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Eletroquímica

1.Definição Eletroquímica

• Parte da ciência que trata da relação entre correntes elétricas,


reações químicas, transformação de energia química em
elétrica e vice-versa.
1.Definição Eletroquímica

Exemplo: Eternização
1.Definição Eletroquímica

Exemplo: Galvanização
1.Definição Eletroquímica

• Exemplo: Galvanização
REVISÃO
• Oxidação: Fe(s) → Fe2+ + 2e-
• Redução: Fe2+ + 2e- → Fe(s)
1.Definição Eletroquímica

Exemplo:
Equação REDOX
• Cu(s) + 2 AgNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2 Ag(s)
2.Balanceamento de equações REDOX

• Lei da conservação de massa: a quantidade de cada elemento


presente no início da reação deve estar presente no final.
• Conservação da carga: os elétrons não são perdidos em uma
reação química.

• Semi-reações
• As semi-reações são um meio conveniente de separar reações
de oxidação e de redução.
2.Balanceamento de equações de oxirredução

2.1.Semi-reações
• Dada a reação de redução do ferro:

Sn2+(aq) + 2Fe3+(aq)  Sn4+(aq) + 2Fe2+(aq)

Oxidação: os elétrons são produtos: Sn2+(aq)  Sn4+(aq) +2e-

Redução: os elétrons são reagentes: 2Fe3+(aq) + 2e-  2Fe2+(aq)


3. Célula Galvanica

• Célula de Alessandro Volta


3. Célula Galvanica

• Pilha de John Daniell


3.Células Galvânicas

3.1.Definições

• A energia liberada em uma reação de oxi-redução espontânea é


usada para executar trabalho elétrico.

• Céluas voltaicas ou galvânicas são aparelhos nos quais a


transferência de elétrons ocorre através de um circuito externo.

• As células voltaicas são espontâneas.

• Se uma fita de Zn é colocada em uma solução de CuSO4, o Cu é


depositado no Zn e o Zn dissolve-se formando Zn2+.
3.Células Galvanicas

3.1.Definições

• À medida que ocorre a oxidação, o Zn é convertido em Zn 2+ e 2e-. Os


elétrons fluem no sentido do anodo onde eles são usados na reação de
redução.

• Espera-se que o eletrodo de Zn perca massa e que o eletrodo de Cu


ganhe massa.

• “Regras” para células voltaicas:


– 1. No anodo os elétrons são produtos (oxidação).
– 2. No catodo os elétrons são reagentes (redução).
– 3. Os elétrons não podem nadar.
3.Células Galvanicas

3.1.Definições
• Os elétrons fluem do anodo para o catodo.
• Conseqüentemente, o anodo é negativo e o catodo é
positivo.
• Os elétrons não conseguem fluir através da solução, eles têm
que ser transportados por um fio externo. (Regra 3.)
3.Células Galvanicas

• Modelo
3.Células Galvanicas

3.2.Observações

• Os ânios e os cátions movimentam-se através de uma barreira


porosa ou ponte salina.

• Os cátions movimentam-se dentro do compartimento catódico


para neutralizar o excesso de íons carregados negativamente
(Catodo: Cu2+ + 2e-  Cu, logo, o contra-íon do Cu está em
excesso).

• Os ânions movimentam-se dentro do compartimento anódico


para neutralizar o excesso de íons de Zn2+ formados pela oxidação.
3.Células Galvanicas

3.3.Visão molecular dos processos do eletrodo

• Considere a reação espontânea de oxi-redução entre o Zn(s) e o Cu2+


(aq).

• Durante a reação, o Zn(s) é oxidado a Zn2+(aq) e o Cu2+(aq) é reduzido


a Cu(s).

• No nível atômico, um íon de Cu2+(aq) entra em contanto com um


átomo de Zn(s) na superfície do eletrodo.

• Dois elétrons são transferidos diretamente do Zn(s) (formando Zn2+


(aq)) para o Cu2+(aq) (formando Cu(s)).
3.Células Galvanicas

3.3.Visão molecular dos processos do eletrodo


3.Células Galvanicas

3.3.Visão molecular dos processos do eletrodo


Eletrólise
4.Eletrólise

4.1.Eletrólise de soluções aquosas

• As reações não espontâneas necessitam de uma corrente externa para


fazer com que a reação ocorra.

• As reações de eletrólise não são espontâneas.

• Nas células voltaicas e eletrolíticas:

– a redução ocorre no catodo e


– a oxidação ocorre no anodo.
– No entanto, em células eletrolíticas, os elétrons são forçados a fluir
do anodo para o catodo.
4.Eletrólise

4.1.Eletrólise de soluções aquosas

Nas células eletrolíticas, o anodo é positivo e o catodo énegativo.


(Em células galvânicas, o anodo é negativo e o catodo é
positivo.)
4.Eletrólise

• Semirreação do ânodo: 4 OH- → 2 H2O + 1 O2 + 4 e-


• Semirreação do cátodo: 4 H3O+ + 4 e- → H2O + H2
4.Eletrólise
4. Eletrólise

• Combustível de foguete
4.Eletrólise
4. Eletrólise
4.Eletrólise

4.1.Eletrólise de soluções aquosas

• Exemplo: a decomposição de NaCl fundido.

Catodo: 2Na+(l) + 2e-  2Na(l)

Anodo: 2Cl-(l)  Cl2(g) + 2e-.

• Industrialmente, a eletrólise é usada para pruduzir metais


como o Al.
4.Eletrólise

4.2.Eletrólise com eletrodos ativos

• Eletrodos ativos: os eletrodos que fazem parte da eletrólise.


• Exemplo: a galvanização eletrolítica
4.Eletrólise
4.Eletrólise

4.2.Eletrólise com eletrodos ativos

• Considere um eletrodo de Ni ativo e um outro eletrodo metálico


colocado em uma solução aquosa de NiSO4:

Anodo: Ni(s)  Ni2+(aq) + 2e-


Catodo: Ni2+(aq) + 2e-  Ni(s).

• O Ni se deposita no eletrodo inerte.

• A galvanoplastia é importante para a proteção de objetos contra a


corrosão.
4.Eletrólise

4.3.Aspectos quantitativos da eletrólise

• Queremos saber a quantidade de material que obtemos com


a eletrólise.
• Considere a redução do Cu2+ a Cu.
– Cu2+(aq) + 2e-  Cu(s).
– 2 mol de elétrons se depositarão em 1 mol de Cu.
– A carga de 1 mol de elétrons é 96.500 C (1 F).
– Uma vez que Q = It, a quantidade de Cu pode ser
calculada pela corrente (I) e tempo (t) levado para a
deposição.
4.Eletrólise

4.4.Trabalho elétrico

• Energia livre é uma medida da quantidade máxima de


trabalho útil que pode ser obtida de um sistema.
G  wmax .
• Sabemos que: G   nFE.
 wmax   nFE

• Se o trabalho é negativo, então o trabalho é executado pelo


sistema e E é positivo.
4.Eletrólise

4.4.Trabalho elétrico

• A fem pode ser pensada como uma medida da força motriz para um
processo de oxirredução.

• Em uma célula eletrolítica, uma fonte externa de energia é necessária


para fazer com que a reação ocorra.

• Para impelir a reação não-espontânea, a fem externa deve ser maior que
a Ecel.

• Da física: trabalho tem como unidades watts:


1 W = 1 J/s.
Corrosão
5. Corrosão

• A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação


química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não
associado a esforços mecânicos. O caso de corrosão mais
comum é com o ferro.
5.Corrosão

5.1.Corrosão do ferro

• Uma vez que Ered(Fe2+) < Ered(O2), o ferro pode ser oxidado pelo oxigênio.

• Catodo: O2(g) + 4H+(aq) + 4e-  2H2O(l).

• Anodo: Fe(s)  Fe2+(aq) + 2e-.

• O oxigênio dissolvido em água normalmente provoca a oxidação de ferro.

• O Fe2+ inicialmente formado pode ser ainda mais oxidado a Fe3+, que
forma a ferrugem, Fe2O3. xH2O(s).
5.Corrosão
5.Corrosão

5.1.Corrosão do ferro

• A oxidação ocorre no local com a maior concentração de O2.

Prevenindo a corrosão do ferro

• A corrosão pode ser impedida através do revestimento do


ferro com tinta ou um outro metal.

• O ferro galvanizado é revestido com uma fina camada de


zinco.
5. Corrosão
5.Corrosão

5.2.Prevenindo a corrosão do ferro

• O zinco protege o ferro uma vez que o Zn é o anodo e Fe é o


catodo:

• Zn2+(aq) +2e-  Zn(s), Ered = -0,76 V


• Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), Ered = -0,44 V

• Com os potenciais padrão de redução acima, o Zn é mais


facilmente oxidável do que o Fe.
5.Corrosão
5.Corrosão

5.2.Prevenindo a corrosão do ferro

• Para a proteção do encanamento subterrâneo, um anodo de


sacrifício é adicionado.

• O tubo de água é transformado no catodo e um metal ativo é usado


como o anodo.

• Freqüentemente, o Mg é usado como o anodo de sacrifício:

• Mg2+(aq) +2e-  Mg(s), Ered = -2,37 V


• Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), Ered = -0,44 V
5.Corrosão
Referencias Bibliográficas
• ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente. 3. ed. Porto Alegre:Bookman, 2006.

• BETTELHEIM, F. A.; BROWN, W. H.; CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O.


Introdução à química geral. 9. ed. São Paulo : Cengage Learning, 2012.

• BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química a ciência


central. 9. ed. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2005.

• KOTZ, J. C.; TREICHEL Jr., P. M. Química geral 2 e reações químicas. 5. ed.


São Paulo:Pioneira Thomson Learning, 2005.

• PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Química na abordagem do cotidiano. 4.


ed. São Paulo:Moderna, 2006. v. 1 e 2.

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