Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
massa
Prof. Dr. Klinger Senra
Introdução
2
Introdução
Varnes (1978) 3
Introdução
Classificação de Magalhães Freire (1965), como uma síntese dos principais movimentos:
4
Santos (2015)
Introdução
Há algumas propostas para adequar a
classificação dos movimentos de massa a
ambientes tropicais, como é o caso do Brasil.
5
Augusto Filho (1992)
Subsidências
Movimentos de massa que correspondem a um
deslocamento essencialmente vertical, que pode ser
contínuo ou instantâneo (colapso da superfície).
Subdivididas em:
- Recalque;
- Desabamamento ou queda;
- Afundamento ou colapso.
6
Subsidências
Quedas
São subsidências bruscas, em alta velocidade.
Envolvem blocos rochosos que se deslocam em queda
livre ou ao longo de um plano inclinado.
7
GeoRio (1999)
Subsidências
Quedas
GeoRio (1999)
Amparo do Serra-MG
10
Guiricema-MG
Subsidências
Quedas
11
Subsidências
Colapso
Processos naturais:
- São causados principalmente pela dissolução de rochas (carstificação) como calcários, dolomitos; pela
acomodação de camadas no substrato, devido ao seu peso ou a deslocamentos segundo planos de falhas.
13
Subsidências
Colapso
(CPRM, 2018). 14
Subsidências
Colapso em zonas cársticas
Regiões cársticas compreendem um tipo de relevo geológico
caracterizado pela dissolução química das rochas, que leva
ao aparecimento de uma série de características físicas, tais
como cavernas, dolinas, vale seco e rios subterrâneos.
Durante o desenvolvimento do carste a água irá infiltrar-se
por descontinuidades naturais da rocha, causando a
dissolução.
As descontinuidades podem ser contatos entre rochas,
fraturas (planos de ruptura da rocha), falhas (planos de
ruptura com movimentação relativa entre os blocos) e planos
entre camadas de rochas sedimentares. Isto leva a formação Componentes principais do sistema
de condutos em profundidade, que conduzem a água através cárstico. (Fonte: Karman, 2001).
do sistema.
Também pode ocorrer carste abaixo de rochas não 15
carbonáticas (carste subjacente) ou coberto de solo.
Subsidências
Ocupações em regiões cársticas
Créditos: Modificada de Infanti Jr & Fornasari Filho 1998; organizada por Fábio Reis. Fonte:<http://www.rc.unesp.br>. Acesso em 16
30/11/17 por CPRM (2018).
Subsidências
Ocupações em regiões cársticas
17
Subsidências
Ocupações em regiões cársticas
18
CPRM (2018).
Subsidências
Boas práticas para Defesa Civil
19
CPRM (2018).
Subsidências
Colapso em solo
20
Subsidências
Recalques
São movimentos verticais causados pela
variação no estado de tensões efetivas,
como decorrência de sobrecargas,
escavações, rebaixamento de lençol
d’água, etc.
Adicionalmente, os processos de
compressão secundária também geram
movimentação da superfície.
21
Subsidências
Recalques
O recalque total (∆H) sofrido por um extrato de solo pode ser dividido em três parcelas, de acordo com os
mecanismos predominantes durante a deformação:
22
Subsidências
Recalques
Recalque imediato (Si):
• Ocorre devido à variação das tensões efetivas com deformações a volume constante ou apenas mudança
de forma;
23
Subsidências
Recalques
Recalque de adensamento ou primário (Sc):
• Ocorre pela expulsão da água dos poros e consequente redução do volume de vazios do solo.
• Processo lento, dependente do tempo, e que ocorre em solos finos e saturados, os quais possuem baixo
coeficiente de permeabilidade.
• A velocidade em que se processa o recalque depende da velocidade de drenagem da água nos poros do
solo.
24
Subsidências
Recalques
Recalque secundário (Ss):
• Ocorre quando o excesso de pressão neutra é praticamente nulo (u ≈ 0) e a tensão efetiva é praticamente
igual à tensão total (σ‘ ≈ σ);
• Ocorre pelo fato das partículas de solo, ao final do adensamento primário, estarem posicionadas em
um equilíbrio instável.
25
Escoamentos
O deslocamento ocorre em um estado de tensões, inferior à resistência ao cisalhamento. Caso haja uma
variação do estado de tensões a ponto de se atingir a resistência, a movimentação da massa torna-se um
processo de escorregamento, com superfície de ruptura bem definida (GERSCOVICH, 2016).
29
Escoamentos
Corridas
Nova Friburgo/RJ
(2011).
30
Escoamentos
Corridas
Guidicini e Nieble (2016) apresentam diferentes tipos de corrida:
• Corrida de terra:
Em menor grau de fluidez, provocada por “encharcamento” do solo por pesadas chuvas ou longos períodos de
chuva menos intensa.
• Corrida de areia ou silte:
Associada à perda rápida da resistência ao cisalhamento até quase zero, sem a ajuda de pressão de percolação
(liquefação estática).
• Corrida de lama:
Corridas de extrema fluidez, geralmente produzidas pela ação de lavagem e remoção de solos por cursos de água
durante enchentes e tempestades.
• Avalanche de detritos:
Movimentos bruscos que se iniciam na forma de escorregamento normal, mas que se tornam acelerados devido à
elevada inclinação da encosta e à saturação da massa de solo e/ou rocha. 31
Erosão
Agentes erosivos:
• Água;
• Insetos e animais. 32
Erosão
33
Escorregamentos
São movimentos de massa rápidos;
36
Escorregamentos
Classificação quanto à forma da superfície de
ruptura
38
Fonte: Dutra e Parizzi (2021) Fonte: Gerscovich (2016)
Escorregamentos
Quando os planos de fraqueza se cruzam ou quando camadas de menor resistência não são paralelas à
superfície do talude, a superfície de ruptura pode apresentar uma forma de cunha.
39
Escorregamentos
Classificação quanto à forma da superfície: Escorregamentos circulares ou rotacionais
40
Escorregamentos
Classificação quanto à forma da superfície: Escorregamentos circulares ou rotacionais
41
Escorregamentos
Classificação quanto à forma da superfície: Escorregamentos circulares ou rotacionais
42
(Gerscovich, 2016).
Escorregamentos
Classificação quanto à forma da superfície: Escorregamentos circulares ou rotacionais
As rupturas de forma mista ocorrem quando há uma heterogeneidade, caracterizada pela presença de
materiais ou descontinuidades com resistências mais baixas. As figuras mostram exemplos de superfícies
de ruptura que combinam formas circulares (rotacional) e planares.
44
(Gerscovich, 2016).
Escorregamentos
Causas gerais
Dentre estes mecanismos, a ação antrópica pode se
manifestar tanto como indutora de aumento das tensões
cisalhantes mobilizadas, a partir de:
• execução de cortes com geometria incorreta
(altura/inclinação);
• execução deficiente de aterros (geometria,
compactação e fundação);
• lançamento de lixo nas encostas/nos taludes;
46
Influência da vegetação (cobertura vegetal)
As copas protegem a superfície da ação dos agentes climáticos (raios solares, vento, chuva etc.),
minimizando as mudanças bruscas de temperatura e umidade. Com isso, retardam a ação do
intemperismo e, com a interceptação da precipitação, reduzem o volume de água que incide sobre a
superfície do talude.
Os caules e as copas podem estar sujeitos à força do vento; quando transmitida ao solo, gera uma
tensão adicional que pode contribuir para instabilizar a encosta.
Pode atuar como elemento de reforço, favorecendo a estabilidade. Sua influência depende do diâmetro
da raiz: raízes com menor diâmetro são mais eficientes no aumento de resistência do sistema solo/reforço.
48
Artigo em anexo.
Aplicação do sistema vetiver em talude de corte no Vietnã (Madruga, Schelle e Salomão (2022).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. Oficina de Textos, 2016.
• GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M. Estabilidade de taludes naturais e de escavação. Ed. Blucher, 10ª
reimpressão, 2016.
• MADRUGA, E. L., SCHELLE, E. L;, SALOMÃO, F. X. T. Uso do capim vetiver (sistem vetiver) na
estabilização de rodovias, proteção de drenagens e de áreas marginais. Acesso em 06 de dezembro de 2022.
Dsiponível em: https://defesacivil.es.gov.br/Media/DefesaCivil/Material%20Did%C3%A1tico/CBPRG%20-
%202019/PESQUISA%20VETIVER.pdf
• USGS - U.S. Geological Survey, O manual de deslizamento – um guia para a compreensão de deslizamentos,
Virginia, 2008.