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Introdução:

A sobrevivência das células depende das trocas que estas realizam com o meio
extracelular. É através da membrana plasmática que estas trocas ocorrem. Devido à sua
constituição e estrutura, nomeadamente a bicamada fosfolipídica, a membrana tem uma
permeabilidade variável em função das substâncias que a atravessam. Têm baixa
permeabilidade a iões e moléculas polares grandes (pois não atravessam a região apolar
dos fosfolipídios) mas têm elevada permeabilidade a moléculas apolares e pequenas. Assim
a membrana plasmática tem uma permeabilidade seletiva, sendo permeável à água mas
não permeável a muitos solutos.
O movimento da água de um meio para o outro através da membrana plasmática chama-se
osmose. Este movimento depende da concentração total de solutos nos meios intra e
extracelular. Se os dois meios tiverem a mesma concentração total de solutos designam-se
isotónicos. Se a concentração for diferente, o mais concentrado é o meio hipertónico e o
menos concentrado é hipotónico.
Quando uma célula é colocada numa solução hipertónica, observa-se o movimento de
água do meio intracelular para o meio extracelular, para igualar as concentrações, e a célula
fica plasmolisada. Quando uma célula é colocada numa solução hipotónica, observa-se o
movimento de água do meio extracelular para o meio intracelular, para igualar as
concentrações, e a célula fica túrgida.

Objetivos globais:
● Observar fenómenos de osmose em células vegetais em meios com diferentes
concentrações de soluto.
● Selecionar material adequado à atividade laboratorial.
● Formular hipóteses.
● Elaborar e executar um protocolo experimental.
● Apresentar e analisar resultados.

Material e procedimento:

Material:
● MOC.
● Lâminas e lamelas.
● Pinça.
● Agulha de dissecção.
● Conta-gotas.
● Marcador.
● Papel de filtro.
● Água destilada.
● Solução de cloreto de sódio a 12%.
● Pétalas vermelhas de sardinheira (ou outras flores).

Procedimento:

1. Com o auxílio da pinça, destaque dois fragmentos da epiderme superior


das pétalas.
2. Com o marcador, marque duas lâminas com as letras A e B.
3. Na lâmina A, coloque um dos fragmentos de epiderme de pétala numa
gota de água destilada, cobrindo-o com uma lamela.
4. Na lâmina B, coloque o outro fragmento de epiderme numa gota de solução aquosa de
cloreto de sódio a 12%, cobrindo-o com uma lamela.
5. Observe as duas preparações ao microscópio e esquematize as suas
observações.
6. Com o conta-gotas, coloque uma gota de água destilada num dos bor-
dos da lamela da lâmina B. No bordo oposto da lamela, absorva o meio
de montagem, de forma a substituir a solução de cloreto de sódio pela
água destilada.
7. Observe, novamente, a lâmina B ao microscópio e registe as alterações
que se vão verificando.

Resultados:

Célula túrgida: Célula com aumento do volume e vacúolos de cor clara com grandes
dimensões.
Célula plasmolisada: Célula com redução do volume vacuolar, retração do citoplasma e
vacúolos mais escuros.
Vacúolo: Organelo que armazena água e substâncias dissolvidas e que intervêm na
regulação do fluxo de água.
Parede celular: Camada mais externa da célula vegetal que lhe confere forma e rigidez.

Discussão de resultados e conclusão:

Nesta atividade laboratorial verificamos, com o MOC, que as células vegetais estudadas
apresentam características diferentes consoante se encontram num meio hipertónico ou
hipotónico.
A cor das pétalas é devida à presença de pigmentos nos vacúolos. Em meio hipotónico
(célula A) ocorreu a entrada de água para a célula que diluiu a concentração de pigmentos,
pelo que a cor dos vacúolos é mais clara e o seu volume é maior.
Em meio hipertónico (célula B) verificou-se saída de água da célula, aumentando a
concentração de pigmentos no interior dos vacúolos, que ficaram com uma cor mais intensa
e com menor volume.
Conclui-se que a membrana plasmática das células em estudo se comporta como uma
membrana semi permeável, sendo permeável à água e impermeável ou pouco permeável
ao cloreto de sódio. A célula vegetal no meio hipotónico ficou túrgida e no meio hipertónico
ficou plasmolisada.

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