Você está na página 1de 9

GABRIELLE DOS SANTOS VERDAN

Prática 1: Explorar uma Pilha de Daniell


Prática 2: Investigar reações não espontâneas
provocadas por uma corrente elétrica

Projeto apresentado ao Curso de Química Geral Avançada


da Instituição Ahanguera.
Professor da disciplina conforme disponível no Ava: Marcos
Vinicius Nascimento.

Rio de Janeiro
2023
SUMÁRIO

OBJETIVO...............................................................................................................2
INTRODUÇÃO ........................................................................................................2
MATERIAIS.............................................................................................................3
METODOLOGIA......................................................................................................3
RESULTADOS E DISCUSSÕES ...........................................................................5
CONCLUSÃO..........................................................................................................8
REFERÊNCIAS.......................................................................................................8

OBJETIVO:

Aplicar e aprimorar os conteúdos da disciplina de Química Geral Avançada,


identificar as reações de oxidação e redução, identificar o processo de eletrólise e
compreender o comportamento dos eletrodos inertes de grafite.

INTRODUÇÃO:

Uma pilha é formada por dois eletrodos separados em duas semicelas. Um


dos eletrodos é formado por uma placa de zinco metálico (Zn(s)) mergulhada em
uma solução que continha cátions zinco (Zn2+(aq)), como uma solução de sulfato de
zinco (ZnSO4(aq)).

Já o segundo eletrodo é formado por uma placa de cobre metálico (Cu(s))


mergulhada em uma solução que continha cátions cobre (Cu2+(aq)), como uma
solução de sulfato de cobre (CuSO4(aq)). Esses dois eletrodos são interligados por
um circuito externo, com uma lâmpada, cujo acendimento indicaria a passagem
de corrente elétrica.

A eletrólise é um processo químico não espontâneo que ocorre graças ao


fornecimento de energia elétrica por meio de uma fonte geradora onde a energia
elétrica é transformada em energia química, ou seja, trata-se de um processo
inverso ao que ocorre nas pilhas. O processo das pilhas é espontâneo, mas o da
eletrólise não é, pois é necessário que se forneça a corrente elétrica por meio de
algum gerador, que pode até mesmo ser uma pilha ou bateria, para que uma
reação de oxirredução aconteça.

Toda eletrólise precisa do gerador de corrente contínua que passará a corrente


elétrica por um líquido com íons, que é chamado de eletrólito. No eletrólito ficam
imersos dois eletrodos, que geralmente são inertes, feitos de platina ou de grafita,
sendo que um é o cátodo (polo negativo) e o outro é o ânodo (polo positivo). O
recipiente onde fica o eletrólito e os eletrodos mergulhados nele, bem como onde
ocorre todo o processo de oxirredução, é chamado de cuba eletrolítica.

MATERIAIS; VIDRARIAS;REAGENTES:

Materiais Vidrarias Reagentes


Lixa Béquer de 50 ml Sulfato de cobre
Multímetro Placa de Petri (CuSO4)
Papel filtro Bastão de Vidro Sulfato de Ferro
Placa de Cobre, Ferro,e (FeSO4)
Zinco Sulfato de Zinco
Bateria (ZnSO4)
Eletrodos de Grafite Azul de bromotimol
Solução de Cloreto de
Sódio (NaCl)

METODOLOGIA EXPERIMENTAL DA PRÁTICA 1:

Transferiu-se 40 mL de sulfato de zinco para o béquer 1 e 40 mL de


solução de Sulfato de cobre II para o béquer 2. Em seguida, lixou-se os eletrodos
de zinco e cobre localizados em suas respectivas placas. Colocou-se a placa de
zinco no béquer 1 e a placa de cobre no béquer 2. O papel filtro foi enrolado, e
colocou- se na placa de Petri para fazer a ponte salina.
Transferiu-se um pouco da solução saturada de cloreto de sódio para a
placa de Petri para umedecer a ponte salina e inseriu-se a ponte salina nos
béqueres. Foi posta a ponta positiva do multímetro no béquer 2 e a negativa no
béquer 1.
Girou-se o botão do multímetro para a esquerda, na posição de 20 V
(corrente contínua), mediu-se a tensão, anotou-se a D.D.P encontrada e
identificou-se as semireações que estavam acontecendo.
Notou-se os efeitos causados nos eletrodos, após a passagem de, pelo
menos, 24h.
Foi desfeita as configurações do experimento e feita a limpeza dos
béqueres, para prosseguir com a prática. Despejou-se 40 mL de sulfato de ferro
no béquer 1 e 40 mL de solução de Sulfato de cobre II no béquer 2.
Lixou-se novamente os eletrodos de zinco e cobre localizados em suas
respectivas placas. Colocou-se a placa de ferro no béquer 1 e a placa de cobre no
béquer 2.
A Ponte salina foi feita novamente enrolando o papel filtro, depois foi
colocada na placa de Petri. Em seguida, colocou -se o cloreto de sódio na ponte
salina e inseriu-se a ponte salina nos béqueres.
Foi posto novamente a ponta positiva do multímetro no béquer 2 e a
negativa no béquer 1. Mediu-se a tensão e anotou-se a D.D.P encontrada.
Depois, identificou-se as semirreações que estavam acontecendo.
Notou-se os efeitos causados nos eletrodos, após a passagem de, pelo
menos, 24h.Removeu-se as ponteiras do multímetro, foi feita a limpeza dos
materiais. Em seguida, guardou-se os materiais finalizando o experimento.

METODOLOGIA EXPERIMENTAL DA PRÁTICA 2:

Depositou-se uma amostra de cloreto de sódio na placa de Petri e, em seguida,


adicionou-se o azul de bromotimol na mesma placa. Promoveu-se a mistura com
o bastão de vidro. Ligou-se o carregador e colocou-se os eletrodos de grafite na
placa de Petri. Observou-se a ocorrência do fenômeno. Depois disso, foi feita a
limpeza de todos materiais utilizados, foram guardados no armário, gaveta e
prateleira, os EPIs e encerrou-se o experimento.
RESULTADOS E DISCUSSÕES:

PRÁTICA 1:

Uma observação realizada por Daniell é a de que a lâmpada conectada ao


sistema, durante o experimento, acende. Ou seja, o conjunto de eletrodos, fios
metálicos e ponte salina favoreceu uma movimentação ordenada de cargas
elétricas que originaram uma corrente elétrica. Outro fato relacionado à lâmpada
acesa é que há uma diferença de potencial elétrico entre as placas metálicas de
cobre e zinco. Essas mudanças ocorreram graças às reações de oxidorredução
entre os dois eletrodos. Visto que o zinco é mais reativo que o cobre, ele passou a
transferir seus elétrons para o cátion cobre do outro eletrodo ao qual estava
interligado, por meio do fio condutor. Desse modo, o zinco metálico sofreu
oxidação, perdendo elétrons, tornando-se o polo negativo dessa pilha, que é
chamado de ânodo. Veja essa semirreação abaixo:

Semirreação do ânodo: Zn( s) ↔ Zn2+(aq) + 2 e-

Portanto, visto que o zinco metálico foi consumido, transformando-se nos


cátions zinco, a massa da lâmina de zinco foi diminuindo com o tempo.

Por outro lado, os cátions cobre da solução receberam os elétrons que o


zinco transferiu e, desse modo, esses cátions sofreram redução, transformando-
se em cobre metálico, como mostra a semirreação abaixo. Dessa forma, esse
eletrodo do cobre tornou-se o polo positivo, isto é, o cátodo:

Semirreação do cátodo: Cu2+(aq) + 2 e- ↔ Cu( s)

A cor azul da solução era ocasionada graças aos cátions cobre dispersos
nela. Mas esses cátions foram sendo consumidos, transformando-se em cobre
metálico. Por isso, houve diminuição da cor azul da solução e aumento da placa,
visto que o cobre metálico formado depositou-se nela.

Assim, a reação global dessa pilha de Daniell pode ser dada por:

Semirreação do ânodo: Zn( s) ↔ Zn2+(aq) + 2 e- E°= -0,76V


Semirreação do cátodo: Cu2+(aq) + 2 e- ↔ Cu( s) E°= +0,34V
Reação Global da Pilha: Cu2+(aq) + Zn( s) ↔ Zn2+(aq) + Cu( s)
E°=+1,10V

DDP= 0,34-(-0,76)= +1,10V

Seguindo essa notação química, a representação da pilha de Daniell é


dada por:

Zn / Zn2+// Cu2+ / Cu

O mesmo acontece com o ferro. Uma pilha eletroquímica tem como


eletrodos ferro e cobre. Suas semicélulas são separadas e ligadas por uma ponte
salina. Como o potencial de redução do cobre é maior que o potencial de redução
do ferro conclui -se que o cobre oxida o ferro,ou seja, ele é o cátodo da pilha
(elemento que sofre redução) e, por consequência, o ferro vai ser o ânodo da
pilha (elemento que sofre oxidação) .

Cu⁺² + 2e⁻ → Cu° (E° = + 0,34 V)

Fe⁺² + 2e⁻ → Fe° (E° = - 0,44 V)

Cu2(aq)+ Fe(s) →Cu(s) + Fe2+(aq) (E°= +0,78V)

Seguindo essa notação química, a representação da pilha é dada por:


Fe/Fe2+//Cu2+/Cu
PRÁTICA 2:

A eletrólise ígnea do sal produz o gás cloro (Cl2) e o sódio metálico (Na),
substâncias que não são encontradas na natureza nessa forma. O sal funde-se a
uma temperatura aproximada de 800ºC e, no estado líquido, o NaCl sofre
disssociação, produzindo os seguintes íons:

NaCl → Na+ + Cl-

O polo negativo da bateria fornece elétrons para um dos eletrodos, que se


torna o cátodo ou polo negativo. Visto que ele é negativo, ele atrai os cátions
Na+ que estão no líquido. Esses íons recebem os elétrons do cátodo e, nesse
eletrodo, ocorre a seguinte semirreação de redução:

Semirreação no cátodo: redução: Na+(l) + e- → Na(s)

Nesse eletrodo foi formado o primeiro produto, que é o sódio metálico.

Por outro lado, o outro eletrodo torna-se o ânodo, pois está carregado
positivamente, atraindo os ânions Cl-, que perderão seus elétrons, sofrendo
oxidação:

Semirreação no ânodo: oxidação: 2Cl-(l) → 2 e- + 1Cl2(g)

Esse gás cloro fica borbulhando ao redor do ânodo.

Assim, a reação global da eletrólise ígnea do sal é:

Cátodo: Na+(l) + e- → Na(s)


Ânodo: 2Cl-(l) → 2 e- + 1Cl2(g)____________
Reação Global: Na+(l) + 2Cl-(l) → Na(s) + 1Cl2(g)
Gás cloro e sódio metálico – produtos da eletrólise ígnea do sal de
cozinha.

Para cada faixa de pH, o indicador azul de bromotimol apresenta uma


coloração. Em meio neutro, a cor indicada é verde, em meio ácido é amarelo, e
em meio básico, azul.

CONCLUSÃO:

Com esta experiência, conseguimos consolidar os conhecimentos sobre


eletroquímica: reações redox, circuitos eletrolíticos, ânodo, cátodo, indicador ácido-base,
energia química, energia elétrica, polo positivo, polo negativo. Compreendemos como
funciona o processo da pilha e da eletrólise e observamos as diferenças entre eles.
Entendendo que a pilha é um processo espontâneo onde a diferença de potencial vai ser
positiva e na eletrólise como é um processo não espontâneo essa diferença de potencial
é negativa. Na célula eletrolítica/galvânica verifica-se o movimento de cada íon no
eletrólito em direção ao eletrodo de carga oposta. Então, os cátions são reduzidos e os
ânions são oxidados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Pilha de Daniell, O que é, Funcionamento, Exercícios. Disponível em:


https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/pilha-
daniell.htm. Acesso em : 25 de outubro de 2023.

Pilha de Daniell. Disponível em:


https://fap.if.usp.br/~lumini/f_bativ/f1exper/pilhas/pidan01_shi.htm. Acesso em: 25
de outubro de 2023.

Pilha de Daniell: O que é e seu funcionamento. Disponível em:


https://vaiquimica.com.br/pilha-de-daniell/. Acesso em: 25 de outubro de 2023.

Eletrólise do Cloreto de Sódio. Disponível em:


https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/
eletrolise-cloreto-sodio.htm. Acesso em: 25 de outubro de 2023.
Eletrólise. Disponível em:
https://quimicaeaarte.blogspot.com/2015/03/eletrolise.html?m=1. Acesso em: 25
de outubro de 2023.

Você também pode gostar