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Os limites das placas tectônicas estão sempre em movimento, mas não acontecem da

mesma forma. Daí podermos considerar três tipos principais de limites: convergentes,
divergentes e transformantes.

• Limites convergentes
Há pontos onde as placas se encontram e colidem, os chamados limites convergentes, ou
zona de subducção. Nesses limites, uma das placas mergulha por baixo da outra e retorna à
astenosfera.

Tipos de limite convergentes:


Encontro de uma placa oceânica com uma placa continental. Quando isso acontece,
geralmente formam-se fossas abissais. Um exemplo é a fossa Peru, Chile, onde a placa de
Nazca mergulha sob a placa Sul-Americana.
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Encontro de duas placas oceânicas. Nesse caso, podem dar origem a arcos vulcânicos, que são
cadeias de montanhas ou ilhas vulcânicas formadas próximo aos continentes, em limites
convergentes de placas tectônicas. O arquipélago japonês e a fossa do Japão resultam desse
tipo de limite.

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Encontro de duas placas continentais. Nesse caso, a subducção do tipo oceânica não ocorre.
Em vez de uma placa mergulhar sob a outra, geralmente elas se sobrepõem. O exemplo mais
conhecido é o choque da placa Euro-Asiática com a placa Indiana, que originou a cadeia do
Himalaia.
• Limites divergentes

Esse tipo de limite também é chamado


cristas em expansão, ou margens
construtivas. Nesses pontos as placas
estão em processo de separação: o
magma vindo do interior da Terra causa
o afastamento das placas tectônicas e,
consequentemente, a formação de
uma nova crosta oceânica, ou seja, um
novo assoalho oceânico. São exemplos
de formações de limites divergentes as
cordilheiras submarinas Mesoatlântica
e Mesopacífica.
• Limites transformantes
Neste caso, as placas deslizam
horizontalmente uma ao lado da
outra, ao longo de uma linha
conhecida como falha de
transformação. São as chamadas
zonas de conservação, uma vez que
não há destruição nem formação de
novas crostas, e a área da placa
permanece constante. Geralmente,
as falhas transformantes estão no
fundo dos oceanos. No continente, a
mais conhecida é a falha de San
Andreas (Califórnia, Estados Unidos).
Nesses deslizamentos as
placas podem se resvalar e
causar terremotos de
grandes proporções na
superfície terrestre, como
o que provocou grave
destruição na cidade de
São Francisco, nos Estados
Unidos, em 1906.
A CONSTITUIÇÃO DA CROSTA TERRESTRE

As rochas que compõem a crosta são um agrupamento de minerais, que apresentam


elementos químicos em sua composição. Sabe-se, por exemplo, que o granito é uma rocha
formada basicamente por três minerais: quartzo, feldspato e mica.

Uma característica das rochas é encontrarem-se em estado sólido, ainda que não sejam
necessariamente duras ou compactas. A areia, por exemplo, é um tipo de rocha, ou, mais
propriamente, partículas de rocha (os grãos) desagregadas por diferentes processos.

Quanto à origem, as rochas podem ser classificadas em magmáticas, sedimentares e


metamórficas.
Rochas magmáticas ou ígneas

Também denominadas rochas primárias, porque não dependem de uma rocha preexistente.
Formaram-se pelo resfriamento e solidificação do magma, o material em estado de fusão de
que é constituído o manto. A solidificação do magma pode acontecer no interior ou na
superfície da Terra, dando origem a rochas magmáticas intrusivas ou extrusivas.

As rochas magmáticas intrusivas ou plutônicas, como o granito e o diorito, formam-se


quando o magma se resfria lentamente nas profundezas da Terra, dando origem a cristais
relativamente grandes.

As rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas, como o basalto e a obsidiana, são


formadas pelo magma expelido em erupções. Como o resfriamento e a solidificação do
magma ocorrem rapidamente, não há tempo para a formação de macrocristais.
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Rochas sedimentares

Também chamadas rochas secundárias,


porque dependem de uma rocha
preexistente. Formaram-se a partir da
compactação de sedimentos procedentes da
erosão, do transporte e da deposição de
minerais pela água, pelo vento, por reações
físicas e químicas e pela ação dos seres
vivos. As rochas sedimentares derivam-se,
portanto, de rochas que sofrem a ação de
processos erosivos. São rochas sedimentares
a areia, o calcário e o arenito.

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Rochas metamórficas
O termo metamórfica vem de metamorfose,
que significa 'transformação'. As rochas
metamórficas, também chamadas rochas
secundárias, foram originalmente rochas
magmáticas, sedimentares ou metamórficas
que, pela ação do calor ou pressão do interior
da Terra, adquiriram outra estrutura. O gnaisse
e o mármore são exemplos de rochas
metamórficas.
A ESTRUTURA GEOLÓGICA DA SUPERFÍCIE TERRESTRE
Na crosta terrestre há três tipos básicos de estrutura geológica: os núcleos cratônicos, as
bacias sedimentares e as faixas orogênicas.

Núcleos cratônicos ou escudos cristalinos


São rochas magmáticas e metamórficas muito antigas, das eras Pré-Cambriana e Paleozoica.
Sofreram forte processo erosivo, apresentando-se desgastadas e com baixas altitudes. Apare
cem de duas formas na litosfera:

■ escudos ou crátons aflorados, quando estão expostos à ação de agentes erosivos;


■ embasamentos cristalinos ou plataformas cobertas, quando estão recobertas por terrenos
sedimentares.

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