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1 - Objetivo
2 – Introdução
Em uma célula eletrolítica ocorre uma reação redox não-espontânea pela introdução de energia
elétrica no sistema. A figura a seguir mostra um diagrama geral para uma célula eletrolítica. A bateria
é uma fonte de corrente elétrica contínua. Dois fios saem dos terminais da bateria e entram na célula
eletrolítica. Em cada fio estão conectados dois eletrodos, A e C, mergulhados em um líquido que
contém os íons M+ e X- . A bateria atua como uma bomba de elétrons, empurrando elétrons para C e
removendo-os de A.
Para manter a neutralidade elétrica, algum tipo de processo no interior da célula deve consumir
elétrons em C e liberá-los em A. Esta neutralidade elétrica se mantém, porque no eletrodo C (cátodo)
um íon ou uma molécula sofre redução e no eletrodo A (ânodo) outro íon ou molécula sofre oxidação.
A reação global da célula é a soma das duas semi-reações nos eletrodos. No interior da célula há um
fluxo constante de íons nos dois eletrodos, onde íons positivos (cátions) caminham para o cátodo,
enquanto íons negativos (ânions) caminham para o ânodo.
Entre alguns exemplos de eletrólise podemos citar aqueles nos quais estão envolvidos
compostos iônicos fundidos. A eletrólise de compostos fundidos apresenta grande importância
industrial. Muitos metais são fabricados deste modo, como o sódio, magnésio, cobre e alumínio.
De um modo geral, é mais conveniente e econômico o uso de uma solução aquosa como
eletrólito em vez do sal fundido. Os produtos da eletrólise podem ser bem diferentes nos dois casos.
As propriedades de descarga, simplificadas e resumidas, de cátions e ânions em solução aquosa são:
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5 - Eletrodeposição
Há uma relação simples entre a quantidade de eletricidade que passa por uma célula eletrolítica
e as quantidades de substâncias produzidas nos eletrodos. A natureza desta relação deve estar evidente
da meia-equação para o processo que ocorre no eletrodo:
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9 - Observações importantes
Polimento: as peças devem ser lavadas com água após o banho eletrolítico, secas e polidas.
Densidade de corrente aplicada: 2A / dm2, exceto na cromação (10 a 40 A / dm2).
Tipos de metais: cátodos (peça a ser coberta) no polo negativo, e ânodo (mesmo metal do que
fará o recobrimento) no polo positivo).
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Para garantir a aderência deve-se reduzir a diferença entre os potenciais, do cobre e do banho de
prata, diminuindo a concentração de íons prata em solução. Se usarmos uma solução de prata a 0,01M
teremos um potencial de 0,68V ao invés de 0,80V, com um valor de diferença entre os potenciais de
0,34V. Após o primeiro depósito nestas condições pode-se passar para uma outra solução com maior
concentração de prata para obter uma camada de maior espessura.
11 - Materiais utilizados
12 - Procedimentos
Eq = 𝑃𝑀 ∴ neq = 𝑚 = 𝑖∗𝑡
𝑥 𝐸𝑞 𝐹
onde: Eq = Equivalente-grama
m = massa de metal acumulada
i = corrente elétrica [ampères]
t = tempo em segundos (300 segundos)
F = constante de Faraday = 96500 Coulombs
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O resultado da experiência pode ser considerado bom, caso o afastamento do valor da massa de
cobre encontrada estiver até cerca de 10 % do valor teórico.
13 - Informações adicionais
• O CuSO4*5H2O é usado como fonte intermediária de íons Cu+2.
• O H2SO4 aumenta a condutividade elétrica do meio e mantém os íons de cobre no estado de
oxidação +2.
• O C2H5OH garante um ambiente redutor próximo ao cátodo, evitando assim que o cobre recém-
formado passe a óxido pela ação do oxigênio do ar.
O cobre é um metal avermelhado ( pf=1083 ºC; pe=2595 ºC ), denso ( d=8,94 g/ml ), que
apresenta as propriedades metálicas fundamentais (brilho, maleabilidade, ductilidade, etc.) O cobre é
um dos melhores condutores de eletricidade que existem. É também um dos metais mais velhos de que
se tem conhecimento (Idade do Bronze).
Os principais minérios do cobre são : calcopirita (CuS*FeS), calcosita (Cu2S) e cuprita (CuS).
A metalurgia do cobre é difícil, complicada e cara, principalmente por causa do baixo teor de
cobre encontrado em seus minérios. Inicialmente o minério (CuS*FeS) é concentrado (purificado),
para eliminar as impurezas mais facilmente removíveis. A seguir o minério é misturado com calcário e
aquecido num forno; forma-se, então, uma escória, que é eliminada, e temos como resultado uma
mistura de CuS*FeS, chamada “matte”, que contém de 40 a 50% de cobre. Num segundo forno,
chamado conversor, passa-se ar sobre o “matte” fortemente aquecido; o ferro é oxidado e forma-se
uma escória, que é retirada; o enxofre se oxida, dando SO2(CuS + O2 → Cu + SO2); o resíduo, que
é chamado “blister”, é cobre com 96 a 98% de pureza. Finalmente, o cobre sofre um refino
eletrolítico, quando seu grau de pureza atinge até mais de 99,9% (somente com pureza elevada o cobre
é bom condutor de eletricidade).
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O cobre é pouco reativo e forma compostos cuprosos (Cu+) e cúpricos (Cu+2). Sendo menos
reativo que o hidrogênio, ele não desloca o hidrogênio dos ácidos diluídos; pode, porém, reagir com ácidos
oxidantes, especialmente quando concentrados e a quente:
O cobre oxida-se lentamente em contato com o ar úmido, ficando recoberto por uma película
esverdeada, chamada azinhavre, que é uma mistura de óxidos, hidróxidos e carbonatos de cobre. Isto
é observado facilmente em estátuas de bronze. O azinhavre é tóxico, o que torna perigoso o uso de
panelas de cobre no preparo de alimentos. O hidróxido cúprico é insolúvel em água e possui cor azul :
• bronze: liga de cobre com até 10% de estanho, usada na fabricação de estátuas, hélices de navios,
medalhas, troféus, peças de máquinas;
• latão: liga de cobre com até 40% de zinco, usada para fazer torneiras, registros, peças de
radiadores, refrigeradores e caldeiras;
• ligas com o ouro: o ouro puro é designado como sendo de “24 quilates”; o ouro de 18 quilates, que
é o mais comum, é formado por 18 partes de ouro e 6 partes de cobre;
• ligas com a prata: a “prata 900” contém normalmente 800 partes de prata e 100 partes de cobre;
• alpaca ou prata alemã: formada de Cu + Ni, é inoxidável e usada no fabrico de moedas e objetos
de decoração;
• bronze de alumínio: Cu + Al, usado para fazer moedas.
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15 - Referências
1- Cartledge, G. H., “ Studies in Corrosion”, Scientific American, 195, 35, 1956. Para o estudante que
deseja leitura suplementar.
2- Corrosion of Metals, Cleveland: American Society for Metals, 1946.
3- Corrosion in Action. New York: International Nickel, 1955. A melhor referência sobre corrosão
para o estudante que está começando. Escrito com simplicidade, excelentemente ilustrado, inclui
referências e experiências simples.
4- Guy. A. G., Physical Metallurgy for Engineers. Reading, Mass.: Addison Wesley, 1962. O Cap. 11
discute a corrosão e a oxidação em um nível introdutório.