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REGIONAL GOIÂNIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
Métodos eletroanalíticos,
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Dessa forma, com os eletrodos limpos, secos e sem impurezas procedeu-se a montagem do
sistema, sendo encaixado o eletrodo maior no cátodo e o eletrodo menor no ânodo. Em
seguida, adicionou-se 100 mL da solução mista (sulfato de cobre (3,0924 M) e Cloreto de
níquel (2,9997 M) previamente pronto, e 1 mL de ácido sulfúrico. Assim, imergiu-se os
eletrodos na solução de forma que a imersão fosse aproximadamente 60% da altura dos
eletrodos.
Em seguida, para a eletrodeposição do cobre foi necessário aplicar através dos terminais o
potencial de 2 a 3 volts, ajustando-se a resistência para 2A, e sucedeu-se o início da
eletrodeposição aguardando-se 30 minutos para a separação do cobre na amostra, e em
seguida adicionou-se mais água destilada e esperou-se 20 min, a fim de garantir que todo o
cobre fosse depositado no eletrodo. Assim, que completou-se toda a eletrodeposição do cobre
no eletrodo do cátodo interrompeu-se o sistema, e lavou-se com água destilada seguindo da
acetona. Após, secou-se o eletrodo a 100°C por 3 min e pesou-se após o resfriamento.
Além disso, o eletrodo foi limpo imergindo-se em uma solução de ácido nítrico 1:1.
Assim, procedeu-se a eletrodeposição do níquel com a mesma solução, e da mesma forma
montou-se o sistema. Entretanto, os parâmetros para a separação do níquel na solução foi de
3 a 4 Volts e ajustou-se a corrente para 4A, em seguida, adicionou-se 2 mL amônia
concentrada na solução de níquel e procedeu a eletrodeposição por aproximadamente 50 min.
Assim, que a eletrodeposição do níquel no eletrodo deu-se de maneira completa, lavou-se os
eletrodos com água destilada, seguida da solução de acetona e secou-se os eletrodos. Após,
foi realizada a pesagem da deposição do níquel no eletrodo, e em seguida limpou-se os
eletrodos como anteriormente, finalizando a separação dos metais na mesma solução.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os eletrodos utilizados são de platina pois são inertes e não ocorre reação com o metal
depositado. O cátodo possui forma cilíndrica, possui uma haste e é constituído por uma fina
tela de platina. Possui forma cilíndrica pois, desta forma possui grande área superficial,
permitindo a livre circulação da solução eletrolítica, o que contribui para diminuição do efeito
de polarização. O ânodo é um cilíndro menor que o cátodo disposto no interior do eletrodo
maior. Ambos são colocados de forma com que não se encostem para que não haja
curto-circuito (SADLER, 2001).
Para início do experimento, a abertura de amostra já havia sido realizada, portanto,
pesou-se os eletrodo maior e menor, em seguida montou-se o sistema de eletrodeposição e
iniciou-se o experimento.
Dessa maneira, inicialmente a solução utilizou-se ácido sulfúrico a fim de possibilitar o
meio ácido para garantir que não ocorresse a formação de óxidos e precipitados em que
possam interferir na análise.
Além disso, advém no sistema uma agitação contínua com o objetivo de promover a
mobilidade iônica através do transporte de massas, ou seja, por convecção e não apenas
difusão. Dessa forma, todos os íons presentes na amostra reajam com o intuito de reduzir as
possibilidades de erros.
Ademais, o potencial no sistema não é controlado, isto é, há uma variação, devido não ser
constante e imprecisa, a Lei de Faraday não é válida em razão da limitação desta lei, assim,
para quantificação se torna inviável, exigindo o uso das massas para a determinação da
quantidade eletrodepositado na cesta de platina.
2+ − 0
𝐶𝑢 (𝑎𝑞)
+ 2 𝑒 → 𝐶𝑢(𝑠) 𝐸 = + 0 , 3419 (1)
2+ − 0
𝑁𝑖 (𝑎𝑞)
+ 2 𝑒 → 𝑁𝑖(𝑠) 𝐸 = − 0, 257 (2)
2+ − 0
𝐶𝑢 (𝑎𝑞)
+ 2 𝑒 → 𝐶𝑢(𝑠) 𝐸 = + 0 , 3419 𝑉 (3)
+ − 0
2 𝐻2𝑂 → 𝑂2 + 4𝐻 + 4𝑒 𝐸 = + 1. 229 𝑉 (4)
(𝑙) (𝑔)
----------------------------------------------------------------------------------------------
2+ + 0
2 𝐶𝑢 (𝑎𝑞)
+ 2 𝐻2𝑂 → 2 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑂2 + 4𝐻 𝐸 = − 0, 8871 𝑉 (5)
(𝑙) (𝑔)
Em seguida, os eletrodos foram lavados com água destilada e acetona para serem secos na
estufa por 3 minutos e pesados na balança analítica, para conferir a variação de massa dos
eletrodos. Assim, com as massas dos eletrodos, da deposição do metal foi possível calcular a
recuperação da massa de cobre eletrodepositada no eletrodo.
Assim, após a pesagem do eletrodo, no qual foi depositado os íons cobre, o mesmo foi
mergulhado em uma solução de ácido nítrico concentrado formando nitrato de cobre (de
coloração verde), liberando óxido de nitrogênio e água. Logo, o íons cobre presente no
eletrodo maior é removido da cesta de forma que fique livre em solução com o ácido nítrico,
a reação entre o ácido nítrico e o cobre é representada a seguir,
⎡ ⎤
(
𝑁𝑖𝐶𝑙2 + 2 𝑁𝐻3 → 2 ⎢𝑁𝑖 𝑁𝐻3 ⎥ + 6 𝐻2𝑂 )
⎣ 4⎦
No eletrodo menor, ocorreu a evolução de gás oxigênio, por meio da oxidação dos íons
−
𝑂𝐻 presente na solução, devido ao meio está mais básico por conta do excesso da solução
amoniacal. Sendo que, na eletrodeposição de níquel, utilizou-se a aplicação de potencial
entre 3 e 4 V, devido ao potencial padrão de redução do níquel (6). Logo, a diferença
significativa entre as tensões aplicadas para a eletrodeposição do cobre e níquel que foi
importante, é considerada possível a separação dos metais na mesma solução, caso contrário
não ocorreria a separação e ambos metais iriam se depositar em conjunto no catodo.
− 0
𝑁𝑖(𝑁𝐻3) + 2 𝑒 → 𝑁𝑖 + 4 𝑁𝐻3 𝐸 = – 0, 257 𝑉 (6)
4
− − 0
4 𝑂𝐻 → 𝑂2 + 2 𝐻2𝑂 + 4 𝑒 𝐸 = + 0, 401 𝑉 (7)
-------------------------------------------------------------------------------------
− 0
2 𝑁𝑖(𝑁𝐻3) + 4 𝑂𝐻 → 2 𝑁𝑖 + 8 𝑁𝐻3 + 𝑂2 + 2 𝐻2𝑂 𝐸 = − 0, 658 𝑉 (8)
4
0
𝑁𝑖 + 𝐻𝑁𝑂3 → 𝑁𝑖(𝑁𝑂3)2 + 2𝐻2𝑂 + 2𝑁𝑂2
Por fim, pode-se calcular o teor de cobre e níquel na amostra, para isso, têm-se:
➔ Cobre:
Temos que a concentração da solução inicial é igual a 3,0924 g.L-1, como utilizou-se
uma alíquota de 100 mL, obtém-se:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
× 100
0,3019 𝑔
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 0,30924
× 100
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 97, 62 %
➔ Níquel:
Temos que a concentração da solução inicial é igual a 2,9997 g.L-1, como utilizou-se
uma alíquota de 100 mL, obtém-se:
𝑥 𝑔 −−− 100 𝑚𝐿
Com a massa de níquel presente em 100 mL de solução, para isso, somou-se a massa
eletrodepositada no cátodo e no ânodo:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑛í𝑞𝑢𝑒𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑛𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
× 100
(0,2888 𝑔 + 0,0009 𝑔)
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 0,29997 𝑔
× 100
𝑇𝑒𝑜𝑟(%) = 96, 57 %
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
CRC Handbook of Chemistry & Physics; Haynes, WM, ed.; 95th ed., CRC Press: Boca
Raton, 2014-2015.
SADLER, Maria de L., Métodos Instrumentais para Análise de Soluções, 4ª ed. Lisboa, 2001.