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INTRODUÇÃO

Ponte é uma obra destinada a permitir a transposição de obstáculos à


continuidade de uma via de comunicação qualquer. Os obstáculos podem
ser: rios, braços de mar, vales profundos, outras vias etc. (MARCHETTI,
2008).
Propriamente, denomina-se Ponte quando o obstáculo transposto é um
rio. Denomina-se viaduto quando o obstáculo transposto é um vale ou outra
via.
MAIORES PONTES DO MUNDO

Ponte Danyang–Kunshan
Inaugurada em 2010,
localizada na China, trata-se da
maior ponte do mundo, com 164
quilômetros de extensão.
Finalidade: uso ferroviário.
MAIORES PONTES DO MUNDO

A ponte Hong Kong–Zhuhai–Macau é considerada a maior ponte


sobre o mar construída no mundo, com 55 quilômetros de longitude, unindo
as cidades de Hong Kong, Zhuhai e Macau.
MAIORES PONTES DO MUNDO

Detalhes da construção:
Consumo de 400 mil toneladas
de aço;
Mais de um milhão de metros
cúbicos de concreto;
A ponte tem uma estrutura
principal de 29,6 quilômetros,
formada por uma seção de 22,9
quilômetros acima do nível do
mar e um túnel submarino de
6,7 metros.
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Uma ponte é composta pelos seguintes elementos estruturais (Figura X):


PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Sistema de transferência de cargas entre os elementos estruturais de uma


ponte.
Superestrutura
( lajes e vigas)

Mesoestrutura
( pilares)

•Infraestrutura
( blocos de
estacas,
sapatas,
tubulões)
FUNDAÇÕES -MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

Principais tipos de fundações comumente empregados:

 Sapatas;

 Estacas (concreto ou metálica);

 Tubulões;

 Caixões.
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

FUNDAÇÕES DIRETAS - SAPATAS

Poucos relatos...
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

FUNDAÇÕES PROFUNDAS - ESTACAS

Poucos relatos...
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

TUBULÕES A AR COMPRIMIDO

Segundo a NBR 6122/2010, tubulões a ar comprimido são fundações


profundas, escavadas manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua
etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do
fundo quando não há base.

Transferências de carga ao solo: essencialmente pela base.

Empregabilidade: sempre que se pretende realizar tubulões abaixo do


nível d’água.
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

TUBULÕES A AR COMPRIMIDO

Exigência: a escavação do fuste destes tubulões é sempre realizada com


auxílio de revestimento que pode ser de concreto ou de aço (perdido ou
recuperado).
NBR

Escavação: inicialmente deve ser concretado o primeiro segmento ou aprumado o


revestimento metálico diretamente sobre a superfície do terreno ou em uma escavação
preliminar de dimensões maiores que o diâmetro do revestimento (poço primário).

Alargamento da base: a sequência deve ser feita com a concretagem ou soldagem


sucessiva dos segmentos metálicos de revestimento à medida que a escavação manual
vai sendo executada. Revestimentos de concreto só podem ser introduzidos no terreno
depois que o concreto estiver com resistência suficiente para suportar a escavação.

Quando o nível d`água for atingido, deve ser instalada no topo da camisa a
campânula de ar comprimido, o que permite a execução a seco dos trabalhos. Para
camisas de concreto, a aplicação da pressão de ar comprimido só pode ser feita quando
NBR

Alargamento da base: A base é escavada manualmente. Durante esta operação, a


camisa deve ser escorada de modo a evitar sua descida.

Antes da concretagem, o material de apoio das bases deve ser inspecionado por
Engenheiro que confirmará in loco a capacidade de suporte do material, autorizando a
concretagem. Esta inspeção pode ser feita com penetrômetro de barra manual, Atingida
a cota prevista para implantação da camisa, abre-se a base.

Colocação das armaduras: A armadura de ligação fuste-base é colocada pela


campânula e montada no interior do tubulão, devendo ser projetada de modo a permitir
a concretagem adequada da base, deixando-se abertas na armadura de pelo menos 30
cm x 30 cm.
NBR

Concretagem: Em obras dentro d`água a camisa pode ser concretada sobre


estrutura provisória e descida até o terreno com auxílio de equipamento, ou concretada
em terra e transportada para o local de implantação. O mesmo procedimento pode ser
adotado para camisas metálicas.

Em casos especiais, principalmente em obras em que se passa diretamente da água


para rocha, a camisa de concreto pode ser confeccionada com a forma e a dimensão da
base. Neste caso, devem ser previstos recursos que assegurem a ligação ou vedação de
todo o perímetro da base com a superfície da rocha, a fim de evitar fuga ou lavagem do
concreto.

Sempre que a concretagem for feita imediatamente após o término do alargamento


MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

Se a camisa for de aço, a cravação da mesma é feita com auxílio


de equipamentos e,
portanto, a céu aberto, conforme mostrado na Figura 4.29, sendo
feitos apenas os serviços de
abertura e concretagem da base sob ar comprimido,
analogamente ao tubulão com camisa de
concreto.
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

Neste tipo de tubulão, a pressão máxima de ar comprimido empregada é


de 3,4 atm (340 kPa, ou aproximadamente 34 mca), razão pela qual estes
tubulões têm sua profundidade limitada a aproximadamente 30 m abaixo do
nível d’água.
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

No caso de tubulões com camisa de concreto, mostrado na Figura 4.28, todo o


processo de cravação da camisa, abertura e concretagem da base é feito sob ar
comprimido, manualmente por operários e um guincho que opera um balde para a
retirada do solo escavado, operação esta que vai sendo realizada até se encontrar o
nível d’água. Uma vez atingida a profundidade de projeto, a camisa de concreto deve
ser convenientemente escorada durante os serviços de alargamento da base para evitar
a sua descida.

Quando ao fuste, o dimensionamento é feito semelhante a um pilar de concreto


armado, com carga centrada, dispensando-se a verificação da flambagem quando o
tubulão for totalmente enterrado, e colocando-se toda a armadura necessária na camisa
NBR

No caso de tubulões com camisa de concreto, mostrado na Figura 4.28, todo o


processo de cravação da camisa, abertura e concretagem da base é feito sob ar
comprimido, manualmente por operários e um guincho que opera um balde para a
retirada do solo escavado, operação esta que vai sendo realizada até se encontrar o
nível d’água.
NBR

No caso de tubulões com camisa de concreto, mostrado na Figura 4.28, todo o


processo de cravação da camisa, abertura e concretagem da base é feito sob ar
comprimido, manualmente por operários e um guincho que opera um balde para a
retirada do solo escavado, operação esta que vai sendo realizada até se encontrar o
nível d’água.
MÉTODOS EXECUTIVOS CLÁSSICOS

CAIXÕES

São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na


superfície e instalado por escavação interna. Podem ter ou não base alargada
e serem executados com ou sem ar comprimido.

FIGURA......
ESTUDO DE CASO
PONTE SOBRE O RIO GUAÍBA, PORTO ALEGRE-RS
PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA A CONSTRUÇÃO
DE UMA SEGUNDA PONTE SOBRE O RIO GUAÍBA E ACESSOS
Rodovia: BR-116/RS
Trecho: DIV SC/RS (RIO PELOTAS) JAGUARÃO (FRONTEIRA BR/UR)
Subtrecho: ENTR BR-290(A)/386(B) (PORTO ALEGRE) – ENTR BR-290(B)
(P/ELDORADO DO SUL)
Segmento: km 267,5 a 282,8
Extensão: 15,3 km
Código PNV: 116BRS3250 e 116BRS3260
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

1. Ponte sobre o Rio Guaíba , com 1,8 km, dividida em Dois trechos:
a.) Primeiro com Vãos de Navegação de 142,67m em avanços
sucessivos, com
largura 28,06m numa extensão total de 575m.
b.) Segundo em Trecho Elevado, em vigas pré-moldadas, com 32
vãos de
41m, com seção com largura de 26,91m, com duas faixas de tráfego e
acostamento por sentido, totalizando 1331m.
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

A campanha de investigação geotécnica abrangeu cerca de 210 sondagens a


percussão e cerca de 10 sondagens mistas, com profundidades variáveis de
30 a 60
metros ao longo do eixo das pistas e pontes a serem implantadas.
As sondagens foram executadas pelo processo de percussão e circulação de
água, com uso de revestimento para estabilização das paredes dos furos e
com ensaio
SPT em intervalos de 1 metro, a partir do primeiro metro.
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS
A campanha de investigação geotécnica abrangeu cerca de 210 sondagens a

percussão e cerca de 10 sondagens mistas, com profundidades variáveis de 30 a 60 metros ao longo do eixo das pistas e pontes a serem implantadas.

4.1.5.CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O MAPEAMENTO

GEOLÓGICO – GEOTÉCNICO

O resultado das investigações mostra que a região onde será implantada a

nova ponte do Guaíba é constituída por um pacote de solos sedimentares com 30 a

40 m de profundidade, assentado em substrato rochoso constituído de gnaisses nas

duas extremidades da obra e de basaltos nas porções intermediárias.

Ocorre grande variação na resistência e na constituição granulométrica dos

sedimentos nos sentidos vertical e horizontal, levando a grande variabilidade nas

propriedades geotécnicas.

A transição sedimento/rocha sã é normalmente brusca, com solo residual

localizado e de pequena espessura. No entanto são frequentes a ocorrência de

cascalhos e blocos rochosos na zona de transição e de níveis de materiais mais moles

em meio a rocha sã nas regiões de basaltos.

A investigação geotécnica realizada possibilitou um entendimento adequado da

área e a identificação de situações geológico-geotécnicas que implicam em riscos ao

projeto e devem ser melhor investigadas para a etapa de projeto executivo.

O dimensionamento das estruturas de fundação deve incorporar esta

variabilidade na seleção dos parâmetros de projeto. Para as análises dos recalques

foram identificados os perfis de ramo com predomínio de argilas e argilas orgânicas


PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

De acordo com as análises dos boletins de sondagens disponíveis no Anexo A


e nos perfis geológico-geotécnico elaborados, disponíveis no Anexo E, foi avaliado
que a melhor solução técnica e econômica para a fundação da estrutura desta obra
de arte é através do uso de estacas escavadas, ora com camisa metálica perdida para
os apoios sobre lâmina d’água e/ou com ponta em rocha, ora escavadas com o fuste
estabilizado através de lama bentonítica ou polímeros estabilizantes.
Para o cálculo da capacidade de carga e estimativa do comprimento das
estacas em solo foi utilizado o método de Décourt & Quaresma (CINTRA E AOKI,
2010). Quando não foi possível atingir a carga desejada somente no trecho em solo,
foi preconizado o embutimento em rocha e, nestes casos, utilizou-se o método de
Poulos & Davis (1980).
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Os diâmetros de estacas estudados e suas capacidades de carga admissíveis estão apresentados na tabela a seguir.
No projeto e execução das fundações deverão ser atendidas as exigências da
ABNT - NBR-6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações, além das
recomendações feitas no Manual de Especificações de Produtos e Procedimentos da
ABEF.
Para a cravação das camisas metálicas deverá ser utilizado equipamento de
cravação composto por martelo com peso de 16,0 tf com alturas de queda variando
entre 1,4 m e 2,0 m.
As camisas metálicas para as estacas de 1,0 m de diâmetro deverão ter
espessura de parede de 20,0 mm. Para as demais estacas as camisas metálicas
deverão ter espessura de parede de 25,0 mm.
Esta obra deverá ser acompanhada por engenheiro geotécnico e/ou geólogo
PONTE - ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Os diâmetros de estacas estudados e suas capacidades de carga


admissíveis estão apresentados na tabela a seguir.

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