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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS DE LARANJEIRAS DO SUL

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

FERNANDA PASIN RIBEIRO

LAURA MARIANA LEAL

ROTEIRO PRÁTICO PARA MEDIÇÃO DE VOLTAGEM DE UMA PILHA

LARANJEIRAS DO SUL

2021
1. OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho é criar um roteiro prático a fim de ilustrar a
produção de corrente elétrica por meio de reações químicas espontâneas. Estas
reações químicas resultam na condução de íons livres através de um meio iônico.
Este processo de produção de corrente por condução iônica é a base de todas as
pilhas conhecidas. A pilha a ser mostrada neste estudo é uma pilha semelhante a do
tipo de Daniel, onde o hipoclorito de cloro fará o papel de meio iônico (neste caso,
ácido) fazendo contato entre os eletrodos.

1. INTRODUÇÃO

A pilha de Daniell foi desenvolvida pelo cientista John Daniell no ano de 1836,
com a demanda gerada pela expansão dos meios de comunicação, para suprir a
crescente necessidade de fontes geradoras de corrente elétrica que possibilitasse
ligar os telégrafos e aparelhos utilizados. (PERUZZO; CANTO, 2012).
De acordo com Peruzzo e Canto (2012) o funcionamento da pilha de Daniell
ocorre, basicamente, pela interação natural entre os íons de cobre (Cu) e zinco (Zn)
metálico, o qual podemos denominar “reação de oxirredução” em que o zinco sofre
oxidação, perdendo elétrons, e o cobre uma redução recebendo elétrons. O
funcionamento depende de dois elementos, onde um será oxidado e outro reduzido,
no caso deste experimento a reação se dará através de íons de cobre e alumínio.
Caso se deseje que a interação ocorra através de um fio, pode-se gerar então
uma corrente elétrica, através de uma lâmina de zinco e uma lâmina de cobre, ambas
imersas em solução aquosa de sulfato de zinco e com uma ponte salina, que as
conecta, com a finalidade de facilitar a passagem dos íons de uma semicela para
outra, mantendo a solução eletricamente neutra.
Quando a corrente é gerada acendendo a lâmpada, significa que o sistema
realizou o movimento das cargas elétricas, também indica que existe uma diferença
de potencial elétrico entre as placas, que pode ser medido através de um voltímetro.
No caso de uma análise com maior duração observa-se que a concentração de íons
cobre diminui consequentemente a de zinco aumenta, sendo assim, a placa de zinco
sofre um desgaste enquanto a placa de cobre apresenta um depósito de cobre
metálico.

2. MATERIAIS
Para a execução do experimento serão necessários:
● Água destilada
● Água sanitária (hipoclorito de sódio)
● Placa de cobre
● Placa de alumínio
● Béquer de 500 mL
● Multímetro
● Lâmpada led

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Adiciona-se ao béquer as duas placas de lados opostos, encostadas nas
paredes de vidro. Adiciona-se cerca de 200 mL de hipoclorito de sódio ao mesmo
recipiente. Após a montagem do sistema, mede-se com um multímetro o potencial
em volts da pilha, fixando as presilhas em cada uma das placas metálicas, chamadas
de eletrodos.
Para calcular manualmente o potencial da pilha, ou a ddp, como mais
comumente é chamada, precisamos dos valores dos potenciais de cada eletrodo,
sendo o do cobre +0,34 V e a do alumínio de -1,66V, precisa-se apenas calcular a
variação entre o maior e o menor potencial, de acordo com a fórmula a seguir:

𝛥𝐸 = 𝐸 ∘ 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 − 𝐸 ∘ 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟

Para ligar qualquer tipo de equipamento, ligara-se o polo positivo no grampo


correspondente ao cobre e o negativo ao alumínio. Neste caso, ligaremos uma
lâmpada nas extremidades.
A partir dos cálculos, comparar o resultado obtido pelo multímetro e o calculado
manualmente.
REFERÊNCIAS

Pilha de Daniell. Eletroquímica: Celas galvânicas cap. 4. Joinville, UFSC.

MOLIN, J. P.; RABELLO, L. M. Estudos sobre a mensuração da condutividade elétrica


do solo. Eng. Agríc., Jaboticabal, v.31, n.1, p.90-101, jan./fev. 2011.

PERUZZO; F. M. E. CANTO; L. do. Eletroquímica - Pilhas. Química sem segredos. Editora:


Moderna, 2012.

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