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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Prof. Dr. Janildo Lopes Magalhãs

Ação de um campo
elétrico

Henrique Ferreira da Silva Neto

Teresina – PI, Setembro de 2022


Índice
RESUMO......................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 4
1.1 Moléculas polares e apolares...............................................................4
2. OBJETIVOS.................................................................................................. 6
2.1 Objetivo Geral...................................................................................... 6
2.2 Objetivos Específicos............................................................................6
3 PARTE EXPERIMENTAL................................................................................. 7
3.1 Materiais e reagentes...........................................................................7
3.2 Procedimento experimental.................................................................7
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................8
5 CONCLUSÃO................................................................................................ 9
RESUMO
O Campo elétrico gerado por atrito em uma tubo de plástico pode ser
usado para indicar se uma substancia é polar ou não. Neste experimento
usando três substâncias diferentes (água, etanol e hexano), aproximamos um
tubo eletricamente carregado do fluxo gerado do escoamento das amostras por
uma bureta, as amostras de água e etanol sofreram desvio indicando serem
substâncias polares e o hexano não sofreu, indicando ser apolar.
1. INTRODUÇÃO
O processo de eletrificação envolve a criação de um desequilíbrio no
número de prótons e elétrons em qualquer objeto. Naturalmente, os objetos
são neutros, ou seja, possuem o mesmo número de prótons e elétrons, e
quando esse número é diferente, dizemos que os objetos são carregados.
Segundo Bouari el al. (2020), O que pode mudar o estado neutro da
matéria, tornando-a carregada positivamente ou negativamente são os
processos de eletrização, retirando ou fornecendo elétrons. A composição da
matéria que garante como essa ficará carregada, categorizando os materiais
como condutores ou isolantes. Condutores são materiais nos quais as cargas
se movem com facilidade no seu interior, enquanto nos isolantes isso não
acontece. Existem três tipos de processos de eletrização: por atrito, por contato
e por indução.
A maneira mais fácil de eletrificar um objeto é esfregá-lo com materiais
de diferentes composições. Quando o atrito ocorre, os elétrons saem de um
dos objetos, os objetos que perdem elétrons ficam carregados positivamente e
os objetos que ganham uma carga negativa ficam carregados negativamente.
É possível observar os efeitos que um material carregado eletricamente
ao interagir com outros matérias eletricamente carregados também, como uma
canete que em atrito com o cabelo ira ficar energeticamente carregada e em
contato com pequenos pedaços de papeis irá atrai-los.

1.1 Moléculas polares e apolares


Segundo atkins et al. (2016), Em uma ligação covalente polar os elétrons
não estão igualmente distribuídos pelos átomos ligados, portanto tem um
momento de dipolo diferente de zero. Uma molécula não polar é uma molécula
cujo momento de dipolo elétrico é igual a zero. Todas as moléculas
homonucleares, formadas por átomos do mesmo elemento, são não polares.

A geometria da molécula afeta profundamente a polaridade total pois


ligações polares simétricas tendem a anular a polaridade total. Por exemplo, no
CO2 o carbono faz duas ligações duplas com os oxigênios, que são ligações
polares, mas a simetria anula os momentos dipolo da molécula tornado-a
apolar. O mesmo ocorre com o CCl4 e SF6, que tem seu momento de dipolo
total anulado por simetria. Por outro lado, na H2O as ligações são polares e a
soma dos momentos de dipolo torna a molécula polar.
Figura 1 diferença na nuvem eletrônica de duas moléculas

Fonte: https://www.omundodaquimica.com.br/academica/org1_ligacao

Conforme a figura 1, a molécula da esquerda tem a nuvem eletrônica


espalhada de forma uniforme. Já a segunda molécula tem uma nuvem
eletrônica deslocado no sentido do átomo mais eletronegativo, conferindo a ela
a característica de uma molécula polar, enquanto a primeira tem característica
de uma molécula não polar.
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


- Estudar a polaridade das moléculas de solventes, através da ação do
campo elétrico aplicada sobre elas.

2.2 Objetivos Específicos


- Provocar a eletrização de um corpo inicialmente neutro por atrito.

- Entender a diferença moléculas polares e apolares.


3 PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais e reagentes


Béquer de capacidade volumétrica de 50 mL;

Pisseta;

Bureta;

Água destilada (H2O);

Álcool etílico (C2H5OH);

Hexano (C6H14).

3.2 Procedimento experimental


Este experimento foi dividido em três partes, cada uma usando três
reagentes diferentes.
A primeira utilizou-se água destilada. Inicialmente foi necessário atritar a
flanela no tubo de plástico, afim de que este ficasse eletricamente carregado.
Adicionada a água destilada na proveta, abriu-se a torneira de modo que
obtivesse um fluxo contínuo. O tubo de plástico, já eletricamente carregado, foi
aproximado do fluxo.
A segunda parte utilizou-se o hexano(C 6H14). Repetiu-se o processo de
atritar a flanela no tubo de plástico. A solução de hexano foi adicionada em um
béquer e depois transferida para a bureta. Abriu-se a torneira da bureta para ter
um fluxo contínuo de hexano. O tubo de plástico, já eletricamente carregado,
foi aproximado do fluxo.
A terceira parte utilizou-se álcool etílico(C 2H5OH) e repetiu-se o mesmo
processo realizado para o hexano.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A reação do fluxo de cada uma das substâncias liberada pela bureta foi
organizada no quadro abaixo:

Quadro 1 Resultado da ineteração do fluxo com tubo de plástico


Substância Reação

H 2O Desvio

C2H5OH Desvio

C6H14 Estática

Nota-se que que as duas primeiras substâncias sofreram desvios, e a


ultima não sofreu.
A água sofreu um desvio para esquerda de forma não muito evidente,
este desvio indica que á água era uma substancia polar, uma vez que para
sofrer esse desvio, o fluxo de água deveria ter uma variação de carga de modo
que houvesse uma interação evidente entre elas.
O álcool etílico também sofreu um desvio para esquerda, porém de
forma bem mais evidente que a água, pode ser que o etanol tenha um
momento di-dipolo maior que o da água, o tornando mais polar ainda.
Já o hexano não sofreu desvio por ser uma molécula não polar, ele
possui uma geometria em que sua nuvem eletrônica é espelhada de forma
igual por toda a molécula, não tem pontos onde com mais ou menos carga.
5 CONCLUSÃO
Foi possível evidenciar a ação de um campo elétrico em diferentes
moléculas, a principal característica que influenciou nessa afirmação, foram as
diferenças entre moléculas polares e apolares. Com essa técnica, por exemplo,
é possível atestar se uma substâncias desconhecida é apolar ou polar, e
encontrar um melhor solvente para usar com a amostra caso necessário, uma
vez que principal fator que determina é a polaridade do solvente e da amostra.
6 REFERENCIAS
ATKINS, Peter et al. Princípios da Química: Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. 7º. ed. São Paulo: Bookman, 2016. 1062 p.

ROBAIMA, Felipe et al. SIEBE. In: ROBAIMA, Felipe et al. ELETRIZAÇÃO


DOS CORPOS POR ATRITO . Rio Grande do sul: Unipampa, 30 set. 2022.
Disponívelem:https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/
view/105869. Acesso em: 30 set. 2022.

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