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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
ENGENHARIA MECÂNICA

LUIS FELIPE SALES DO CARMO

ELETROQUÍMICA

BELÉM-PA
2021
LUIS FELIPE SALES DO CARMO

ELETROQUÍMICA

Relatório apresentado como requisito parcial


para aprovação na disciplina de química geral
experimental no curso de Engenharia Mecânica
da Universidade Federal do Pará.

BELÉM-PA
2021
RESUMO
A Eletroquímica é a parte da Química que estuda a produção de corrente elétrica por
meio de reações químicas (pilhas e baterias) e o processo inverso a esse
(eletrólise). A Eletroquímica é um dos ramos da Físico-Química que estuda as
relações existentes entre reações químicas e a corrente elétrica. Por isso foi
realizado o experimento da Pilha de Daniell, através da Pilha de Daniell
compreender o mecanismo que gera a corrente elétrica, entendendo o fenômeno
eletroquímico como tendência das substâncias em doar ou receber elétrons,
formando íons e culminando na produção de corrente e outros fenômenos elétricos.
foi utilizado no experimento: sulfato de cobre, sulfato de zinco, cloreto de potássio,
becheres, tubo em U, eletrodos, voltímetro, algodão. O intuito do experimento era
comprovar experimentalmente os aspectos quantitativos mais importantes da
eletrólise, montar e comprovar o funcionamento da Pilha de Daniell. Verifico-se os
seguintes resultados: Etapa I A oxidação ocorre no eletrodo de zinco, pois o zinco
apresenta maior potencial padrão de redução que o cobre. Zn° → Zn2+ + 2e-, E°
Zn/Zn2+ = +0,76V. Etapa II: A redução ocorre no eletrodo de cobre, pois o cobre
apresenta menor potencial de redução que o zinco. Cu2+ + 2e- → Cu° ; E° Cu/Cu2+ =
-0,34V. Etapa III Cálculo da d.d.p. ddp = E° oxidante – E° redutor = + 0,76 - (- 0,34) =
1,10 V.
Palavras-chave: Eletroquímica; Pilha de Daniell; Eletrólise.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………...….5
2. OBJETIVOS …………………………………………………………………………6
2.1 OBJETIVO GERAL ………………………………………………………………….6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ……………………………………………………….6
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ………………………………………………………7
4. MATERIAIS E MÉTODOS …………………………………………………………9
4.1 MONTAGEM DE UMA PILHA DE DANIELL ……………………………………..9
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ………………………………………………...10
6. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………...12
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………...13
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1. INTRODUÇÃO
A eletroquímica é o ramo da química voltado para o estudo das reações que
produzem corrente elétrica através d e reações chamadas de oxidação e redução,
bem como o estudo das reações que ocorrem por intermédio do fornecimento de
corrente elétrica, conhecidas como eletrólise. O emprego dessa área de
conhecimento é de grande importância para atividades cotidianas da sociedade.
A tendência de perder ou doar elétrons das substâncias, visando o equilíbrio,
gera um tema de estudo na química, conhecido como eletroquímica. Reações de
oxi-redução tanto podem gerar corrente elétrica, como serem iniciadas por uma
corrente elétrica. Esta última recebe o nome especial de eletrólise, e a primeira é
responsável pelos dispositivos conhecidos como pilhas, baterias e acumuladores.
Em 1836, John Frederic Daniell criou um tipo de pilha usando zinco e cobre
metálicos e soluções de sulfato de cobre e de zinco. A pilha de Daniell, como é
conhecida, é um experimento clássico e fácil de se realizar, e que ilustra com
propriedade os fenômenos elétricos de uma reação de oxi-redução com formação de
íons.
A pilha de Daniell é construída usando-se um eletrodo de zinco metálico, que
é embebido numa solução de sulfato de zinco, e um eletrodo de cobre metálico, que
é então embebido numa solução de sulfato cúprico. As duas soluções são postas
em contato através de uma superfície porosa, de modo que não se misturem, mas
íons possam atravessá-la. Alternativamente, uma ponte salina, que pode ser um
tubo contendo em seu interior uma solução salina, tipo NaCl, fechado por material
poroso, interligando as soluções de sulfato cúprico e de zinco.
As pilhas ou células eletroquímicas podem ser definidas como: “Dispositivos
capazes de transformar energia química em energia elétrica por meio de reações
espontâneas de oxirredução (em que há transferência de elétrons)”. Eletroquímica é
a área da Química que estuda as reações que envolvem a transferência de elétrons
e a interconversão de energia química em energia elétrica. Oxidação significa perda
de elétrons, o elemento que provoca a oxidação é chamado de agente oxidante,
redução significa ganho de elétrons, o elemento que provoca a redução é chamado
de agente redutor.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Evidenciar experimentalmente a geração de energia elétrica por meio de uma
reação química espontânea.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● Comprovar experimentalmente os aspectos quantitativos mais importantes da
eletrólise
● Montar uma pilha de Daniell e determinar sua diferença de potencial (força
eletromotriz)
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conceitos de oxidação, redução, oxidante e redutor. Na formação de uma
ligação iônica, um dos átomos cede definitivamente elétrons para o outro. Por
exemplo: Na+Cl —> Cl Na. Dizemos, então, que o sódio sofreu oxidação (perda de
elétrons) e o cloro sofreu redução (ganho de elétrons). Evidentemente, os
fenômenos de oxidação e redução são sempre simultâneos e constituem a chamada
reação de oxi-redução ou redox. São exatamente essas trocas de elétrons que
explicam os fenômenos da Eletroquímica. Assim, dizemos, resumidamente, que:
Oxidação é a perda de elétrons. Redução é o ganho de elétrons. Reação de
oxi-redução é quando há transferência de elétrons. No exemplo dado
(Na + Cl —>NaCl), a oxidação do sódio foi provocada pelo cloro, por isso chamamos
o cloro de agente oxidante ou simplesmente oxidante, e a redução do cloro foi
causada pelo sódio que é denominado agente redutor ou simplesmente redutor. Os
conceitos de oxidante e redutor não são exclusivos dos elementos químicos. Esses
conceitos podem ser estendidos às substâncias cujos átomos recebem ou cedem
elétrons. ( Feltre;2004)
A pilha de Daniell (assim como as demais pilhas) pode ser montada segundo
o seguinte esquema a seguir: Em um copo de vidro é colocada uma chapa de zinco
e uma solução de ZnSO4; em outro, uma chapa de cobre e uma solução de CuSO4.
As duas chapas são ligadas por um fio e as duas soluções são ligadas por uma
ponte salina, que é um simples tubo de vidro recurvado, como vemos na figura,
totalmente cheio com solução de um sal (KCl), tendo, nas duas extremidades, um
pouco de algodão para impedir o escoamento da solução salina. A função da ponte
salina é permitir a movimentação de íons de um copo para outro (nos dois sentidos).
( Feltre;2004)
Os eletrodos na célula de Daniell são feitos dos metais envolvidos na reação.
Entretanto, nem todas as reações de eletrodo envolvem diretamente um sólido
condutor. Por exemplo, para usar a redução 2 H + (aq) + 2e'-> EE(g) em um eletrodo
é necessário usar um condutor metálico quimicamente inerte, como um metal
não-reativo ou a grafita, para fornecer ou remover os elétrons do compartimento do
eletrodo. A platina é costumeiramente usada para o eletrodo e o gás hidrogênio é
borbulhado sobre o metal imerso em uma solução que contém íons hidrogênio. Este
arranjo é conhecido como eletrodo de hidrogênio.(Atkins;2007)
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Uma semi-reação de oxidação é uma maneira conceitual de representar uma


oxidação: os elétrons nunca estão realmente livres. Por exemplo, quando o oxigênio
é usado para oxidar o magnésio, como ocorre quando o magnésio queima no ar, os
elétrons movem-se diretamente dos átomos de magnésio para os átomos de
oxigênio adjacentes. Na equação de uma semirreação de oxidação, os elétrons
perdidos sempre aparecem do lado direito da seta. Seu estado não é dado porque
eles estão em trânsito e não têm um estado físico definido.(Atkins;2007)
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 MONTAGEM DE UMA PILHA DE DANIELL
Os materiais necessários para realizar o experimento são:sulfato de cobre,
sulfato de zinco, cloreto de potássio, becheres, tubo em U, eletrodos, voltímetro,
algodão.
O método utilizado para realizar o experimento é o seguinte: Colocar 50 ml de
solução de CuSO4 3M em um becher de 100 ml, Colocar 50 ml de solução de ZnSO4
3 M em um becher de 100 mL, # Encher um tubo em U com uma solução de KCl 1
M, embeber dois pedaços de algodão na solução de KCl 1 M e vedar as
extremidades do tubo em U, a fim de impedir a saída da solução, mergulhar os
eletrodos de Zn e Cu em suas respectivas soluções, ligar os eletrodos de Zn e Cu ao
voltímetro, Colocar a ponte salina interligando os dois bechers, fazer a leitura da
diferença de potencial no voltímetro, calcular a diferença de potencial da pilha
utilizando os dados experimentais; comparar os resultados obtidos com os dados da
literatura.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os potenciais da pilha observados e calculados durante o experimento estão
dispostos na tabela a seguir:
Figura 1- Tabela “ dados da pilha de Daniell”

Potencial Observado Potencial calculado

Solução de 0,1 mol/L 1,01 V 1,10 V

Solução de 0,1 mol/L -1,04 V


(fios invertidos)

Solução de 0,001 98 V 1,10 V

Solução de 0,001 (fios -93 V


invertidos)

Com a remoção da 0
ponte salina

Figura 1- ilustração “Pilha de Daniell”

Fonte: mundo educação (2019)


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Com o passar do tempo, pode-se observar que a solução de cobre vai se


tornando incolor, o que indica que os íons de cobre da solução diminuíram de
concentração" sabe-se também, que se medíssemos a concentração dos íons de
zinco, detectarmos que a mesma estava aumentando" notou-se também que o
eletrodo de zinco estava dissolvendo sofrendo corrosão, enquanto que o eletrodo
de cobre apresentou uma deposição de cobre metálico e, portanto aumentando sua
massa" Devido ao curto período da aula prática, essas observações foram mínimas
se comparado a possibilidade de termos verificado as soluções após mais algum
tempo.
Ao se medir a intensidade da corrente elétrica da pilha com o auxílio de um
multímetro, registrou-se que o valor permaneceu entre 1,039 e 1,059. Portanto,
devido ao resultado ter dado um valor positivo, conclui-se que é uma reação
espontânea.
Etapa I: A oxidação ocorre no eletrodo de zinco, pois o zinco apresenta
maior potencial padrão de redução que o cobre.
Zn° → Zn2+ + 2e-, E° Zn/Zn2+ = +0,76V.
Etapa II: A redução ocorre no eletrodo de cobre, pois o cobre apresenta
menor potencial de redução que o zinco.
Cu2+ + 2e- → Cu° ; E° Cu/Cu2+ = -0,34V.
Etapa III: Cálculo da d.d.p. ddp = E° oxidante – E° redutor = + 0,76 - (- 0,34) =
1,10 V.
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6. CONCLUSÃO
A partir dos experimentos realizados puderam-se relembrar conceitos de
eletroquímica que são de fundamental importância para os entendimentos das
técnicas eletroanalíticas de elétrons, mas também a utilização de corrente elétrica a
partir da transferência de elétrons, mas também a utilização de corrente elétrica na
produção dessas reações químicas, nos experimentos de pilha e eletrólise,
respectivamente.
Na pilha, produziu-se energia elétrica utilizando-se um condutor externo
ligando a região onde ocorreu a oxidação (eletrodo Zn/Zn2+) com a região que
ocorreu a redução (eletrodo Cu/Cu2+), sendo que o fluxo de elétrons flui do ânodo
para o cátodo. O processo de pilha é espontâneo, uma vez que seu ΔE° é positivo.
Já na eletrólise, têm-se um processo não-espontâneo, onde é necessário
promover a reação química através do fornecimento de corrente elétrica oriunda de
uma fonte externa. Assim, fez-se com que o cobre se reduzisse e se oxidasse em
um mesmo sistema, com a participação de um eletrodo inerte, o Alumínio, onde
houve a deposição do cobre metálico. As três etapas do experimento resultaram no
seguinte resultado. Etapa I A oxidação ocorre no eletrodo de zinco, pois o zinco
apresenta maior potencial padrão de redução que o cobre. Zn° → Zn2+ + 2e-, E°
Zn/Zn2+ = +0,76V. Etapa II: A redução ocorre no eletrodo de cobre, pois o cobre
apresenta menor potencial de redução que o zinco. Cu2+ + 2e- → Cu° ; E° Cu/Cu2+ =
-0,34V. Etapa III Cálculo da d.d.p. ddp = E° oxidante – E° redutor = + 0,76 - (- 0,34) =
1,10 V.

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REFERÊNCIAS
ATKINS, PETER. Princípio de química: Questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 364 p
FELTRE, RICARDO. Físico-Química. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 432 p. v. 2.
MUNDO EDUCAÇÃO. Pilha de Daniell: 2019. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/pilha-daniell.htm. Acesso em 28
Dezembro.2021.

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