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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA- CCET


INSTITUTO DE QUÍMICA-IQ
QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL

RELATÓRIO DE QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL II

DOCENTE: DULCE MARIA


DISCENTES: ADALTO ALBUQUERQUE e JESSICA
RELATÓRIO DE INORGÂNICA EXPERIMENTAL II

Relatório apresentado em cumprimento das exigências do


programa de inorgânica Experimental II do Curso de
Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
(UFRN) sobre orientação da Profª Dra. Dulce Maria
SUMÁRIO

1. Introdução........................................................................................................
2. Objetivos.............................................................................................
3.Procedimento......................................................................................................
4. Resultados e discussões ..................................................................................
5. Apêndice ...........................................................................................................
6.Referências......................................................................................................
INTRODUÇÃO

Os metais de transição são um conjunto de elementos na tabela periódica


caracterizados por suas propriedades únicas, resultantes da presença de elétrons nos orbitais d.
Esses elétrons adicionais na camada de valência conferem aos metais de transição uma série
de características distintivas, como alta maleabilidade, ductilidade e capacidade de formar
uma ampla variedade de compostos. Além disso, sua capacidade de formar complexos
estáveis os torna essenciais em muitos processos catalíticos e em sistemas biológicos.
Os elétrons de valência nos metais de transição são encontrados principalmente nos
orbitais d. Os orbitais d são aqueles que estão localizados nas camadas mais internas do
átomo, imediatamente após a camada de elétrons de valência (camada mais externa). Nos
metais de transição, os elétrons de valência ocupam os orbitais d, o que lhes confere
propriedades químicas distintas, como a capacidade de formar complexos estáveis e múltiplas
valências, existência de mais de um estado de oxidação estável, a maioria dos compostos
formados por estes metais são coloridos e apresentam propriedades magnéticas.
Por exemplo, no caso do ferro (Fe), que é um metal de transição, ele tem sua camada
de valência preenchida por elétrons no orbital d. Esses elétrons de valência nos orbitais d
podem ser envolvidos em ligações químicas e interações com outros átomos para formar uma
variedade de compostos complexos e moléculas. Essa capacidade de formação de compostos
complexos é uma característica importante dos metais de transição e é fundamental em muitas
aplicações industriais e reações químicas catalisadas por esses elementos.
O termo composto de coordenação é usado para se referir a um complexo neutro ou
composto iônico no qual pelo menos um dos íons participantes está complexado. Portanto, um
complexo é uma combinação de um ácido de Lewis (isto é, um átomo metálico central) e uma
base de Lewis (isto é, um ligante). O átomo básico de Lewis que forma uma ligação com o
átomo central é chamado de átomo doador porque é o elemento que doa os elétrons usados
para formar a ligação. Átomos metálicos ou complexos de ácido de Lewis são átomos que
aceitam esses elétrons.
A teoria da coordenação de Werner descreve as relações que existem em um complexo
de coordenação. Aqui dizemos que os complexos possuem dois tipos de valência. Primário,
onde o complexo existe em uma fonte positiva, e secundário, onde a valência é igual ao
número de átomos do ligante coordenados ao metal (também chamado de número de
coordenação do composto) (SHRIVER: ATKINS, 2008)
O magnetismo e a cor dos complexos de metais de transição estão relacionados à
presença de elétrons nos orbitais metálicos. A teoria do campo cristalino assume que uma
única interação entre os íons metálicos e os ligantes circundantes é devida ao magnetismo e
à cor dos complexos de relevante para a presença de elétrons,
a teoria do campo cristalino assume que uma única interação entre os íons metálicos e os
ligantes circundantes é devida à força eletrostática entre a carga positiva do metal e a
carga negativa dos ligantes, e a força atrativa com a qual um metal atrai um ligante
é uma interação ácido-base de Lewis porque a base que atua como ligante doa um par de
elétrons para o orbital vazio protetor do metal (BROWN, 2005).
A magnitude da diferença de energia ∆ e, portanto , o cor do complexo depende
do metal e dos ligantes circundantes. Esses ligantes são atraentes
em ordem de sua capacidade de aumentar a diferença de energia ∆, ou seja , os ligantes são
atraentes na série do espectro químico seguinte da forma : Ligantes de campo fraco : I- < Br-
<S2-<CI- < NO3 -
<F- <OH- <EtOH- < Oxalato < H2O < EDTA < (NH3 e piridina) <
Etilenodiamina < Bipiridina < o-fenantrolina < NO 2- < CN-< CO ligante de campo forte ,
onde quanto mais forte o ligante, maior será um cor visualizado, se o
ligante tiver um campo fraco , seu cor ficará mais fraco (BROWN, 2005; LEE, 1999).
Os espectros de elétrons de íons e complexos de metais de transição são observados
nas regiões visíveis e ultravioleta. Essas espectros de compreensão informam os espectros de
elétrons de íons e complexos de metais de transição observados nas regiões visíveis e
ultravioleta. Essas informações de absorção estão relacionadas
ao comprimento da onda do material absorvido nesse caso a luz, tendo em vista que isso se dá
através do desdobramento do campo cristalino. Essas transições eletrônicas são
de alta energia e, portanto, envolvem outras transições de menor energia, como transições
vibracionais e rotacionais, simultaneamente (LEE, 1999)
OBJETIVO
Observar a complexação do mesmo metal de transição com ligantes diferentes, com isto vir a
estudar as possíveis respostas envolvendo compostos de coordenação e suas mudanças com
reagentes.

MATERIAIS E REAGENTES.

 Sulfato de níquel (II) (NiSO4) 0,1 Mol/L


 Hidróxido de amônio 3,0 Mol/L
 Etilenodiamina (en) 0,3 Mol/L
 Fenantrolina (phen) 0,1 Mol/L
 Cloreto de cobalto (II) (CoCl2) 0,1 Mol/L
 Ácido clorídrico (HCl) concentrado.
 Água destilada
 Permanganato de potássio (KMnO4) 0,01 Mol/L
 Oxalato de sódio (Na2C2O4) 0,1 Mol/L
 Ácido sulfúrico (H2SO4) 3,0 Mol/L
 Tubos de ensaio
 Estante de tubo
 Pipeta graduada
 Conta gota
 Pisseta
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1º Procedimento
Foi colocado 1,0 mL de uma solução aquosa de sulfato de níquel (II) (NiSO4) 0,1
Mol/L em quatro tubos de ensaio, no primeiro tubo de ensaio foi adicionado 1,0 mL de
hidróxido de amônio 3,0 Mol/L, no segundo foi adicionado 1,0 mL de etilenodiamina (en) 0,3
Mol/L, no terceiro foi adicionado 1,0 mL de fenantrolina (phen) 0,1 Mol/L, e no quarto e
último não adicionado nada no tubo pois ele servirá de comparação da coloração inicial aos
outros 3 tubos anteriores.

2º Procedimento
Foi colocado 1,0 mL de uma solução de cloreto de cobalto (II) (CoCl 2) 0,1 Mol/L em
um tubo de ensaio e anotado suas características, e logo após foi adicionado gota a gota 2,0
mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e observando a coloração, e por último foi
adicionado agora ao mesmo tubo de ensaio 2,0 mL de água destilada observando e anotando
as alterações.

3º Procedimento

Foi colocado 1,0 mL de permanganato de potássio (KMnO 4) 0,01 Mol/L em um tubo


de ensaio e anotado sua coloração, logo depois foi adicionado 1,0 mL de oxalato de sódio
(Na2C2O4) 0,1 Mol/L e 1,0 mL ácido sulfúrico (H2SO4) 3,0 Mol/L ao tubo de ensaio e
observado as alterações.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

No primeiro tubo foi colocado 1,0 mL de uma solução aquosa de sulfato de níquel (II)
(NiSO4) 0,1 Mol/L e foi adicionado 1,0 mL de hidróxido de amônio 3,0 Mol/L, seguindo a
equação assim:
NiSO4(aq) + 6NH4OH(aq) → [Ni(NH3 )6 ]SO4(aq) + 6H2O(l)
A reação descrita é uma reação de complexação entre o sal de níquel(II) sulfato,
NiSO₄, e o hidróxido de amônio, NH₄OH. Essa reação produz o complexo de hexamino-
níquel(II) [Ni(NH₃)₆]SO₄ e água.
Nesta reação, o íon níquel (Ni²⁺) presente no sal de níquel(II) sulfato reage com o
hidróxido de amônio (NH₄OH), formando o complexo de hexamino-níquel(II) [Ni(NH₃)₆]²⁺.
A água (H₂O) é produzida como produto secundário. Essa reação é uma reação de
complexação, onde o íon metálico (Ni²⁺) coordena com as moléculas de amônia (NH₃) para
formar um complexo solúvel em água.
No segundo foi adicionado 1,0 mL de etilenodiamina (en) 0,3 Mol/L ao 1,0 mL de
uma solução aquosa de sulfato de níquel (II) (NiSO4) 0,1 Mol/L, segue a reação:
NiSO4(aq) + 3 C2H8N2(aq) → [Ni(C2H8N2)3 ]SO4(aq)
Na reação descrita, o níquel(II) sulfato (NiSO₄) reage com a etilenodiamina
(C₂H₈N₂) para formar o complexo de tris(etilenodiamina)níquel(II) [Ni(C₂H₈N₂)₃]SO₄. Essa
é uma reação de complexação na qual o íon níquel (Ni²⁺) coordena com as moléculas de
etilenodiamina (C₂H₈N₂) para formar um complexo solúvel em água.
Nesta reação, cada molécula de etilenodiamina fornece dois átomos de nitrogênio, que
servem como ligantes para o íon níquel. Como resultado, três moléculas de etilenodiamina são
necessárias para coordenar com um íon de níquel, formando o complexo [Ni(C₂H₈N₂)₃]²⁺. O
íon sulfato (SO₄²⁻) permanece como um íon espectador na solução.
No terceiro tubo com 1,0 mL de uma solução aquosa de sulfato de níquel (II) (NiSO4)
0,1 Mol/L foi adicionado 1,0 mL de fenantrolina (phen) 0,1 Mol/L, seguindo a reação:
NiSO4(aq) + 3 C12H8N2(aq) → [Ni(C12H8N2 )3 ]SO4(aq)
Nesta reação, o níquel(II) sulfato (NiSO₄) reage com 3 moléculas de fenantrolina
(C₁₂H₈N₂) para formar o complexo de tri(fenantrolina)níquel(II) [Ni(C₁₂H₈N₂)₃]SO₄.
Novamente, trata-se de uma reação de complexação, na qual o íon níquel (Ni²⁺) coordena
com as moléculas de fenantrolina para formar um complexo solúvel em água.
Cada molécula de fenantrolina (C₁₂H₈N₂) fornece dois átomos de nitrogênio para
coordenar com o íon níquel (Ni²⁺). Assim, três moléculas de fenantrolina são necessárias para
coordenar com um íon de níquel, formando o complexo [Ni(C₁₂H₈N₂)₃]²⁺. O íon sulfato
(SO₄²⁻) permanece como um íon espectador na solução.
No segundo procedimento foi colocado 1,0 mL de uma solução de cloreto de cobalto
(II) (CoCl2) 0,1 Mol/L em um tubo de ensaio e anotado suas características, e logo após foi
adicionado gota a gota 2,0 mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e observando a
coloração, e por último foi adicionado agora ao mesmo tubo de ensaio 2,0 mL de água
destilada observando e anotando as alterações.
Nesse procedimento, ocorre uma série de reações químicas que resultam em
mudanças de cor na solução de cloreto de cobalto(II) (CoCl 2). Vamos analisar o que acontece
em cada etapa:

 ADIÇÃO DE ÁCIDO CLORIDRICO CONCENTRADO


Quando o ácido clorídrico é adicionado à solução de cloreto de cobalto(II), ocorre a
formação do complexo hexaaquacobalto(II), [Co(H 2O)6]2+, de cor rosa. Esse complexo é
formado porque os íons cloreto (Cl-) deslocam as moléculas de água (H 2O) dos sítios de
coordenação ao redor do íon cobalto(II). A coloração rosa indica a presença do complexo
[Co(H2O)6]2+.
 ADIÇÃO DE ÁGUA DESTILADA
Quando a água destilada é adicionada à solução contendo o complexo
[Co(H2O)6]^2+, ocorre a hidratação reversa, onde as moléculas de água se ligam novamente
ao íon cobalto(II), formando o complexo hexaaquacobalto(II) novamente. Essa mudança de
ligação resulta em uma mudança na cor da solução. No caso do complexo
hexaaquacobalto(II), a cor é azul. Portanto, a solução mudará de rosa para azul quando a água
destilada for adicionada.
Assim, durante esse procedimento, a solução de cloreto de cobalto(II) sofrerá uma
alteração de cor, indo de rosa (quando o ácido clorídrico é adicionado) para azul (quando a
água destilada é adicionada). Esse é um exemplo clássico de um sistema em equilíbrio
químico, onde a mudança nas condições leva a uma mudança na composição e,
consequentemente, na cor da solução.
Reação geral:
[Co(H2O)6 ]2+(aq) + 4Cl-(aq) ⇆ [CoCl4 ]2- + 6H2O(l)
No terceiro e último procedimento foi colocado 1,0 mL de permanganato de potássio
(KMnO4) 0,01 Mol/L em um tubo de ensaio e anotado sua coloração, logo depois foi
adicionado 1,0 mL de oxalato de sódio (Na2C2O4) 0,1 Mol/L e 1,0 mL ácido sulfúrico (H2SO4)
3,0 Mol/L ao tubo de ensaio e observado as alterações. Nesse terceiro procedimento, ocorre
uma reação entre o permanganato de potássio (KMnO4) e o oxalato de sódio (Na2C2O4) na
presença de ácido sulfúrico (H2SO4). Vamos analisar o que acontece em cada etapa:
ADIÇÃO DE PERMANGANATO DE POTASSIO:
O permanganato de potássio é uma solução de coloração púrpura intensa
ADIÇÃO DO OXALATO DE SÓDIO E ÁCIDO SULFURICO:
Quando o oxalato de sódio é adicionado ao permanganato de potássio na presença de
ácido sulfúrico, ocorre uma reação de oxidação-redução. O permanganato de potássio
(KMnO4) atua como agente oxidante, enquanto o oxalato de sódio (Na 2C2O4) é oxidado a
dióxido de carbono (CO2) e íons de carbonato (CO3²⁻). O íon manganato (MnO4-) é reduzido a
íon manganês(II) (Mn²⁺).
A equação química balanceada da reação é:
5 Na2C2O4 + 2 KMnO4 + 8 H2SO4 → 10 CO2 + 2 MnSO4 + 5 Na2SO4 + 8 H2O
Como resultado dessa reação, o permanganato de potássio (KMnO4) perde sua
coloração púrpura, indicando que o íon manganato (MnO 4-) foi reduzido a íon manganês(II)
(Mn²⁺). A solução final provavelmente terá uma coloração incolor ou levemente rosa,
dependendo da quantidade de excesso de permanganato presente após a reação.
REFERÊNCIAS
[1] Lee, J. D., “Química Inorgânica”, Edgar Blucher, São Paulo, SP, 1980.
[2] Cotton, F. A e Wilkin Son, G., Química Inorgânica Concisa, Editora Livros Técnicos e
Cientificos, São Paulo, 1996.
[3] Huhey, J. E., “Inorganic Chemistry”, Harper & Row, New York, NY, Si Unite Edition,
1965.
[4]https://www.youtube.com/watch?v=prYc40gu-mk- Acessado 03/04/2024 ás 17:00
[5]https://www.youtube.com/watch?v=LylctGldWO4- Acessado03/04/2024 ás 17:30
[6]https://www.youtube.com/watch?v=21JzhR3K0-o-Acessado 03/04/2024 ás 17:35

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