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ORIGEM DO PLANETA TERRA

A Terra surgiu há cerca de 4,5 bilhoes de anos, resultado da agregação de poeira cósmica
provocada pela atração gravitacional. Há aproximadamente 3,5 bilhoes de anos, a maior parte da crosta
terrestre já estava formada, mas a configuração dos continentes era muito diferente da atual. As rochas
mais antigas da Terra datam do período imediatamente anterior a esse.
A Geologia divide a historia da Terra em eras geológicas, que correspondem a grandes intervalos
de tempo divididos em períodos, os quais, por sua vez, são divididos em épocas e idades. O tempo
geológico (idade da terra) é diferente do tempo histórico (homem), pois o tempo do homem não
acompanha o tempo da terra (que é contado em milhões de anos).
A Terra é formada basicamente por 3 camadas: crosta/litosfera, manto e núcleo.
A litosfera é formada principalmente por rochas, como arenito, granito, mármore, calcário e a
argila. Quanto a origem as rochas se classificam em:
1. Rochas magmáticas – resultam da consolidação de material proveniente do manto em
estado de fusão (quente e mole). Elas constituem aproximadamente 80% da crosta
terrestre e subdividem-se em 2 tipos:
 Extrusivas ou vulcânicas – que se formaram na superfície, como o basalto, que
dá origem as terras roxas, ideais para a agricultura (café);
 Intrusivas ou plutônicas – que se formaram internamente, como o granito.
Aparecem na superfície quando a erosão remove as rochas que a encobrem, são
os afloramentos.
2. Rochas sedimentares – resultam da decomposição de outras rochas ou do acúmulo de
detritos orgânicos (sedimentos). Quanto sua origem são classificadas como:
 Detríticas – constituídas pelo acúmulo de fragmentos de outras rochas
(magmáticas, metamórficas ou mesmo sedimentares). Exemplos: arenito, areia,
argila, varvito;
 Químicas – provenientes de transformações químicas que alguns materiais em
suspensão sofrem na água;
 Orgânicas – formadas pela ação de animais e vegetais ou pelo acumulo dos seus
dejetos. Exemplo: o calcário, resultante de restos de conchas, corais, etc., é uma
das rochas mais abundantes e utilizadas pelo homem. Outro é o carvão mineral,
petróleo.
3. Rochas metamórficas – resultam da transformação (metamorfização), em condições de
temperatura e pressão elevadas, de rochas preexistentes. Entre as principais estão:
gnaisse, formado da transformação do granito; a ardósia, resultado da metamorfose do
xisto; e o mármore, que resulta da transformação do calcário.

Estrutura é diferente de relevo. Estrutura é a base, a rocha-mãe do terreno. E relevo é a parte


de fora, a forma que essa estrutura tem, o que vemos.

TECTÔNICA DE PLACAS
A Terra é dividida em placas tectônicas, sendo descontínuo e fragmentado. Estes blocos são
formados por partes continentais e oceânicas (o fundo ou o assoalho dos oceanos), cada bloco
corresponde a uma placa tectônica, que se desloca pelos movimentos de convecção do magma.
Esses movimentos geram processos geológicos, que podem ser: divergentes (quando as placas se
afastam), convergentes (quando as placas se chocam), conservativas (quando, mesmo em movimento
continuam no mesmo lugar), obducção (quando uma placa sobe em cima da outra), subducção
(quando uma placa desce). E também existe a orogênese, que é o processo que dá origem a montanhas.
Estes processos condicionam as estruturas geológicas nas terras emersas, que subdividem-se em
3 províncias distintas:
 Escudos cristalinos – mais antigos; onde encontramos granito, ardósia, etc.;
 Dobramentos modernos ou terciários – mais recentes, onde encontramos os metais, as
cadeias orogênicas por movimento de placas como Cordilheira dos Andes, Himalaia,
Rochosas, Alpes e Serras do Mar e Mantiqueira;
 Bacias sedimentares – depressões do relevo preenchidas por fragmentos minerais
erodidos (praia), nelas encontramos petróleo e gás natural.

BRASIL – ESTRUTURA GEOLÓGICA


O Brasil é um país tectonicamente estável por encontrar-se no meio da placa sul-americana. Sua
estrutura é basicamente formada por 64% de bacias sedimentares (vide o tamanho da costa brasileira) e
36% de escudos cristalinos, que contam com alguns dobramentos antigos.
Todo minério é um mineral, mas nem todo mineral é minério. Isso ocorre devido minério ser o
mineral que tem valor comercial.
O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de minérios. Seus concorrentes também contam
com uma grande dimensão territorial, como EUA, Canadá, Austrália, Rússia e China. No caso
brasileiro, as principais reservas ficam em áreas de maciços antigos (escudos cristalinos) e, por essa
razão, nelas se destaca a extração dos minerais metálicos. Nas bacias sedimentares, são explorados,
entre outros, o petróleo, co carvão mineral e o calcário, utilizado, entre outras coisas, para a produção
de cimento.

RELEVO
O relevo é modelado por agentes internos/endógenos (impulsionados pela energia do interior da
Terra); e também agentes externos/exógenos (tº, vento, chuva, rios, oceanos, geleiras,
microorganismos, vegetação e homem).
O intemperismo é o que modela o relevo externamente, que pode ser físico (desagregação:
temperatura, vento, pressão atmosférica), químico (decomposição: água), ou antrópico (causado pelo
homem). É o intemperismo que dá origem aos solos, que estão sempre sujeitos a erosão, cujo material
removido altera o relevo tanto na erosão quanto na sedimentação. O intemperismo é atenuado ou
acentuado em função do clima e das necessidades humanas.

RELEVO BRASILEIRO
Segundo a última classificação dada pelo geógrafo professor da USP Prof. Dr. Jurandyr Luciano
Sanches Ross, o Brasil é dividido basicamente em: planalto (área em que o processo de erosão supera
o de sedimentação); planície (área mais ou menos plana em que os processos de sedimentação
superam os de erosão, independente das cotas altimétricas); e a depressão ( relevo aplainado,
rebaixado em relação ao seu entorno, nele predominam processos erosivos.
Mas o relevo brasileiro ainda esconde outras formações:
 Escarpa – declive acentuado que aparece em bordas de planalto. Pode ser gerada por um
movimento tectônico, que forma escarpas de falha, ou ser modelada pelos agentes
externos, que geram escarpas de erosão;
 Cuesta – forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive
suave. Essa diferença de inclinação ocorre porque os agentes externos atuaram sobre
rochas com resistências diferentes;
 Chapada – tipo de planalto, cujo topo é aplainado e as encostas, escarpadas. Também é
conhecido como planalto tabular;
 Morro / Colina – pequena elevação de terreno;
 Montanha – cadeia orogênica, como a Cordilheira do s Andes, do Cenozóico. No Brasil,
existiram há bilhões de anos montanhas que ao longo do tempo geológico foram
modeladas pelos processos exógenos, constituindo, provavelmente, o que hoje
conhecemos como serras e planaltos. No dia-a-dia, costuma-se chamar de montanha
qualquer grande elevação de terreno;
 Serra – designa um conjunto de formas variadas de relevo, como dobramentos antigos e
recentes, escarpas de planalto e cuestas. Sua definição e uso não são rígidos, sofrendo
variação de uma região para outra do país;
 Inselberg / Morro Testemunho – saliência encontrada em regiões de clima árido e semi-
árido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à erosão que o material que estava em seu
entorno.

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