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Introdução
Com esta aula laboratorial poderemos estimar o potencial osmótico celular com o microscópio
óptico e auxílio de algumas fórmulas. No entanto, o valor encontrado é obtido por meio de uma
solução em equilíbrio osmótico com a célula vegetal. Usaremos células em plasmólise e em
equilíbrio osmótico com uma solução para entender a relação entre os componentes do potencial
hídrico celular. O potencial hídrico celular (Ψc) é a medida da energia livre da água da célula.
É com essa medida que podemos saber se ocorre a entrada ou a saída da água da célula através
da plasmalema (fenómeno osmótico). Esse valor a medida na célula é o resultado de duas
pressões simultâneas: a pressão hidráulica exercida pela parede celular sobre o protoplasto (Ψp)
e a pressão osmótica condicionada pelos solutos e pela temperatura da célula (Ψπ). Somando os
dois componentes, o hidráulico (Ψp) e o químico (Ψπ), obtemos o valor do potencial hídrico
celular (Ψc). Ou seja, Ψc = Ψp + Ψπ. No entanto, se a célula está plasmolisada a plasmalema não
tem contato mais com a parede em pelo menos uma área significativa da região entre a parede e a
plasmalema a área que já não tem contacto fica mais esbranquiçada. Essa área pode ser
visualizada sob microscópio óptico. Dessa forma, não há mais pressão de parede na célula
plasmolisada. Assim, a pressão que a parede exerce sobre o protoplasto é igual a zero na
plasmólise.
A plasmólise serve para anular Ψp e, o potencial hídrico se iguala ao potencial osmótico (Ψc =
Ψπ). Em células plasmolisadas a relação entre os componentes do potencial hídrico tornam-se
simplificadas, não há mais o componente hidráulico e podemos estimar o valor de Ψπ se
conhecermos a energia livre da solução utilizada. Esse início da plasmólise em mais da metade
das células do tecido vegetal é denominado de limite plasmolítico
2. Objetivos da aula
2 - Definir potencial osmótico (Ψπ) pressão de parede (Ψp) e potencial hídrico (Ψc) celular.
A aula tinha como objectivo estimar o potencial osmótico celular. Para que a aula fosse possível
foi necessário diversos materiais tais como;
Vidrarias: Lamela para microscópio, lâmina para microscópio, placas de Petri, vidros de
relógio, pipeta;
Ferramentas manuais: lâmina de barbear, piseta, lápis, papel A4, Borracha, algodão;
Foram obedecidos os seguintes procedimentos para que a aula laboratorial fosse decorrer sem
sobre saltos em sua ordem cronológica.
C1*V1=C2*V2
1mol C12H22O11=342.2g
X__________174g
X=0.50mol
Molalidade = = =1molal
C1=1molal
C1*V1=C2*V2
0.4molal =V2 =
0.3molal =V2 =
0.2molal =V2 =
0.1molal =V2 =
Tabela de concentrações
Concentrações 0.1 0.2 0.3 0.4
Volume de 20 mL 20 mL 20 mL 20 mL
sacarose
Volume da 180 mL 80 mL 46.6 mL 30 mL
H2Odestilada
Volume total 200 mL 100 mL 66.6 mL 50 mL
A tabela a cima é a tabela que ajudou a efectuar as diluições das diferentes concentrações
necessárias. É de salientar que as misturas foram da responsabilidade do docente fazer, bem
como a sua rotulação, e depois as soluções foram colocadas nos vidros de relógio para mergulhar
se os tecidos, os vidros de relógio também fora rotulado.
2. O segundo passo foi a extracção de duas folhas de Rhoeo discolor (L’Herit) da planta
mãe e foram divididas entre os grupos e em seguida recortadas, fazendo cortes finos da
epiderme inferior usando lâmina de barbear, foram feitos diversos cortes da epiderme
inferior e foram colocadas (mergulhadas) cerca de 10 a 15 pedaços a cada concentração
nos vidros de relógio onde foram deixadas 20 minutos submersos nas soluções de
sacarose com diversas molalidades, é de salientar que foi necessário colocar num vidro de
relógio somente H2O destilada e mergulhou-se tecidos também por 20min. Os tecidos
mergulhados na água destilada são usadas para ensaios.
Após 20 minutos de submersão das epidermes inferiores nas soluções e na H2Odest.
Retira-se um ou mais tecidos de epiderme e são colocadas na lâmina de microscópio em
seguida coloca-se a lamela e coloca-se no microscópio óptico para a observação, é de
frisar que os tecidos mergulhados da água destilada serviram somente para ensaio e que
os tecidos importantes são os que foram mergulhadas nas soluções com sacarose.
3. Foram feito os mesmos procedimentos para os tecidos submersos nas soluções com
sacarose onde de serem colocadas no microscópio óptico acerta se a posição do tecido
usando a objectiva 4X, e em seguida vai-se aumentando as objectivas, onde a objectiva
10X é usada para contar o numero de células, identificar as células plasmolizadas e
desplasmolizadas e conta-las, a objectiva 40X foi usada para desenhar a célula, a célula a
desenhar é de escolha do estudante bem como a concentração a usar e fazer a sua
respectiva legenda como mostra o desenho
4. Resultados e discussões
1 Questão
2 Questão
Interpretação
3 Questão
Limite plasmolítico onde a célula não ganhou nem perdeu acentuadamente água da
solução, mas ocorreu a plasmólise e pressão de parede (Ψp) é igual a zero.
Limite plasmolítico acontece quando cerca de metade (50%) das células observadas estão
plasmolisadase cerca de 50% das células observadas, o valor médio entre essas duas
concentrações representará a solução com a concentração que plasmolisa 50% das células
do tecido observado. A solução cujo valor de concentração plasmolisa 50% das células
do tecido é a solução que podemos utilizar para calcular o limite plasmolítico.
4 Questão
Após deixarmos os tecidos durante 20 minutos nas soluções de sacarose com diferentes
concentrações células se plasmolisaram ou não, dependendo da energia livre da solução.
O tempo de espera de 20 minutos serve para as células entrarem em equilíbrio energético
com a solução (ganhando as e perdendo água). Após esse período as células do tecido não
ganham nem perdem mais água para a solução de maneira preferencial, ou seja, a mesma
quantidade de água que sai da célula também entra. Nessa situação a célula está em
equilíbrio energético com a solução. O equilíbrio ocorreu após a célula ganhar água
preferencialmente durante 20 minutos. Se o tecido está em equilíbrio energético com a
solução, então podemos afirmar que os potenciais hídricos da célula (Ψc) e da solução
(Ψs) são iguais, não há mais um sentido preferencial de passagem de água para a célula
ou para a solução. Se os potenciais hídricos são iguais após os 20 minutos de espera,
então podemos obter o valor de potencial de solução (Ψs) e consequentemente o valor de
potencial hídrico da célula (Ψc). Após obtermos o Ψc certamente teremos o Ψπ se essa
célula estiver plasmolisada.
A concentração da solução 0,3 molal e temperatura de 25oC. O potencial osmótico será:
C=0.3molal
T=25 oC=25 + 273 = 298oK
R=(0,00831 kg . MPa . mol –1 . K-1)
Resolução
Ψπs = - i . C . R . T
Ψπs = - 1 . 0,3 . 0,00831 . 298
Ψπs = - 0,74 MPa ≈ -0.7 MPa
5 Questão
Em solução de sacarose a 0,3 molal as células estão no início da plasmólise e cerca de
50% das células apresentam algum grau de descolamento da plasmalema da parede
celular (coloração mais clara entre a parede e o protoplasto, a solução, nesse caso, que
induziu o limite plasmolítico é a de 0,3 molal. Esse valor de concentração será usado para
calcular o valor de potencial osmótico no limite plasmolítico.
Ψs = Ψπs+ Ψps
Ψs = 0.7+ Ψps
Como não há pressão de parede da solução (as paredes das placas de Petri são rígidas e
não pressionam a solução), temos:
Ψs = Ψπs e Ψπs = -i C R T
o o
T=25 C=25 + 273 = 298 K
R=(0,00831 kg . MPa . mol –1 . K-1)
5. Conclusão
Com esta aula foi possível perceber o conceito do potencial hídrico celular que é a
medida da energia livre da água da célula, onde, a energia livre presente na solução
influencia na entrada e saída da água na célula, com o valor do potencial hídrico podemos
saber se há entrada ou saída da água da célula em contacto com outra célula ou
mergulhada em uma solução.
O potencial hídrico celular é o resultado de dois componentes simultâneos, a pressão
hidráulica exercida pela parede celular sobre o protoplasto e a pressão osmótica exercida
pelos solutos celulares. Somando os dois componentes, o hidráulico e o osmótico,
obtemos o valor do potencial hídrico. Logo, se a célula está plasmolisada a pressão que a
parede exerce sobre o protoplasto é igual a zero. Assim, anula-se a pressão de parede e
iguala-se o potencial hídrico com o potencial osmótico, assim, em células plasmolisadas,
podemos estimar o valor do potencial osmótico se soubermos o potencial hídrico da
solução em equilíbrio energético com a célula, esse início da plasmólise em mais da
metade das células do tecido vegetal é denominado de limite plasmolítico. A situação de
“limite plasmolítico” recebe a qualidade de limite pois soluções com menor energia livre
da água (mais concentradas) retirariam osmoticamente mais água das células
intensificando a plasmólise.
6. Referencias
PlantPhysiology - Salisbury & Ross, 1992;