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A HISTÓRIA DOS CONTINENTES

Acadêmicas: Fidelcino, Jheniffer Arvani, Joao Leonardo, Paula e Rauany Schu,


Raquel Batista Schwarzbach.
Em uma perspectiva global, a estrutura geológica dos continentes exibe
um padrão geral, embora irregular. Os remanescentes erodidos das antigas rochas
deformadas constituem os crátons continentais – núcleos estáveis que
compreendem os escudos e as plataformas continentais.
Em torno destes crátons estão dispostos os cinturões de montanhas
alongadas ou orógenos (do grego oros, “montanha”, e genos, “gerado por”) que
foram formados por episódios posteriores de deformação compressiva.
Os sistemas orogênicos (de construção de montanhas) mais novos são
encontrados ao longo das margens ativas dos continentes, onde o movimento das
placas tectônicas deforma continuamente a fraca crosta continental.
Províncias tectônicas
 O padrão geral de crátons delimitados por orógenos pode ser observado na figura a
seguir, que representa as principais províncias tectônicas dos continentes.
 Escudos: Uma região de rochas do embasamento cristalino, de idades pré-
cambrianas, que foram soerguidas e expostas, não deformadas no Éon
Fanerozoico (543 milhões de anos atrás até o presente).
 Plataforma: Uma região onde as rochas do embasamento pré-cambriano
estão recobertas por alguns quilômetros de sedimentos sub-horizontais.
 Bacia continental: Uma região de subsidência (afundamento abrupto ou
gradativo da superfície da terra, com pouco ou nenhum movimento
horizontal) prolongada onde se acumularam espessos sedimentos do
Fanerozoico, com camadas mergulhantes a partir das margens das bacias.
 Orógeno fanerozoico: Uma região onde a construção de montanhas foi um
processo ativo durante o fanerozoico.
 Crosta distendida: Uma região onde a deformação mais recente envolveu
uma extensão crustal de grande proporção.
Um quebra-cabeça global
A atual distribuição das províncias continentais e idades representa um quebra-
cabeça gigante, cujas peças tem sido rearranjadas por rifteamento, deriva e colisão
continental durante os bilhões de anos de atividade da tectônica de placas. A partir da
crosta oceânica existente, apenas os últimos 200 milhões de anos da história dessa
atividade são conhecidos. Os movimentos de placas anteriores devem ser inferidos a
partir de evidências indiretas, encontradas em rochas continentais.
Como os continentes crescem

Ao longo dos seus 4 bilhões de anos, os continentes cresceram a uma taxa média de
2 km³ por ano.

A seguir veremos alguns dos processos básicos de crescimento que atualmente


operam no sistema de tectônica de placas.
A adição magmática
No moderno sistema da tectônica de placas, a maior parte da crosta silicosa flutuante é
originada nas zonas de subducção, onde a água espremida das placas em subducção funde a
cunha do manto acima delas. Os magmas, que são de composição basáltica, migram para a
superfície, acumulando-se em câmaras magmáticas próximas à base da crosta. Ali, elas
incorporam materiais crustais e diferenciam-se progressivamente para formar magmas ricos em
sílica, que migram para a crosta superior, formando plútons dioríticos e granodioríticos
encimados por vulcões andesíticos.
Esse processo pode adicionar novo material crustal diretamente às margens das placas
continentais ativas.
A acreção continental
A Acreção é um processo de crescimento continental no qual fragmentos da crosta
de baixa densidade são amalgamados (acrescidos) aos continentes durante o movimento
das placas.
Os fragmentos individuais, em cujo interior as feições geológicas mostram-se
coerentes entre si, são denominados de terrenos acrescidos, que são grandes fragmentos
de crosta, de dezenas a centenas de quilômetros em extensão geográfica, que contém no
seu interior rochas de origem comum e com as mesmas características, geralmente
transportadas por grandes distâncias pelos movimentos de placas.

Quatro mecanismos parecem ser importantes no que se refere a como os movimentos


de placas reuniram esses fragmentos um ao outro:
Como os continentes são modificados
Orogenia: a modificação por colisão de placas
A crosta continental é profundamente modificada por orogenia – o processo de
construção de montanhas envolvendo dobramento, falhamento, magmatismo e
metamorfismo.
A maioria das orogenias envolve a convergência de placas.
Quando uma ou mais placas são feitas de litosfera oceânica, a convergência ocorre,
principalmente, por subducção. As orogenias podem resultar quando um continente
cavalga necessariamente sobre uma placa oceânica em subducção. Mas as orogenias
mais intensas são causadas pela convergência de dois ou mais continentes. Quando
duas placas continentais colidem, a rigidez de ambas tem de ser modificada.
A crosta continental tem mais flutuabilidade que o manto, de modo que os
continentes que estão colidindo resistem à subducção com a placa da qual fazem parte.
Em vez disto a crosta continental deforma-se e quebra-se numa combinação de intenso
dobramento e falhamento que pode se estender a centenas de quilômetros da zona de
A orogenia alpino-himalaiana
 Para ver a orogenia em ação, observamos as grandes cadeias de altas montanhas que se
estendem desde a Europa, pelo Oriente Médio e através da Ásia, conhecidas coletivamente
como Cinturão Alpino-Himalaiano, resultado da fragmentação da Pangeia.
Orogenias paleozoicas durante a aglutinação da Pangeia

 Se recuarmos ainda mais no tempo geológico, encontraremos abundantes evidências de


orogenias mais antigas causadas por episódios anteriores de convergência de placas.
 Pelo menos três distintas orogenias foram responsáveis pela deformação paleozoica
que foram relacionados a eventos da tectônica de placas que conduziram à aglutinação do
supercontinente Pangeia, próximo ao final do Paleozoico.
 O supercontinente Rodínia começou a fragmentar-se ao final do Éon Proterozoico,
liberando diversos paleocontinentes. Um deles foi o grande continente de Gondwana. Dois
outros foram a Laurentia, que incluía o cróton norte-americano e a Groenlândia, e a Báltica,
compreendendo as terras em volta do mar Báltico (Escandinávia, Finlândia e a parte europeia
da Rússia).
Ciclo de Wilson
• As bordas de muitos crátons experimentaram múltiplos episódios, num ciclo de tectônica de
placas genérico que compreendem quatro fases principais:
1. Rifteamento durante a fragmentação de um supercontinente;
2. Resfriamento de uma margem passiva e acumulação de sedimentos durante a expansão do
assoalho oceânico e a abertura do oceano;
3. Vulcanismo de margem ativa e acreção de terreno durante a subducção e o fechamento
oceânico.
4. Orogenia durante a colisão continente-continente, que forma o próximo supercontinente.
Os geólogos referem-se a essa sequência idealizada de eventos de abertura e fechamento de
bacias oceânicas como Ciclo de Wilson, denominado a partir do pioneiro da tectônica de placas,
o canadense J. Tuzo Wilson, que foi o primeiro a reconhecer a sua importância para a evolução
dos continentes.
 Orogênese é a formação ou o rejuvenescimento de montanhas ou cordilheiras causada pela
deformação compressiva de região mais ou menos extensas de litosfera continental. Daí resulta uma
camada mais espessa da crosta terrestre, e os materiais envolvidos sofrem diversas deformações
tectônicas, como dobras, falhas geológicas, e também o derrame do manto.
 A subducção de placas é o processo de afundamento de uma placa litosférica sob outra num limite
convergente, segundo a teoria de tectónica de placas.
 A litosfera é a camada da Terra compreendida entre a atmosfera e a astenosfera (camada viscosa
superior ao manto). A palavra “litosfera” tem origem grega: lithos, significa “pedra”, “rocha” e
como a própria etimologia sugere, podemos defini-la como a camada constituída pelas rochas da
esfera terrestre – formada tanto pela crosta continental quanto pela crosta oceânica (que está
submersa pelas águas dos mares e oceanos).
 Quando uma placa oceânica colide com uma placa continental, a placa oceânica, como é mais
densa, mergulha por baixo da placa continental. Este processo denomina-se subducção.
 Os Crátons – também chamados de Cratões – são um tipo de estrutura geológica caracterizada, em
geral, pela sua estabilidade e composição antiga, tendo se constituído durante a era Pré-Cambriana,
há mais de dois bilhões de anos.
 Esse tipo de estrutura é, basicamente, a porção das placas continentais, que durante um período
mínimo de 100 milhões de anos não sofrem ações diretas do tectonismo e do vulcanismo, o que
caracteriza a sua estabilidade. Sua composição é, em maior grau, de rochas magmáticas e
metamórficas.

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