Você está na página 1de 26

Acumulação Sedimentar Em

Escala Continental

Discentes:
Marcelo Filipe
Mirela Feliciano Juma
Introdução
A acumulação sedimentar em ambientes continentais é um tema fascinante da geologia que
envolve o estudo dos processos de deposição e formação de camadas de sedimentos em áreas
terrestres. Esses sedimentos podem variar desde partículas de argila e areia até fragmentos
maiores de rochas, e são frequentemente transportados e depositados por agentes como rios,
vento, geleiras e gravidade.

O estudo da acumulação sedimentar continental abrange uma variedade de aspectos, incluindo a


identificação de ambientes deposicionais (como leques aluviais, deltas, lagos e desertos), a
análise das características dos sedimentos (como tamanho, forma e composição), e a
interpretação das mudanças ao longo do tempo geológico.
Acumulação Sedimentar Em Escala Continental

A acumulação de sedimentos em escala continental é um fenômeno geológico de grande


magnitude que envolve a deposição e acúmulo de sedimentos ao longo de vastas extensões
de terra. Este processo pode ocorrer ao longo de milhões de anos e é influenciado por uma
variedade de fatores, incluindo clima, tectônica, erosão, transporte e deposição sedimentar.

Em escalas continentais, a acumulação de sedimentos pode resultar na formação de extensas


camadas sedimentares que registram a história geológica e ambiental ao longo do tempo.
Estas camadas podem conter informações valiosas sobre mudanças climáticas, evolução
biológica, eventos tectônicos e impactos de meteoritos, entre outros aspectos.
Origem

As bacias sedimentares podem se formar de várias maneiras, mas


geralmente resultam da subsidência da crosta terrestre. Isso pode ocorrer por
diferentes processos, como extensão continental (quando a crosta é
esticada), compressão tectônica (quando placas tectônicas se sobrepõem), ou
mesmo pela subsidência termal (quando o calor interno da Terra faz com que
a crosta se flexione e afunde).
Fases de evolução

A evolução de uma bacia sedimentar pode ser dividida em varias etapas


como
Fase Rift: Nas primeiras etapas de formação de uma bacia sedimentar, pode
ocorrer um estágio de rift, onde a crosta é esticada e fraturada, formando
falhas normais e criando espaço para a deposição de sedimentos.
Fase de Transgressão: Durante este estágio, a bacia pode ser invadida pelo
mar devido a um aumento do nível do mar ou subsidência da crosta. Isso
resulta na deposição de sedimentos marinhos, como argilas, siltes e arenitos.
Fase de Estabilidade ou de Regressão: Em seguida, a bacia pode passar
por uma fase de estabilidade, onde a subsidência diminui e a taxa de
deposição de sedimentos pode se igualar à taxa de erosão. Se as condições
mudarem e a área se elevar, pode ocorrer uma regressão marinha, onde o
mar se retrai e a área costeira é exposta, levando à deposição de sedimentos
continentais.
Processos sedimentares: Ao longo de sua evolução, as bacias sedimentares
acumulam uma variedade de sedimentos que refletem os processos
geológicos, climáticos e biológicos que ocorrem em sua área de drenagem.
Isso inclui sedimentos transportados por rios, vento, geleiras, além de
sedimentos marinhos como calcário, argila e sílica biogênica.
Diagênese e Litificação: Com o tempo, os sedimentos acumulados em uma
bacia sedimentar são compactados pela pressão das camadas superiores e
pela infiltração de água. Este processo, conhecido como diagênese,
transforma os sedimentos em rochas sedimentares através da litificação,
formando rochas como arenito, argilito e calcário
Maturação e alteração: As bacias sedimentares continuam a evoluir ao
longo do tempo geológico, sujeitas a processos de deformação tectônica,
erosão e sedimentação contínua. As rochas sedimentares podem ser
metamorfoseadas pela pressão e temperatura crescentes à medida que são
enterradas mais profundamente na crosta terrestre.

Essas etapas apresentam uma visão geral representam uma visão geral geral
da evolução de bacias sedimentares ao longo do tempo geológico.
Classificação de bacias sedimentares: contexto tectônico
Bacias sedimentares: áreas da superfície terrestre que sofrem ou sofreram subsidência
continuada.
A classificação de Dickinson (1974) divide as bacias sedimentares de acordo com a sua
localização em relação a limites de placa e ao tipo de limite. Tal separação ocorre do seguinte
modo
Em uma divisão maior, as bacias podem ser classificadas em:
- Bacias relacionadas a limites convergentes de placas
- Bacias relacionadas a limites divergentes de placas
- Bacias relacionadas a limites transformes de placas
- Bacias intra-placa
Em cada um desses contextos ocorre uma série de tipos de bacias.
Subsidência
• Subsidência – resposta a uma mudança de estado na crosta ou na litosfera.
Ela pode ser:
• A subsidência por afinamento é chamada de subsidência mecânica, na qual ocorre
afinamento da litosfera devido à sua distensão. Enquanto na superfície a litosfera perde
topografia, sua porção inferior se afasta do núcleo da Terra, ou seja, a parte da litosfera que
sofre subsidência é a superior, enquanto sua base “sobe”. A razão entre a espessura inicial da
litosfera e a espessura final é dada pelo fator de distensão 𝛃, sendo:
• h1/h2 = 𝛃, com 1<𝛃<∞
Onde 1 significa que não houve afinamento, enquanto infinito significa que houve rompimento
da litosfera.
Subsidência térmica

Ocorre devido as variações de temperatura dentro da costa terrestre. Quando as rochas são
aquecidas, principalmente devido ao calor gerado pelo próprio manto terrestre , elas podem
expandir-se, e quando esfriam, contraem-se.
Essas variações de temperatura podem causar movimentos de expansão e contração levando
ao afundamento da crosta em certas áreas.
1. Bacias de contextos divergentes:
As bacias sedimentares de contexto divergentes se formam em áreas onde ocorre a searaco das
placas tectónicas , ela podem ser:
• Rifts intra-continentais: subsidência mecânica
• Bacias proto-oceânicas: subsidência mecânica + subsidência termal
2. Bacias intra-placa
São as bacias que se encontram em regiões relativamente afastadas dos limites de placas. Como
principais exemplos temos as bacias tipo rift e as bacias de margem passiva.
Elas podem ser:
• Margens Passivas: subsidência termal
• Bacias Intracratônicas: mecanismo incerto (termal, flaxural, topografia dinâmica)
• Bacias Oceânicas ativas: subsidência termal
• Bacias Oceânicas inativas: subsidência termal
• Rifts Intra-placa: subsidência mecânica
3. Bacias de contextos convergentes:
São bacias que podem se formar devido a colisão de placas tectónicas, resultando em processos
tectónicos complexos que influenciam a deposição de sedimentos.
Elas podem ser:
• Trincheiras de subducção: subsidência termal + flexural
• Bacias de flanco de trincheira: subsidência mecânica + termal
• Bacias de ante-arco: mecanismo incerto (subsidência flexural
• Bacias de backarc: subsidência mecânica
• Bacias de intra-arco: subsidência mecânica
• Bacias de antepaís de retroarco: subsidência flexural
• Bacias periféricas de antepaís: subsidência flexural
• - Bacias de colapso de orógeno: subsidência mecânica
Bacias de antepaís de
retroarco
Bacias
periféricas de
ante-país
4. Bacias de contexto transforme:
São aquelas que podem ser formadas devido a actividade tectónica ao longo
das falhas transformantes.
Elas podem ser:
• Bacias transtrativas
• Bacias transpressivas
• Bacias transrotacionais
Fim

Você também pode gostar