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A cumulação de sedimentos em escala continental

Estrutura da Apresentação
Introdução;
Objectivos;
Metodologia;
Acumulação Sedimentar Em Escala Continental;
Origem e evolução de bacias sedimentares;
Ambientes de Sedimentação;
Ambientes Continentais;
Estruturas Sedimentares;
Ciclos sedimentares ou sequências de camadas;
Subsidência;
Tipos de Subsidência;
Classificação de bacias sedimentares;
Conclusão.
Introdução
Acumulação sedimentar ou depósitos sedimentares segundo o
GABAGLIA 1990, envolve o estudo dos processos de
deposição e formação de camadas de sedimentos em áreas
terrestres.
Esses sedimentos são constituídos por sedimentos originados
por intempérie e erosão de rochas já existentes que, ao serem
deslocados e depositados em uma bacia sedimentar, sofrem o
processo de diagênese.

O estudo da acumulação sedimentar continental abrange uma


variedade de aspectos, incluindo a identificação de ambientes
deposicionais (como leques aluviais, deltas, lagos e desertos),
a análise das características dos sedimentos (como tamanho,
forma e composição), e a interpretação das mudanças ao longo
do tempo geológico.
Objectivos
Objectivo Geral
Apontar como é acumulação sedimentar em escala
continental.

Objectivos Específicos
Identificar a origem e evolução de bacias
sedimentares;
Descrever a geodinâmica e subsidência;
Demostrar a classificação de bacias por seu
contexto tectônico .
Metodologia
Método Bibliográfico
Este método é dito como a forma de seleccionar
métodos, técnicas e forma de avaliar alternativas para
acção científica. Métodos são regras de escolha,
técnicas são as próprias escolhas (Marconi & Lakatos
2010).

Foi com base neste método em que se colectou


informações nas obras bibliográficas, documentais
relacionados com a temática em investigação.
Acumulação Sedimentar Em Escala Continental
Segundo o AGER 1994, acumulação de sedimentos em
escala continental é um fenômeno geológico de grande
magnitude que envolve a deposição e acúmulo de
sedimentos ao longo de vastas extensões de terra. Este
processo pode ocorrer ao longo de milhões de anos e é
influenciado por uma variedade de fatores, incluindo clima,
tectônica, erosão, transporte e deposição sedimentar.
Em escalas continentais, a acumulação de sedimentos pode
resultar na formação de extensas camadas sedimentares que
registram a história geológica e ambiental ao longo do
tempo. Estas camadas podem conter informações valiosas
sobre mudanças climáticas, evolução biológica, eventos
tectônicos e impactos de meteoritos, entre outros aspectos.
Origem e evolução de bacias sedimentares

Para ALBERTÃO 1977, As bacias sedimentares são áreas da


superfície terrestre que sofreram ou sofrem subsidência e
onde acumulam-se espessas camadas de sedimentos. A
subsidência é parcialmente induzida pelo peso dos
sedimentos, sendo, contudo, comandada mais intensamente
por mecanismos tectônicos, como abatimento de blocos
crustas em escala regional, subsidência térmica ou
compensação isostática, dentre outros mecanismos.
As bacias sedimentares cobrem grande parte da superfície
do planeta, atuando como uma fina camada, perfazendo, em
cerca de 75% dos continentes. Em termos clássicos, bacias
vistas em planta são arredondadas ou elípticas e seu fundo é
côncavo para cima; os estratos mergulham e se espessam
em direção ao seu centro (depocentro)
Ambientes de Sedimentação
Dentre as várias maneiras pelas quais a sedimentação pode
ser classificada, o geólogo GABAGLIA 1990, entre outros
estabeleceram o conceito de ambiente de sedimentação
como o mais útil. Um ambiente de sedimentação é um lugar
geográfico caracterizado por uma combinação particular de
processos geológicos e condições ambientais.

As condições ambientais incluem:


 O tipo e a quantidade de água (oceano, lago, rio e terra);
 O relevo (terras baixas, montanha, planície costeira,
oceano profundo);
 A atividade biológica.
Estruturas Sedimentares

O acamamento, ou estratificação, é uma feição


codos sedimentos e das rochas sedimentares. As
camadas paralelas de diferentes tamanhos de grão
ou composição indicam sucessivas superfícies
deposicionais, tais como:
Estratificação cruzada;
Estratificação gradacional;
Marcas Onduladas.
Estratificação cruzada
A estratificação cruzada é comum em arenitos e é também
encontrada em cascalhos e alguns sedimentos carbonáticos.
Ela é mais fácil de ser observada em arenitos do que em
areias, nas quais, geralmente, deve ser aberta uma trincheira
ou, de outro modo, ser escavadas para ver-se uma secção
transversal das mesmas.
Estratificação gradacional

A estratificação gradacional é muito comum em sedimentos


do talude continental e marinho profundos depositados por
uma variedade especial de corrente de fundo chamada
corrente de turbidez. Cada camada numa estratificação
gradacional progride desde grãos grossos na base até grãos
finos no topo. A gradação indica uma diminuição da
corrente que depositou os grãos.
Um acamamento gradacional consiste em uma série de
camadas de grãos grossos a finos, cuja espessura varia,
normalmente, desde poucos centímetros a muitos metros, as
quais formavam leitos horizontais, ou próximos a isso, ao
tempo de deposição
Marcas Onduladas
As marcas onduladas ou ondulações são dunas de areia ou
silte muito pequenas cuja dimensão mais longa está em
ângulo reto com a corrente. Elas formam cristas, ou
corrugações, pequenas e estreitas, geralmente de apenas um
ou dois centímetros de altura, separadas por calhas mais
largas. Essas estruturas sedimentares são comuns tanto em
areias modernas como em arenitos antigos. As ondulações
podem ser observadas nas superfícies das dunas expostas ao
vento, em barras arenosas (BAKER 1977).
Ciclos sedimentares ou sequências de camadas
Para ALBUQUERQUE 1983, os ciclos sedimentares são
estruturados por camadas intercaladas e verticalmente
empilhadas de arenito, folhelho e outros tipos de rochas
sedimentares.
Uma sequência pode consistir em arenito com estratificação
cruzada, sobreposto por siltito bioturbado, e este, por sua
vez, superposto por arenito com marcas onduladas - em
qualquer combinação de espessuras para cada tipo de rocha
da sequência
A figura mostra um ciclo de camadas tipicamente formado por rios.
Um rio deposita sequências repetitivas que e formam quando o canal
migra lateralmente no fundo. A parte inferior de cada sequência
representa os sedimentos depositados na porção mais profunda do
canal, onde são mais fortes. A parte superior representa os pedimento
depositados nas porções mais rasas, onde as corrente ao mais fracas.
Um típico ciclo formado dessa maneira consistirá em sedimentos que
gradam, em direção ao topo. o até finos. Camadas com estratificação
cruzada de grande porte serão encontradas na base, seguidas por
estratificação cruzada de pequeno porte e, no topo, por laminação
horizontal.
Subsidência
A subsidência é a resposta a uma mudança de estado na
crosta ou na litosfera, ela pode ser por afinamento que é
chamada de subsidência mecânica, na qual ocorre
afinamento da litosfera devido à sua distensão.

Enquanto na superfície a litosfera perde topografia, sua


porção inferior se afasta do núcleo da Terra, ou seja, a parte
da litosfera que sofre subsidência é a superior, enquanto sua
base “sobe” (ALBUQUERQUE 1983).
Tipos de Subsidência
Segundo ALBUQUERQUE 1983, os três principais
mecanismos de formação de bacias sedimentares:

Compensação Litostática: efeito de carga sobre a


litosfera (p. ex. capa de gelo sobre os continentes)
ou desequilíbrio térmico associado com
densificação da litosfera provoca um fluxo
astenosférico, gerando um mecanismo de
compensação isostática.

Ex: Bacias relacionadas a um arco magmático


(forearc); bacias cratônicas.
Subsidência mecânica: Afinamento e ruptura da crosta ou
litosfera por estiramento crustal e desenvolvimento de
falhamentos normais rúpteis e dúcteis.
Ex: Bacias do tipo rift.

Subsidência flexural: Soerguimento de escamas tectônicas


devido a colisão entre continentes gera sobrecarga na crosta
± rígida, que afunda ou flexiona, gerando uma bacia
sedimentar. A largura e a espessura da bacia varia conforme
a rigidez da placa.
Ex: Bacia foreland (ante-país).
Subsidência Térmica Flexural: contração termal com
adensamento da litosfera durante o resfriamento da
placa.
Ex: Bacia de margem passiva.
Classificação de bacias sedimentares
Segundo VAN VLIET 1999, Um outro tipo de
classificação, muito utilizado, agrupa as
bacias sedimentares de acordo com seu contexto na
Tectônica da Placas:

Limites divergentes de placas (margens construtivas ou


passiva) – Bacias Extensionais;
Limites convergentes de placas (margens destrutivas ou
ativa) – Bacias Compressionais;
Limites transformantes de placas (margens
transformantes ou conservativas) – Bacias Pull Apart;
Bacias intraplaca (Bacias intracratônicas ) – Bacias Sag.
Bacias de Margens Divergentes
Apresentam falhas normais, os sedimentos continentais estão
na base e marinhos no topo. Vulcanismo localizado (VAN
VLIET 1999).

Bacias Intercontinentais (Intracratônicas ou Intraplaca)


Bacias de Rift Continental
Bacias Oceânicas ou Rift Oceânico
Bacias de Margem continentais passivam
Bacias Intracratônicas
Ovais ou circulares, com espessura de 3 a 4 km, geralmente
sem fase de rifteamento. A subsidência está relacionada a
um desequilíbrio térmico do manto, com densificação da
litosfera e subsidência. O padrão sedimentar está
relacionado a variações do nível do mar (transgressões e
regressões). Predominam sistemas
siliciclásticos (regressão ) e carbonáticos (transgressão),
com estruturas dominadas por ondas e marés. Altos
estruturais formam sub-bacias (VAN VLIET 1999).
Ex: Bacias do Parnaíba, Amazônica e do Paraná
Bacia Intracrâtonica
Bacias de Rift Intracontinental
Esforços extensionais intraplaca ao longo de zonas de
fraqueza crustal. Afinamento litosférico. Falhas de
gravidade lístricas, com geração de grabens. Forte
subsidência mecânica e elevada espessura dos sedimentos
(3 a 10 km). Leques aluviais, sistema fluvial (sedimentos
continentais na base). Transgressão no topo, com
sedimentos de ambiente marinho raso. Vulcanismo alcalino,
geralmente bimodal (ácido – básico) (VAN VLIET 1999).
Estágio inicial Riftiamento
Bacias de Margem Passiva
Resultam da separação e deriva dos continentes (drift) com
formação de abertura oceânica (dorsal meso-oceânica) em
riftes oceânicos evoluídos; são sismicamente inativos, pois
situam-se no interior da placa oceânica; Representam a
passagem de uma crosta continental espessa para uma crosta
oceânica fina; sedimentação marinha: transgressiva
(carbonatos) e regressiva (turbiditos);
Sequência continental: fluvial, leque aluvial, eólico, deltaica
e lacustre com correntes de turbidez. Vulcanismo basáltico
(VAN VLIET 1999).
Bacias de Margens Conservativas
Falhas de movimento horizontal que afetam a litosfera e
transferem o movimento de um limite para o outro da placa.
Bacias em sistemas de falhas entrelaçadas, bacias de
terminação de falhas, bacias pull-apart em sistemas de falha
em echelon, bacias transrotacionais (VAN VLIET 1999).
Bacias de Margens Convergentes

São as áreas de sedimentação nas proximidades das zonas


de subducção e dos arcos vulcânicos. A região é
subdividida, com relação ao arco magmático, em região
ante-arco (forearc) e pós – arco “backarc” (VAN VLIET
1999).
oBacia na frente do arco (Forearc)
oBacia atrás do arco (Backarc)
oBacia de Fossa (Trench)
oBacia de Foreland (retroarco)
Bacia de Rift Abortado

Rifte que não se desenvolveu a ponto de se transformar em


oceano aberto, conhecido como aulacógeno. Estas bacias se
desenvolveram em antigo rifte no qual o movimento de
tração tectônica cessou, impedindo-as de se transformar em
bacias de margem continental (DOYLE 1887).
Já não há nada
FIM
Fred Josias 2023

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