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Química

Eletroquímica: eletrólise

Objetivo
Nesta aula estudaremos o processo de eletrólise, no qual a energia elétrica se converte em energia química.

Curiosidade
A eletrólise pode ser usada no processo de revestimento de metais, fazendo com que eles recebam uma fina
camada de algum outro metal que deixará o objeto com outro aspecto. Podendo ser usada para beleza do
material ou até mesmo para que ele venha a ter uma maior durabilidade.

Teoria

A eletrólise consiste no processo eletroquímico que, ao contrário da pilha, converte energia elétrica em
energia química. Esse processo ocorre de maneira não espontânea, sendo necessário um gerador para servir
como fonte de corrente elétrica e forçar as espécies envolvidas a reduzirem ou oxidarem. Por ser um processo
não espontâneo, a diferença de potencial dessas reações é negativa (DDP < 0). Nesse processo acontece a
descarga dos íons; logo, o cátion recebe elétrons e o ânion perde elétrons, ambos adquirindo ao final carga
igual a zero.

Assim como na pilha, os elétrons fluem do ânodo – no qual ocorre a oxidação (perda de elétrons) – para o
cátodo – no qual ocorre a redução (ganho de elétrons). No entanto na eletrólise há uma inversão nos polos
desses eletrodos: o cátodo é o polo negativo, enquanto o ânodo é o polo positivo. Esse processo ocorre no
geral com eletrodos são inertes, que não irão reagir no processo de eletrólise, servindo apenas para realizar
a transferência de elétrons. Esses eletrodos são comumente formados por platina ou grafita.

Como o cátodo é o polo negativo da eletrólise, atrairá os íons positivos (cátions), que sofrerão redução;
enquanto o ânodo, polo positivo, atrairá os íons negativos (ânions), que sofrerão oxidação. Para um composto
iônico genérico XY, o processo pode ser representado simplificadamente por:
• Semirreação catódica: X+ + e– → X (produto final é o X descarregado, pois seu NOX é zero);
• Semirreação anódica: Y– + e– → Y (produto final é o Y descarregado, pois seu NOX é zero).

A reação ocorre na célula eletrolítica e os eletrodos geralmente são inertes, feitos de grafita ou platina. Esses
eletrodos ficam imersos em um líquido contendo íons, que pode ser formado por um composto iônico fundido
ou pela solução aquosa de um composto iônico ou um ácido.
Química

Cuba eletrolítica/eletrólito (AB). Vanussa Faustino, 2021.

Eletrólise ígnea
A eletrólise que utiliza compostos iônicos fundidos é chamada de eletrólise ígnea e ocorre a elevadas
temperaturas, por conta dos altos pontos de fusão e ebulição dos compostos iônicos. Nesse processo, a
reação envolve basicamente três etapas: dissociação do composto iônico, semirreação catódica e
semirreação anódica.

Se liga no exemplo! Eletrólise ígnea do NaCℓ


Dissociação: NaCℓ → Na+ + Cℓ–
Cátodo: Na+ + e– → Na
Ânodo: Cℓ– → ½ Cℓ2 + e–

Reação global: NaCℓ → Na + ½ Cℓ2

Se liga no exemplo 2! Eletrólise ígnea do Aℓ2O3


Dissociação: Aℓ2O3 → 2 Aℓ+3 + 3 O-2
Cátodo: 2 Aℓ+3 + 6 e– → 2 Aℓ
Ânodo: 3 O–2 → 3/2 O2 + 6 e–

Reação global: Aℓ2O3 → 2 Aℓ + 3/2 O2

Eletrólise aquosa
A eletrólise que utiliza soluções aquosas contendo eletrólitos dissolvidos, que podem ser compostos iônicos
ou ácidos, é a eletrólise aquosa, que não necessita de aquecimento, diferentemente da ígnea. Nesse
processo, além dos íons do eletrólito, existem os íons H+ e OH–, provenientes da autoionização da água. Por
conta disso, nem todos os íons irão sofrer redução ou oxidação, sendo necessário analisar a prioridade de
descarga para saber os íons reagirão no cátodo e no ânodo. A fila de prioridade para os cátions e para os
ânions está descrita abaixo:
• Cátodo: Grupos 1 e 2 e Aℓ+3 < H+ < demais cátions;
• Ânodo: Ânions oxigenados e F– < OH– < demais ânions.

Atenção! Como o cátion da água é sempre o H+, é possível afirmar que os grupos 1 e 2 e o Aℓ+3 não sofrem
descarga em água. Já em relação ao ânion, cujo da água é sempre o OH –, podemos dizer que os ânions
oxigenados e o F– não reagem em água.
Química

As etapas que descrevem a reação de eletrólise aquosa são basicamente quatro: dissociação do eletrólito,
ionização da água, semirreação catódica e semirreação anódica.

Se liga no exemplo! Eletrólise aquosa do NaCℓ


Dissociação: NaCℓ → Na+ + Cℓ–
Ionização: H2O → H+ + OH–
Cátodo: H+ + e– → ½ H2 (O H+ tem prioridade em relação ao Na+)
Ânodo: Cℓ– → ½ Cℓ2 + e– (O Cℓ– tem prioridade em relação ao OH–)

Reação global: NaCℓ + H2O → ½ H2 + ½ Cℓ2 + Na+ + OH–

Se liga no exemplo 2! Eletrólise aquosa AgNO3


Dissociação: 2 AgNO3 → 2 Ag+ + 2 NO3–
Ionização: 2 H2O → 2 H+ + 2 OH–
Cátodo: 2 Ag+ + 2 e– → 2 Ag
Ânodo: 2 OH– → H2O + ½ O2 + 2 e–

Reação global: 2 AgNO3 + H2O → 2 Ag + ½ O2 + 2H+ + 2NO3–

Atenção! Nas reações de oxirredução, o número de elétrons perdidos no ânodo deve ser igual ao número de
elétrons recebidos no cátodo. Por isso, na eletrólise do AgNO3, multiplicou-se a equação do cátodo, da
ionização da água e da dissociação por 2.

Aspectos quantitativos: carga elétrica, corrente elétrica e constante de Faraday


É possível prever a massa que será formada em uma eletrólise em função do tempo e da corrente elétrica
empregada em um dado processo, assim como é possível prever o desgaste do eletrodo de pilha à medida
que ele é usado para gerar corrente.

Para expressar a grandeza de carga elétrica (simbolizada por “Q”), é usada a unidade Coulomb (C). A carga
elétrica fundamental é de 1,6 ∙ 10–19 C; logo, a elétrica de um elétron é –1,6 ∙ 10–19 C e a de um próton é de
+1,6 ∙ 10–19 C. Em um mol de elétrons, em que há 6 ∙ 1023 elétrons, a carga será de 96.500 C, valor conhecido
como 1 Faraday (1 F) ou constante de Faraday.

1 mol de elétrons = 96500 C = 1 F

A relação entre corrente elétrica, carga elétrica e tempo é dada pela equação Q = i ∙ t; sendo Q a carga elétrica
em Coulombs (C), i a corrente elétrica em amperes (A) e t o tempo em segundos.

Essas informações permitem utilizar o valor da carga elétrica, da corrente e do tempo para analisar
quantitativamente uma reação de oxirredução.

Se liga no exemplo! Por uma solução aquosa de sal de prata contida em uma cuba eletrolítica faz-se passar
uma corrente de 1 A durante 965 s. Qual a massa de prata depositada no cátodo?

Cálculo da carga: Q = i ∙ t ∴ Q = 1 ∙ 965 ∴ Q = 965 C


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Cálculo estequiométrico utilizando a carga elétrica:


Semirreação catódica: Ag+ + e– → Ag
1 mol e– ------------ 1 mol Ag
96500 C ----------- 108 g
965 C --------------- x
x = 1,08 g Ag

Solução aquosa de sal de prata. Ilustração por Vanussa Faustino, 2021.

Esse foi um típico exemplo de eletrodeposição, chamada também de galvanoplastia. A eletrodeposição é o


processo de deposição de metais sobre alguma superfície a partir do processo eletrolítico da solução de um
eletrólito que contenha o cátion do metal. A eletrodeposição de alguns metais recebeu nomes específicos:
cromação, prateação, niquelação, entre outros.

É importante ressaltar que o número de mols de uma espécie oxidada ou reduzida num eletrodo qualquer está
relacionado à estequiometria da semirreação do eletrodo com o número de mols de elétrons que passam
pelo circuito.

Se liga no exemplo 2! Em uma solução aquosa de H2SO4 dentro de uma cuba eletrolítica, fez-se passar por
965 segundos uma corrente de 10 A. Calcule o volume de O2 produzido no ânodo e de H2 produzido no cátodo,
nas CNTP.

Solução aquosa de sal de ácido sulfúrico. Ilustração por Vanussa Faustino, 2021.
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Cálculo da carga: Q = i ∙ t ∴ Q = 10 ∙ 965 ∴ Q = 9650 C

Cálculo estequiométrico utilizando a carga elétrica:


Semirreação catódica: 2 H+ + 2 e– → H2
2 mol e– --------------- 1 mol H2
2 ∙ 96500 C ----------- 22,4 L
9650 C --------------- x1
x1 = 1,12 L H2

Cálculo estequiométrico utilizando a carga elétrica:


Semirreação catódica: 2 OH– → H2O + ½ O2 + 2 e–
2 mol e– --------------- ½ mol O2
2 ∙ 96500 C ---------- ½ ∙ 22,4 L
9650 C ----------------- x2
x2 = 0,56 L O2

Como pudemos observar, com o número de mol de elétrons perdidos ou recebidos em um eletrodo, é possível
determinar o número de mols da substância produzida no eletrodo e, consequentemente, sua massa ou o
volume.
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Exercícios de fixação

1. Na eletrólise ígnea do MgCl2, qual sofre oxidação?


a) Mg2+;
b) Cl–;
c) H+;
d) OH–.

2. Com relação a eletrólise, assinale V para verdadeiro e F para falso:


(__) As reações de eletrólise ocorrem com consumo de energia elétrica;
(__) Nas eletrólises de soluções salinas, os cátions metálicos sofrem oxidação;
(__) Na eletrólise de nitrato de ferro II, em solução aquosa, ocorre redução no polo negativo com
formação de ferro metálico;
(__) Na eletrólise, a reação que ocorre no cátodo é de oxidação.

3. Considere a eletrólise ígnea do brometo de magnésio, que apresenta a reação global a seguir:
MgBr2(l) → Mg (s) + Br2(g)
Escreva a semirreação de oxidação e redução, indicando em qual polo cada uma delas ocorre.

4. Sabendo que 1 F (Faraday) é a carga de 1 9mol de elétrons, calcule quantos Faradays provocam a
deposição de 9 quilogramas de alumínio.
Dado: MA = 27 u / semirreação: Al3+ + 3 e– → Al.

5. Uma solução aquosa de nitrato de prata foi eletrolisada durante 1 h. Sabendo que a corrente elétrica
que circulou pela cela eletrolítica foi de 2,0 A, determine a massa de prata depositada no cátodo:
a) 4 g;
b) 8 g;
c) 2,68 g;
d) 1,1 ∙ 10−3 g;
e) 2,2 ∙ 10−3 g.
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Exercícios de vestibulares

1. (Enem PPL, 2011) A matéria-prima básica para a fabricação de calçados plásticos é a resina de PVC. A
seguir é apresentado o fluxograma de fabricação do PVC e sua fórmula química.

Siglas: PVC – policloreto de vinila; EDC – dicloro etano; MVC – monocloreto de vinila

Para a produção do PVC, a obtenção do cloro é proveniente do processo de


a) destilação.
b) eletrólise.
c) fusão ígnea.
d) filtração a vácuo.
e) precipitação fracionada.

2. (Enem, 2013) Eu também podia decompor a água, se fosse salgada ou acidulada, usando a pilha de
Daniell como fonte de força. Lembro o prazer extraordinário que sentia ao decompor um pouco de água
em uma taça para ovos quentes, vendo-a separar-se em seus elementos, o oxigênio em um eletrodo, o
hidrogênio no outro. A eletricidade de uma pilha de 1 volt parecia tão fraca, e, no entanto, podia ser
suficiente para desfazer um composto químico, a água…
SACKS, O. Tio Tungstênio: memórias de uma infância química. São Paulo: Cia. das Letras, 2002
O fragmento do romance de Oliver Sacks relata a separação dos elementos que compõem a água. O
princípio do método apresentado é utilizado industrialmente na
a) obtenção de ouro a partir de pepitas.
b) obtenção de calcário a partir de rochas.
c) obtenção de alumínio a partir da bauxita.
d) obtenção de ferro a partir de seus óxidos.
e) obtenção de amônia a partir de hidrogênio e nitrogênio.
Química

3. (UECE, 2022) O tempo gasto para obter-se 14,8 g de cobre, sabendo que a constante de Faraday é
96500 C e utilizando uma corrente elétrica de 5 ampères é, aproximadamente,
a) 2,0 horas.
b) 3,0 horas.
c) 2,5 horas.
d) 3,5 horas.

4. (Enem, 2017) A eletrólise é um processo não espontâneo de grande importância para a indústria
química. Uma de suas aplicações é a obtenção do gás cloro e do hidróxido de sódio, a partir de uma
solução aquosa de cloreto de sódio. Nesse procedimento, utiliza-se uma célula eletroquímica, como
ilustrado.

No processo eletrolítico ilustrado, o produto secundário obtido é o


a) vapor de água.
b) oxigênio molecular.
c) hipoclorito de sódio.
d) hidrogênio molecular.
e) cloreto de hidrogênio.
Química

5. (Enem PPL, 2021) Um produto, obtido industrialmente da eletrólise de solução aquosa de cloreto de
sódio, tem sido amplamente empregado na indústria, por exemplo, na fabricação de papéis, tecidos e
sabões. Normalmente, esse produto é usado na desobstrução de encanamentos e sumidouros, pois é
capaz de reagir com gorduras. No entanto, a sua manipulação exige cuidados, pois é altamente
corrosivo, podendo, em contato com a pele, provocar vermelhidão, irritação ou queimaduras de tecidos
vivos. Além disso, se o frasco do produto for abandonado aberto por um longo período de tempo, ele
pode absorver CO2, convertendo-se em um sal.
Esse produto industrial e o
a) cloro molecular. Cℓ2.
b) ácido clorídrico, HCℓ.
c) ácido sulfúrico, H2SO4.
d) hidróxido de sódio, NaOH.
e) carbonato de sódio, Na2CO3.

6. (Enem, 2010) A eletrólise é muito empregada na indústria com o objetivo de reaproveitar parte dos
metais sucateados. O cobre, por exemplo, é um dos metais com maior rendimento no processo de
eletrólise, com uma recuperação de aproximadamente 99,9%. Por ser um metal de alto valor comercial
e de múltiplas aplicações, sua recuperação torna-se viável economicamente.
Suponha que, em um processo de recuperação de cobre puro, tenha-se eletrolisado uma solução de
sulfato de cobre (II) (CuSO4) durante 3 h, empregando-se uma corrente elétrica de intensidade igual a
10 A. A massa de cobre puro recuperada é de aproximadamente
Dados: Constante de Faraday F= molar 96 500 C/mol; Massa molar em g/mol: Cu= 63,5.
a) 0,02 g.
b) 0,04 g
c) 2,40 g
d) 35,5 g.
e) 71,0g.

7. (FMT) O magnésio é um metal leve, prateado e maleável. Dentre as diversas aplicações desse metal,
destacam-se as ligas metálicas leves para a aviação, rodas de magnésio para automóveis e como metal
de sacrifício em cascos de navios e tubulações de aço. Industrialmente, o magnésio é obtido por
eletrólise de MgCℓ2 fundido. Qual a massa de magnésio metálico produzida quando uma corrente
elétrica de 48.250 A atravessa uma cuba eletrolítica contendo cloreto de magnésio fundido durante 5
horas de operação em kg?
Dados: massa molar do Mg = 24 g/mol; 96.500 C = carga elétrica transportada por um mol de elétrons;
a) 108,0.
b) 81,0.
c) 30,0.
d) 22,5.
e) 12,0
Química

8. (Enem 2ª aplicação, 2016) A obtenção do alumínio dá-se a partir da bauxita (Aℓ2O3 ∙ 3 H2O), que é
purificada e eletrolisada numa temperatura de 1000 °C. Na célula eletrolítica, o ânodo é formado por
barras de grafita ou carvão, que são consumidas no processo de eletrólise, com formação de gás
carbônico, e o cátodo é uma caixa de aço coberta de grafita.
A etapa de obtenção do alumínio ocorre no
a) ânodo, com formação de gás carbônico.
b) cátodo, com redução do carvão na caixa de aço.
c) cátodo, com oxidação do alumínio na caixa de aço.
d) ânodo, com depósito de alumínio nas barras de gráfica.
e) cátodo, com o fluxo de elétrons das barras de grafita para a caixa de aço.

9. (Enem PPL, 2015) O alumínio é um metal bastante versátil, pois, a partir dele, podem-se confeccionar
materiais amplamente utilizados pela sociedade. A obtenção do alumínio ocorre a partir da bauxita, que
é purificada e dissolvida em criolita fundida (Na3AℓF6) e eletrolisada a cerca de 1000 °C. Há a liberação
do gás dióxido de carbono (CO2), formado a partir da reação de um dos produtos da eletrólise com o
material presente nos eletrodos. O ânodo é formado por barras de grafita submergidas na mistura
fundida. O cátodo é uma caixa de ferro coberta de grafita. A reação global do processo é:
2 Aℓ2O3(ℓ) + 3 C(s) → 4 Aℓ(ℓ) + 3 CO2(g)
Na etapa de obtenção do alumínio líquido, as reações que ocorrem no cátodo e ânodo são:

a)

b)

c)

d)

e)
Química

10. (Enem, 2009) Para que apresente condutividade elétrica adequada a muitas aplicações, o cobre bruto
obtido por métodos térmicos é purificado eletroliticamente. Nesse processo, o cobre bruto impuro
constitui o ânodo da célula, que está imerso em uma solução de CuSO4. À medida que o cobre impuro
é oxidado no ânodo, íons Cu2+ da solução são depositados na forma pura no cátodo. Quanto às
impurezas metálicas, algumas são oxidadas, passando à solução, enquanto outras simplesmente se
desprendem do ânodo e se sedimentam abaixo dele. As impurezas sedimentadas são posteriormente
processadas, e sua comercialização gera receita que ajuda a cobrir os custos do processo. A série
eletroquímica a seguir lista o cobre e alguns metais presentes como impurezas no cobre bruto de
acordo com suas forças redutoras relativas.

Entre as impurezas metálicas que constam na série apresentada, as que se sedimentam abaixo do
ânodo de cobre são
a) Au, Pt, Ag, Zn, Ni e Pb.
b) Au, Pt e Ag.
c) Zn, Ni e Pb.
d) Au e Zn.
e) Ag e Pb.
Química

Gabaritos

Exercícios de fixação

1. B
MgCl2(aq) → Mg +2 −
(aq) + Cl(aq)
cátodo: Mg (aq) + 2 e → Mg 0(s)
+2 −
0
ânodo: 2 Cl−(aq) → Cl2(g) + 2 e

0 0
Mg +2 −
(aq) + 2 Cl(aq) → Cl2(g) + Mg (s)

2. (V) As reações de eletrólise ocorrem com consumo de energia elétrica.


(F) Nas eletrólises de soluções salinas, os cátions metálicos sofrem redução.
(V) Na eletrólise de nitrato de ferro II, em solução aquosa, ocorre redução no polo negativo com formação
de ferro metálico.
(F) Na eletrólise, a reação que ocorre no cátodo é de redução.

3. Reação global: MgBr2(l) → Mg (s) + Br2(g)

Semirreação de redução (cátodo): Mg 2+


(aq) + 2 e → Mg (s) (polo negativo)


Semirreação de oxidação (ânodo): 2 Br(aq) → 2 e− + 2 Br2(g) (polo positivo)

4. Dada a semirreação: Al3+ + 3 e– → Al


↓ ↓
3 mol 1 mol (27 g ou 0,027 kg)

Sabemos que 1 Faraday = 1 mol de elétrons; então, 3 mol de elétrons = 3 F.

Por regra de três, obtemos:


3 F ------ 0,027 kg de Al
x --------- 9 kg de Al
x = 1000 F

5. B
Nitrato de prata: AgNO3
Reação que ocorre no cátodo:
Ag+ + 1 e– → Ag
↓ ↓
1 mol 1 mol
↓ ↓
96500 C 107,8 g

Q=i∙t
Q = 2,0 ∙ 3600 s
Q = 7200 C

Assim, temos:
96500 C ------ 107,8 g
7200 C --------- m
m≈8g
Química

Exercícios de vestibulares

1. B
A figura mostra que é produzido soda cáustica, hidrogênio e cloro a partir da mistura de água e sal. Logo,
realizou-se a eletrólise dessa mistura.

Eletrólise aquosa da solução de água e sal:

Dissociação: NaCℓ → Na+ + Cℓ–


Ionização: H2O → H+ + OH–
Cátodo: H+ + e– → ½ H2 (O H+ tem prioridade em relação ao Na+)
Ânodo: Cℓ– → ½ Cℓ2 + e– (O Cℓ– tem prioridade em relação ao OH–)

Reação global: NaCℓ + H2O → ½ H2 + ½ Cℓ2 + Na+ + OH–

2. C
O alumínio é produzido pela eletrólise ígnea do óxido de alumínio (Aℓ2O3), encontrado na bauxita.

Eletrólise ígnea do Aℓ2O3:


Dissociação: Aℓ2O3 → 2 Aℓ+3 + 3 O-2
Cátodo: 2 Aℓ+3 + 6 e– → 2 Aℓ
Ânodo: 3 O–2 → 3/2 O2 + 6 e–

Reação global: Aℓ2O3 → 2 Aℓ + 3/2 O2

3. C
Cu+2 + 2 e– → Cu
2 × 96500 C –––– 63,5 g
x1 ––––––––––– 14,8 g
x1 = 44982,7 C

Q=i×t
44982,7 = 5 ∙ t
t = 8996,5 s

Dividindo por 60: aproximadamente 150 min.


Dividindo por 60: aproximadamente 2,5 h.

4. D
Eletrólise aquosa da solução de NaCℓ:

Dissociação: NaCℓ → Na+ + Cℓ–


Ionização: H2O → H+ + OH–
Cátodo: H+ + e– → ½ H2 (O H+ tem prioridade em relação ao Na+)
Ânodo: Cℓ– → ½ Cℓ2 + e– (O Cℓ– tem prioridade em relação ao OH–)

Reação global: NaCℓ + H2O → ½ H2 + ½ Cℓ2 + Na+ + OH–


Química

5. D
Eletrólise do cloreto de sódio (NaCℓ):

Dissociação: NaCℓ → Na+ + Cℓ–


Ionização: H2O → H+ + OH–
Cátodo: H+ + e– → ½ H2 (O H+ tem prioridade em relação ao Na+)
Ânodo: Cℓ– → ½ Cℓ2 + e– (O Cℓ– tem prioridade em relação ao OH–)

Reação global: NaCℓ + H2O → ½ H2 + ½ Cℓ2 + Na+ + OH–

Substância que reagirá com o CO2, que é um óxido de caráter ácido, e o NaOH, por ser uma base.

6. D
Como temos t = 3 horas ou 10.800 segundos, e a corrente igual a 10 A.
Utilizamos Q= i x t para obteremos a carga elétrica.
Q= i x t
Q=10 x 10.800
Q=108.000 C

CuSO4 → Cu+2 + SO4+2

Durante a eletrolise, temos: Cu+2 + 2e– → Cu. A proporção da reação de redução do cobre é 2, ou seja,
para cada mol de cobre temos 2 mol de elétrons. Então, utilizando a lei de Faraday:
2 x 96.500 C ———— 63,5g
108.000 C —————— x
X = 35,5 g de cobre puro recuperada

7. A
Cálculo da carga elétrica: Q = i ∙ t
Q = 48.250 ∙ 18.000
Q = 8,685 ∙ 108 C

Cálculo da massa de magnésio obtida:


Mg+2 + 2e– → Mg
↓ ↓
2 mol 1 mol

2 ∙ 96500 C ---------- 24 ∙ 10−3 kg


8,685 ∙ 108 C -------- x
x = 108 kg

8. E
A etapa de obtenção do alumínio ocorre no cátodo, com fluxo de elétrons das barras de grafita (ânodo)
para a caixa de aço (cátodo).

Dissociação: Aℓ2O3 → 2 Aℓ+3 + 3 O-2


Cátodo: 2 Aℓ+3 + 6 e– → 2 Aℓ
Ânodo: 3 O–2 → 3/2 O2 + 6 e–

Reação global: Aℓ2O3 → 2 Aℓ + 3/2 O2

No ânodo: C(s) + O2(g) → CO2(g) (reação do produto da eletrólise com o eletrodo).


Química

9. A
Eletrólise do óxido de alumínio, presente na bauxita:
Dissociação: Aℓ2O3 → 2 Aℓ+3 + 3 O-2
Cátodo: 2 Aℓ+3 + 6 e– → 2 Aℓ
Ânodo: 3 O–2 → 3/2 O2 + 6 e–

Reação global: Aℓ2O3 → 2 Aℓ + 3/2 O2

No ânodo: C(s) + O2(g) → CO2(g) (reação do produto da eletrólise com o eletrodo).

10. B
A força redutora é a capacidade de um metal de provocar a redução do outro. Para isso acontecer, esse
metal deverá perder elétrons com mais facilidade do que o outro e, assim, fornecerá os elétrons
necessários para ocorrer a redução da outra espécie.

Entre as impurezas metálicas que constam na série apresentada, as que se sedimentam abaixo do ânodo
de cobre, ou seja, têm menor força redutora, são: ouro, platina e prata.

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