alpes e os Himalaias.

Tsunamis
São gerados por um deslocamento da coluna de água na área epicentral de um
terremoto ocorrido em uma falha próxima ao fundo do mar. Esse deslocamento de água
ocorre devido ao deslocamento do fundo marinho.
Qual limite gera o tsunami? Transformante? Não necessariamente, acontece mais em
zonas de subducção, onde tem mais energia.
Feições Fisiológicas
● Margens Continentais: Zona de transição entre os continentes e as bacias oceânicas
(crosta continental abaixo do nível do mar). Relaciona-se diretamente com a
soberania dos países.
Tipos de Margens Continentais:
1. Margem Continental Tipo Atlântico (ou passiva) - situadas nos limites divergentes.
Com comportamento tectônico estável por longo período de tempo. Caracterizadas pela
sequência clássica das feições fisiográficas - plataforma continental, talude continental,
sopé (elevação continental), planície abissal e cordilheiras oceânicas.

2. Margem Continental Tipo Pacífico (ou ativa) - situadas nos limites convergentes.
Com tectonismo ativo durante os últimos períodos geológicos. Caracterizam-se pela
ocorrência de fossas e arcos de ilhas.
Províncias Fisiográficas do Fundo Oceânico
Margem Continental
● Plataforma Continental: região submersa do continente, com águas rasas e declive
suave que circunda os continentes, estende-se desde a linha de praia até a borda da
plataforma.
● Talude Continental: porção mais íngreme do piso marinho, com mergulho acentuado.
O topo do talude continental é marcado por uma mudança brusca no declive (quebra
de plataforma), enquanto o pé do talude (talude inferior) possui declive mais suave.
● Sopé ou Elevação Continental: quando presente, situa-se na base do talude. Com
origem deposicional, maiores espessuras de sedimentos. Acúmulo de sedimentos,
se não houver deposição não existe sopé.
Bacia Oceânica
● Platôs: feições semelhantes às plataformas continentais, que ocorrem a
profundidades maiores (entre 200 e 2400m). Regiões planas no meio do talude
(ficam sempre no talude).
● Planície Abissal: área extremamente plana do assoalho. Superfícies mais planas da
Terra. Segunda região mais profunda dos oceanos, atrás apenas das fossas.
● Zonas de Fratura
● Cordilheiras Oceânicas
Geofísica

Aula 3 - 28/08

O Nascimento dos Oceanos (da Bacia Oceânica)


Separação da Pangea, formação de rifts e surgimento de crosta oceânica. As bacias
oceânicas são formadas na Dorsal - centro de espalhamento.
Ciclo de Wilson
A abertura e o fechamento de bacias oceânicas - Teoria de Expansão do Assoalho
Oceânico.
1º Estágio: Embrionário
- Estiramento Crustal: Rompimento da crosta continental no centro com esforço
lateral (como um chiclete) - limite divergente. Associada a atividades magmáticas e
vulcânicas.
- Exemplo: Grand Canyon, Baía de Guanabara.
Ocorre um rifteamento, formando Rift Valleys.

2º Estágio: Jovem
- Torna-se Estágio Jovem quando ocorre formação da Crosta Oceânica
A formação ocorre com a entrada de magma na “fissura” gerada no estiramento.
- Exemplo: Mar Vermelho
Já há o registro de nova crosta oceânica.
Quando o processo de rifteamento é iniciado, possivelmente induzido pela ascensão
de uma pluma do manto (Hot Spot), é comum que a crosta continental se rompa ao
longo de um sistema de três fraturas separadas por ângulo de 120°, sendo que duas
delas evoluem para a formação de oceanos e de margens continentais passivas e a
terceira fratura em geral forma um vale que se estende para dentro de áreas
continentais, mas não chega a desenvolver uma bacia oceânica. Este terceiro braço
constitui um rifte abortado. O ponto de encontro destes três riftes é denominado
junção tríplice ou ponto tríplice e marca o ponto geográfico onde se iniciou a
fragmentação de continentes (não é cordilheira). Um dos exemplos atuais de junção
tríplice ocorre entre a Arábia Saudita e o noroeste da África, onde os dois riftes
ativos formam o Golfo de Aden e o Mar Vermelho, e o terceiro rifte constitui o Rift
Valley Africano que se estende para o interior do continente africano.

3º Estágio: Maduro (Oceano Atlântico)


A abertura da pequena bacia oceânica/oceano continua sua expansão até uma extensão
indeterminada, como o Oceano Atlântico. Com limites divergentes, apenas uma zona de
subducção no Caribe.
4º Estágio: Declínio (Oceano Pacífico)
- Formação de Crosta Oceânica no centro e DESTRUIÇÃO nas bordas.
- Exemplo: Oceano Pacífico, bordejado por Zonas de Subducção (convergência de
placas) - Anel de Fogo, são áreas instáveis com terremotos e vulcões.
Devido ao mergulho/destruição da crosta oceânica, há formação de crosta mais
rapidamente.

5º Estágio: Terminal
- Ocorre apenas destruição da Crosta Oceânica.
- Exemplo: Mar Mediterrâneo.
Não existe mais a formação de crosta oceânica. Centro de espalhamento cessa (se antes
existisse), por isso não há mais a formação de crosta.

6º Estágio: Geosutura ou sutura (último)


- Choque de massas continentais.
Crosta Continental por cima de outra Crosta Continental (crosta continental não mergulha e
é consumida, pois é muito leve e espessa). Processo de obducção?
- Exemplo: Himalaias (fundo marinho é empurrado para cima = deformação do fundo
marinho). Deslocamento de partes de crosta oceânica sobre uma crosta continental.
Depósitos marinhos, como turbiditos, no topo das montanhas.
Sem existir mais crosta oceânica no centro. Com terremotos fortes e montanhas que
continuam crescendo.

Observações da aula:
A massa continental total não é constante. Mesmo assim, a Terra não se expande.
Formação de Crosta Continental (Arco de Ilha): plana mais densa mergulha sob a menos
densa.

Aula prática
O que varia em função da morfologia do fundo oceano? Terremotos, granulometria do
sedimento.
Margem continental passiva (oceano atlântico)
Margem continental ativa (oceano pacífico)
Cordilheira meso-oceânica
Margem continental brasileira
O que é isabatas?
A margem continental está associada a maior espessura de sedimento
Oceano pacífico quase não tem acúmulo de sedimento, pois é marcado por fossas.
Ângulo de mergulho da placa influência na morfologia
Cálculo da taxa de espalhamento (para esquerda e direita da cordilheira)
Qual tava de espalhamento vai ser maior? Pacífico?
Quando a crosta é mais velha é mais densa, mais pesada, tende a afundar, mais “baixa” na
morfologia, também está mais afastada do fluxo térmico (o que isso causa?).
Oceano Índico margem passiva e ativa (direita)
Prova começa às 9h
Destruição de placa = fossa
Surgimento de placa = cordilheira
Idade da crosta e espessura do sedimento
Quando mais velha for a placa mais tempo para depositar sedimento, mais espessa?
Taxa de espalhamento é mais rápida do que a deposição no fundo do oceano, então a
cordilheira é mais espessa mesmooo
Confusa sobre espessura de placas???

Revisão para Prova:


1- Explique o conceito de Wilson, descrevendo os estágios evolutivos de um oceano,
citando as principais características inerentes a cada estágio (processo tectônico e
morfologia) e dando exemplos de regiões atuais do globo onde cada estágio pode ser
observado.

2- Relacione as províncias fisiográficas e suas feições com a teoria da tectônica de placas.

3- Explique as teorias e evidências que levaram a elaboração da Teoria de Tectônica de


Placas.

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