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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

INTERVENÇÕES PARA TRATAMENTO DE ENCOSTAS


URBANIZADAS

Disciplina: Geologia de Engenharia


Professor: Dr. Roberto Quental Coutinho
Aluna: Maria Isabel Ferreira dos Santos

Recife – PE
2022 1
ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO
● Introdução;

● Relevância do tema;

● Movimentos de massa;

● Condicionantes dos movimentos de massa;

● Soluções de tratamento de encostas;

● Estudo de caso;

● Referências.

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Introdução
Encostas são definidas como superfícies inclinadas de maciços terrosos, rochosos ou
mistos, originados de processos geológicos e geomorfológicos diversos, podendo
apresentar diversas modificações antrópicas (FILHO; VIRGILI, 1998).

Figura 1: Área de corte e área de aterro

Fonte: Wanatabe, 2015.

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Introdução
As encostas ou taludes apresentam as seguintes partes: crista, pé, altura, ângulo de
inclinação e corpo ou maciço do talude.
Figura 2: Partes de uma encosta

Fonte: Wanatabe, 2015.

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Introdução
São vários os fatores naturais que atuam isoladamente ou conjuntamente durante o
processo de formação dessas encostas e que respondem pela estrutura característica
deste maciços.

Fatores Geológicos
• Litologia
• Estruturação
• Geomorfologia

Fatores Ambientais

• Clima
• Vegetação
• Topografia
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Relevância do tema
• Eventos catastróficos envolvendo instabilidade de encostas tornaram-se pauta de
discussões na sociedade brasileira;

• Além da intensidade dos fenômenos naturais, o acelerado processo de urbanização,


muitas vezes em áreas impróprias à ocupação, aumentam o risco a desastres
naturais;

• O objetivo da investigação geotécnica em encostas com risco de instabilidade é


acumular informações suficientes das condições locais para analisar o problema,
avaliar o risco de instabilidade e, caso necessário, propor medidas remediadoras para
reduzir o risco a níveis aceitáveis.

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Relevância do tema
Figura 3: Acidentes Geológicos-Geotécnicos

Fonte: GEO-RIO, 2016. 7


Relevância do tema
Figura 4: Vítimas fatais por conta de desastres naturais no Rio de Janeiro.
• A partir dos anos 2000,
observa-se que este tema
passou a receber uma
cobertura por uma mídia
mais ampla;

• O ano de 2011 contabiliza


o maior número de perdas
por conta dos desastres
naturais na região serrana
do Rio de Janeiro;

• A partir de 2012 ocorreu


uma diminuição no
número de vítimas por
desastres naturais.
Fonte: IPT, 2017.
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Movimentos de massa
• Movimento de massa se refere aos movimentos de descida de solos e rochas sob o
efeito da gravidade, geralmente potencializado pela ação da água (CEMADEN, 2016).

Quedas Tombamento Escorregamento Corridas de massa


Rotacional

Translacional

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Fonte: Adaptado de Burns e Madin, 2009.
Movimentos de massa
Quedas • Os materiais, rocha ou solo, se desprendem das encostas pela
ação da gravidade;
• O movimento é do tipo queda ou de rolamento, com velocidade
muito rápida;
• Nas encostas íngremes o movimento geralmente é em queda
livre;

• Nas encostas inclinadas o movimento é de rolamento dos bloco;


• A instabilização do bloco se dá pela perda da resistência mecânica de apoio;
• Pode desenvolver-se ainda a partir da erosão ou ação das águas das chuvas, que
lavam e escavam as camadas superficiais do solo, liberando os blocos e matacões
encosta abaixo (Oliveira, 2010).

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Movimentos de massa
Tombamento • O movimento se dá a partir da rotação de um bloco da encosta
em torno de um eixo;
• Este movimento está condicionado a existência de planos de
fraqueza;
• Em geral, são movimento mais lentos que as quedas e ocorre
principalmente em taludes de corte;

• São, às vezes, causados pela gravidade exercida sobre o peso do material na parte
superior da massa deslocada;
• Podem conter rochas, detritos (material mais graúdo) ou terra (material de fina
graduação);
• Podem ser complexos e compostos.

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Movimentos de massa
Escorregamento • É o movimento que ocorre geralmente através de uma
superfície de ruptura;
• São divididos em rotacionais (circulares), translacionais
(planares) e em cunha:
• Rotacionais: possuem superfície de deslizamento curva,
com movimento rotatório em materiais superficiais
homogêneos;
• Translacionais: o escorregamento ocorre em uma superfície
relativamente plana e associada a solos mais rasos;
• Cunha: tem-se a existência de dois planos de fraqueza
desfavoráveis à estabilidade que condicionam o
deslocamento ao longo de uma interseção destes planos.
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Movimentos de massa
Corridas de massa • São rápidos movimentos de massa, em que o solo solto, rochas e
matéria orgânica, se misturam à água e formam lama que escoa
por talude abaixo;
• Formam uma massa de elevada densidade e viscosidade;
• Esse tipo de movimento de massa se caracteriza por ter extenso
raio de ação e alto poder destrutivo;
• Podem ser originadas de outros escorregamentos;
• Quando um escorregamento rotacional ou translacional ganha
velocidade e a massa interna perde a coesão ou ganha água,
esse fenômeno pode se transformar em uma corrida de massa
ou fluxo de detritos.

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Condicionantes dos movimentos de massa

Perfil geotécnico

Causas geológicas
Orientação desfavorável da
descontinuidade de massa

Contraste na
permeabilidade e seus
efeitos na poropressão

Contraste na rigidez

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Condicionantes dos movimentos de massa
• Os movimentos gravitacionais de massa podem ser causados por alguns processos, que
podem ser naturais, ou resultantes da interferências humana:

• Remoção da cobertura vegetal;

• Vazamento na rede de abastecimento de água;

• Infiltração à partir de esgotos e fossas sanitárias;

• Execução de cortes inadequados;

• Lançamento de lixo e entulho nas encostas.

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Condicionantes dos movimentos de massa
• Remoção da cobertura vegetal
• Encostas que não apresentam cobertura vegetal
estão mais propensas a ocorrência de
escorregamentos;
• Efeitos desfavoráveis:
• Efeito de alavanca: força cisalhante transferida
pelos troncos das árvores ao terreno, quando
suas copas são atingidas por ventos;
• Efeito de cunha: pressão causada pelas raízes ao
penetrar em fendas;
• Sobrecarga vertical: causada pelo peso das
árvores.
16
Fonte: CPRM, 2018.
Condicionantes dos movimentos de massa
• Vazamento na rede de abastecimento de água

• Efeitos desfavoráveis:
• Fluxo de água no interior do maciço;
• Saturação do solo;
• Desencadeamento de processos erosivos;
• Diminuição de sua resistência;
• Favorece a instabilização de cortes e aterros;
• Na maioria das vezes essas redes de abastecimento de
água são improvisadas por moradores (canos e
mangueiras inadequadas), o que agrava ainda mais a
situação.

17
Fonte: CPRM, 2018.
Condicionantes dos movimentos de massa
• Infiltração à partir de esgotos e fossas sanitárias
• No caso das águas servidas, a inexistência ou
deficiência do esgotamento sanitário faz com que haja
uma infiltração contínua no solo, o que pode levar à
sua saturação e consequente ruptura de cortes e
aterros;
• É comum a construção de fossas negras, sem nenhum
tipo de impermeabilização, o que resulta em
contaminação do lençol freático;
• Em locais de maior declividade estes vazamentos
levam à saturação do solo e afetam a estabilidade de
cortes e aterros.
18
Fonte: CPRM, 2018.
Condicionantes dos movimentos de massa
• Execução de cortes inadequados
• Esses cortes apresentam inclinação e alturas
excessivas, incompatíveis com a resistência intrínseca
do solo, o que possibilita a ocorrência de
escorregamentos;
• Quando o corte atinge o solo de alteração pode tornar
a encosta mais susceptível a escorregamentos,
principalmente, quando esta é submetida à ação das
águas;
• No entanto, o fator de segurança aumenta quando as
inclinações destas estruturas estão voltadas para
dentro do talude.
19
Fonte: CPRM, 2018.
Condicionantes dos movimentos de massa
• Lançamento de lixo e entulho nas encostas
• O lançamento de lixo e entulho nas encostas cria
condições favoráveis para a ocorrência de
escorregamento;
• Esse material é extremamente poroso e, em período
chuvoso, acumula água que se torna um peso extra,
fazendo com que essa massa de material se desloque,
causando acidentes;
• Quando o lixo atinge os elementos de drenagem,
impede o escoamento das águas, possibilitando o
extravasamento dessa água e consequente infiltração
do solo.
20
Fonte: CPRM, 2018.
Soluções de tratamentos das encostas

Proteção
superficial
Macrodrenagem
Sem estruturas
Drenagem
de contenção
Soluções de tratamento

Microdrenagem
Retaludamento

Concreto
ciclópico

Muros de Solo-cimento
gravidade ensacado
Com estruturas
de contenção
Muros de solo
Gabiões
reforçado

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Soluções de tratamentos das encostas
• Proteção superficial
• Esse tipo de solução tem como função, basicamente, impedir a formação de
processos erosivos e diminuir a infiltração de água no maciço.
Proteção superficial

Material natural Com vegetação

Tela argamassada
Com
Material artificial
impermeabilização
Cimentado

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Soluções de tratamentos das encostas
• Proteção com vegetação

• A vegetação interfere diretamente na interceptação da água precipitada, reduzindo


o volume de escoamento superficial e a infiltração;
• Quanto ao aspecto mecânico, a malha das raízes reforça o solo, atuando como
agente estabilizador.
Influência da inclinação do talude no estabelecimento da cobertura vegetal
INCLINAÇÃO GRAMA ARBUSTO/ÁRVORE
Dificuldade baixa Dificuldade baixa
0° - 30°
Técnicas usuais de plantio Técnicas usuais de plantio
Dificuldade média
30° - 45° Dificuldade elevada
Recomenda-se hidrossemeadura
Recomenda-se plantio em
>45° Dificuldade elevada
bermas
Fonte: GEO-RIO, 2000.
23
Soluções de tratamentos das encostas
• Proteção com vegetação

• A grama para manutenção de encostas deve ser


(SUPAN-MG,1983):
• Portadora de raízes profundas;
• Elevada densidade de cobertura, para que se
obtenha um tapete denso e uniforme;
• Rasteira, afim de evitar caminhos para acúmulo
de água;
• Dura e agressiva;
• Resistente ao fogo, calor e seca;
• De fácil adaptação aos diversos tipos de solo.
24
Fonte: Nativa soluções ambientais, 2022.
Soluções de tratamentos das encostas
• Proteção com impermeabilização

• A impermeabilização se mostra mais eficiente quando executada em conjunto com


o retaludamento e a drenagem, atuando de maneira completa no talude.

• Impermeabilização com tela argamassada: consiste no preenchimento e


revestimento de uma tela galvanizada com argamassa e areia. A tela é fixa no
solo com ganchos de ferro;
• Impermeabilização com cimentado: consiste numa mistura de cimento e areia,
aplicado sobre o talude a partir do pé até a crista. A superfície deve ser
preparada e limpa para receber a compactação da mistura.

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Soluções de tratamentos das encostas
• Drenagem
• O objetivo da drenagem é diminuir a infiltração de águas pluviais, captando-as e
escoando-as pelos elementos de drenagem.
• As soluções do sistema de drenagem são divididos em dois subsistemas:

Microdrenagem Macrodrenagem

• Canaletas; • Galerias
• Valetas; subterrâneas;
• Calhas; • Canais
• Caixas coletoras;
• Dissipadores de
energia.
26
Soluções de tratamentos das encostas
• Drenagem

Fonte: Alheiros, 1998 apud Bandeira, 2003.


27
Soluções de tratamentos das encostas
• Drenagem

Fonte: Defesa Civil, 2018.


28
Soluções de tratamentos das encostas
• Retaludamento
• É um processo de terraplanagem através do qual se
alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente
existentes em um determinado local para se conseguir
uma estabilização do mesmo;
• É muito usado devido a sua simplicidade, eficácia e
baixo custo de execução;
• É associado a obras de controle de drenagem e proteção
superficial, de modo a reduzir a infiltração de água no
terreno e direcionar seu escoamento, inibindo os
processos erosivos.

Fonte: UFSC, 2018.


29
Soluções de tratamentos das encostas
• Muros de Gravidade
• São estruturas corridas que utilizam seu peso próprio para suportar os esforços do
maciço;
• Geralmente são usados para conter pequenos desníveis, inferiores a 5m.

Muro de concreto ciclópico Muro de solo-cimento ensacado Gabiões

Fonte: Cunha, 1991. Fonte: Ramos et al. 2019. Fonte: Cunha, 1991.
30
Soluções de tratamentos das encostas
• Muros de Concreto Ciclópico
• São estruturas construídas mediante o preenchimento de uma fôrma com concreto e
blocos de rocha de varias dimensões;
• Recomendável para encostas com altura máxima de 4 a 5m;
• Concreto ciclópico deve ser constituído por 70% de concreto estrutural e 30% de
rochas graníticas.

31
Fonte: Defesa Civil, 2018.
Soluções de tratamentos das encostas
• Muros de Solo Cimento Ensacado
• Alternativa que utiliza sacos de solo estabilizados com cimento;
• O solo inicialmente é peneirado e em seguida misturado com cimento, adicionando-
se água em quantidade 1% acima da umidade ótima;
• Os sacos de solo-cimento são dispostos em camadas horizontais, sendo compactada
de modo a reduzir o volume de vazios.

32
Fonte: Defesa Civil, 2018.
Soluções de tratamentos das encostas
• Muros de Gabião
• São gaiolas metálicas preenchidas com pedra, arrumadas manualmente e construídas
com fios de aço galvanizado em malha hexagonal de dupla-torção (GEO-RIO, 2000).
• As pedras devem possuir diâmetro no mínimo superiores à abertura da malha, e os
degraus podem ser externos ou internos.

Fonte: Maccaferri, 2009.


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Soluções de tratamentos das encostas
Monolíticas
• Muros de Gabião
• São unidos entre si
• Resistência igual em qualquer ponto da
estrutura

Resistentes
• A malha hexagonal de dupla torção
proporciona distribuição uniforme dos
esforços

Flexíveis
• Adaptação e acomodação de acordo com os
movimentos do terreno
Permeáveis
• Estrutura autodrenante que permite alívio
das pressões hidrostáticas
Econômicas
• Possui fácil execução e não necessita de
mão de obra especializada
34
Fonte: Maccaferri, 2009.
Soluções de tratamentos das encostas
• Muros de Solo Reforçado
• São estruturas em que o reforço consiste em introduzir no maciço elementos que
possuam elevada resistência a tração ou compressão.

Cortina
Terra armada Solo grampeado Geossintéticos
atirantada

35
Estudo de Caso
• Título: Ruptura ocorrida em encosta com ocupação desordenada na UR 2, Ibura.
• Autor: Rafael Galvão de Santana
• Ano: 2006
• Tópicos abordados:
• Localização;
• Aspectos climáticos;
• Aspectos geológicos;
• Atividades de campo e laboratório;
• Análises de estabilidade;
• Análise dos resultados;
• Sugestões para estabilização;
• Avaliação das propostas;
36
• Conclusões
Estudo de Caso
• Localização

• Zona sul da cidade do Recife;


• Bairro do Ibura;
• Região Político-Administrativa 6 (RPA 6);

37
Fonte: Alheiros, 1998 apud Santana, 2006.
Estudo de Caso
• Aspectos climáticos

Fonte: Alheiros, 1998 apud Santana, 2006.

• Clima do tipo As’ e Ams’ (KÖPPEN, 1948);


• 12 postos pluviométricos da RMR;
• Precipitação anual de mais de 1500 mm.
38
Fonte: Alheiros, 1998 apud Santana, 2006.
Estudo de Caso
• Aspectos geológicos
• Embasamento cristalino
Rochas de composição granítica;
Capeados por solo residual;
• Bacia do Cabo
Conglomerados e argilitos da Formação Cabo;
• Formação Berberibe
Origem fluvial (areias com excelentes
condições para acumulação de água);
• Coberturas Sedimentares
Camadas arenosas nas bases; Fonte: Alheiros, 1998 apud Santana, 2006.

Camadas arenosas e argilosas no topo.


39
Estudo de Caso
• Atividades de campo e laboratório

40
Fonte: Alheiros, 1998 apud Santana, 2006.
Estudo de Caso
• Análises de estabilidade
• Análise de estabilidade do deslizamento

Condição inundada (situação de campo) Condição de umidade natural

Fonte: Coutinho et al. (2006)

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Estudo de Caso
• Análises de estabilidade
• Análise de estabilidade da situação atual

Condição inundada (situação de campo) Condição de umidade natural

Fonte: Coutinho et al. (2006)

42
Estudo de Caso
• Análises dos resultados
Ensaios de resistência ao cisalhamento com as amostras nas umidades naturais e inundadas.

Síntese dos resultados das análises de estabilidade

Fonte: Santana, 2006. 43


Estudo de Caso
• Sugestões para estabilização

As soluções propostas são as contenções que se seguem:

• Muro de Pedra rachão;

• Muro de Solo-cimento ensacado;

• Muro de Gabiões;

• Solo reforçado com geotêxteis.

44
Estudo de Caso
• Sugestões para estabilização
• Muro de Pedra rachão

• Pré-dimensionamento

• Custo

Fonte: Santana, 2006.

45
Estudo de Caso
• Sugestões para estabilização
• Muro de Solo-cimento ensacado

• Pré-dimensionamento

• Custo

Fonte: Santana, 2006.

46
Estudo de Caso
• Sugestões para estabilização
• Muro de Gabiões

• Pré-dimensionamento

• Custo

Fonte: Santana, 2006.

47
Estudo de Caso
• Sugestões para estabilização
• Solo reforçado com geotêxteis

• Pré-dimensionamento

• Custo

Fonte: Santana, 2006.

48
Estudo de Caso
• Avaliação das propostas

Fonte: Santana, 2006.

• Muro de pedra rachão: valor intermediário; grande aceitação na RMR;


• Muro de solo-cimento ensacado: proposta de menor valor; solução mais adequada;
• Muro de gabiões: maior valor; pouca utilização na RMR;
• Solo reforçado: solução abandonada (corte necessário a sua implantação atingiria
uma altura de 14,5 m, que pode ser de perigosa execução).
49
Estudo de Caso
• Conclusões

• Área de alto risco de deslizamento;

• Histórico do local apresenta 2 deslizamentos;

• Processo de instabilização se deu essencialmente pela infiltração de água


associado ao perfil geotécnico do local;

• Chuvas ocorridas antes do deslizamento, vazamento de tubulações


clandestinas, águas servidas;

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REFERÊNCIAS
BANDEIRA, A. P. N. Mapa de risco de erosão e escorregamento das encostas com ocupações desordenadas no município de
Camaragibe-PE. Dissertação (Mestrado em geotecnia). 209 f. UFPE, Recife, 2003.

BURNS, W. J.; MADIN, I. P. Protocol for Inventory Mapping of Landslide Deposits from Light Detection and Ranging (lidar) Imagery.
Disponível em: https://www.oregongeology.org/pubs/dds/slido/sp-42_onscreen.pdf. Acesso em: 24 mai. 2022.

CPRM. Serviços Geológicos do Brasil. Curso Básico de Percepção e Mapeamento do Risco Geológico. 2018. Disponível em:
https://defesacivil.es.gov.br/Media/defesacivil/Capacitacao/CBPRG2018/MOVIMENTOS%20DE%20MASSA.pdf. Acesso em: 21 mai.
2022.

CUNHA, M. A. (1991). Ocupação de Encostas. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo, SP, 216 p.

FILHO, Oswaldo Augusto; VIRGILI, José Carlos. Estabilidade de Taludes. In: OLIVEIRA, Antônio Manoel dos Santos; BRITO, Sérgio
Nertan Alves de. Geologia de engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998.

IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Vítimas de deslizamentos. Disponível em:


https://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=1190. Acesso em: 24 mai. 2022.

OLIVEIRA, L. M. (2010). Acidentes Geológicos Urbanos. MINEROPAR – Serviço Geológico do Paraná, Curitiba, PR, 1ª edição, 78 p.

SANTANA, R. G. Análise de soluções de engenharia para estabilização de encostas ocupadas na Região Metropolitana do Recife – PE.
Estudo de caso: Ruptura ocorrida em encosta com ocupação desordenada na UR 2, Ibura. Dissertação (Mestrado em geotecnia). 208
f. UFPE, 2006.

SUPAN-MG (1983). Sugestões para Contenção de Taludes. Superintendência de Articulação com os municípios. Belo Horizonte, MG.

WANATABE, R. M. Taludes. 2020. Disponível em: http://www.ebanataw.com.br/talude/talude.php. Acesso em: 27 mai. 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

Recife – PE
2022
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CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

INTERVENÇÕES PARA TRATAMENTO DE ENCOSTAS


URBANIZADAS

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Professor: Dr. Roberto Quental Coutinho
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Recife – PE
2022

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