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GEOLOGIA DO QUATERNÁRIO

Aula 22/08/2023

Período Primário

1 – Rochas magmáticas mais antigas: Primário (Pré-Cambriano)


2 – Rochas Sedimentares mais antigas: Secundário
3 – Rochas Sedimentares secundárias: Terciário
4 – Sedimentos não consolidados: Quaternário

Éon – Período – Época – Idade

Quaternário (2,58Ma-Hoje): Gelasiano – Calabriano – Chibaniano - Superior – Holoceno (11,7Ka antes de


1950)
Pleistoceno Inferior Pleist. Médio Pleist Sup.
2,58 1,80 0,774 0,129

Aula 24/08/2023

I - Intemperismo e Erosão

- Desnoyers (1829): Propõe o termo para diferenciar os estratos identificados sobre os sedimentos do Terciário
da Bacia de Paris.
- Reboull (1833): estratos caracterizados por vestígios da flora e da fauna, cujos similares podem ainda hoje ser
encontrados.
- Agassiz (1840): Teoria Glacial: época próxima aos tempos atuais caracterizados por significativa expansão
geográfica das geleiras (tais mudanças ambientais foram, a partir de então, gradativamente confirmadas pelo
registro sedimentar, biológico e geomorfológicos).

Registro Estratigráfico
Pacotes deposicionais pouco espessos, descontínuos pouco espessos, descontínuos, preservados sobre
diferentes formas de relevo. São pouco consolidados (podem ser escavados com colher de pedreiro).
Ausência de marcadores paleontológicos adequados para propostas bioestratigráficas ou
etnoestratigráficos X Possibilidade de relacionar os fósseis encontrados à gêneros ou mesmo à espécies
modernas, possibilitando que sejam utilizados como indicadores paleoecológicos e paleoclimáticos (p. ex.:
foramíníforos, pólens...)
Pequena disponibilidade de indicadores geocronológicos.

II – Processos de Modelagem das Paisagens: Intemperismo, Erosão e Origem dos Sedimentos

a) Intemperismo
Intemperismo é o conjunto de modificações de ordem física e química que as rochas sofrem ao aflorar
na superfície da terra.
Erosão é o conjunto de processos que desagregam e transportam solos e rochas morro abaixo ou na
direção do vento.
Junto com a tectônica, o intemperismo e a erosão são os principais responsáveis pela modelagem da
superfície terrestre e de suas paisagens.

Aula 29/08/2023

Fatores controladores do intemperismo Taxa de Alteração


Lenta Rápida
- Solubilidade do mineral na água Baixa (ex: quartzo) Moderada (ex: feldspato) Alta (ex: Halita)
- Estrutura da Rocha Maciça Algumas zonas de fraqueza Muito fraturada ou delgada
Clima
- Chuva Baixo Moderado Alto
- Temperatura Frio Moderado Quente

Presença de sob e vegetação


- Espessura de perfil de solo Nenhum Fina a Moderada Espessa
- Conteúdo orgânico Baixo Moderado Longo

Tempo de exposição Curto Moderado Longo

Natureza da Rocha Matriz


- Influencia na taxa de intemperismo porque:
(1) Os minerais alteram-se em taxas diferentes
(2) A estrutura da rocha influencia a susceptibilidade de fragmentação

Clima: isoladamente é o fator que mais influencia na taxa de intemperismo


1) Associação temperatura + pluviosidade
2) Maior quantidade de água: mais completas serão as reações químicas
3) Aumento de temperatura acelera as reações químicas - aumenta a evaporação

Topografia: influencia na taxa de intemperismo porque:


1) Regula a velocidade de escoamento superficial das águas fluviais
2)

Biosfera: influencia na taxa de intemperismo porque:


1) matéria orgânica morta no solo libera CO2 em grande quantidade, diminuindo o pH

Tipos de Intemperismo
- Intemperismo físico
- Intemperismo químico
- Intemperismo biológico

a) Intemperismo Físico
- Processo que causa desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais coesos, transformando a
rocha em material descontínuo e friável.
- Circunstâncias: variação da temperatura ao longo do dia.
Congelamento da água nas fissuras das rochas.
 O principal resultado do intemperismo físico são rochas, do químico serão íons.
Rochas que ascendem a níveis crustais mais superficiais, não tem mais a pressão em cima, formando as ‘juntas”
de alívio (as rochas descascam que nem cebola) (paralelas ao solo).
- O aumento da área superficial exposta

Aula 12/09/2023

Estruturas Sedimentares
Estruturas Sedimentares: estruturas geradas pelos processos deposicionais dos sedimentos ou da atividade de
organismos em um local de acumulação; podem ser secundárias, isto é, produzidas após a sedimentação.
(Depende da energia e da disponibilidade de sedimentos)
Acamamento e Laminação
- Acamamento e Laminação definem a estratificação.
- Camada é mais espesso que 1cm.
- Lâmina é mais delgado que 1cm.

- Marcas onduladas simétricas: fluxos bidirecionais (ex: praia)


- Marcas onduladas assimétricas: fluxos unidirecionais (ex: dunas, rios)

Marcas de ondas eólicas (assimétricas)


Quando há a litificação, forma-se a “estratificação cruzada”: tabulares (terminação reta, paralela) e acaneladas
(formam um canal; terminação em parábola)
- Estratificação cruzada hummocky: bancos arenosos formando ondulações maiores em fundos marinhos após
grandes tempestades

Gradação (vista em seção): o normal é o maior e mais pesado em baixo (maior energia) e o mais leve em cima
(menor energia); é o mais normal. Às vezes pode ocorrer a gradação inversa, quando ocorre um aumento da
energia (tipo tromba de água), onde ocorrem os depósitos mais finos em baixo e os maiores em cima.

Imbricação (vista em seção): Um cascalho se apoia no outro, ocorre em fluxos unidirecionais.

Gretas de dessecação: ocorre em argilas pós-deposicionais, onde o ressecamento causa fissuras na superfície
argilosa. Principalmente em contextos de inundação fluvial e lacustre.

Escapes de gases

Gotas de chuva

Biogênicos: Estromatólitos (ambientes lagunares e marinhos rasos); quando o nível do mar sobe, eles
depositam calcáreo para subirem e permitir a fotossíntese.

Icnofósseis
- Invertebrados: sinais de que esses seres que vivem no fundo do mar e que escavam os sedimentos e formam
uma toca (em geral artrópodes).
- Vertebrados: pegadas de dinossauros, etc.
- Marcas de raízes (icnofósseis de vegetais)

Perfil Estratigráfico
Eixo horizontal (X): Granulometria
Eixo Vertical (Y): espessura da camada

Aula 21/09/2023

Ambientes de sedimentação I: Glacial, Eólico e Vulcanoclático

Rochas sedimentares: silitos, argilitos, folhelhos, arenitos, conglomerados e brechas


Sedimentação: terrígena e química

Ambiente Glacial
- Geleiras são importantes agentes erosivos de rochas e um mecanismo de transporte de sedimentos
- Gelo acumula em áreas onde há adição de neve perda por derretimento, evaporação e deflação pelo vento
- predomínio de intemperismo físico e sedimentos terrígenos
- Predomínio em altas latitudes e altitudes
- Gelo nas montanhas e calotas polares (regiões Antártica e Ártica)
- Região Polar e calota de gelo (cold Glaciers)
- Região Montanhosa em latitudes baixas
- Depósito de till (tamanho cascalho em geral) resulta de acúmulo de clastos
- A rocha formada a partir do till é o tillito
- Os till são pobremente selecionados
- Sedimentológico chama-se till, e geomorfologicamente chama-se morenas ou morainas. Estas podem ser
morenas laterais e morenas terminais.
- Quanto mais distante da geleira, mais fino o sedimento.
- Icebergs junto a geleiras podem carregar matacões e sedimentos para longe do local de origem, que quando
derretem, caem no fundo do mar (‘seixos pingados”).

Ambientes Eólicos
- Envolve o transporte de deposição de material (sedimento fino) pelo vento.
- Depósitos eólicos são dominantes em uma gama restrita de contextos.
- O maior deserto que já existiu é o deserto de Botocatu, que se estendia pelo Brasil (MG, SP, PR, SC, RS, etc),
Uruguai, Paraguai, Argentina, e partes da África no Cretáceo, antes da separação dos continentes.
- Ambientes eólicos estão ligados à regiões de pressão atmosférica mais elevada, o que ocorre perto das áreas
equatoriais.
- transporte por saltação, mas também por suspensão (sedimentos mais finos).
- Característica das partículas sopradas pelo veto
- Grãos bem arredondados
- Grãos transportados até certos limites
- Depósitos bem selecionados
- Depósitos texturalmente maduros
- Classificação:
- Ripple field (menos 10cm) (ondulada)
- Dune field (10cm-10m)
- Draa field (mais de 10m)
- A duna tem duas fases: barlavento (ascendente em direção ao vento) e sotavento (descendente do outro lado da
duna). No barlavento tem-se ondulações da saltação de grãos, o que não há no barlavento. Às vezes na face de
sotavento há o grain flow, uma língua de areia, devido a deslizamento do topo da duna.
- Para litificar as dunas tem que haver água.
- Há 4 tipos principais de dunas
a) Vento em uma direção
- Dunas Barchana (pouca areia, em meia lua)
- Dunas transversas (muita areia)
b) Mais de uma direção do vento
- Duna estrelada (muita areia)
- Duna linear (pouca areia)

Aula 03/10/2023

Ambientes de sedimentação III


Ambiente sedimentar é uma parte da superfície terrestre onde se acumula, ou se acumularam,
sedimentos e cujas características físicas, químicas e biológicas são distintas dos terrenos adjacentes.

Ambientes
- Continentais
- Glacial
- Eólico
- Vulcanoclástico
- Fluvial
- Aluvial
- Lacustre
- Marinhos
- Costeiros (de transição)
Ambientes costeiros (linha de costa)
Costas erosivas (linha de costa erosiva ou reflexiva)
Possuem relevos íngremes (falésias) dos quais são erodidos pela ação das ondas. Há predominância de
sedimentos muito grossos como blocos de rochas, detritos, clastos e areia grossa.

Costas deposicionais (linha de costa deposicional ou dissipativa)


Linhas de costas levemente inclinadas que acumulam grande quantidade de sedimentos mais finos
como: areia, silte e argilas. Há transporte e retrabalhamento de sedimentos sob a influência de ventos, ondas e
marés.
Restingas, tômbolos (península que liga uma ilha ao continente)

Batimetria
Divisão do sistema praial.
- Backshore (pós-praia): só é afetado em casos extremos
- Foreshore (face praial): fica exposta ou inundada dependendo da influência das marés
- Shoreface (face litorânea) : região sempre agitada pelas ondas
- Offshore (plataforma): parte mais profunda do mar. Pode ser, ocasionalmente, afetado pelas ondas de
tempestades.

Classificação com base no processo Dominante


- Ondas:
- Cordões litorâneos (regressivos)
- Laguna-barreira (transgressivos)
- Rios:
- Delta litorâneos (regressivos)
- Estuário (transgressivos)
- Marés:
- Planície de maré litorâneos (regressivos e transgressivos)

Eustasia
É a mudança relativa do nível do mar. Há 2 tipos:
- Transgressão: linha da costa migra em direção à terra. Quando acontece uma transgressão teremos uma
gradação normal (diminuição do tamanho do grão depositado da base para o topo).
- regressão: linha de costa migra em direção ao mar. Quando acontece uma regressão teremos uma gradação
inversa (aumento do tamanho do grão depositado da base para o topo).

Delta
Heródoto (400 a.C.) reconheceu que a planície aluvional do rio Nilo tinha a forma da letra grega delta.
Elliot (1986) definiu como uma proeminência da linha de costa formada pela chegada de rios em oceanos,
marés ou lagos.
- Planície deltaica
- Frente deltaica (submersa)
- Prodelta (submersa)
Dinâmica: o rio aporta os sedimentos que são distribuídos pelos canais tributários: expansão do fluxo (altura e
área): perda de capacidade: depósito de sedimentos mais grossos: macroformas progradantes
Construção de barras de desembocadura podem causar a avulsão de canais (rompimento de diques marginais).
Expansão do fluxo, perda da capacidade de fluxo, depósito radial: progradação deltaica, aporte fluvial, diques
marginais: lobo abandonado, rompimento do dique (avulsão do canal), novo lobo ativo: lobo abandonado sofre
retrabalhamento; lobo ativo com progradação e retrogração.

Elçementos morfológicos
- Planície deltaica: canais distributários, baías interdistributárias, planícies de marés, lagoas e pântanos, matéria
orgânica
- Proximal: processos aluviais
- Distal: processos costeiros
- frente deltaica (porção submersa do delta); depósitos arenosos, clinoformas (macroformas), barras de
desembocadura, bifurcação de canais, retrabalhamento por ondas ou marés
- barras de desembocadura, predomina areias, estratos inclinados
- prodelta: porção submersa mais profunda: depósitos lanosos, geralmente abaixo da ação das ondas;

Tipos de Deltas
Classificação mais usada, apresentada sobre forma triangular; 3 tipos: Dominados por rios, por ondas, e
por marés
- Delta dominados por rios: o aporte fluvial é maior que os processos de ondas e marés: Morfologia “pé de
pássaro”
- Delta dominados por ondas: as ondas conseguem retrabalhar o aporte sedimentar trazido pelos rios: barras
contínuas paralelas à costa (cordões litorâneos); as ondas retrabalham os sedimentos aportados pelos rios
Delta dominados por marés: as marés conseguem retrabalhar o aporte sedimentar trazido pelos rios: canais
distributários tendem a ser numerosos; formam barras alongadas por canais de marés; canais de marés e
planícies de marés

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