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OBJECTIVOS GERAIS

1. Caracterizar geologicamente o bairro.

2. Descrever os minerais, rochas, possíveis minérios que tenha observado.

3. Descrever alguma estrutura geológica macroscopicamente visível.

MEDODOLOGIAS

Fazer um levantamento de superfície, que consiste em mapear os tipos de rocha ou de solo que
afloram no local.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2. 1. NATUREZA GEOLÓGICA

As cartas ou mapas geológicos mostram-nos aspectos importantes relativos à geologia de uma


determinada região ou país. Indicam-nos o tipo e distribuição de afloramentos rochosos.
Geologia – ciência responsável pelo estudo da origem, da história, da composição e das
características do planeta Terra.
Esta ciência também se dedica ao estudo das alterações que se vão verificando na crusta terrestre
ao longo do tempo.

A natureza geológica é o conjunto de características físicas, químicas e biológicas que definem a


origem, a composição, a estrutura e a evolução das rochas e dos solos que formam a crosta
terrestre. A natureza geológica é estudada pela ciência da geologia, que busca entender os
processos que moldaram e continuam a moldar o planeta ao longo do tempo.

A natureza geológica de um lugar pode ser determinada por meio de diferentes métodos, como a
observação de superfície, a investigação de subsuperfície, a análise de amostras, a interpretação
de mapas e a utilização de técnicas geofísicas. Esses métodos permitem identificar os tipos de
rochas e de solos presentes, as suas idades, as suas relações espaciais, as suas propriedades
físicas e químicas, as suas deformações e as suas alterações.
A natureza geológica de Namapa, um bairro da cidade de Maputo, em Moçambique, é
influenciada pela sua localização na margem oriental do continente africano, na região do Cráton
do Kalahari. Um cráton é uma estrutura geológica antiga, formada por rochas ígneas ou
metamórficas, que apresenta grande estabilidade e resistência. O Cráton do Kalahari é um dos
maiores e mais antigos crátons do mundo, com cerca de 3,6 bilhões de anos de idade.

A natureza geológica de Namapa é importante para o seu desenvolvimento socioeconômico, pois


influencia aspectos como o relevo, o clima, a hidrografia, a vegetação, a agricultura, a mineração
e a construção civil. Por exemplo, as rochas sedimentares do grupo Karoo são fontes potenciais
de recursos minerais, como o carvão, o gás natural, o petróleo, o urânio e o cobre. Além disso, as
rochas sedimentares do grupo Karoo são permeáveis e porosas, o que favorece a formação de
aquíferos, que são reservatórios subterrâneos de água doce.

Segundo o mapa geológico de Moçambique, Namapa está situado na zona de transição entre o
Cráton do Kalahari e a Bacia do Zambeze. Uma bacia sedimentar é uma estrutura geológica
formada por camadas de rochas sedimentares, que se depositaram ao longo do tempo em áreas
deprimidas da superfície terrestre. A Bacia do Zambeze é uma das maiores bacias sedimentares
da África, com cerca de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de extensão.

As rochas que predominam em Namapa são as rochas sedimentares do grupo Karoo, que se
formaram durante o período Permiano, há cerca de 300 milhões de anos. Essas rochas são
compostas principalmente por arenitos, siltitos, argilitos e carvões, que refletem um ambiente de
deposição continental, com influência de rios, lagos e pântanos. Essas rochas também contêm
fósseis de plantas e de animais, que indicam a presença de uma flora e de uma fauna típicas do
período Permiano, como samambaias, coníferas, insetos e répteis.

A natureza geológica de Namapa é importante para o seu desenvolvimento socioeconômico, pois


influencia aspectos como o relevo, o clima, a hidrografia, a vegetação, a agricultura, a mineração
e a construção civil. Por exemplo, as rochas sedimentares do grupo Karoo são fontes potenciais
de recursos minerais, como o carvão, o gás natural, o petróleo, o urânio e o cobre. Além disso, as
rochas sedimentares do grupo Karoo são permeáveis e porosas, o que favorece a formação de
aquíferos, que são reservatórios subterrâneos de água doce.
Estrutura Geológica

No contexto geológico, Moçambique desenvolveu-se a partir da conjugação de fenómenos e


processos exógenos e endógenos. Formaram-se unidades tectónicas, designadamente cratões
arcaicos, zonas de dobramento e zonas de abatimento. No processo registaram-se fases de
deformação, destruição e consolidação da crusta.
As principais unidades geológicas de Moçambique que irás estudar são: o Precâmbrico,
subdividido em Inferior e Superior; o Fanerozóico e suas subdivisões: o Karroo, o Jurássico, o
Cretácico e o Quaternário.

Precâmbrico
O Precâmbrico representa os terrenos mais antigos de Moçambique (entre 3500 a 2800 M.a).
Estes complexos formaram os complexos rochosos do chamado Cratão Rodesiano (Cratão do
Zimbabwe), no Precâmbrico inferior, e o Cinturão Moçambicano (Mozambique Belt), no
Precâmbrico Superior. Estes territórios ocupam cerca de 2/3 do país, com maior dispersão nas
regiões norte e centro, principalmente nas províncias de Manica, Sofala, Zambézia, Nampula e
Cabo Delgado.

O Precâmbrico Namapa é o conjunto de rochas e solos que se formaram no bairro Namapa, na


cidade de Maputo, em Moçambique, durante o superéon Pré-Cambriano, que abrange desde a
origem da Terra, há cerca de 4,6 bilhões de anos, até o início do período Cambriano, há cerca de
541 milhões de anos. O Pré-Cambriano é dividido em três éons: Hadeano, Arqueano e
Proterozoico, sendo que o Hadeano é informal e não reconhecido pela Comissão Internacional
sobre Estratigrafia.

Namapa está situado na zona de transição entre o Cráton do Kalahari e a Bacia do Zambeze. Um
cráton é uma estrutura geológica antiga, formada por rochas ígneas ou metamórficas, que
apresenta grande estabilidade e resistência. O Cráton do Kalahari é um dos maiores e mais
antigos crátons do mundo, com cerca de 3,6 bilhões de anos de idade. Uma bacia sedimentar é
uma estrutura geológica formada por camadas de rochas sedimentares, que se depositaram ao
longo do tempo em áreas deprimidas da superfície terrestre. A Bacia do Zambeze é uma das
maiores bacias sedimentares da África, com cerca de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de
extensão.

As rochas que predominam em Namapa são as rochas sedimentares do grupo Karoo, que se
formaram durante o período Permiano, há cerca de 300 milhões de anos. Essas rochas são
compostas principalmente por arenitos, siltitos, argilitos e carvões, que refletem um ambiente de
deposição continental, com influência de rios, lagos e pântanos. Essas rochas também contêm
fósseis de plantas e de animais, que indicam a presença de uma flora e de uma fauna típicas do
período Permiano, como samambaias, coníferas, insetos e répteis.

2. Fanerozóico

É uma era marcada pela ocorrência de rochas do Supergrupo do Karroo e pela deposição de
formações Vulcano-sedimentares do Jurássico Superior e do Cretácico. Esta actividade
continuou durante o Terciário e Quaternário, originando sedimentação e vulcanismo.
Era – a maior divisão de tempos geológicos: Era Primária, Secundária, Terciária e
Quaternária.

Sedimento – depósito natural cuja formação é devida à acção dos agentes externos (vento,
chuva, rio, mar, glaciar).

Sedimentação – formação de sedimentos.

Magma – massa mineral profunda, situada numa zona de temperatura muito elevada e de
altas pressões, onde opera a fusão das rochas.

Magnetismo – fenómeno de formação do magma.

2.1. Karroo
Os terrenos deste supergrupo são constituídos por espessas formações sedimentares e vulcânicas.
Essas formações estão depositadas em fossas tectónicas, principalmente nos rios Lunho,
Luângua e Zambeze, e em depressões marginais entre as regiões de Nacala e Angoche.

A deposição do Karroo fez-se em quatro andares. Em primeiro lugar ocorreram os depósitos


glaciogénicos – Grupo de Dwyka. Em seguida aparecem os depósitos periglaciares com
sedimentos argilosos e orgânicos de origem lacustre – Grupo de Ecca. No terceiro andar
ocorrem sedimentos de origem fluvial – Grupo Beaufort. Esta sequência culmina com o Grupo
de Stomberg (Karroo Superior).

O Karroo é uma formação geológica que se refere a um conjunto de bacias sedimentares que se
estendem pelo sul da África, incluindo Moçambique. O Karroo tem uma idade que varia entre o
Carbonífero e o Jurássico, e é dividido em duas partes: o Karroo Inferior e o Karroo Superior. O
Karroo Inferior é composto por rochas sedimentares de origem continental, como arenitos,
conglomerados e xistos. O Karroo Superior é formado por rochas vulcânicas e sedimentares de
origem marinha, como basaltos, riólitos e calcários
O Karroo de Namapa é uma área que abrange parte do distrito de Eráti, na província de
Nampula, onde ocorrem rochas do Karroo Superior. Estas rochas estão relacionadas com a
abertura do Oceano Índico e a separação dos continentes de Gondwana. O Karroo de Namapa é
rico em recursos minerais, como carvão, ágatas, bentonite e perlite, que têm potencial económico
para a região

Sob o ponto de vista económico, o Grupo de Ecca é o mais importante por apresentar, no Ecca
Médio, camadas produtivas de carvão, resultantes da sedimentos de origem vegetal provenientes
da flora de Gondwana. Em Moçambique estas camadas encontram-se distribuídas em seis bacias
sedimentares, nomeadamente Chicoa-Mecúcuè, Sananguè-Mefidezi, Moatize-Minjova, Niassa,
Lugenda e Mepotepote (Afonso et al. 1998). As reservas de carvão do distrito de Moatize, em
Tete, estimam-se em cerca de de 5500 milhões de toneladas. Nos distritos de Marávia e Zumbo,
da mesma província, as reservas estimam-se em 3560 milhões de toneladas.
Para além do Ecca Médio existem o Ecca Inferior e o Ecca Superior, formados procedimentos de
natureza fluval e sedimentos da fácies com depósitos de planícies de inundação, respectivamente.

As formações geológicas do Karroo albergam, para além do carvão, ágatas, bentonite e perlite,
nas províncias do Niassa, Cabo Delgado, Tete, Manica e Sofala. As formações de ágatas estão
relacionadas com eluviões de basalto e riólito do Karroo Superior em Libombos, Canxixe, Doa,
Lupata e Zungue (Afonso et al. 1998).

2.2. Jurássico

O Jurássico sedimentar em Moçambique dividiu-se em unidades, a sabe:

 Formações de grés e conglomerados de Tete;


 Calcários de Nampula e Cabo Delgado;
 Grés inferior de Lupata.

No período do Jurássico Superior, a flexura do bloco da África Oriental, na sequência do


desmebramento do continente Gondwana, deu origem a uma transgressão marinha que atingiu o
Norte de Moçambique. Tendo ocorrido a deposição de sedimentos constituídos por calcários de
grão fino e médio, por vezes grosseiro, entre Nacala e Mossuril e na bacia do Rio Rovuma.

2.3. Cretácico

A sedimentação e a actividade magmática desta época estão ligadas a eventos que deram origem
ao oceano índico. A tectónica ligada a estes acontecimentos originou bacias de afundimento,
devido ao abaixamento dos blocos, por sistemas de falhas e bacias marinhas do mar aberto aos
litorais (Afonso et al. 1998: 67).
No Cretácico, ocorrem dois ciclos transgressivos. O primeiro ciclo,
denominado Eocretácico, iniciou-se na bacia do alto Zambeze, com sedimentação do tipo
continental. Neste período formaram-se sedimentos grosseiros, depositados na bacia do
Zambeze, por cima dos riólitos de Lupata, em Tete.

No Neocretácico, o segundo ciclo transgressivo, destacam-se a formação de Gudja, do rio Sava


ao rio Zambeze, constituída por grés fino, intercalado por argilitos cinzentos. A actividade ígnea
do Cretácico é representada por carbonatitos, kimberlitos e lavas alcalinas.

Nas formações cretácicas ocorrem hidrocarbonetos (Pande e Temane, Província de Inhambane, e


Búzi, em Sofala), ouro (no sul da serra de Gorongosa) titanomagnetite (Lupata) e calcário (a 100
Km a oeste da cidade da Beira);mas também fluorite, bauxite, e corindo.

2.4. Quaternário

É a era geológica mais recente (cerca de um milhão de anos). Corresponde à era do aparecimento
do Homem.

As formações desta era são constituídas por sedimentos que se depositaram, aquando dos
avanços e recuos do mar, sobre a plataforma sedimentar, parcialmente desnivelada por
movimentos verticais. Afonso et al., 1998:79 (Adaptado)

Destacam-se quatro (4) fases de avanço e recuo do mar, nomeadamente:

Uma transgressão marinha responsável por uma sedimentação aluvial e lacustre que atingia mais
de 100 Km a Oeste do actual traçado da costa. Uma regressão, à qual está ligado um segundo
nível lacustre a leste do primeiro. Ocorrência de inundações fluviais recobrindo ligeiramente a
plataforma de abrasão marinha. Ocorrência de depósitos interdunares devido à formação dos
novos cordões dunares. Entre a zona influenciada por marés e os lagos desenvolverem-se lagunas
invadidas por mangais.
Os terrenos do Quaternário e das formações recentes estão distribuídos, de sul para norte, pelas
seguintes unidades regionais:

 Bacia ao sul do rio save;


 Zona centro-costeira que abrange o paleodelta e o delta actual do rio Zambeze;
 Zona centro-oeste compreendida entre a bacia do médio Zambeze e a bacia do rio Chire.
 Franja costeira de Nacala e Pebane;
 Bacia do Rvuma;
 Zona de Zânguè-Urema.

A importância económica das formações do Quaternário reside na ocorrência de importantes


jazigos de ouro aluvial, areias pesadas, diatomito, granadas, argilas e areias.

Localização dos jazigos em Namapa

A localização dos jazigos em Namapa é um assunto que se relaciona com a geologia e a


economia da região. Um jazigo é uma acumulação natural de minerais ou rochas que podem ser
explorados economicamente. Os jazigos podem ser classificados em metálicos, não metálicos e
energéticos, dependendo do tipo de recurso que contêm.

Ouro Aluvial – rios Revuè, Inhamucarara, Musa, Chimesi, Mimosa e Chua.

Areias Pesadas Úteis – quase ao longo de toda costa moçambicana, nas praias e dunas.
Destacam-se os jazigos da Ponta do Ouro, Inhaca, Limpopo, Závora, Zalala, Moebase, Moma e
Angoche.

Areias pesadas: são areias que contêm minerais densos, como ilmenite, rutilo, zircão, monazita e
granada. Estes minerais têm aplicações industriais, como na produção de pigmentos, cerâmicas,
abrasivos e jóias. As areias pesadas ocorrem quase ao longo de toda a costa moçambicana, nas
praias e dunas. Em Namapa, destacam-se os jazigos de Zalala e Moebase.
Diatomito – é representado por dunas que se desenvolvem ao longo da faixa costeira. Merecem
importância os depósitos da Manhiça, Boane, Macia Manjacaze.

Diatomito: é uma rocha sedimentar formada por restos de algas microscópicas chamadas
diatomáceas. O diatomito tem propriedades absorventes, filtrantes e isolantes, sendo usado em
diversos produtos, como fertilizantes, inseticidas, cimento, papel e cosméticos. O diatomito
ocorre em depósitos que se desenvolvem ao longo da faixa costeira. Em Namapa, merece
importância o depósito de Zalala.

Granadas – encontram-se nos rios Namecovo, Namelade, e Nametala.

Argilas – ocorrem em Umbelúzi, Namaacha, Salamanga, Sabié, Incomati, Xinavane, Beira,


Dondo, Lichinga, Ancuabe, e Nampula, entre outros locais.

Argilas: são rochas sedimentares compostas por minerais de grãos finos, como a caulinita, a ilita
e a montmorilonita. As argilas têm diversas aplicações, como na fabricação de cerâmicas, tijolos,
telhas, louças e refratários. As argilas ocorrem em vários locais de Moçambique, sendo
encontradas em Namapa, entre outros.

Areias – ocorrem em vastos depósitos ao longo dos rios, dunas interiores e ao longo da costa. As
areias mais estudadas localizam-se em Marracuene.

Caracteristica geologicamente de Namapa

Namapa é uma vila moçambicana, localizada na província de Nampula, que é sede do distrito de
Eráti. A vila fica situada nas margens do rio Namapa, um afluente do rio Lúrio. A vila tem uma
população de cerca de 28 mil habitantes, e é um centro comercial e agrícola da região

Namapa faz parte da bacia sedimentar do Karroo, que é uma formação geológica que se refere a
um conjunto de bacias sedimentares que se estendem pelo sul da África, incluindo Moçambique.
O Karroo tem uma idade que varia entre o Carbonífero e o Jurássico, e é dividido em duas
partes: o Karroo Inferior e o Karroo Superior. O Karroo Inferior é composto por rochas
sedimentares de origem continental, como arenitos, conglomerados e xistos. O Karroo Superior é
formado por rochas vulcânicas e sedimentares de origem marinha, como basaltos, riólitos e
calcários.

O Karroo de Namapa é uma área que abrange parte do distrito de Eráti, na província de
Nampula, onde ocorrem rochas do Karroo Superior. Estas rochas estão relacionadas com a
abertura do Oceano Índico e a separação dos continentes de Gondwana. O Karroo de Namapa é
rico em recursos minerais, como carvão, ágatas, bentonite e perlite, que têm potencial económico
para a região.

Os minerais, rochas, possíveis minérios de Namapa

Os minerais, rochas e possíveis minérios de Namapa são um tema que se relaciona com a
geologia e a economia dessa região de Moçambique. Namapa é uma vila moçambicana, situada
na província de Nampula, que é sede do distrito de Eráti. A vila fica situada nas margens do rio
Namapa, um afluente do rio Lúrio. A vila tem uma população de cerca de 28 mil habitantes, e é
um centro comercial e agrícola da região

Namapa faz parte da bacia sedimentar do Karroo, que é uma formação geológica que se refere a
um conjunto de bacias sedimentares que se estendem pelo sul da África, incluindo Moçambique.
O Karroo tem uma idade que varia entre o Carbonífero e o Jurássico, e é dividido em duas
partes: o Karroo Inferior e o Karroo Superior. O Karroo Inferior é composto por rochas
sedimentares de origem continental, como arenitos, conglomerados e xistos. O Karroo Superior é
formado por rochas vulcânicas e sedimentares de origem marinha, como basaltos, riólitos e
calcários

O Karroo de Namapa é uma área que abrange parte do distrito de Eráti, na província de
Nampula, onde ocorrem rochas do Karroo Superior. Estas rochas estão relacionadas com a
abertura do Oceano Índico e a separação dos continentes de Gondwana. O Karroo de Namapa é
rico em recursos minerais, como carvão, ágatas, bentonite e perlite, que têm potencial económico
para a região
Os minerais que se encontram em Namapa são principalmente os que compõem as rochas do
Karroo Superior, como os silicatos, os óxidos, os sulfatos e os carbonatos. Alguns exemplos de
minerais presentes em Namapa são:

Quartzo: é um mineral de silicato de sódio (SiO 2 ), formado por 46,7% de silício (Si) e 53,3%
de oxigênio (O). Apresenta brilho vítreo e cor variável, podendo ser incolor, branco, rosa, roxo,
amarelo, entre outras. É o mineral mais abundante na crosta terrestre e pode ser encontrado em
vários tipos de rochas, como o granito, o basalto e o riólito. O quartzo tem diversas aplicações,
como na fabricação de vidro, cerâmica, relógios, jóias e eletrônicos

Feldspato: é um grupo de minerais de silicatos de alumínio, cálcio, potássio e sódio, que


apresentam fórmulas químicas variáveis. São os minerais mais comuns nas rochas ígneas e
metamórficas, e também podem ocorrer em rochas sedimentares. Apresentam brilho vítreo e
cores variadas, como branco, rosa, verde, cinza, entre outras. Os feldspatos têm aplicações na
indústria de cerâmica, vidro, cimento e fertilizantes

Calcita: é um mineral de carbonato de cálcio (CaCO 3 ), formado por 40% de cálcio (Ca) e 60%
de carbonato. Apresenta brilho vítreo e cor branca ou incolor, mas pode ter outras cores devido a
impurezas. É o principal componente do calcário e do mármore, e também pode ser encontrado
em rochas vulcânicas e metamórficas. A calcita tem aplicações na indústria de cimento, cal,
papel, plástico, tintas e medicamentos

Estrutura geológica macroscopicamente visível em Namapa

A estrutura geológica macroscopicamente visível em Namapa é um assunto que se refere à forma


e à disposição das rochas que ocorrem na superfície dessa região de Moçambique. Para entender
melhor esse assunto, é preciso conhecer alguns conceitos básicos de geologia estrutural, que é o
ramo da geologia que estuda o formato dos corpos rochosos, sua distribuição espacial e os
processos de deformação que produzem as estruturas geológicas
As estruturas geológicas podem ser classificadas em três tipos principais, de acordo com a sua
origem e a sua composição: os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos

Os crátons são formações geológicas antigas, formadas nas primeiras eras geológicas do planeta,
durante a sua formação. São compostos por rochas ígneas, ou magmáticas, e metamórficas, que
apresentam uma elevada quantidade de minerais. São áreas geologicamente estáveis, ou seja,
com poucos terremotos e vulcanismos, costumando dar origem a regiões de planaltos

As bacias sedimentares são formações geológicas formadas a partir de extensas camadas de


rochas sedimentares, que surgiram a partir da deposição de sedimentos ao longo das eras. São as
mais extensas das estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo terrestre. São
importantes por apresentarem fósseis e recursos energéticos, como o petróleo

Os dobramentos modernos são formações geológicas recentes, cujo início ocorreu na era
Cenozoica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). São resultantes das ações do
tectonismo, geralmente do choque entre duas placas tectônicas. Essas formações são originárias
das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira do
Himalaia

Em Namapa, a estrutura geológica macroscopicamente visível é a bacia sedimentar do Karroo,


que é uma formação geológica que se refere a um conjunto de bacias sedimentares que se
estendem pelo sul da África, incluindo Moçambique. O Karroo tem uma idade que varia entre o
Carbonífero e o Jurássico, e é dividido em duas partes: o Karroo Inferior e o Karroo Superior. O
Karroo Inferior é composto por rochas sedimentares de origem continental, como arenitos,
conglomerados e xistos. O Karroo Superior é formado por rochas vulcânicas e sedimentares de
origem marinha, como basaltos, riólitos e calcários

O Karroo de Namapa é uma área que abrange parte do distrito de Eráti, na província de
Nampula, onde ocorrem rochas do Karroo Superior. Estas rochas estão relacionadas com a
abertura do Oceano Índico e a separação dos continentes de Gondwana. O Karroo de Namapa é
rico em recursos minerais, como carvão, ágatas, bentonite e perlite, que têm potencial económico
para a região
Considerações finais

Segundo o mapa geológico de Moçambique, Namapa está situado na zona de transição entre o
Cráton do Kalahari e a Bacia do Zambeze. Uma bacia sedimentar é uma estrutura geológica
formada por camadas de rochas sedimentares, que se depositaram ao longo do tempo em áreas
deprimidas da superfície terrestre. A Bacia do Zambeze é uma das maiores bacias sedimentares
da África, com cerca de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de extensão.

As rochas que predominam em Namapa são as rochas sedimentares do grupo Karoo, que se
formaram durante o período Permiano, há cerca de 300 milhões de anos. Essas rochas são
compostas principalmente por arenitos, siltitos, argilitos e carvões, que refletem um ambiente de
deposição continental, com influência de rios, lagos e pântanos. Essas rochas também contêm
fósseis de plantas e de animais, que indicam a presença de uma flora e de uma fauna típicas do
período Permiano, como samambaias, coníferas, insetos e répteis.
Referencias

1. Luísa Fernanda Guerreiro Martins (2010). «Namarrais do Antigo Distrito de


Moçambique: Percursos Identitários e Resistências (1857-1913)» (PDF). Universidade
de Évora. Consultado em 27 de outubro de 2022
2. ↑ Ana Joaquim Cirizeno (Julho 2020). «A Produção de Resíduos Sólidos e o Seu Impacto
no Meio Ambiente, Caso da Vila Sede de Namapa, Distrito de Erati, (2015 – 2018)».
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância. Consultado em 27 de outubro de
2022
3. ↑ Pélissier, René (2000). História de Moçambique, formação e oposição 1854-1918.
Volume 1. Lisboa: Editorial Estampa. p. 306. ISBN 972-33-1009-0
4. ↑ Medeiros, Eduardo da Conceição (1997). História de Cabo Delgado e do Niassa, c.
1836-1929. Maputo: [s.n.] p. 132
5. ↑ Palmira Tjipilica (2021). «Divisões administrativas do Império Colonial
Português» (PDF). Lisboa: Instituto Superior de Economia e Gestão. p. 11. Consultado
em 27 de outubro de 2022
6. ↑ Milton Correia (2010). «Norte de Moçambique, 1886-1918: soberania, dominação e
administração coloniais». Maputo: Universidade Pedagógica. p. 41. Consultado em 28
de outubro de 2022
7. ↑ «Mapa Rodoviário da República de Moçambique, Rede de Estradas
Classificadas» (PDF). ANE-Administração Nacional de Estradas. Novembro de 2016.
Consultado em 27 de outubro de 2022

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