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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Química

Relatório

Química Experimental 1

Tabela Periódica: Semelhanças e diferenças

Parte II

Letícia Almeida Corrêa 11711QID024


Maria Laura Reis de Souza 11711QID006
Milena Lima Segismundo 11711QID027

Prof: Edson Nossol

Uberlândia- MG
Julho/2017

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Sumário
1. Introdução ...................................................................................................... 3

2. Objetivos ........................................................................................................ 6

3. Parte Experimental ......................................................................................... 6

3.1. Materiais ...................................................................................................... 6

3.2. Métodos:...................................................................................................... 6

4. Resultados e Discussões ............................................................................... 8

5. Conclusões................................................................................................... 12

6. Referências Bibliográficas ............................................................................ 13

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1. Introdução
A Tabela Periódica é um instrumento criado com a finalidade de agrupar
os elementos e organizar as diversas informações sobre as propriedades das
substâncias, o qual logo foi notado as semelhanças entre vários elementos.
Posteriormente, reunidos em grupos (vertical), os quais são: Metais alcalinos,
metais alcalinos terrosos, metais de transição, grupo do Boro, grupo do
Carbono, grupo do Nitrogênio, calcogênios, halogênios e gases nobres.
Além disso, têm os períodos, os quais estão dispostos horizontalmente,
iniciando com um metal alcalino terroso e finalizando com um gás nobre. Os
elementos dessa tabela estão ordenados pelo seu número atômico, que
aparece acima do símbolo respectivo, crescendo ao longo do período assim
como a massa, porém com seu valor disposto abaixo do elemento. [1]
Os elementos analisados pertencem ao grupo dos metais alcalinos,
sendo esses Na (sódio) e K (potássio). Como suas propriedades são
semelhantes ao longo do grupo, foi constatado que todos os metais alcalinos
são metais prateados e brilhantes, a condutividade elétrica e térmica é alta,
eles são macios, e quanto maior o número atômico mais macio é. O potássio
pode ser empregado como fertilizantes quando está na forma de cloreto de
potássio e nitrato de potássio. Esse último também pode ser usado para
fabricação de pólvora, o qual ao entrar em combustão libera gás roxo. [2]
Outro grupo analisado é o dos halogênios, sendo I (iodo), Cl (cloro) e Br
(bromo). Neste grupo o bromo é o único elemento não metálico líquido, à
temperatura ambiente, as pressões de vapores do bromo e do iodo são altas,
eles têm o elétron mais energético no subnível p, são principalmente
encontrados em sais presentes na água do mar. Possuem elevada
eletronegatividade, reatividade, comparada aos ametais, e eletroafinidade. O
cloro é usado para tornar a água potável, para desinfetar resíduos industriais e
piscinas. Pode ser utilizado também para branquear fibras vegetais como o
linho. [2] [3]
Já o grupo do carbono, sendo o Pb (chumbo) o elemento analisado, os
três primeiros (carbono, silício e germânio) têm alto ponto de fusão, enquanto
os metais do grupo (estanho, chumbo e ununquadio) possuem baixo ponto de
fusão, o que já é esperado para os metais e todos se encontram sólidos à

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temperatura e pressão ambiente. Uma das utilizações do chumbo é na
fabricação de forros para cabos, soldas leves e munições. [2]
O último elemento analisado é o Manganês, localizado nos metais de
transição na tabela periódica. Ele é um sólido à temperatura e pressão
ambiente, sendo duro e quebradiço. Seu comportamento é parecido com o do
Ferro, comprovado já que com a umidade do ar ele também enferruja, ou seja,
eles oxidam com facilidade. Uma de suas aplicações está na fabricação do
aço, pois melhora a resistência, enrijece o aço, melhora as propriedades de
forjamento e aumenta a resistência ao desgaste.
A tabela periódica traz várias informações a respeito de diversas
características dos elementos nela contido, tais como raio atômico, energia de
ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade e reatividade. Baseado
nessas propriedades periódicas será explicado as reações ocorridas no
experimento.
Iniciando com o raio atômico, é considerado como a medida do tamanho
do átomo. No entanto, é difícil saber precisamente esse tamanho e como é
exatamente seu formato, assim será considerado o átomo como uma esfera,
sendo o raio a medida entre o núcleo e o elétron mais distante. Assim, quanto
maior seu número de camadas maior seu raio atômico. Portanto, como a
Tabela Periódica segue uma sequência em relação ao número de prótons, o
qual cresce ao longo do grupo, aumentando o número de camadas, o raio
segue esse crescimento, ao longo do grupo cresce de cima para baixo, e como
o número de camadas em um mesmo período não se altera, alterando apenas
o número de elétrons, quanto mais elétrons maior é a atração com o núcleo
fazendo o raio diminuir, assim o raio cresce no período da direita para a
esquerda. [2]
A energia de ionização é a energia mínima necessária para retirar um
elétron de um átomo no estado gasoso e no estado fundamental. Desta forma,
de acordo com o número de prótons que é igual ao número de elétrons em um
átomo neutro, a energia de ionização decresce ao descer ao longo do grupo. O
qual é explicado pelo raio, que quanto maior, menor a interação núcleo-elétron,
facilitando a saída do elétron, ou seja, menor a energia de ionização. Já no
período a energia de ionização vai da esquerda para a direita, com a
justificativa do raio, novamente, pois quanto mais elétrons em um átomo, maior
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a interação núcleo-elétron, assim o raio será maior, e a dificuldade de retirar o
elétron também aumentará, elevando o valor da energia de ionização.
Afinidade Eletrônica (Ea) é a habilidade de um átomo (ou íon) em
receber um ou mais elétrons. E também, é o negativo da variação de energia,
pois a energia é liberada, tornando o íon mais estável que o átomo neutro. A
afinidade eletrônica pode ser positiva ou negativa, mas quando ela é grande e
positiva significa a estabilidade do ânion. Podemos analisar a Ea pela Tabela
Periódica, aumentando da esquerda para direita nos grupos e diminuindo de
cima para baixo nos períodos.
A Eletronegatividade é capacidade que átomo tem de atrair para si
densidade eletrônica de outro átomo em uma ligação química. Elementos mais
eletronegativos possui maior atração de elétrons do que os menos
eletronegativos. E também, a eletronegatividade está relacionada com a
afinidade eletrônica e energia de ionização, ou seja, elas são diretamente
proporcionais. Quanto maior a eletronegatividade, maior a afinidade eletrônica
e maior a energia de ionização. Podemos analisar os valores da
eletronegatividade através da Tabela Periódica, aumentando da esquerda para
direita nos grupos e de baixo para cima nos períodos. Sendo inversamente
proporcional ao raio, pois quanto maior for o raio, maior será à distância dos
elétrons em relação ao núcleo, consequentemente, mais fraca a atração entre
eles.
A reatividade é a tendência ou não de uma reação acontecer. Ela está
relacionada com a eletronegatividade, quanto menor ela for, maior a
reatividade, para os metais. Os metais possuem maior tendência em ceder
elétrons, tornando-os mais reativos. Se o metal for mais reativo, ele transferirá
elétrons para o cátion do outro metal e a reação ocorrerá, mas se ele for menos
reativo, não irá conseguir transferir elétrons, e a reação não acontecerá. Já
para os ametais, que tendem a receber elétrons, são menos reativos em
relação aos metais. Para eles a eletronegatividade deve ser maior que a
reatividade, assim a reação irá ocorrer quando o ametal mais reativo deslocar o
ânion do ametal menos reativo. [4]

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2. Objetivos
Comprovar através dos experimentos as propriedades físicas e químicas
dos elementos pertencentes aos grupos da Tabela Periódica. Como a
reatividade, raio e eletronegatividade.

3. Parte Experimental:

3.1. Materiais:
Conta-gotas;
Solução saturada de Cl ֿ
Solução saturada de Pb2+;
Solução saturada de Br-;
Solução saturada de I-;
Tubos de ensaio;
Fósforos;
KI 0,1 mol/L.
Amido a 1 %;
KCl ou NaCl 0,1 mol/L;
KBr 0,1 mol/L;
I2(s);
Cl2 (aq);
Br2 (aq);

3.2. Métodos:
Inicialmente, em um tubo de ensaio adicione 2 Ml de solução saturada
de Cl- e coloque 2 ml de solução saturada de Pb2+. Em outro tubo de ensaio,
adicione 2 ml de solução saturada de Br- e 2 ml de solução saturada de Pb2+.
Em um terceiro tubo de ensaio coloque 2 ml de solução saturada de I - com 2 ml
de Pb2+. Em um quarto tubo de ensaio, adicione 2 ml de solução 0,1 mol/L de
KI e 2 ml de solução aquosa de cloro. Em um quinto tubo de ensaio, adicione 2
ml de solução 0,1 molL de KBr e 2 ml de solução aquosa de cloro.
Adicionar o iodo sólido em um tubo de ensaio, aquecendo-o e tentando
derramá-lo em uma folha de papel-toalha. Em seguida, lave esse tubo de

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ensaio com álcool absoluto, retirando uma alíquota e diluindo-a.
Posteriormente, adicione algumas gotas de amido.
Em outro tubo de ensaio, adicione 2 ml de solução 0,1 mol/L de KI e 10
gotas de amido, logo depois adicione 0,5 ml de Br2 (aq).
Representado no fluxograma abaixo:

Colocar 2 mL de solução saturada de Cl- em um tubo de


1-
ensaio.

Adicionar 2 mL de solução saturada de Pb2+ .

2-
Repetir o experimento anterior usando Br- ao invés de Cl-.

3-
Repetir o experimento anterior usando I- ao invés de Br-.

Colocar 2 mL de solução 0,1 mol/L de KI em um tubo de


4-
ensaio.

Em outro tubo de ensaio colocar 2 mL de solução 0,1mol/ de


KBr.

Adicionar aos tubos 2 mL de solução aquosa de Cloro.

Observar Adicionar 10 gotas de solução de amidoa aos


tubos.

5-
Aquecer uma pequena quantidade de I2 em um tudo de
ensaio.

Tentar derramar em uma folha de papel-toalha.


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Lavar o tubo de ensaio com álcool absoluto.

Tirar uma alíquita e diluir.

Adicionar algumas gotas de solução de amido.

6-
Colocar 2 mL de solução 0,1mol/L de KI em um tubo de
ensaio.

Adicionar 10 gotas de solução de amido.

Adicionar 0,5 mol de Br2(aq).

4. Resultados e Discussões

Cl- Br- I-
Pb2+ Pb2+(aq)+ 2Cl-(aq) PbCl2(s) Pb2+(aq)+2Br-(aq) PbBr2(s) Pb2+(aq)+I- PbI2(s)
Resultados Formação de Formação de precipitado Formação de
Obtidos precipitado branco em branco, duas fases precipitado branco,
grande quantidade, formadas (Figura 2). mudança na
duas fases formadas coloração de
(Figura 1). transparente para
amarelo. (Figura 3).
Tabela 1: Resultados das reações do Chumbo (Pb2+).

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2+ - 2+ - 2+ -
Figura 1. Reação do Pb e Cl . Figura 2. Reação do Pb e Br . Figura 3. Reação do Pb eI.

01) As reações mostram alguma semelhança em termos de propriedades


químicas para os elementos deste grupo? Explique.
Sim, houve a formação de um precipitado, sendo este um sal, uma das
propriedades químicas deste grupo.

KBr KI
Cl2(aq) Br-(aq)+ Cl-(aq) BrCl(s) I-(aq)+ Cl-(aq) ICl(s)
Resultados Mudança na coloração de Mudança na coloração de
obtidos transparente para amarelo. transparente para amarelo. Com
Com a adição do amido não adição de amido houve
houve alteração visível mudança novamente na
(Figura 4). coloração tornando-se azul
escuro (Figuras 5 e 6).
Tabela 2: Reações com Cloro (Cl2).

*Observação: De acordo com a teoria, as reações acima deveriam ficar com a


coloração vermelha e marrom, antes da adição do amido, respectivamente.

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Figura 4. Reação do Cl2 e KBr Figura 5. Reação do Cl2 e KI Figura 6. Reação do Cl2 e KI
com amido. sem amido. com amido.

02) Em termos de reatividade, o que se pode concluir?


Neste caso, o KI é menos reativo do que o KBr. E a reação ocorre quando o
ametal mais reativo desloca do ametal menos reativo.

O iodo é um sólido roxo escuro, que sublima a temperatura ambiente, no


entanto, nosso experimento foi induzido pela chama do bico de Bunssen
liberando um gás tóxico que irrita as vias respiratórias e olhos, tendo que ser
executado na capela.
Ao aquecê-lo em um tubo de ensaio (Figura 7), forma-se um vapor roxo
ao tentar derramá-lo em uma folha de papel-toalha. Ao lavá-lo com álcool
absoluto, retirando uma alíquota e diluindo-a sua coloração passa a ser laranja
(Figura 8). Quando adicionado amido, sua cor se torna azul (Figura 9).

Figura 7. Iodo após ser aquecido. Figura 8. Depois de ser diluída. Figura 9. Com adição de
amido.

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Ao adicionar amido à solução de 0,1 mol/L de KI (Figura 10), não houve
mudança visíveis. Mas quando adicionado Br2(aq) com a solução acima forma-
se um sólido preto (Figura 11).
I2(s) + Br2(aq) IBr(s)

Figura 10. Solução de KI com amido. Figura 11. Após adicionar Br2.

As duas reações entre o Iodo e halogênios são chamadas de Interalogênios.

03) A que conclusão se pode chegar quanto à reatividade desses elementos?


Qual é o mais eletronegativo e qual o menos?
A reatividade dos ametais varia de acordo com a eletronegatividade, quanto
mais eletronegativo mais reativo. Neste caso, o Br2 é mais eletronegativo do
que o KI, pois sua tendência de atrair elétrons é maior, fazendo-os ficar mais
próximo do núcleo, assim, diminuindo seu raio.

04) Escreva a equação correspondente à reação entre o dióxido de manganês


e o ácido clorídrico, utilizados no gerador de cloro.
MnO2(s) + 2HCl(aq) MnO(s) + Cl2(g) + H2O(l)

05) Os resultados permitem tirar alguma conclusão a respeito dos elementos


do grupo 17? Conclua.

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Todos os elementos usados no experimento, pertencentes ao Grupo dos
Halogênios tem como característica a formação de sais, sendo verificado
experimentalmente a produção de precipitado.

5. Conclusões

Logo, conclui-se que as propriedades periódicas contidas na Tabela


Periódica, ajudam a prever o comportamento dos elementos.

Primeiramente, o alvo de estudos foram os metais alcalinos, sendo


Na(Sódio) e K(Potássio), constando sua alta reatividade, baixa energia de
ionização e baixa eletronegatividade.

Em segundo lugar, temos o grupo dos Halogênios (17A), ametais, sendo


observados experimentalmente somente o I(Iodo), o Cl(Cloro) e Br(Bromo).

Grupo conhecido com alta eletronegatividade, no caso dos ametais,


quanto maior esta, mais reativo o elemento é, como apresenta o esquema
abaixo:

F>O>N>Cl>Br>I>S>C>P

Reforçando; a eletronegatividade é a tendência de um elemento em


atrair elétrons, fazendo-os ficar mais próximos ao núcleo e consequentemente
diminuindo o raio.

Outra característica dos Halogênios é a formação de sais; o que foi


comprovado experimentalmente e também nas reações, com a produção de
precipitados.

Figura 12. Resultados obtidos de todos os experimentos.

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6. Referências Bibliográficas

1- Chang, Raymond. Química Geral, Conceitos essenciais, 4°ed.

2- Rayner-Canham, Geoff e Overton, Tina. Química Inorgânica Descritiva,


5°ed.

3- L. Heiserman, David. Exploring chemical elements and their compounds.


4- Usberco, João e Salvador, Edgard. Química, volume único, 5ªed.

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